segunda-feira, 18 de junho de 2012

Os 30 poemas da 1º Etapa das Finais


“No fim, tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
Que o vento não conseguiu levar:
Um estribilho antigo,
Um carinho no momento preciso
O folhear de um livro de poemas
O cheiro que tinha um dia o próprio vento”.

(“O que o vento não levou”, Mário Quintana)





"A faísca,
O boom,
O alastramento:
A poesia
que descortina o caos
É do universo
O renascimento".

(Lohan Lage Pignone)



SEJAM BEM-VINDOS À APRESENTAÇÃO DOS POEMAS
DA 1º ETAPA DAS FINAIS DO
II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A!


Antes, confiram, logo abaixo, o vídeo que preparamos em homenagem aos 30 poetas que fizeram bonito até aqui e que continuam lutando para permanecerem no concurso. Aproveitem a prévia do que vocês lerão no decorrer deste post!:



O que você faria, se só te restasse um dia? Certamente, o verdadeiro poeta faria poesia. E, assim, *29 poetas competidores simularam esta situação - a véspera do dia 21 de dezembro de 2012 - e se entregaram ao máximo. Souberam lidar com a limitação dos versos (no máximo, foram permitidos 16 versos) e com a situação em que precisaram se colocar para desenvolverem seus poemas.

* Informamos que um dos 30 poetas, o João do Lago (RS), deixou o concurso por motivos de saúde. Desejamos melhoras e força em sua jornada poética fora do concurso.

Dos 29 poetas restantes, apenas 12 irão compor o quadro final do II Concurso de Poesia Autores S/A. Serão mais 7 etapas, ao todo, nas quais esses 12 finalistas disputarão, ponto a ponto, o grande título. Na próxima segunda-feira, dia 25/06/2012, iremos divulgar aqui no blog o resultado da classificação final desta fase, bem como apresentar os jurados oficiais ao público e suas respectivas notas e comentários acerca dos 29 poemas que serão apresentados a seguir. Também apresentaremos um pouco sobre a vida de cada poeta, ressaltando que não mencionamos nomes reais e títulos de obras dos participantes remanescentes.

POEMAS DA 1º ETAPA DAS FINAIS - A VÉSPERA DO SUPOSTO FINAL DOS TEMPOS:

"No fim do caminho está a liberdade. Até lá, paciência".

(Tolstoi)

- Todos os 29 poemas foram organizados de modo aleatório na postagem; 

- As biografias de cada poeta serão apresentadas logo acima de seus respectivos poemas.



&

Efêmera nasceu em Macapá, mas passou a infância no Rio Grande do Sul. Passou no vestibular aos 15 anos e começou a cursar a faculdade aos 16, devido estar algumas séries escolares adiantadas pelo diagnóstico de superdotação. Agora está com 19 anos e cursa o 7º semestre do curso de Letras/Inglês na Universidade Federal do Amapá. Aos 8 anos foi aprovada num concurso de poesia e, assim, teve sua primeira obra publicada em uma coletânea de jovens poetas gaúchos. Recentemente, também foi selecionada em outro concurso promovido por uma editora e em breve será lançada em uma nova coletânea. Atualmente compartilha seus escritos em um blog, “Efêmera”, e acredita que para que o poeta brasileiro seja valorizado é preciso haver a popularização no acesso à informação, para que assim todos possam usufruir de leitura de qualidade, fator imprescindível para a formação de um cidadão crítico e ativo culturalmente. Por que deseja ser a vencedora do II Concurso de Poesia Autores S/A? Simples: a Literatura está até no ar que respira".



Título: Último Poema

Armagedom? Apocalipse?
Chame como preferir.
Vejo o caos como um eclipse:
Depois da escuridão, a lua nova há de vir.

Talvez o início de uma nova era,
A marca de um recomeço;
Quem sabe o paraíso sobre a Terra?
De repente, todos voltarão ao berço.

Mas se tudo acabar, enfim,
Não vou maldizer a sorte.
Se o mundo estiver chegando ao fim,
Sorrirei para a amiga Morte.

Aceitarei o ritual de passagem,
Porque de nada me arrependi.
Não sofrerei com essa viagem:
O importante é que amei, e por isso vivi.

 &


Ocelot nasceu em Ipatinga, interior de Minas Gerais, em 1989. Praticamente foi alfabetizado com os quadrinhos, e, através deles, surgiu o prazer de ler. Escreve (ou tenta) para não explodir. É Graduando em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Escolheu este curso pela literatura, pois acredita nela como fonte enriquecedora da experiência. Não merece ser o vencedor de coisa alguma, mas tem coragem”.



Título: Fim


Certeza houvesse do fim iminente
não escreveria tantos poemas
nem rascunharia livros eternos
esqueceria os pobres esquemas
e abraçaria todos os infernos

viver somente

Fim de tudo.
Vejo o caos,
mudo.


&


Aprendiz nasceu em Araguaína-TO no dia 19/05/1991. Seu primeiro contato com a literatura foi em 2007 num concurso de poesia da cidade no qual se inscreveu apenas para ganhar um ponto na disciplina de redação da escola. Mas, por força da poesia, foi classificado para a final sem a mínima intenção ou interesse. Com o tempo, veio a paixão poética. O primeiro livro que leu foi “O monge e o executivo” (James C. Hunter). Tem várias poesias e um conto publicados em antologias, mas nunca publicou um livro só com suas obras. É farmacêutico e escolheu tal formação por querer trabalhar com a saúde. Pretende ainda ter formação na área literária. A maior dificuldade em ser poeta é que grande parte das pessoas ignora seu trabalho, assim como o pouco incentivo e iniciativa do poder público no campo literário. É preciso promover mais eventos literários e estimular a escrita e as outras artes por meio de políticas públicas. A poesia pode não fazer previsão, mas vale a intenção de ser campeão”.



Título: Sobrevida

O fim tem imensa intenção na forca dos nós,
O acréscimo, intensa atenção na força da voz,
Afinal, pra ser final tem que atar a alma do poeta eternamente,
E, apenas nós, não são (somos) fortes o suficiente.

Só o passado é soberano, pois existe,
O futuro é sobre-humano, já que insiste,
Tenho sensibilidade pra dosar os dozes que a vida cobra,
Tento a possibilidade de dobrar as dores que o final chora.

O mundo finda os dias nas enfermidades proféticas,
O poeta vive, no último (diariamente), a eternidade poética,
E se o calendário marcar o derradeiro dia,
Viro ao contrário, dobro o horário e desperto em poesia.

No dia vinte, tento um print pra congelar,
Tento compor a senha da eternidade sem rasura,
Mas se mesmo assim a porta se fechar,
Sobrevivo pelo buraco da fechadura.

&



Ganglamne nasceu em Belo Horizonte, MG. Segundo Ganglamne, a vida rompe o cordão algumas vezes. Consigo, quando saiu do ventre para se ligar a Beagá, e, depois, aos dez anos, quando transferiu o final da infância para diferentes horizontes das muitas Minas que há nesses montes. Cresceu perto da mãe e a conheceu bem, mas se distanciou do pai com o tempo, sem nunca se permitir se esquecer da sua predileção por seu abraço e pulso firmes. Colecionou livros da série Vaga-Lume e obras-primas de Lewis e Tolkien, mas somente ler a alma desses gênios não a satisfez. Escreveu os primeiros poemas na época do grupo, escondeu os segundos debaixo do colchão quando chegou ao colegial e emprestou sua terceira tentativa de poeta - um ensaio de livro - para uma amiga do peito: perdeu o livro, perdeu a amiga, mas preservou terno o peito. Decidiu dar sua cara a tapa e seus versos ao vento, e hoje escreve na esperança de que um dia alguém sorria, chore, sofra ou seja grato pelos seus pensamentos. Ser vitoriosa em mais essa tentativa será como subir um degrau no extenso caminho que vem adiante”.



Título: Plano de Retirada

Vi uma estrela que oscilava na boca do céu
e a lua sendo arrebatada pelo céu da boca.
A boca é o juízo e o céu é a estação de trem
que me conduzirá ao paraíso ou à alegria pouca.

No trem, avistei impacientes à minha espera:
Deus com seus trovões, anjos e chagas
diabo com suas mulheres e semblante de fera
e para os autores, já reservada, uma vaga
por terem evangelizado em tempos de guerra.

Antes que o mundo esmoreça tomarei
algumas medidas imediatas e deixarei
na geladeira um prato de lentilhas, na cômoda um salmo encorajador
na cama uma foto do meu amor, no peito doído uma lembrança da filha
e no chão inflamado uma dose de ironia, última obra de um ruim poeta.

Ah, se escapar este poema! eternizo minha alma e ainda frustro o profeta.

&



Dom nasceu em Nova Friburgo, interior do Estado do Rio de Janeiro. Desde cedo, na escola, em séries primárias, gostou de escrever e, embora não tivesse técnica nenhuma, sempre que aconteciam concursos de poesia, participava. Não tem nenhum livro publicado. É músico e terminará sua faculdade de Letras (Port./Lit.) daqui a um ano. Confessa que acabou caindo de gaiato nesta área, embora, hoje, esteja gostando bastante. Não tem nenhuma frustração nesta área literária, 'fanfarronicamente', se auto intitulando poeta, pois, não tem uma ambição (embora queira publicar um livro) com esse lance de poesia; segundo ele, todos nós sabemos que este segmento artístico não é algo muito vendável no nosso país, então, quando o faz, faz simplesmente por fazer, porque gosta; e, em relação à valorização do poeta, crê que este nunca mais será valorizado. Acha que merece vencer porque consegue enganar um monte de malucos fingindo que escreve.



