sábado, 5 de junho de 2010

Hoje

Hoje é dia de acordar às poucas da matina sem ver o sol
Juntar-se à grande máquina humana, ao conformismo padronizado
Fazer o que quer que faça, mecanicamente, como todos os dias
Sentir o que quer que sinta e ignorar sem ao menos saber
pois é dia de ligar o radio, hesitar um pouco em sua musica preferida..
e trocar para o noticiário.
dia da rotina, da rota, da riqueza, almejada ou não.
de não saber o que faz e não ouvir a quem sabe
de carregar maletas, pastas, mochilas, bolsas
pernas, pés, passos, tropeços
ignorados.
Hoje é dia de enfrentar as pessoas que não te conhecem
mas já te odeiam
é quando ser sincero não leva à lugar algum
e a verdade é uma vergonha
dia de andar depressa, correr, olhar mais longe do que enxerga
de se irritar, trocar insultos, socos, processos
de deitar-se na cama com sorriso falso e mentir para si mesmo
"sim.. foi um ótimo dia"
não interessa que dia é hoje...
é apenas um dia..

(mas é claro que poderia ser diferente
se alguém quisesse...)

2 comentários:

Lohan disse...

Show, Mauri!
Sua crítica social está cada vez mais robusta, a cada semana. Sua faceta ''revoltada'' está demais.

Valeu, meu caro!

Unknown disse...

Hoje é dia.
Como pensar no hoje pode ser tão difícil e até trágico, wells, mas sempre há o que fazer.
Inegável.
Adorei o poema!!!!!!!!!