segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O homem que seria ser outro - Parte 9 - Descoberta








Lia Neide nunca tinha estado em uma delegacia antes. Agora, teria que realizar um depoimento pelo assassinato do ex-namorado, Adalberto.
Walter, o pai de Ariano, chegara a tempo de acompanhá-la no depoimento. Era advogado criminalista, prestigiado por ter sido bem sucedido em casos polêmicos e praticamente irreversíveis.
-Preciso que mantenha a calma. Se é inocente, não há o que temer, moça. – Disse ele a Lia, um pouco antes de encararem a expressão emburrada do delegado Régis.
O depoimento se inicia.
-Senhorita Lia Neide, nós recebemos uma queixa, a qual aponta você como a principal suspeita por ter cometido este crime bárbaro.
-Quem me acusa disso, seu delegado? – Indaga ela, com o olhar mais inquieto do que nunca.
Régis, com seus olhos argutos, logo repara essa característica da moça. Aquela atitude de Lia Neide, de não olhar nos olhos, poderia ser sua maior adversária naquele momento. Régis captava esses pequenos sinais corporais, e construía seu interrogatório com base nos pontos falhos que ia colhendo dos suspeitos...
-Ontem a senhorita teve contato com o seu ex-namorado?
-Minha cliente tem o direito de saber quem a acusou.
-Não, por enquanto. Antes vou formular algumas perguntinhas a sua cliente, que por sinal, parece nervosa...
Lia suava frio.
-Também pudera. A moça foi surpreendida por toda essa situação desagradável. O depoimento não podia ser realizado hoje. Ela acaba de deixar a cerimônia de enterro do seu ex-namorado.
-Ela não morrerá por isso, senhor. Dona Lia, está me ouvindo?
Ela, que tinha a cabeça derreada, se sobressalta, fitando o delegado.
-Estou, estou.
-Imagino sua tristeza... – Disse, em tom irônico – Teve contato com seu ex-namorado no dia de ontem?
-Sim, eu tive. Ele foi até o meu local de trabalho, ele... Ele veio me falar umas coisas.
-Coisas... Agora fiquei curioso. – Riu-se o delegado, debochado.
-Ele queria voltar pra mim. Ele... Ele ainda me amava, e eu... E eu a ele. – Confessou ela.
-Você disse a ele isso?
-Não... Isso é o que mais me dói. Eu não quis voltar pra ele, eu... Eu não quis me envolver, só isso. Queria um tempo, só um tempo, pra pensar. Meu pai faleceu há dois meses, logo depois eu terminei meu namoro com ele. Minha vida está meio atribulada. Agora então, nem se fale.
-Então este foi o seu último contato com ele?
-Sim.
-Não telefonou para ele depois?
-Não. O meu celular foi roubado ontem.
-Oh! – O delegado finge um espanto – Roubado?
-É, ele desapareceu. Eu tenho certeza que o levei para a minha sala, no jornal. Quando dei por mim, não o encontrei mais. Ele só pode ter sido roubado.
-Hum... Então não se tem certeza se foi roubado ou não.
-Não.
-A que horas a senhorita deu seu celular por ausente?
-Ah... Devia ser umas onze e meia da manhã, não lembro ao certo o horário.
-Engraçado... Um passarinho verde me contou que a senhorita enviou uma mensagem para o Adalberto ontem, por volta das onze e quinze da manhã.
-Como?
-O meu filho também se queixou por ter recebido uma mensagem do celular dela, delegado, já de noite. Como isso pode ter acontecido se minha cliente não estava de posse do celular?
-Esta mensagem dirigida ao seu filho não me interessa, mas sim, a que ela enviou a Adalberto.
-Este dado foi provado?
-Sim. O celular da vítima foi recolhido. Por sorte, ele não apagou a mensagem da senhorita Lia... Mas nem eu apagaria uma mensagem picante como aquela.
Lia fica estupefata.
-Solicito a mensagem, delegado.
-Claro.
Régis entrega uma folha de papel ao advogado. Walter lê a mensagem em voz alta.
-Eu nunca enviei essa mensagem! A ninguém! – Exclama Lia, desesperada.
-Acalme-se, Lia. Vamos provar sua inocência.