Título: Nada de novo debaixo do sol

Antes tivesse trocado a folha virgem por papel moeda
No ápice do fim, no fundo do poço
Todo o bando de infelizes pensantes
Na decadência o mundo se assemelha
o desespero parece espelho
Troque essa pena, pois esta de nada mais vale
Contemple a pequenez da tua alma
Nada mais é puro
Nada mais é podre
Todo verso será dizimado, toda canção será calada
Toda ideia apagada
Todo resquício de entendimento aniquilado
Deus! Invente um novo armagedon
Enquanto isso, fico aqui com minha cara de babaca decepcionado
esperando alguma novidade
Pelo menos no fim

&



Márcia Montenegro nasceu em Sorocaba (SP), em 1992, na madrugada de 25 de julho, que por coincidência é o Dia do Escritor. Atualmente, trabalha com prestação de serviços editoriais, além de ser graduando do último ano de Letras, pela Universidade de Sorocaba. Desde muito novo, sempre gostou de viver da imaginação. Quando aprendeu a ler e a escrever, ficou não só imerso nas páginas dos livros infanto-juvenis, como também começou a passar sua criatividade para o papel. Seu primeiro prêmio literário foi aos 9 anos, mesmo assim, até os 15 anos, jamais se imaginava na posição de escritor; escrevia apenas para desabafar o que sentia. Aprendeu um pouquinho com cada autor que já leu: desde a simplicidade de Ruth Rocha até a complexidade de Virginia Woolf. Publicou seu primeiro livro impresso há um ano, mas tem a opinião de que o mercado editorial brasileiro, infelizmente, está mais focado no lucro do que na qualidade. Então, acha que a maioria das editoras já consagradas dá preferência a escritores internacionais e autores de best-sellers, limitando o espaço editorial e impedindo que novos autores se destaquem. Quanto aos concursos literários, até sua última contagem, foram pouco mais de cinquenta prêmios. Pode destacar como exemplo: o Cancioneiro Poético, realizado pelo Instituto Piaget de Portugal, que foi seu primeiro prêmio internacional; o Mapa Cultural Paulista, realizado pela Secretaria de Cultura de São Paulo, no qual foi selecionado para representar Alumínio e a região sorocabana; o Desafio dos Escritores, realizado pelo Núcleo de Artes da Câmara dos Deputados em Brasília, do qual recebeu até convite para ser jurado; e o clássico Concurso Literário da Uniso, em que foi finalista antes mesmo de fazer parte do corpo discente da universidade. “Se há o direito de alguém vencer o concurso, por que não eu?”, diz. Se bem que, na verdade, já se considera vencedor. “Não só eu, como todos os 30 classificados desta fase”.



Título: Recado ao Fim do Mundo


Prezado dia vinte e um de dezembro,
Chamado Fim do Mundo, se bem me lembro:
Já que é amanhã o dia da catástrofe,
Dedico-te isto, estrofe por estrofe.

Infelizmente, chegarás atrasado,
Porque meu fim não é futuro; é passado.
Primeiro, meu chefe quis me dar sossego
E despediu-me injustamente do emprego.

Ao passo em que me tornei um meliante,
Minha namorada largou-me, no instante.
Da minha mãe, só as lembranças do Natal.
Do melhor amigo, uma ida ao funeral.

Caro Fim do Mundo (e também dos problemas):
Enquanto sucumbo, leve este poema.
Não foi lá escrito com tamanho empenho,
Mas, honestamente, é tudo que inda tenho.

&


Esteves sem Metafísica nasceu em Riachão do Jacuípe – BA. Seus primeiros contatos com a literatura foi em casa, com a sua avó. Poemas antes do Nescau da noite. O primeiro livro que leu foi “Poesias infantis”, de Olavo Bilac. Já publicou três livros. É Graduado em Letras com Língua Espanhola e especialista em Estudos Literários. Atualmente, é Mestrando em Literatura e Diversidade Cultural. Escolheu este caminho por aptidão pessoal. Nunca passou por nenhum constrangimento relacionado à literatura. Acha que a valorização do poeta pode ocorrer se houver mais concursos, mais publicações e incentivo às pequenas editoras”. 


Título: Lembrança


Amanhã,
tudo será lembrança: aquela nuvem,
aquele cão, o peixe no aquário,
Deus e os cactos.
Tudo será lembrança.

A sabedoria oriental será lembrança.
A enciclopédia Barsa será lembrança.
Os lábios de Marie e as línguas germânicas;
O Santo Graal e os quadros do musée du Louvre.
Tudo será lembrança.

E eu, que escrevo este poema de despedida,
serei apenas a lembrança de um eu,
que escreveu um poema de despedida.

&



Jean Jacques nasceu no Rio de Janeiro, em 1982. Sua paixão pela arte vem desde os 6 anos de idade, quando seu pai o apresentou aos Beatles. Um pouco depois, teve os primeiros contatos com a literatura, através dos livros do Pedro Bandeira. A poesia surgiu de maneira pouco comum: começou a escrever para fazer letras iguais às do Renato Russo. Enfim, não se tornou um astro de rock, mas continuou escrevendo. Possui 2° grau técnico em Mecânica pelo CEFET/RJ e cursou Engenharia Mecânica até o 3° ano na UERJ, largando o curso para se dedicar à literatura. Atualmente, trabalha no setor petrolífero e é estudante de Letras da UFF/CEDERJ. Não vai dizer que merece ser o vencedor do II Concurso de Poesia Autores S/A, mas mergulhará de cabeça em cada verso, como se fosse o último verso da sua vida, o verso derradeiro, e que, no fim do concurso, ao sair da água, encontre uma praia paradisíaca e possa sorrir ao ver seu nome escrito na areia, ao lado da palavra VENCEDOR”.


Título: Vinte do doze


Tique-taque! Tique-taque!
Vinte e doze...
E os segundos que se vão
Vêm a mim em overdose,
Pico lancinante no espírito,
Como um beijo rascante
Da imperatriz das meretrizes,
A morte.

Tique-taque! Tique-taque!
Vinte do doze...
E o futuro, teatro dos vencidos,
Faz de hoje o último ato,
Enquanto as cortinas d’alma
Fecham-se lentamente
Como vítimas infantes,
Olhares perdidos, abatidos.

&


Anna Lisboa nasceu e foi criada na V. Madalena/SP. Em uma época de ouro, frequentando o Sujinho, bar-reduto de intelectuais, músicos, cineastas, escritores, eventuais prostitutas da Rua Augusta e duendes, para desgosto de seu severo pai Alentejano, bebeu a sua 1ª dose de álcool literário, aos 13 anos. Era 1983 e, certa noite de inverno, um desses seus “mestres” parou na sua frente com algumas folhas sujas na mão e disse: “- Aqui está você. Quer ler? É forte”. Golpe baixo! A curiosidade abriu suas mãos e apertou com força trechos de ”Navalha na Carne”, de Plínio Marcos. Iniciava-se seu caminho de perdição. Uma frustração? Ter começado a acreditar em si 30 anos depois. Um dia, resolveu tirar suas dores da gaveta e, em dois anos, tem algumas poesias premiadas em antologias. Seu 1º livro de contos? Está pronto. Finaliza externando sua vontade de que o Brasil possa, um dia, comer poesia sem contraceptivos: Amém”.

Título: Gênesis


Av. Paulista, 23h54: Acabou para mim o gemer da vizinha
Acabou carnaval, o feijão com farinha
E o clitóris da virgem tentou se matar. Há Deus?

McDonald's, 23h55: Vomitei na saída a mentira da faca
A minhoca indagou: “– É bovina essa vaca?”
Sex Shop, 23h56: Vou roubar espartilho, me amarrar com fitilho
Tabacaria, 23h57: Teu charuto tragar e soltar mais um filho – precisava rimar!
Igreja, 23h58: Quanta merda de gente! Isadora contente!  Quanta merda no dente!
Isadora o altar?

Autores S/A, 23h59: Um poeta não morre se alguém publicar. Há Deus? Enviar.
São Pedro, 00h00: – Anna, as respostas tu pedes ao Pai Cria Dor. Descerás ao inferno queimado de horror. Podes já te arrumar e também perguntar! Aqui está o Senhor.

Anna, 00h00: – Nesse inferno citado haverá camiseta? E seu Nelson Rodrigues, é de fato o capeta? Mas, espere! Há mesmo um Deus? Ah, Deus... Fudeu! Esqueci a caneta!!
Diabo, 66h66: – Bem-vinda, poeta de anca discreta! Catarse e fogo, seguir linha reta.

(Jurei me salvar; calei. Quando um seio fala, o outro abaixa a orelha. Adeus).


&


R.Days nasceu em São Paulo, capital, e mora há mais de 20 anos em Mogi Guaçu, interior de SP. Sempre escreveu, e seu primeiro contato com a literatura foi no Ensino Fundamental. O primeiro livro que leu foi “Clarissa”, de Érico Veríssimo. Já participou de várias antologias e ainda prepara seu livro de poemas. É formada em Letras e Mestranda em Linguística. Escolheu esses cursos por lhe darem bastante ferramentas para criar. O maior constrangimento que passou foi a falta de generosidade dos próprios poetas com os que ainda não tem certa notoriedade; existe uma blindagem e egocentrismo que acha lamentável. Segundo R.Days, o Brasil tem que entender que o poeta é alguém que traz visões variadas e constroem pensamentos novos, por isso a poesia deveria ser estimulada nas escolas, principalmente com leituras, oficinas literárias, etc. Merece ganhar o prêmio  porque acha que seu trabalho amadureceu e tem condições.


Título: A Retórica do Diabo e o Fim do Mundo

É véspera do dia 21 de dezembro, escrevo meu último poema dentro de um caldeirão

Na panela do diabo não está a bondade ou a pureza,
Está a crueza escancarada de um mundo perdido
 Nesse cozimento insano, fui jogado também
Sou mais um dentre tantos, me dissolvendo na fervura em borbulha.

-Até que você não é tão mau, disse o diabo,
Olhando pra mim dentro do caldeirão.
 O que te condenou foi a ingenuidade,
Os boçais me dão mais raiva que os maus,
Por isso que até amanhã, o mundo vai acabar
Finalizou rindo o rabudo,
Enquanto mexia com entusiasmo a panela.

