quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sexo sem nexo.

ATENÇÂO: Este texto é proibido para menores de 18 anos (mesmo que eles pratiquem posições do Kama-Sutra com ETs).



Primeiro me veio a resposta, ou melhor, um comentário. Mas dele se fez um emaranhado de pensamentos soltos, confusos, mas que interligados por algo maior do que a busca pelo entendimento dos porquês para tanta falta de integridade nas relações sociais, decidi ser prática e materializar meus pensamentos de maneira que todos se identifiquem e consigam traduzir  meu pedantismo intelectual utilizando um recurso odiado pelos que creem que a literatura se faz com arte.

Ao terminar de ler o desabafo de nossa especialista em sexo, ou melhor, sexologia, me deparei com o seguinte questionamento: será que a sede de poder aquisitivo, material, político, anti-ético, seria uma forma inconfessável e sádica de atingirmos o prazer emocional, psicológico e até mesmo físico, por meios aparentemente aceitáveis, não tão anti-éticos, já que não estão associadas diretamente a atos relacionados a desejos sexuais abomináveis se postos em prática? Realmente, se pararmos para refletir, o sexo é o maior tesouro da humanidade. É a essência da vida em todas as suas instâncias. Temos o sexo como aparelho reprodutor, como parte do corpo físico, como consequência de um auto-reconhecimento de gênero; como canalizador de energias vibratórias que nos fazem sair do corpo físico para atingir um hemisfério etério; para ser usado como arma de repressão contra impulsos incontroláveis de atingirmos o Nirvana por meios considerados no mínimo impuros ou bestiais.

Por isso, nos momentos em que estamos  a sós, conoscos mesmos, sem ninguno around, nos pegamos entre pensamentos obscenos sobre transgressões que adoraríamos cometer e que fariam qualquer ser catequizadamente cristão e correto se revirar no túmulo antes mesmo de morrer. Por isso, Freud marcou época quando resolveu abordar todo o universo em que convivemos com o sexo que habita em nós. Literalmente...  Ele nos mostrou pela soma de dois mais dois que quatro é o resultado óbvio, mas que desejamos que em vez de quatro fosse sete, que se em vez de somarmos e diminuirmos o resultado também será outro, sempre nos trazendo consequências que também parecem óbvias, mas que podem desencadear um turbilhão de reações diversas e danosas que tanto podem nos tornar equivalentes aos seres inferiores aos quais denominamos de animais, justamente por não terem consciência e inteligência para medir seus atos, quanto podem nos tornar seres à margem das convenções sociais aos quais estamos atados desde a nossa concepção no útero materno.



As convenções , as regras, os dogmas, as religiões,os  tratamentos medicinais para males relacionados ao corpo e a mente foram criados em prol de mantermos uma convivência harmônica e sem violarmos certas leis universais que vão além da nossa concepção pragmática do mundo.

Mas sem mais delongas, o que quero dizer é que todos nós possuímos uma besta trancada dentro de nós. Uma besta chamada luxúria, hedonismo, que nos enche de culpa, remorso, nojo por pensamentos que nem ousamos pensar. Mas que estão lá. E que às vezes aparecem nos momentos mais estapafúrdios possíveis.

Talvez, seja por isso, que a arte como um todo é um bem precioso àqueles que sabem ou tentam canalizar esta energia animalesca para a estética. Quando pintamos, esculpimos, escrevemos, atuamos, dançamos...todos estes atos nos libertam das amarras da libido que não podemos vivenciar por sabermos que temos um código de conduta que devemos seguir e deixar a nossa consciência ( quando bem equilibrada) tranquila por sobreviver as tentações que são múltiplas e que se manifestam até mesmo em atos de supostos direitos de cidadãos,como o aumento de salário de representantes do povo que passam o dia inteiro coçando o saco; se regalando com as melecas que arrancam do nariz para sujar a mesa de "trabalho" do rival partidário; bebendo cafés cheio de cúspe da secretária que serve o café; se achando o máximo por limparem o cú com papel higiênico "Neve"... uma seda para rabos tão importantes que cagam cocô cheiroso e mijam fora do mictório para sentirem o prazer de saber que há um subalterno que terá que limpar sua sujeira. Isso tudo é sexo, sexual, sujo e sem sentido.

 Mas todos fazem, querem fazer ou acham graça em quem o faz. Os que negarem até a morte que nunca quiseram  observar a cara de tacho de um desafeto, após meia-hora de diarréia no único banheiro disponível numa reunião social ou a trabalho, deixando todo o ambiente fedendo a lavagem no chiqueiro, podem procurar tratamento AGORA! Ninguém é tão zen assim. Que mulher nunca adorou ver a Miss Patricinha com a calça branca manchada pelo sangue da menstruação inesperada na entrega do troféu de perfeitinha do ano? Eu fico pelada com o Maradona se alguém me provar que não tem um lado pervertido, canalha e muiiiiito sádico dentro de si mesmo.

Será que alguma "autoridade" é zoófilo e já atingiu o orgasmo transando com uma mosca? Será que todos sabem que o vereador conhecido por Belzebú, ganhou este apelido por comer as éguas no sítio do vizinho de chácara?
Alguém sabe quem é aquele senador que toda semana se instala pelo menos um dia num hotel cinco estrelas numa suíte presidencial para se travestir de Madonna, enquanto sua esposa pensa que ele estava em uma reunião sobre o aquecimento global na Onu?

E aquele ator global que foi internado porque resolveu colher tubérculos na horta orgânica e sem querer sentou numa cenoura que sem jeito se quebrou dentro do seu reto e tiveram que levá-lo ás pressas ao hospital?

Ah! Tem também aquela que resolveu se saciar com uma garrafa pet por ser vegetariana e não querer poluir o meio-ambiente, mas deu ar e  aí... ela não conseguiu tirar sozinha. E a socialite  que tem uma coleção de poodles que sobem no meio das pernas das convidadas e pensam que ali tem sorvete de leite condensado?

Tem mais. Quem já pensou em trepar com um defunto? Pois há quem goste e ainda é caracterizado de "necrófilo". Tão macabro quanto o prazer que eles sentem. Vá entender... O cinema é a arte que mais provas nos dá sobre as aberrações humanas. Quem sabe no próximo texto eu faço uma listinha à la Thaty? Tem cada uma... Mas não fiquem escandalizados comigo, por favor. EU SOU NORMAL. Só quero corroborar com a Carla, de que o sexo e a sexualidade estão em tudo. Por isso, lhes pergunto: o que vocês tem vontade de fazer, ser ou comer e que só confessariam no divã, na arte, sob tortura ou na hora de mandar alguém ir pro caralho porque arrotou na sua cara? Sou toda ouvidos.

2 comentários:

Ana Beatriz Manier disse...

Resumindo a ópera, sabe o que eu acho, amiga? Sexo é bom pra caramba! Coitado daquele que não admite ou, pior, que não se permite curtir plenamente um bom amasso! Claro que nem tudo precisa ir a público, mas, entre quatro paredes, valem todas as loucuras que as partes envolvidas toparem.
Agora, ficar pelada com o Maradona... humm, quero não!

piedadevieira disse...

Minha cara amiga, só sei que tu escreve bem pra chuchu, entenda, eu adoro chuchu. Agora você com suas ideias me fazem arrepiar até o cabelo de lá, sem rimar, tá?
Manda depois as outras que você sabe, quero rir até chorar.
Beijos