-Existem testemunhas de que meu celular foi roubado. A Julia, redatora chefe do jornal, entre outros colegas. Eu saí pela redação a procura do meu celular, perguntando a todos se o tinham visto caído no chão.
-Suas testemunhas são irrelevantes. A senhorita enviou a mensagem as onze e dezessete, e deu um sumiço no celular. Depois, disfarçadamente, convocou a ajuda dos colegas para procurarem seu celular, que a senhorita mesmo ocultou! Criou toda uma situação para que tivesse, agora, álibis.
-Que!!
-Não tem o direito de acusar minha cliente dessa forma.
-Não estou acusando. Estou supondo.
-O que acaba de dizer é um absurdo. Ela jamais faria isso.
-Pelo que sei, doutor Walter, o senhor acaba de conhecer a sua cliente. Como pode afirmar com tanto afinco que ela não é a culpada pelo assassinato de Adalberto se não a conhece?
-Digo o mesmo ao senhor. Não a conhece. Não tem o direito de especular, acuando a menina. Exijo fatos concretos! – Vocifera Walter.
-O amigo do Adalberto foi a pessoa que acusou a senhorita. Sabe por que? O seu ex ficou completamente extasiado com essa mensagem, e quando a recebeu, estava perto do Vitor. Que ex-namorado apaixonado não ficaria?
-Meu Deus... Quem pode ter feito isso...
-Portanto, é natural que o seu nome seja o primeiro que vem a cabeça quando se trata de suspeitos... Se Adalberto morre no local do encontro, e se foi a senhorita quem marcou o encontro... O que alega, senhorita Lia?
Lia olha assustada para Walter.
-Alegamos que a pessoa quem roubou o celular de Lia é o verdadeiro culpado pelo assassinato de Adalberto Rangel. Esta pessoa forjou um plano sórdido para dar cabo do rapaz.
-A senhorita suspeita de alguém?
Lia hesitou, e disse:
-Sim, eu suspeito... Ele se chama Euclides, é um colega do jornal. – Disse, com muito pesar em ter que levantar aquela suspeita – Digo isso porque ele foi a única pessoa que esteve na minha sala, por volta desse horário, inclusive. As onze e quinze ele não estava mais na minha sala, já tinha ido. Logo depois, dei falta do aparelho.
-Euclides... E por acaso ele tinha ciência da relação de vocês? Porque pelo conteúdo encontrado na mensagem...
-Sim, ele tinha. – Respondeu Lia, meio surpresa, pois não tinha pensado nisso. – Inclusive conversamos sobre isso na minha sala.
-Então são amigos íntimos...
-Não, nos conhecemos há pouco tempo...
-E já o considera um amigo confidencial? Sim, porque para comentar sobre um relacionamento amoroso seu, acredito que seja necessário um pouco mais de intimidade.
-Eu não devia, mas ele... Ele me persuadiu. Mas é uma boa pessoa.
-Uma boa pessoa que pode ter roubado seu celular. Em que jornal trabalham?
-O Boca do Povo...
-Hum... – Cofiando o bigode – Seria o Euclides dos Santos, o novo colunista esportivo?
-Sim, ele mesmo. Costuma lê-lo?
-Já li, uma vez. É que minha esposa... Ah, esquece. Acha que esse Euclides teria motivo para roubar seu celular e forjar esse assassinato?
-Não... Ai, eu não sei... Eu não estou me sentindo bem, delegado.
Lia apoiou-se no ombro de Walter, que se sentava ao seu lado.
-O que sente, Lia?
Régis lhe deu um copo d’água.
-Beba, moça. Está liberada por hoje.
Lia toma um gole d’água e se levanta da cadeira, um pouco zonza. Walter a acompanha.
-Acompanhem a moça até a saída. Senhorita, ordeno que não saia do país, muito menos do estado, nos próximos dias. Poderemos intimá-la a depor a qualquer momento.
-Ela ficará a par de tudo, delegado. Fique tranqüilo. – Adiantou o advogado. – Vamos, menina.
Walter e Lia saem da sala do delegado. Ariano, que os aguardava junto de Dona Beatriz e Euclides, vai rapidamente ao encontro de ambos.
-E então, pai? O que foi resolvido?
-As investigações apenas começaram, meu filho. Lia, infelizmente, figura como a principal suspeita do crime. O depoimento foi interrompido, ela não se sente muito bem.