&




Gzin nasceu em Americana, SP. Seu primeiro contato com a literatura foi por meio do professor Wilson, de Português, amante da literatura, que o incentivou a ler e a escrever. Os primeiros livros que leu foi “Éramos 6” (Maria José Dupré) e Vidas Secas (Graciliano Ramos). Já publicou 2 livros e ainda participa de mais de 95 antologias. É publicitário, atuante na área de criação, mais precisamente em redação. A escolha: por sempre se identificar com a escrita e a criação. Na ocasião do lançamento do seu primeiro livro, andava sempre com exemplares à mão (à moda Plínio Marcos). Certa vez, viu um amigo no balcão de um bar e foi até lá falar com ele sobre o livro, que prontamente o adquiriu e lhe parabenizou pelo lançamento. Agradeceu, se despediu, saiu do bar muito feliz e, não se recorda exatamente o por que, voltou rapidamente para falar para ele alguma coisa que havia esquecido e aí se deparou com uma cena frustrante e completamente constrangedora: ele jogando o livro para o alto e chutando (como se estivesse controlando a bola)... Nunca mais esqueceu isso. Por que merece ganhar o concurso: por que seria mais um importante reconhecimento à sua trajetória e ao seu trabalho, que gostaria de constar em seu currículo literário”.

Título: A manhã depois de amanhã



Se houver amanhã,
Serpenteie sua estrutura de sucuri,
Deixe sua marca.

Passe seus olhos de bisturi
Pelas entrelinhas da sua biografia,
Crie sua própria linha do horizonte.

Se houver amanhã,
Desça outra vez as ladeiras das suas tardes
Sobre o carrinho de rolemã.

Palavreie no céu da boca as estrelas das suas quimeras.
Livre-se dos azedos, folheie arvoredos e passaredos.
Viva! A vida não tem arremedo.

Se houver amanhã
Suture as carnes expostas de tantos “ontem”
E, com a mesma agulha e fio, enfim,
Teça novos pontos, novas manhãs.

&




Pedro Andreatto nasceu em Imbituva, Paraná. Seu primeiro contato foi com a literatura oral, com os causos que sua avó contava. Já da escola, lembra-se das idas à biblioteca com a professora Margarida, da 1ª série... Tem a lembrança de ler e ouvir “Os Saltimbancos”, do Chico. É professor. Cursou o Magistério e já iniciou os cursos de História, Letras e Pedagogia, sem concluir nenhum. Ainda não lançou nenhum livro, talvez porque tenha lhe faltado coragem. Coragem que faltava/falta em assumir-se como escritor; começou a participar de concursos este ano porque em seu meio um escritor e, principalmente, um poeta, é visto como um “alienado”. Crê que muito já se tem feito pela valorização do escritor, como editoras mais acessíveis e muitos concursos que propiciam a veiculação das obras e reconhecimento. Merece vencer o concurso porque hiberna há 15 anos no berço da escrita e neste ano, acordou... Este concurso é o seu raiar para vida literária!”


Título: Eu era eterno



... e  no jornal o fim do mundo é fato, será? Da notícia veio a lembrança de que eu- criança, não acreditaria. Eu era eterno e criador de criaturas...

                         - Menino, venha pra dentro, tá tudo molhado!

O cheiro de janta, as camas já feitas - noite na calçada.

O dia de chuva- machadadas de raios, ventos batendo janelas,
fim do mundo!- reclama a avó. Dia sem aula, não podia  molhar-se.
Não teve bolinho como nas outras casas, foi café com pão,
filme na TV, chatice de dia de chuva- perigo de gripe!
Dos desenhos no caderno, um carro verde- mas verde, esperança?-
questiona a mãe, sem resposta...
 um pássaro amarelo e uma bola de futebol a lápis de cera;
na janela, desenhos de hálito bafejado - os nomes do pai e da mãe adornados.

Já noite, a surpresa de Lua, sem chuva, a liberdade da calçada escura,
o “passarinho” voa encantado- poças de água e  eu - menino agachado:

                                           - Já pra dentro, venha jantá!
                                           - Já vô, manhê, tô catando estrelas.

&


Lobo do Mar nasceu em Brasília, em 1964. Desde cedo escreve e lê muito. Em sua casa havia muitos livros. Teve pouco contato com a literatura infantil. O primeiro livro que leu, aos 6 anos, não era infantil: ‘Meu Pé de Laranja Lima’, de José Mauro de Vasconcelos. Em 2011 publicou seu primeiro livro. Estudou Ciências Econômicas. Escolheu esse curso por ter lido alguns livros de Economia – foi paixão imediata. Ainda não viveu constrangimento ou frustração por querer ser escritor. Considera-se eterno aprendiz. Sobre a valorização do poeta, no Brasil, crê que estamos no caminho certo. Aos poucos, tal valorização está crescendo. Questão de tempo para a poesia se popularizar mais – a internet contribui pra isso. Acredita que o país retomou o caminho da produção cultural e isso começa a ser sentido em todos os segmentos das artes. O que ainda falta é mais investimento em Educação e Cultura. Porém, acha que está muito melhor que nos anos 80 ou 90. Por fim, não sabe dizer se merece vencer o certame. Quem decide isso é o júri. De sua parte, está se divertindo e, mais ainda, aprendendo muito com o II Concurso Autores S/A”.



Título: Antes do fim


Li nos jornais...
a teoria da explosão do sol,
dizendo que o fim da Terra chegou,
que nada sobrará sobre essa esfera
onde a esperança, enfim, feneceu.

Mas não me apavorei
– o que me resta vou aproveitar –,
tirei a semana para ver o mar,
amar a todos que sei que me amam
– enquanto ainda estamos aqui.

Pouco importa,...
não é o fim do mundo o que me apavora,
mas sim, o erro irreversível
das minhas escolhas:
– tudo que deixei, mas sei, valia a pena...
e todos os poemas que não escrevi.

&



Per-Verso nasceu no Rio de Janeiro. Desde pequeno, e antes mesmo de saber ler, as palavras o encantavam. Começou pelas histórias em quadrinhos, depois, quando já lia, se apaixonou por Monteiro Lobato. O primeiro livro que leu foi “Viagem à Grécia” e se apaixonou pela Mitologia Grega. Nunca publicou nada, mas já teve algumas peças encenadas. É formado em Letras Português/Inglês pela UFRJ. Na verdade, sua opção por Letras não deve nada a ver, diretamente, com literatura. Trabalhava numa firma na qual tinha que falar inglês, logo, optou por esse curso no intuito de se desenvolver na empresa. Sua maior frustração foi quando se inscreveu num concurso de peças teatrais e mal tinha dinheiro para entregar as cópias do texto requisitadas pela banca. Cada cópia deveria estar lacrada em envelopes individuais. Quando ficou sabendo que não havia sido classificado, pediu para pegar as cópias de volta, pois pretendia encenar o seu texto. Apanhou os textos, sem reparar que nenhum dos envelopes lacrados haviam sido abertos. Só se deu conta disso no ônibus, de volta para casa, quando já havia aberto um envelope. Seu texto nem havia sido lido! A vencedora foi uma autora famosa. Acredita que o Brasil precisa ler mais de uma maneira geral; isso tem que ser incentivado nas escolas. Acha que a aula de literatura deve ser algo agradável, e não uma "literatice". O II Concurso de Poesia Autores S/A foi sua primeira incursão na poesia, e confessa ter se surpreendido como foi capaz de voar tão longe. Ganhar seria um grande incentivo para que se levasse a sério como poeta. Aliás, acha que todo mundo deveria exercitar o seu lado poeta. É ótimo, ele recomenda”.


Título: Bilhete de dez pedidos

Que se evaporem as visões e os vislumbres
Cessem os sons, os sussurros, os sopros
Por favor, silêncio em meu nome.
Aplaquem-me a sede e toda a fome
Dissipem até o mais ínfimo dos odores
Apaguem as boas memórias e as lembranças dos meus horrores,
Dissolvam todas as esperanças, todo o desejo e todo ardor.
Não quero amor, mas também nenhuma dor, culpa ou clemência.
Dos deuses não quero nada, só suave inconsciência.
Cesse, pois, o coração com seus sentimentos-tormentos.
E do tato, só desejo o toque de Tanatos.
E que se faça assim a farsa de um fim...

&


“Nonada F.C. nasceu em Juiz de Fora/MG, a Princesinha de Minas, em 1982. Começou a ler com mais frequência e entusiasmo aos 19 anos, sendo “O diário de um mago”, de Paulo Coelho, seu primeiro livro espontâneo. Matemático frustrado e graduado em Letras, Nonada F.C. já publicou 1 livro de contos e 3 de poesia, tendo o mais recente saído da prensa em 15/06/12, o que valeu como ponte à Accademia Internazionale “Il Convívio”. Como frustrações, o autor considera a falta de interesse de um grande número de pessoas com relação à poesia, por falta de incentivo à leitura nas escolas e à imagem de hermetismo vinculada a ela. Um processo de desmistificação da poesia e o melhor trabalho em sala de aula, desvinculando análises sintático-semânticas da noção de criação e crítica literária seriam bons caminhos”.



Título: Epitáfios



Epitáfio tardio

Aqui jaz uma figura
patética:
de agrura em agrura
fez de sua vida
uma malsucedida
licença poética.

Epitáfio sincero

Aqui jaz um quase-poeta:
de tema em tema,
de rima em rima,
nunca escreveu um poema
que fosse uma obra-prima.

&





Gaspar nasceu em 03/6/1953, em São Paulo, na Capital (garante que não foi culpa sua). Seu primeiro contato com literatura foi aos 8 anos, no segundo ano primário, culpa da Dona Terezinha, segundo ele. Não se lembra bem a história (apesar de fazer apenas 50 anos), mas sabe que foi finalista de alguma coisa, quando a “fessora” pegou o papelzinho e leu seu nome. Ganhou. O prêmio – para sua decepção – foi um livro sobre Mogli, o menino lobo. Durante anos foi único a conhecer essa história, até que Walt Disney o desbancou dessa exclusividade. Confessa que parou por aí, até mais ou menos os 18 anos. Seu primeiro desafio não foi a Literatura, propriamente dita, mas as Humanidades. Formou-se em Sociologia e tudo indicava que seu caminho estava entre a Estatística e a Pesquisa. Logo largou tudo. As condições de vida não favoreceram sua dedicação. Virou Funcionário Público. A Literatura, como paixão, começou tarde. Certo dia, sem querer, encontrou Clarice Lispector - sua – quase - obsessão. Como dizem das drogas mais fortes, depois que experimentou, não parou mais. Porque merece ser o vencedor do Concurso? Só pode responder da seguinte forma: leia as poesias, lá deve ter alguma resposta”. 


