segunda-feira, 30 de maio de 2011

Paul Celan

Condição na competição:
Eliminado.
Data de nascimento:  
22/12/1964
Cidade:
Taguatinga, DF

Profissão:
Servidor público judiciário, analista judiciário, professor e bacharel em Direito
Gosto literário:
Fiodor Dostoiévski, Camões, Euclides da Cunha, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, José de Alencar, Jorge Luis Borges, Octavio Paz, Paul Celan, Brodski, Paul Valéry, Ernesto Sabato, Edgar Allan Poe, Walcott.

O que significa vencer este concurso?
Para Paul Celan, poder participar de qualquer concurso literário já é um grande privilégio. Agora, sagrar-se vitorioso nesse certame, certamente lhe trará grande alegria e satisfação, além de ser uma forma de reconhecimento e de incentivo para continuar acreditando na literatura e nas pessoas. Paul Celan afirma que tem conseguido obter alguns resultados muito
positivos na literatura e que o importante é continuar lutando, buscando trilhar os caminhos da poesia.
O que o tempo representa para Paul Celan?
"O tempo ronda meus quintais como um cão raivoso, ou uma borboleta tatuada nas nuvens do peito indefeso de tísico!". 
Poema n°1 (pré seleção): O sol da realidade

Chega!
Não quero mais a vaporosidade do espírito,
os lençóis da aurora, o velho chinês sonhando com
a borboleta que sonha com o velho chinês;
Quero a pedra apenas sob o sol da
realidade;
Quero apertar a mão do homem que cavou uma
cisterna o dia inteiro e justificou seu salário
com os metros da sede;
Quero os cães, a vida pura das ruas,
os pássaros roendo o crepúsculo;
Quero a verdade do poeta que cantou
os pendões da liberdade;
Quero a alegria daquele que plantou e colheu
e alimentou muitos irmãos
com as espigas de sol.

Poema nº 2 (Top 17 - O Velho e o Tempo): O Tempo e a Chuva

Como esta chuva que sorvo em minhas mãos,
Assim a areia do tempo
Transforma meu ser;

Tenho em mim um velho,
Tenho apenas o canto
Da cigarra morta
Nesta solidão do mundo das
                         palavras;

Tenho apenas o osso,
O sacrifício da ausência
                             indomável,
              semente do nada;

Tenho apenas as redes da
                 matéria bruta
Tragando os peixes-poemas,
Canções do acaso, gritos
           mudos, bois e lobos
                 no olho esquecido;

Tenho apenas o tumulto
Nesta grei onde se confia à
Aurora e às estrelas.

Poema nº 3 (Top 15 - Haicais): Perdão

Flor da primavera:
Entrando a luz do perdão
no corpo em escombros.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um grande poeta. Foi eliminado cedo demais...