Dona Beatriz foi acudir a filha.
-O que sente, filha?
-Estou um pouco tonta. Não agüento mais, mãe...
Lia dá um forte abraço na mãe, aos prantos. Por cima do ombro da mãe, ela, com os olhos encharcados, encara Euclides, que a olha, enternecido. Ela se afasta da mãe e se dirige até Euclides.
-Euclides, eu... Preciso te contar uma coisa.
-O que, Lia?
-Eu não tive escolha, eu... Eu disse que você é o único suspeito por ter roubado meu celular, pois vo...
-Espera! – Brada ele, indignado – Está me chamando de ladrão?
-Calma, eu não quis dizer isso!
-Ah não! Você acabou de me caluniar!
-É apenas uma hipótese! Sei que não foi você, quer dizer, eu quero acreditar nisso... Mas você foi o único que entrou na minha sala ontem!
-Você perde seus objetos e vem culpar a mim? Do que mais me acusou, Lia Neide?
Walter decide por fim àquela discussão.
-Por favor, não é o momento para isso. Lia, você não precisa dar satisfação a ninguém.
Walter olha de esguelha para Euclides, que retribui com um olhar furioso.
-Injustiça! Eu aqui, te dando a maior força, e você me apunhala pelas costas.
-Me perdoe... – Clama ela, em meio às lágrimas.
-Você não é digna do meu perdão. Me dêem licença agora.
Euclides sai da delegacia, muito aborrecido. Lia tenciona segui-lo, mas é detida por Walter e por sua mãe.
-Você não podia ter dito isso a ele! Ele é suspeito também, Lia! O que quer, se ferrar? – Admoesta seu advogado.
Ariano defende Lia:
-Pai, ela está nervosa, não ta vendo?!
Walter bufa, impaciente, e se afasta. Ariano se aproxima de Lia.
-Fica sossegada, tudo vai dar certo, eu tenho certeza.
Ele segura as mãos delicadas de Lia.
-Obrigada, Ariano. Se não fosse por você, e seu pai, eu não teria um advogado pra me acompanhar, eu estaria completamente perdida.
Lia abraça Ariano. Os pés do jovem pareciam flutuar naquele instante. Seu coração disparou, suas pupilas dilataram. Sentiu-se hirto dos pés a cabeça. O calor dos braços de Lia, suas lagrimas molhando a camisa, sobre o ombro... Ela nunca se aproximara tanto.
-Você sabe que faço tudo que tiver a meu alcance por você. Eu... Eu te amo, Lia. – Disse, ao pé do ouvido dela.
Lia se afastou dele, suavemente.
-Eu tenho um apreço muito grande por você.
-Apreço, é?... – Resmunga ele, cabisbaixo.
-É... – Sorri ela.
-Vamos indo. Eu levo vocês duas em casa. – Disse Walter.
-Não precisa, pegamos um táxi. – Adiantou-se Dona Beatriz.
-Faço questão. É bom que podemos conversar melhor, não acha, Lia?
-Claro.
E assim fizeram. Dona Beatriz os convidou para subirem até seu apartamento. Ariano, tímido, participou da conversa na sala. Lia disse não acreditar que Euclides pudesse ser capaz de cometer tal ato.
-É bom ficarem atentos com aquele rapaz. Ele é estranho. – Alertou Walter.
-Pai, até o senhor?
-Além de ser suspeito de um crime que foi concretizado a sangue frio... Por favor, ouçam o que eu digo.
-Somos amigos dele. – Disse Lia.
-Filha, não seja teimosa.
-Eu sei mãe. Só estou dizendo que não será tão fácil nos afastarmos assim, de repente. Ele vai achar que estamos desconfiados dele.
-Isso não é bom. Não podemos deixar que ele saiba que estamos com um pé atrás. Temos que fingir. – Aconselhou Ariano, lembrando-se das palavras de Julia.
-A nossa maior chance, no momento, é que as investigações sejam focadas neste rapaz, o Euclides. Irão intimá-lo a depor. Vamos esperar.
-Que situação... Logo o Euclides envolvido nisso... – Murmurou Ariano – Ele tem conversado muito com você, Lia? Ontem, por exemplo, chegou a estar na sua sala.
-Conversamos às vezes. Por que?