Título: Partida

pronto!
parte, como esperado, o barco ...
reclama do roteiro quem lida
há tempos com os traços do desterro?

olhares, mágoas ... tantas
miragens - só agora
- subindo o pano ao mastro -
se delineia a sombra do destino

(o olho cego ferve
parindo o suor grosso
das nuvens bolorentas)

riscado no céu um nebuloso alerta:
- mesmo fatigado aprende -
o desentendimento ensina
a suprema arte
da despedida

&




G.D nasceu em Lorena, interior de São Paulo, porém três dias depois já era um habitante da cidade também interiorana de Atibaia. Sempre leu muito, mas acredita que o primeiro contato com a literatura consciente foi aos 15 anos, concomitantemente ao seu ingresso em alguns movimentos sociais. O primeiro livro que leu foi uma adaptação do livro “Os miseráveis” de Victor Hugo, aos 14 anos. Ainda não publicou, mas tem um projeto que será publicado até o fim do ano de 2012. É graduado em Ciências Jurídicas e Sociais, conhecido nas rodas de samba e nos botecos mais próximos como “Direito”. Na verdade, é um Bacharel/advogado por acidente, uma vez que se dedicou, durante o curso, muito mais a Ciências Sociais e a Filosofia que à própria técnica jurídico-processual. Não conseguir publicar é uma frustração em relação à literatura, além de ser um processo caro. Acha que merece vencer o concurso porque vive poesia”.


Título: Parto

"Todo homem nasce como muitos homens e morre de forma única."
                                                                             Martin Heidegger


Meço
O ócio nos ponteiros
do relógio sem número

                            [A ponta da lança de Homero, sobre o peito do Cristo quase morto,
roto fim de quase nada];

Flagelo 
A essência dos segundos,
Mudo por hora a existência frágil dos ouvidos
Moucos;

Pudesse enfim
Colocar no rabo do tempo o que ele
Meteu em mim.
Aí está o ser-no-mundo, dane - sem
                                                    >>> Dasein;
Ninguém por vir,
A vida cadela deu cria na favela,
                                                                       [ao natimorto
sem tempo de existir]

                                      Então hoje (Jeweiligkeit: ser-a-cada-momento) morro.

&



Sombra nasceu na cidade de Fortaleza-CE e se criou por diversas cidades do Brasil. Seu contato inicial coma literatura foi aos 5 anos, através da obra de Saint-Exupéry: O Pequeno Príncipe, que foi o primeiro livro que leu. Atualmente, tem um livro não publicado. Devido a vida instável de muitas viagens, não teve formação acadêmica; tendo estudado Música, Filosofia e Ciências Econômicas em diferentes instituições sem concluir. Sua frustração talvez seja sua obra ter sido rejeitada por mais de 40 editoras. Crê que o Brasil ainda é um país paupérrimo em cultura; nunca viu um poeta entre os mais vendidos nas livrarias e achoa, ainda, que as editoras deviam abrir o espaço para os poetas, já que o governo não o faz. Porque deveria ganhar o concurso de poesia Autores S/A? Não sabe, e prefere nunca saber”.


Título: Apocalipsismo

O universo observável é já infinito
E nada há de mais tolo neste mundo
Do que o homem - este verme moribundo-
Que resume sua existência sobre mitos.

O fim do mundo se aproxima é um delito
Deixar viva essa mísera cobaia,
E é por isso que a profecia maia
Porá fim nesse espécime maldito.

Galáxias inteiras se expandindo
E os homens celebram este advindo
Adorando seus heróis feitos de barro...

Que se acabem todos eles no vazio,
Que eu assisto isso tudo e aprecio:
O Meu último soneto e um cigarro.

&



Manoel Helder nasceu em Trairi-CE, no ano de 1980, num pequeno e hoje extinto povoado chamado Lagoa da Luz. Começou a escrever poesia aos 19 anos, mas já na infância freqüentava os livros, indo desde os gibis, passando pela literatura infanto-juvenil (quando então leu seu primeiro livro, “Os Robinsons Suíços”, de Johann Rudolf Wyss), literatura de suspense e mistério, faroeste, autoajuda, até chegar aos romances nacionais, à poesia e aos clássicos da literatura. Publicou apenas um livro de poemas. É formado em Pedagogia, com Habilitação em História e Geografia, e possui Pós-Graduação em História do Brasil, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Identificou-se muito com o Magistério: é Professor e gosta muito de lecionar. Acha que publicar poesia no Brasil, por uma editora de abrangência nacional, ainda não é uma tarefa fácil e isso precisa ser transformado! Não sabe se merece ser o vencedor do II Concurso de Poesia Autores S/A, mas sabe que gostaria de vencê-lo. Deseja sorte a todos”.



Título: CODEX 11 ou Confronto de Cristos

“Direi algum dia vossos nascimentos ocultos”
Arthur Rimbaud

“Uma vontade absurda de ser Cristo
Para sacrificar-me pelos homens!”
Augusto dos Anjos


I
Consumado o fim do tecido das eras
vos direi agora de vossos mistérios na trama do tempo,
ó vós que sois galhos d’árvore da vida,
vós que cultuais a jarreteira azul;
vós, filhos de Thule; vós, Skull and Bones;
vós, pedreiros livres; servos da Cabala:
forjado na Pedra mesoamericana, o Falso Cristo é pronto!

II
Mas Tu, ó Messias, Filho do Deus vivo,
contemplas o mundo (vil Jerusalém, para sempre tolhida
pela tua espada e por teu santo pranto
sobre pedras toscas, amanhã tombadas);
cumpres teus caminhos de verdade e vida.
E os homens agora correm contra a morte:
buscam tua palavra (elmo e cimitarra), ou livro qualquer,
onde jaz há tempos uma velha nota de cruzados novos
escrita no verso: “Deus seja louvado”.

&




Machado Quintana nasceu em Cordeiro-RJ. Começou a escrever textos aos 14 anos (em 1981). Depois parou e só voltou a escrever em 2002. O primeiro livro que leu foi “A Cabana do Pai Tomás”. Adorou e chorou muito (escondido!). Já cursou História, Letras, Pedagogia, História novamente, e todos os cursos não foram concluídos. Agora, tenta pela UFF ingressar no curso de Letras. “Quem sabe desta vez vai?”. Não é escritor profissional. É professor do Estado com duas matrículas e extraclasse, “para minha alegria”!, diz. Sua frustração é chegar sempre perto e não “botar a mão no troféu”. Em poesia, quase sempre foi assim. Sua praia é a prosa, mas insiste na poesia! Acha que o Brasil não tem que fazer nada pelos poetas. Os bons, os verdadeiros poetas, chegam ao topo sozinhos! Se deve ganhar o concurso? Acho que o júri que deve decidir se seus poemas não valem a pena ou se realmente emocionam, pois acha que a principal razão da poesia é balançar a alma, fazer arrepiar, mudar olhares, etc.”



Título: Feito um letargo com serpentes

O Sol explodiu raivoso... escorri pra debaixo da cama
eram as trombetas que meu avô advertira
gritos da vó corriam pelo grande corredor
o casarão tremendo feito gente, entregava-se
tio Maneco aos berros - a profecia estava certa
meu coração batia fora do peito
e o estrondo, e o grande estrondo soou, e tudo ruiu...
calando lamentos da vó e do tio
feliz do vô que juntara os pés há anos
silêncio... só eu, sozinho e vivo
tudo embaçado, queimado e cheirando a flores
acordei e a vó me abraçava, seu cheiro de talco invadira o pesadelo
corri pro caminhão de madeira – azul na minha furada meia
e não é que era a manhã do Natal de 2012... e todo mundo ‘tava’ vivo
meu tio batendo palmas e cantando, minha vó sorrindo
aí não teve jeito, o rio tomou conta de meus olhos de menino

&




Dersu Uzala é poeta, nascido no Rio de Janeiro em 04 de fevereiro de 1959. Na infância, começou a escrever para pequenos espetáculos de teatro de bonecos realizados em casa. Ainda na infância leu “O sítio do pica pau amarelo”. Em 2003, teve um livro publicado, o qual foi vencedor do prêmio de poesia da Editora Blocos. Participou de cerca de mais de 50 (cinqüenta) antologias literárias; publicou em vários suplementos literários, escrevendo desde 1975 e sendo premiado em diversos concursos literários. Acredita que o fato de não ter sido reconhecido por Heloísa Buarque de Hollanda no livro em que cita os poetas do movimento marginal do final da década de setenta, como a sua maior frustração. Acha que os poetas precisam se unir como movimento, deixando de lado egocentrismos para fortalecer a poesia no país. Merece tanto quanto todos os finalistas ser o vencedor do II Concurso de Poesia Autores S/A, por acreditar na Poesia como expressão da arte e transformadora da realidade. ‘Não existe vida fora da poesia’”.



Título: cantiga do apocalipse 2

três cavaleiros desciam a colina íngreme:

o primeiro alegre saltimbanco
o segundo tocava saxofone
o terceiro de ar sombrio trazia nas mãos um alfanje

a terra golpeada em órbita para o abismo
a morte anunciada da humanidade
patrocinada pela cegueira de nosso egoísmo
seremos animais extintos

sangram serras
avançam oceanos sobre as cidades costeiras
rios agonizando no leito seco
deserto avançando
primaveras silenciosas

a morte espalhando o manto sombrio
visão do fim do mundo
embalada por uma doce cantiga.

&




João Saramica nasceu e criou-se, até os 8 anos, em Santo Antônio do Norte (Tapera), “a norte dos sonhos, além da curva do imaginário”. Sua mãe o alfabetizou aos 5 anos de idade, e, desde então, fez da palavra escrita a sua amante e matéria-prima para construir seus sonhos. Não se lembra do primeiro livro que leu, mas os leu aos milhares. Tem o Ensino Médio e é “doutor honoris causa” na universidade da vida. Segundo João, frustrações e alegrias se têm todos os dias, tanto como poeta, quanto como ser humano, mas crê que o que conta é absorvê-las e melhorar a cada dia. Crê que só teremos um país de leitores, como propagam os governos, no dia em que os poderes constituídos investirem nos escritores, com programas de incentivo à produção e divulgação de nossas obras. Pela sua experiência em 2 concursos com esta mesma configuração, no fim , vencer é apenas um detalhe; participar é que é a grande conquista!” 


   
Título: Levemente

E quando enfim,
No amanhã do nada
Amanhecer átomos,
Apenas substancia em suspensão,
Poderei experimentar
Da leveza absoluta...

Desprendido da solidez
De milênios que me acorrentou
Errarei fluido
Sobre o que sobrou da terra
Em recombinações improváveis...

Se me restarem pesadelos
De cantos inconclusos,
Decerto que arderão em mim os desejos
De resplandecer em chamas
De paz e harmonia perfeita!

&



“Peter Pan nasceu em Goiânia, em 1964, e se encontra radicado no Distrito Federal (por razões profissionais) desde 1993. Sempre adorou ciências e invenções, principalmente, desde criança, mas acha que isso era a forma de buscar conhecimento. Sendo muito pobre, teve muitos percalços até alcançar um estudo razoável. Começou a escrever aos quinze anos, com o intuito de se tornar escritor. O primeiro livro que eu leu foi um livro de ciências que adorava, mas o primeiro livro literário não se lembra. Sabe que ficou muito entusiasmado com a literatura, com a vida dos poetas e a sua obra. Leu muita literatura romântica no começo, e, logo depois, os clássicos. Chegou a ler uns 3 livros por semana, durante anos. Tem doze (12) livros publicados e participa de cerca de 40 antologias no Brasil e no exterior, além de ter criado uma pequena revista de divulgação literária. É bacharel em Direito. Tem mestrado em Teoria Literária (incompleto, faltou a dissertação do mestrado). Fez Direito por uma questão profissional, pois sabe que o mercado de trabalho é mais amplo e tem um retorno interessante, embora nunca quisesse advogar. E também por está dentro das ciências humanas. Ainda não foi publicado por uma grande editora, com distribuição nacional. Tem suas conquistas, que considera muito importantes. Acredita que o Brasil tem feito muita coisa em prol da literatura, como os incentivos, as leis, as bolsas e premiações. Crê que a arte da poesia vive um drama que deve ser universal, não um problema exclusivo do Brasil; e que os poetas e escritores têm de criar meios de difusão de sua arte. Acredita que há muitas boas iniciativas, projetos e realizações na área pública e particular que faz valer a pena continuar escrevendo e acreditando em chegar a grandes satisfações. A prova disso são os concursos literários, principalmente como o dos Autores S/A. Acha que quem chegou até aqui merece ser o ganhador. Particularmente, gostaria muito de ganhar esse concurso, pois seria uma boa forma de divulgar seu modesto trabalho”.




Título: Último dia

Neste último dia, ainda resta arrumar
o quarto, quarar roupas,
abrir a janela, regar              os girassóis,
deixar entrar a luz do perdão
neste corpo em escombros,
na revolução perfeita da dor?

Ainda resta possuir reinos, manejar destinos,
puxar da cisterna do mundo           a água da vida?

Ainda restam os lobos no       crepúsculo,
o sonho e a sede, os leões do medo
e toda a esperança devorada?

Mas no fundo da memória
ainda sopra o mágico espírito,
ainda trabalha o cérebro humilde
na reconstrução do mundo,
ainda vive um coração na            lei do amor!

&





Urbanoide Lírico nasceu em Rondonópolis/MT. Seu primeiro contato com a literatura foi na escola mesmo, com poemas de Castro Alves e Álvares de Azevedo. Não se lembra do primeiro livro que leu, mas alguns textos o marcaram inicialmente, como alguns minicontos do Dalton Trevisan e algumas crônicas do Rubem Braga e do Fernando Sabino. Quando leu Drummond pela primeira vez, sentiu que a poesia poderia lhe trazer novas possibilidades no uso da língua. Publicou dois livros, um de contos e outro de poemas. Estudou Direito e Filosofia, além de ter pós-graduação em Língua Portuguesa. Trabalha na área jurídica por necessidade, não por opção. A frustração que tem com relação à vocação literária é não poder dedicar-se totalmente à carreira de escritor/poeta. Para a valorização do poeta, acha que é preciso publicar, distribuir e divulgar seus trabalhos por todas as regiões do país. Merece vencer este concurso porque tem uma relação visceral e um compromisso profundo com a poesia”.



Título: Fins


a.C., ad infinitum
finis in projectum

(by Nostradamus)

e desde Caim
sempre a esmo
o homem busca o fim
               em si mesmo

999 ou mais mil
os fins que ninguém viu

mil anos de escuridão
o fim no tempo do não

2001, triste hora
da era que já findara

em 2012, enfim
um fim inteiro
              pra mim


&




Alice Lobo nasceu em Salvador, no auge da crise econômica, da gênese do axé e das últimas lágrimas dos anos oitenta. Sua mãe era professora de Literatura. Na sua memória, os livros eram tantos que não existiam panelas, interruptores ou televisão: havia apenas eles, seus amigos. Os primeiros livros que a impactaram: a garota que caía no buraco e encontrava o mundo (que decepção ao saber que era tudo um sonho…), a indecisão maravilhosa de Cecília Meireles e um muito bonitinho (e muito cruel), sobre um garoto que partia em busca da casa da madrinha. Saía de seu quartinho no alto do morro de Copacabana e no caminho encontrava um pavão que fora privado do direito de pensar - e por isso tinha um filtro de barro na cabeça - e uma menina que conseguia atravessar realidades. Talvez por isso tenha se mudado para o Rio de Janeiro: procurando o menino, a menina e o pavão. Quem sabe. Tem um livro publicado e está terminando o segundo. No ano passado, também dirigiu seu primeiro longa-metragem (obviamente, sobre poesia). Estudou Jornalismo e Cinema, depois tentou seguir História e Filosofia. Hoje, prepara um projeto de Mestrado para Artes Visuais, investigando as linhas tecidas entre cinema e poesia. Em sua concepção, fica clara uma falta de objetividade profissional, por assim dizer. Acha que o mundo precisa dos poetas tanto quanto as palavras necessitam da pausa. Às vezes, nem um (o mundo) nem outro (a palavra) consegue percebê-lo atentamente.  Tem o coração maior que o mundo. Só a poesia dá conta desse músculo impossível”.




Título: doismiledoze

amanhã às três horas da tarde ninguém saberá
do amor que tive por francisco
nem terá provado do azul descoberto
por guilherme ao romper
o teto de casa
ninguém terá incorrido
nas lições de partir alinhavadas
pelo italiano fabio
quando rompia seus horizontes
amanhã às três horas da tarde
no turbilhão do pequeno mar
os nós vão ser arraigados aos sonhos
(e breve a breve
todas as coisas retornarão
ao seu lugar)

&





Barolo nasceu em Niterói, morou no Rio Grande do Sul e hoje divide a vida entre Nova Friburgo e Rio de Janeiro. Seu primeiro contato com a literatura foi via livros infantis, que ganhava de presente da família. Primeiro livro? Não sabe. Lembra de alguns: “O pequeno príncipe”, “O menino do dedo verde”, “Pollyana”. Já publicou um livro infantil, já participou de uma antologia poética e tem inúmeras traduções publicadas. É formada em Administração de Empresas, com especialização em Tradução e Lingüística Aplicada ao Ensino de Língua Inglesa. Hoje, é formanda em Letras (Língua Portuguesa/ Literatura brasileira). Frustração profissional? Nenhuma. Escreve por gosto, sem  grandes expectativas profissionais. Acha que a poesia deve ser pensada e teorizada e, assim, terá mais espaço na literatura. Por que merece ser vencedora do II Concurso de Poesias Autores S/A? “Haha (risos)! Quem disse que eu mereço?” Segundo Barolo, há talentos maiores do que o seu concorrendo. 


Título: Em vão

Nem pneumotórax,
Nem tango argentino.
Bandeira arrumou a casa,
Eu não.

Vivo em perene bagunça,
Café requentado, tapete manchado,
Papéis sobre a mesa, roupas no chão.

Está na hora de ir.

O mundo se esvai,
O tempo se esvai,
Nossa vida se esvai
Em vão.

&



Beatriz nasceu no Rio de Janeiro, e seu primeiro contato com a literatura se deu por meio de livros os mais diversos, que sempre teve ao alcance. Não se lembra do primeiro livro que leu, pois já faz muito tempo, mas, fora os vários contos de fadas e fábulas que foram lidos para ela, lembra-se de versões infantis e adaptadas de clássicos, como “O Conde de Monte Cristo” e “Oliver Twist”, que na época a impressionaram muito. Tem sete livros publicados, entre poesia, contos, crônicas, infantil e crítica literária. Sua formação é em Letras, e leciona Literatura. Acha que arrumou um modo de viver, ainda que indiretamente, ligada àquilo que ama. Nunca se apresentou como escritora, sobretudo, porque “vivemos num país em que só temos, esporadicamente, um ou outro autor que pode se dar ao luxo de viver da venda de seus livros”. Sua frustração como escritora – e crê que isso não seja exclusivo de quem escreve, mas de quem trabalha com cultura em geral – é perceber o descaso por parte dos outros em relação à arte, como se se tratasse de mero passatempo ou vaidade, e não o resultado de tempo, dedicação e empenho, para criar algo que deveria ser valorizado, no mínimo, em função disso. Nesse rol, inclui editoras que recusam originais sem os lerem ou concursos com verba pública que não atribuem a ninguém a premiação, alegando que “nenhuma obra apresentou a qualidade desejada”, soterrando expectativas e investimentos de escritores indiscutivelmente talentosos. Seria hipocrisia se dissesse que não gostaria de vencer o desafio, mas, dizer que merece? Para Beatriz, há muitos candidatos excelentes... Ela deixa essa missão aos jurados.