-Nada, nada... É que ele nunca me fala sobre você. Parece que não quer que eu saiba que vocês dois são... São amigos, né.
-Impressão sua. – Diz ela, tão ingênua quanto Ariano.
Ou não...
-Vejam, eu trouxe uma cópia da mensagem. Lia, me diz a verdade: como foi o seu encontro com o Adalberto na manhã do dia anterior?
Lia, envergonhada, não sabia se dizia o que de fato havia ocorrido.
-É mesmo necessário ficar lembrando isso?
-Obviamente.
-Diga filha, sem vergonhas!
-Está bem... Ele me beijou, a força.
Ariano se engasga com o café.
-Hum...
-Eu dei um tapa nele, entrei no elevador e subi pro trabalho. Nossa... Eu dei um tapa nele... Como é doloroso isso, essa despedida...
-Não se aflija por isso, filha. Você nunca ia imaginar que fosse acontecer uma barbárie dessas.
-Lia, está claro! Releia a mensagem! – Entusiasma-se o advogado.
Walter entrega a folha a Lia.
-“Oi, querido... Queria me desculpar, por hj... Tenho que confssar, ñ tem jeito: sou louca por vc ainda. Aquele bj foi maravilhoso...”
-Já é o suficiente. – Decretou ele, pondo-se de pé, no centro da sala.
-O que deduziu, pai?
-Se a Lia disse, em seu depoimento, que o Euclides estava a par de todo acontecimento entre ela e Adalberto, é obvio que a pessoa quem escreveu essa mensagem foi o Euclides! Ele assistiu a tudo? Ao tapa também?
-Sim!
-Pois então! Como ele sabia que você queria se desculpar por hoje? Algo que mal tinha acontecido, há minutos atrás! E o beijo? O beijo, Lia! Quem mais sabia do beijo senão o Euclides? Não me restam dúvidas. Foi o Euclides.
Ficaram todos abismados. A verdade estava ali, bastava querer enxergá-la.
-Não pode ser... O Euclides...
Ariano custava acreditar.
-E agora? Aquele falso precisa pagar! E eu ainda com pena por ter acusado ele! – Exaltou-se a moça, erguendo-se do sofá.
-Calma, Lia. Será a sua palavra contra a dele. Ele agirá com naturalidade. Dirá que não fez, e aí? A suspeita maior continuará recaindo sobre você. Agora, precisamos de provas. Qualquer prova que o incrimine.
Ariano se levantou, e oscilou pela sala, atônito.
-Então foi ele quem me enganou, quem me fez ir até aquele restaurante, à toa? Então... Ele quem matou o Adalberto?
-Se foi ele, não podemos saber, filho. Ele pode ter ordenado que alguém finalizasse o rapaz.
Ariano leva a mão à boca, incrédulo. De seus olhos brotaram lágrimas.
-Meu amigo...
Walter caminha até Ariano, e lhe dá um tapa no ombro.
-Amigo que quase matou você, Ariano. Que superdosou seu remédio. Que amigo é este, Ariano?
-Ele se desculpou, disse que...
-Chega, não há nada mais que me faça acreditar na inocência dele. Quando sua mãe me disse que o achava estranho, eu também discordei dela. Ele é um psicopata. Não transparece, nem de longe, ser uma má pessoa. Através de embustes, ele vai levando a vida. É o mestre da enganação. Sinto te dizer, Ariano, mas você caiu na armadilha do Euclides.
-Ele nunca fez nada contra mim!
-E quem garante que já não está planejando? E quem garante que a dosagem do remédio não foi uma primeira tentativa?
-Eu vou acabar com ele, pai.
-Não. É perigoso tomar atitudes por conta própria, principalmente contra esta estirpe. Continue agindo normalmente com ele, como você mesmo orientou. Finja ser amigo dele, finja que acredita na palavra dele. Pode ser um meio de conseguirmos uma evidencia. Somente com a prova, em mãos, poderemos salvar a Lia.
Ariano olha para Lia, desolado.
Euclides chega à casa do tio Charles, de mala e cuia.
-Entre, fique a vontade, meu sobrinho. Estou passando um café pra gente. – Recepciona o tio, animado – Seu quarto fica ao lado do banheiro, pode deixar sua mala lá.
-Poxa, tio, obrigado mesmo. Não imagina o quanto está me ajudando...
Euclides deixa a mala no quarto. Olha ao redor; um quarto modesto, sombrio, que cheirava a mofo. Pouco usado, naturalmente.
Euclides foi até a cozinha.
-E então, avisou teus pais que veio pra cá? – Perguntou, enquanto terminava de coar o café.
-Que nada. Eles não precisam saber.
-Acho melhor tu avisar... Mal ou bem, tu saiu de casa de repente, sem falar nada... Não custa avisar, não?
-Minha mãe vai adorar saber que estou com o você.
-Não esquenta. Diga a ela que não vou matar o outro filho dela. – Zombou.
Euclides se aproxima, a passos tímidos, do tio.
-Tio, eu... Vou precisar da sua ajuda. Mais uma.
-Já sei: arrumar o quarto. Pode deixar, acabando aqui a gente dá uma geral naquele quarto.
-Não é isso.
Charles olha com estranheza para Euclides.
-Fala, ora.
-Eu preciso de um álibi. E esse álibi só pode ser você.
-Ei, cara, me explica essa lorota direito...
-Eu vou ser chamado pra depor, serei apontado como suspeito de ter matado uma pessoa.
-Suspeito? Como assim, o que tu aprontou, Euclides?
-Nada. Antes de mais nada, confia em mim como confio no senhor?
Charles, desconfiado, preferiu não contrariá-lo.
-Confio.
-Você tem que dizer que eu passei a noite toda aqui, que não fui a nenhum hotel.
-Mas... Quem não deve, não teme. Não é esse o ditado?
-Eu não devo. Mas temo. Temo que me julguem mal, que me prendam inocentemente. Tio, o senhor não imagina o quanto estou sofrendo, e com medo...
-Por que mentir? É pior, meu sobrinho!
-Eu saí do hotel na mesma hora do crime. É um indício contra mim. As câmeras flagraram minha saída. A policia chegará nesta pista, e eu posso ser preso, tio. Não permita que isso me aconteça. Me proteja, pelo amor de Deus... – Dizia, contristado, demonstrando pavor.
Charles mergulhou naqueles olhos epiléticos. Hipnotizado, disse:
-Eu... Eu te ajudo, cara. Fica calmo. Eu tenho um amigo advogado, eu, eu... Eu te ajudo.
Euclides sorriu.
-Sabia que não ia me abandonar nesse momento, como meus pais fariam. Eu vou ao banheiro, já volto.
Euclides se retirou. Charles ficou ali, parado, com o olhar apavorado, as mãos tremulas.
-Eita Deus, onde fui amarrar minha cabra?
A caminho do banheiro, o celular de Euclides emite um som. Havia recebido uma mensagem. Ele o tira do bolso, e lê a mensagem:
-“Você está com seus dias contados, Euclides”.
O telefone era desconhecido; o mesmo número que lhe enviara mensagens misteriosas na noite anterior, para o celular de Lia. Ele telefona para este número. Alguém atende, mas se mantém em silencio. Escuta-se apenas sua respiração.
-Quem está aí? Responde... Tem medo de mim, é? Não quer revelar a identidade?
A pessoa desligou o telefone. Euclides inchou-se de ódio, e medo.
-Diabo... Eu vou descobrir quem ta me fazendo de palhaço e vou acabar com a raça.
CONTINUA NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA...

3 comentários:

Andréa Amaral disse...

Agora temos o feitiço começando a se voirar contra o feiticeiro, hein? Quem estará na cola de Euclides? Júlia?

Ivelise Zanim disse...

O Euclides,psicopata, está prestes a ser descoberto em suas tramóias/assasinatos/mentiras/farsas e etc....Tambem acho q possa ser a Júlia q o está encurralando...mas vamos aguardar os finalmentes......

Lohan disse...

É, minhas amigas, os finalmentes estão de fato chegando... Tinha pensado em mta história, mas chega de prolongar, neh? Hora da reta final.
Já está na hora do Euclides começar a pagar pelos crimes. E o momento mais esperado está por vir, q será o confronto entre Ariano e Euclides. Qm sairá vitorioso?
Vcs estão boas mesmo de palpites, rs. Mas vamos ver... No próximo capitulo já devo revelar a identidade da pessoa q o está encurralando...
Valeu!