Título: Herança

Deixo um poema-legado:
Um papiro virtual,
Já que o mundo está fadado
Ao alinhamento astral.

Lego um poema-herança:
Mundo em estágio terminal
Costurando minhas lembranças
E colando-as no mural.

Entre os astros da mandala
De um calendário ancestral,
A voz do poeta embala
A cantiga do Final.

&
  


Lune nasceu no Rio de Janeiro e mora em Brasília. Primeiro contato com a literatura: Contos dos Irmãos Grimm. Adolescente/adulta: Machado, Lispector e os estrangeiros Maughan, Tolstoi, Dostoievski, Hamsum (“Fome” foi o livro mais depressivo que leu). Lembrar o primeiro livro que leu é difícil; lia tudo junto ou um atrás do outro. Já publicou um livro de contos. Tem Graduação e Especialização em Comunicação Social. Não escolheu a Comunicação; ela a escolheu. Rende-se a ela em corpo, mente e dúvidas. Seu maior constrangimento como escritora: receber verba do governo para publicar mil exemplares do seu livro e ver que saiu cheio de erros de formatação e de impressão. Escolha errada de profissionais. Para valorizar escritor no Brasil: leitura atenta dos novos (quebra do paradigma de que famoso é que é bom), mercado editorial mais barato e confiável, “olheiros” buscando gente boa em todos os cantos. Acha que merece ganhar o concurso porque os seus poemas são bons e têm o que dizer”.


Título: Uma lanterna de LED para um self do dia seguinte

se não restarei amanhã,
por que palavras, receitas requentadas
de paixões, trepadas
bebedeiras, cheiradas,
ou este gosto de Mary, a sanguinária
temperando a Stolichnaya no meu copo?
se não restarei amanhã,
por que despedidas, roteiros mal-escritos
de culpas, conflitos
remorsos, delitos
ou este tesão pela palheta de Santana
arregaçando um Stormy final?
se não restarei pretérito nem futuro
não enche e me dá logo uma lanterna de LED
pra eu encontrar meu self amanhã
na escuridão

&



Cidadão das Nuvens nasceu em São Paulo, em 1980. Desde a escola, tem contato com a literatura. No entanto, começou a gostar a partir dos 17 anos, por ele mesmo. Ia a bibliotecas ler pelo prazer de entrar nesse mundo mágico. Por prazer, sem ser por uma imposição, o primeiro livro que leu foi uma coletânea de contos do Machado de Assis. Já publicou um livro. Parou no terceiro semestre de Letras. Acha que ser poeta é andar na Margem. Ainda que digam ‘que legal, maravilhoso’, pouca gente lê. O que só será resolvido com um investimento maciço na educação. Acha que merece vencer o concurso para, assim, divulgar mais seu trabalho”.



Título: Os Maias

Agora que se tornaram os maiores
videntes da história, essa, triste ironia, acabará:
este mundo sempre fora
coisa do outro mundo.

E, no último expediente, ele,
o dito fracassado,
o poetinha de quem sempre
escutaram a voz de um faxineiro invisível
bate, calmo feito plantas que não
sabem, o último ponto:
_ Compromisso é compromisso.
Diz, sem ao menos mexer os lábios,
em um sorriso jocoso
quase desdenhando de seus
sempre tão sensatos patrões que, um a um,
hierarquicamente, em suicídios, arranham o céu da metrópole.

&




"O que a lagarta chama de fim do mundo, o homem chama de borboleta"

(Richard Bach) 


ENTÃO, POETAS E LEITORES? O QUE ACHARAM? QUEM É O SEU FAVORITO? 

OPINE!


THE END.



90 comentários:

Anônimo disse...

PRONTO! Já fui premiado! O Vídeo me emocionou demais! MUITO mesmo! Extremo bom gosto na escolha dos fragmentos, pois já havia lido todos os poemas e várias passagens ficaram em minha cabeça. Explicando, primeiro li os poemas e só depois assisti aos vídeo. Vocês são demais. Encontrei uns 15 poemas definitivamente superiores ao meu... pena, mas não vai dar pra ficar!
Valeu!!!!!!!
Só fico se o jurado pirar!!!kkkkkk
PARABÉNS!

Anônimo disse...

Que vídeo! Arrepiei! Tá difícil, viu! Mas é um difícil bom! Mandar 17 pra casa vai ser tarefa pra jurado coçar muito a cabeça.

Anônimo disse...

Os melhores poemas desta rodada: Bilhete de dez pedidos e Vinte do doze ! Acho que o vencedor será um deles, ao final dos desafios. Isto é, caso mantenham a excelência destas composições

Minhas apostas.

A manhã depois de amanhã
Bilhete de dez pedidos
Doismiledoze
Em vão
Epitáfios
Fim
Fins
Levemente
Nada de novo debaixo do sol
Os Maias
Sobrevida
Vinte do doze

PS.: Não. Definitivamente meu poema não está entre os 12!

Belíssimo vídeo. Parabéns, Lohan e BLOG.

Anônimo disse...

ai... tédio da Efêmera. Superdotada, não mostrou nada de super. Mostrará no concurso que é efêmera.

Gozado como as pessoas se colocam nas apresentações> todos célebres, lindos e intelectuais. Que porre.

De boa... apostas:
Dom é tranquilão, diz que não é poeta, mas é o melhor daqui.
Esteves também tem lugar. Jean Jacques tem um poema exato. Gzin bota pra quebrar. Lobo do Mar é redondo. Per-verso sabe o que faz. Nonada não é piegas, cria bem. Gaspar cumpre, tá bonito. Sombra vem de soneto quebrado, mas rima bem. Machado Quintana fez bem, mas não é ainda sua voz essa aí. Dersu Uzala é sombria e impactante! Saramica amanheceu átomos. Barolo parece que não escreveu sobre o tema, mas é um dos que mais se conecta com o sentimento de mistério da vida, nada importa, o que somos, vamos embora. Beatriz com música.

Tem até mais coisa engraçadinha pra ler, mas que foge correndo do quadrado da poesia.

Lohan Lage Pignone disse...

Olá, galera!

Desejo boa sorte a todos os 29 poetas. São todos grandes vencedores.

Quanto ao vídeo, os créditos são da autora s/a Simone Prado, que realizou, de fato, um belo trabalho.

Continuem comentando.

Abraços!

Lohan.

Anônimo disse...

Primeiro o vídeo, que foi maravilhoso e emocionante! Parabéns aos criadores!
Segundo, concordo que será difícil escolher os 12 finalistas. Discordo que a dificuldade virá da qualidade dos poemas. A maioria dos poetas esqueceu que esse seria possivelmente "o último poema de suas vidas". Não houve emoção o bastante, se repetiram.
Pra finalizar, digo os que me tocaram, na ordem em que se apresentam no blog: Anna Lisboa, G.D., Barolo e Lune.
Anna Lisboa e G.D foram ousados, como sempre, e são o grande diferencial desta etapa. Barolo e Lune foram intensos.
Parabéns, poetas!

Anônimo disse...

O que o amigo acima chama de ""quadrado da poesia"", eu chamo de mesmice. Realmente pontos de vista bem diferentes os nossos. Nem de longe passa pelos meus sonhos associar poesia a um quadrado; poesia precisar ter lados infinitos, meu caro colega.

Anônimo disse...

Tudo lindo. Poemas bárbaros, outros descartáveis, QuÊ vídeo mARAVILHOSO...
uma correção: o certo é "O que a lagarta chama de fim do mundo, o MESTRE chama de borboleta"

(Richard Bach)

PARABÉNS PELO BLOG!!!!

Anônimo disse...

...e continuando meus escritos da 01:15, desta vez com minhas maravilhas preferidas:

Sem novidades da fase anterior para esta, ainda aplaudo os mesmos.

R.Days
G.D
Barolo
Anna L.
Machado Quintana

PS: Ainda para o colega do quadrado: Barolo parece que não escreveu sobre o tema? rsrs

E G.D e Anna Lisboa estariam em qual categoria pra ti? Dos engraçadinhos triangulares?

R.Days, seria?? Uma reta perdida, estou certo?

Quanta geometria, senhor colega tsc tsc tsc

Anônimo disse...

Fui citado pelos anônimos: “23:41” e “01:46”...
Fiquei nervoso de contente e vou até tomar um Rivotril!

Anônimo disse...

Felizes os 12 convidados para a ceia pós-mundo!
Cadeiras na ordem de minha preferência:

1. Cidadão das Nuvens
Os Maias
2. Anna Lisboa
Gênesis
3. G.D
Parto
4. Urbanoide Lírico
Fins
5. Alice Lobo
doismiledoze
6. Manoel Helder
CODEX 11 ou Confronto de Cristos
7. Lune
Uma lanterna de LED para um self do dia seguinte
8. Gaspar
Partida
9. Barolo
Em vão
10. Esteves sem Metafísica
Lembrança
11. Dom
Nada de novo debaixo do sol
12. Peter Pan
Último dia


Parabéns, Poetas! E boa sorte!

Anônimo disse...

" O Sol explodiu raivoso... escorri pra debaixo da cama " - MACHADO QUINTANA



" Pudesse enfim
Colocar no rabo do tempo o que ele
Meteu em mim " - G.D


" - Já pra dentro, venha jantá!
- Já vô, manhê, tô catando estrelas " - PEDRO ANDREATTO


" Por isso que até amanhã, o mundo vai acabar
Finalizou rindo o rabudo,
Enquanto mexia com entusiasmo a panela. " - R.DAYS



" Jurei me salvar; calei. Quando um seio fala, o outro abaixa a orelha. Adeus " - ANNA LISBOA


Preciso copiar mais alguns versos?! Minha gente... ORGULHO.

Autores S/A, SHOW.

Anônimo disse...

Véi, na boa, alguns mandaram bem, outros, lamento. Concordo com o fulano que citou as repetições. Na maioria só faltou a imagem de um mesmo lenço branco pra ilustrar a d-e-s-p-e-d-i-d-a. Sem chance.
Criatividade castrada pelo teor do tema, muita melancolia beirando o piegas, ousadia reprimida, poucos versos de impacto. Os jurados vão ter que rebolar.

Anônimo disse...

Muita coisa boa por aí. Acho que não fico entre os doze, não, mas valeu por ter chegado até aqui.
Parabéns aos que conseguiram fugir do óbvio diante de um tema tão traiçoeiro.

Anônimo disse...

Eu de novo: emocionada com o vídeo, aproveito para citar meus favoritos: Aprendiz, R.Days, Nonada, G-D e Anna Lisboa.
Assim como o de 23h11, também só fico se os jurados pirarem.

Anônimo disse...

Gente, na boa, na véspera do fim do mundo, acho que os poetas não escreveriam sobre outra coisa. Nesse caso, não há como fugir do fim do mundo, seja vida, seja na poesia.

Anônimo disse...

A questão não era fugir do fim do mundo e sim o modo como o abordaram.

Anônimo disse...

Muito bom "Fins".
"O homem busca o fim em si mesmo".
Barolo.

Anônimo disse...

Vinha maravilhada com 5 poetas. Hoje, com dor no coração, preciso dizer que apenas dois continuam impecáveis, surpreendentes, ousados e irresistivelmente cafajestes no melhor sentido: Anna Lisboa e G.D, vcs são o melhor do melhor do mundo. Quanto aos outros três, de forma alguma direi seus nomes para não prejudicar ninguém, ainda que os jurados não nos escutem. Somente digo que já foram bem melhores. Sendo assim, os troco por um novo: Lune, desta vez fiquei impressionada com tua poesia. Sucesso!

Anônimo disse...

Anna Lisboa, Ganglamne e G.D? Tão dentro.

Anônimo disse...

típico tema pegadinha. Poucos, poucos mesmo chutaram o balde e acertaram a testa do Apocalipse, em cheio. A maioria acatou ao tema com submissão extrema, narrando o óbvio.

Anônimo disse...

Não sei onde é bonito falar mal de Deus.

Anônimo disse...

Antes de mais nada, parabéns a todos os participantes desta etapa; pelo esforço e tudo mais...

Todo tema impõe sempre demandas outras, o que diremos, então, tratando-se de "poético"? Mas faz parte do jogo.

Gostei muito de Nonada; também de Urbanóide e Gaspar...

Anônimo disse...

AH faltava essa agora, anônimo das 15:00..... puuuuts que pensamento DIMINUTO.

Anônimo disse...

Lohan, por tua culpa vou queimar no fogo do inferno. Se eu ficar, quero escrever sobre legumes \O/ ha.

Anônimo disse...

Lohan, pode explicar uma coisa? Quem ficar, terá a nota contabilizada apenas das poesias do fim do mundo, ou essa nota será somada ao resultado dos temas anteriores, se é que os outros temas também tiveram notas?

Anônimo disse...

O anônimo das 15:00 está um pouco certo e um pouco errado no que disse. Alguns caras aqui pegam pesado pra caralho realmente, falam mal de Deus como se só isso fosse poesia. Poesia é tudo que der na telha, cai na real vocês todos.

Anônimo disse...

Não tenho saco pra briga celestial. Este ponto de encontro é para poetas, não para religiosos. Ninguém ofendeu Deus, francamente! Sabem ler ou apenas rezar? Os poetas usaram METAFORAS para descrever sofrimento, medo, perdas, nada mais. Sabem o que e metáfora?????????? Eu respondo: Não.

Anônimo disse...

Isso aqui virou palhaçada, o espaço é pra comentar sobre o talento dos poetas, não pra ficar alimentando briga inútil.

Lohan Lage Pignone disse...

Olá, meus caros,

Em relação às notas, todas só serão contabilizadas a partir desta etapa vigente.
Todas as notas anteriores foram descartadas, foram apenas eliminatórias.

Bom debate!
Abraços,
Lohan.

Anônimo disse...

Num é questao de briga celestial. ou nada do tipo. É que acaba ficando que vale de tudo pra ganhar um concurso, até falar do que nao sabe. Se querem escrever falando mal de Deus, escreve. Eu so acho que nao é necessario falar de uma coisa sem pesquisar antes, e falar o que quer so pra ganhar um concurso é o poema ficar "legal".

Anônimo disse...

Perguntinha ao Anônimo das 19:26 - Existe alguma incompatibilidade entre o Ser Cristão e o Ser Poeta? Tenho certeza que não! E a propósito, há dois poetas no certame cujos poemas apresentam forte teor cristão, e que certamente eu os passaria para a próxima fase pq são, sobretudo, poetas! A saber: Peter Pan, com o poema "Último dia" e Manoel Helder, com "CODEX 11 ou Confronto de Cristos". A poesia comporta todos os credos, amigos.

Anônimo disse...

Existem milhares de BLOGS: evangélicos,católicos, umbandistas...
Os anônimos "fervorosos" poderiam ir discutir DEUS lá nestes BLOG´s. O papo aqui é literatura. LITERATURA!!! Será que deu pra entender ou além de "fervorosos" são cegos?

Anônimo disse...

Sou cega nao, por isso mesmo que eu tô falando '-'.

Anônimo disse...

POETA:
ESCREVA ESTE POEMA,
COM NO MÁXIMO16 (DEZESSEIS) VERSOS.
ENVIE-O ATÉ AS 23:59min.
DO DIA 17/06/2012 (PRÓXIMO DOMINGO),mas...teve candidato que não respeitou a regra!!! Atenção...!!!!

Anônimo disse...

A configuração da postagem depende exclusivamente do formato da página do blog. Provavelmente algumas linhas desceram pq não cabiam dentro do "quadro para postagem". Se alguma poesia não tivesse 16 versos, na hora em que foi recebida, não creio que os organizadores a publicariam. Me fiz entender? Caso não tenha entendido, acho que o Lohan pode explicar melhor. Acho que todo mundo aqui sabe contar, inclusive, e principalmente os organizadores. Antes de escrever em caps lock, se informe melhor. Percebeu que algumas biografias tb ficaram com mais de 12 linhas? Quanta abobrinha.

Anônimo disse...

Por favor, critiquem com maestria.

Anônimo disse...

anônima "22:47", além de cega é burra!
o papo aqui é LITERATURA...coloque no GOOGLE QUE ELE TE EXPLICA. QUE SACO, GENTE!!!

Anônimo disse...

hahahahahaha essa dos 16 (DEZESSEIS) VERSOS é pegadinha, né? Só pode. E carácter? Tinha continha certinha?

Lohan Lage Pignone disse...

Caros comentaristas,

Em relação à regra que estipulava o número de versos no poema (16, no máximo), tenho a dizer que todos os poetas a respeitaram.

Conforme disse um dos anônimos, a configuração da postagem não permitiu que alguns versos fossem dispostos até o fim da 'linha', ou seja, automaticamente, o verso foi complementado na 'linha' abaixo.

Isso ocorreu nos poemas de Ganglammne, Machado Quintana, Anna Lisboa, G.D e Pedro Andreatto (aqui no blog). Em relação aos poemas enviados para o corpo de jurados (pelo word) tudo está disposto corretamente.

Agradeço pela compreensão.

Abraços!
Lohan.

Anônimo disse...

Valeu, Lohan. Fecha a conta e passa a régua.

Anônimo disse...

Lohan, os 12 poetas serão escolhidos independente da opinião dos leitores do blog? Porque vi poemas realmente bons e que não foram muito comentados aqui, mas acho justo que passem, independente da notariedade que conquistaram ou não através do público. E haverá alguma fase em que os poetas serão colocados à júri popular?
Obrigada e boa sorte pra todos!

Dante Pincelli O velho disse...

Após ler, me emocionar, discordar, gostar, odiar etc etc etc.
Fecho com as palavras do mais sábio comentarista anônimo: Valeu, Lohan. Fecha a conta e passa a régua.

Sigo torcendo pro SARAMICA e pro SEM METAFÍSICA.

Anônimo disse...

Anônimo das 9:27, os jurados não tão nem ligando para nossos pitacos e nossas torcidas. Na outra fase teve poeta bem elogiado que saiu do mesmo jeito, enquanto outros, que ninguém mencionou, aqui permanecem. Estamos neste quadrinho apenas para ilustrar e prestigiar o incomparável blog Autores S/A. O que acontece é que de vez em quando dá uma zebra e os jurados concordam com a gente kkkkkk

Anônimo disse...

Anônimo 09:27, escreva sobre as tais poesias, diga seus pareceres sobre elas! Estamos aqui para isso, creio eu: debater. Se não foram mencionadas, vc pode ser o primeiro. Penso que todos elogiam poesias com as quais se identificam. O Dante, por exemplo, declarou torcer por poesias extremamente parecidas ao seu estilo de escrever (faz tempo que passeio por este blog). Eu discordo dele em termos. As duas citadas são boas sim, mas têm mais a cara do primeiro concurso do Autores. Acredito que este segundo esteja bem mais inovador. Sendo assim, o buraco é mais profundo. Me equivoquei, Dante? Achei especificamente a do sr. Saramica a tua cara.
Saudações, poetas!

Renato Porto L. disse...

Demorei, mas chegay hehehe

Nussassenhora, quanta coisa eu perdi aqui, danou-se. Kd Maria Flor?!? Poxa, ela era uma talentosa Maria, que pena. Por outro lado, meus dois malucos preferidos ainda vivem hehe! G.D e Anna Lisboa, pagava pra ler uma poesia de vcs dois... que diacho ia dar, será? Que bonito, ambos partiram mesmo pro tudounada.
Sou um homem das cavernas, pouco entendo de certas coisas, mas entendo bem de sangue na veia e nos olhos. Na minha terra isso se chama gana poética. Duas poesias pra imprimir e colar nas pedras da minha sala hehe. SORTE!
Um amigo de 19 de junho, 02:14, postou exatamente o que penso, apenas mudaria a ordem de algumas: Lune está boa demais e deveria subir, G.D e Anna empatados em primeiro, Cidadão das Nuvens empatado com Lune em segundo.
Mandem ver, talento demais aqui.

Anônimo disse...

12:30 e 14:16, vou listar alguns dos poemas a que me referia, aqueles que considero bons e que poderiam muito justamente levar seus concorrentes à final.
Bilhete de dez pedidos, do Per-Verso é um poema inteligente, bem pensado e eu diria que foi até mesmo estudado antes de ser feito.
Apocalipsismo foi uma tentativa de soneto, só não chegou lá por conta das métricas. Acredito que Sombra mandou bem, só deveria ter apostado mais um pouco nas rimas.
Confronto de Cristos é genial. Me perdi sem saber se estava lendo a própria bíblia, mas foi bem propícia essa jogada de algo celestial, considerando que o tema trata sobre o fim do mundo. Helder tem meu respeito e admiração.
Para aqueles que comentaram que muitas pessoas fugiram do tema, Uzala foi um que não fez isso. Aliás, acho que ninguém se desviou completamente do tema, mas cada um abordou de uma maneira distina. Cantiga do Apocalipse 2 foi místico e me trouxe a sensação de que seria um intertexto com algumas profecias apocalípticas. Gostei.
Procurando os poemas das primeiras fases, percebi que não conseguia entender completamente o que Ganglamne queria transmitir, mas o poema dessa semifinal parece que resumiu essas intenções de uma maneira mais clara. Plano de Retirada é um poema que me emocionou e bateu em cheio com o meu gosto (adorei a sonoridade das rimas intercaladas, sem mais.
Por último, Cidadão das Nuvens me surpreendeu até mesmo ao dar um título ao seu poema que, até então, nenhum poeta tinha sequer mencionado. Como assim, autores? O tema trata sobre a previsão dos maias e só uma pessoa lembra de citá-los? Ser direto também é ser lírico, não tenham medo. Considero Cidadão das Nuvens um excelente escritor, admiro sua coragem.
Não vou citar G.D, porque todos parecem já concordar que ele é inegavelmente talentoso como só. E, sinceramente, Anna não me agradou em sua forma de escrita, mas também temos de concordar que há visões e visões, cada um com a sua preferência.

Todos vocês, só por terem chegado até aqui, já são vencedores. E podemos ignorar o clichê da frase, porque o que disse é nada mais que a realidade. Que tenham sorte na final, um abraço!

Anônimo disse...

anônimo 23:41...
fiquei fora de suas escolhas.... pena...
Mas que elegância de suas escolhas!
Parabéns!

Anônimo disse...

reiterando... queria muito que vc tivesse analisado o meu poema, ainda que fosse de forma ruim! Eu acharia uma forma de ser melhor!
De novo : parabéns!

Anônimo disse...

Me desculpe, pessoal, mas fiquei incomodado ao ler a rodada de comentários. Embora a fila dos assuntos tenha girado (e muito, ainda bem), retorno para postar o meu incômodo nada literário ao

Anônimo de "19 de junho de 2012 16:18": não venho aqui deslegitimar seu comentário, um direito seu; mas contestar seu tom arrogante.. Menos, cara, menos, tá! E sem caps lock.

O meu extemporâneo comentário pretendeu apenas constatar a “mecânica do jogo”, grosso modo, um tipo de tarefa escolar com certas exigências para que “alcancemos um índice olímpico”, e que, reafirmo novamente: o cerne da criação poética vai muito além desse BBB da poesia com demandas de muito conteudismo, ilustrado e emotivo. Mas como o jogo tem essas regras, então joguemos!

Anônimo disse...

!Jurado das 23:41, vc escreveu o seguinte: " O tema trata sobre a previsão dos maias e só uma pessoa lembra de citá-los? "

Oi? O mundo vai acabar e vc quer que falemos dos Maias? Mesmo? Pra algum trabalho de escola?

Muito bom (honestamente) o trabalho do poeta que escolheu esse caminho, mas calma lá! Vc se deu conta do que está dizendo? Se deu realmente conta do que poderia acontecer na vida de cada um SE realmente o mundo fosse acabar? Maias? Desculpe jurado, mas nem teria esse tempo, tampouco pensaria em escrever sobre teorias apocalípticas.

Anônimo disse...

Para finalizar o que escrevi acima, vim com muita humildade dizer que genial mesmo foi Pedro Andreatto. Cara, vc foi simples e lindo.

Anônimo disse...

Os Maias? Só se for os de Eça de Queiroz, pode ser? Muito mais a ver com o contexto do meu fim do mundo.

Anônimo disse...

Anônimo das 03:02, entendi o que quis dizer. Mas deixa eu te explicar o contexto do que eu disse. Desde os primeiros comentários que postaram aqui vi gente reclamando sobre o "fim do mundo" da maioria dos poemas ter se focado muito mais em coisas sentimentais do que no apocalipse de fato. Não discordo de quem escreveu puramente sobre as últimas coisas que faria ou sobre as lembranças que guardaria se o mundo acabasse, mas reitero o que eu disse sobre o Cidadão das Nuvens ter sido direto e corajoso. E, caso não seja claro pra você, essa teoria de que a vida acaba em 2012 surgiu por conta dos maias e, portanto, isso faz sim parte do tema. Não acredito nessa previsão, como muitos aqui, mas não vou ignorar que na proposta está inclusa, ainda que nas entrelinhas, a influência que essa sociedade extinta exerce na nossa até hoje. Invenção da mídia? Propaganda para gerar pânico? Pode ser. Mas não fosse a polêmica da profecia deles, não haveria esse tema tão rico para que os autores explorassem e impusessem sua visão e melodia.

Anônimo disse...

Anônimo 23:57, qual seu poema? Caso não queira dizer, posso fazer uma análise breve dos poemas que não citei no outro comentário.

Anônimo disse...

SDFJDFISJDFI só raxo aqui. geeeente, pedro andreatto foi muito foda mesmo, mas eu ainda acho a anna melhor de todas.

Anônimo disse...

anônimo 11:41! quero sim!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Pois bem,estava quieto, mas direi o que penso:

Lune: Veio com saidinhas em inglês, achando belo citar “trepadas, bebedeiras,cheiradas”. Realmente necessário?!?? Triste.

Anna Lisboa: Resolveu fazer um diário de alguns minutos e chama isso de poesia. Como sempre, se vale versinhos sexuais quase infantis : “ Teu charuto tragar e soltar mais um filho”. Triste.


G.D: Uma verdadeira bagunça, com o mesmo artifício desnecessário: “Colocar no rabo do tempo o que ele Meteu em mim “. Que triste.


Infelizmente, a boa poesia se perdeu no passado. Que saudade da literatura lírica!
Esse desserviço poético seria efeito da “liberdade” ? Nem tudo deveria poder se tornar contemporâneo, meus caros. Existem coisas sagradas.

Anônimo disse...

A análise então?

Anônimo disse...

Vou reler os poemas e mais tarde eu posto, ok?

Anônimo disse...

anônimo 12:14... esse cara mete até medo!!! ainda bem q ele não leu meu poema... ele iria me dar um tiro...eu acho. Ele deve ser professor de faculdade, sério.

Anônimo disse...

Anônimo 12:14, cada um tem sua maneira de escrever. Eu já disse em outro comentário e reforço, agora e quantas vezes for necessário, que se os concorrentes chegaram até aqui, é porque sabem fazer poesia. A sorte não passa alguém de fase por três vezes, concorda? Lune, Anna E G.D tem sua forma de escrever e você tem seu direito de gostar ou não do que eles escrevem. Mas não diga que a poesia se perdeu, porque ela é sempre viva e aqui não é diferente. Temos grandes poetas no concurso, nos estilos mais variados.

Dante Pincelli O velho disse...

Caro anônimo ( 20 de junho de 2012 14:16), quem me dera escrever, pelo menos, de forma parecida com aqueles para os quais torço agora, mas de qualquer forma, agradeço, pois me pereceu um elogio, senti como se fosse.

Eu disse que torço para os poetas SARAMICA e SEM METAFÍSICA, Não disse que seus poemas são melhores nem piores que os outros. Questão de coração.

Sou vascaíno e, torço pro Vasco mesmo quando ele joga mal, o que não é o caso dos dois poetas que citei, eles estão 'jogando' muito bem.
Questão de coração, anônimo, de coração...

Anônimo disse...

Anônimo de 12:21, talvez eu tenha lhe parecido grosseiro, todavia, não consigo associar duas coisas, a meu ver distintas: poesia e modernismos. A impressão que tenho é que qualquer um pode chegar aqui, narrar uma cena inteira de sexo e pronto! Será o grande 'vencedor'. Perdoem a sinceridade, mas não gostaria de chamar de poesia esse tipo de composição destrambelhada e sem nexo, de classicismo, ventre da verdadeira poesia, inexistente.

Anônimo disse...

Misericórdia, ainda bem que Luiza voltou pro Canadá pq tá puxado.
Let's go! Façam suas apostas! Quem serão os degolados, digo, eliminados no próximo paredão!? Quem ficará na competição?! Quem será o novo liderr?! Que surpresas Lohan Bial postará na próxima segunda?! Vamos lá, meu povo! Apostas no guichê 5.

Anônimo disse...

Concordo com o anoni 14:21. Alguns candidatos dão a impressão de que vão dar um jeito de encaixar sexo em todos os seus poemas, até a final. Isso é falta de criatividade ou de coisa melhor pra fazer na vida. Em vez de ficar poetizando o sexo, vai praticar ele de verdade, pra ver se sai da palavra e se nos dá coisas novas e de qualidade pra ler, que não sejam poeminhas cheios de erotismo!

Anônimo disse...

um poema é um poema é um poema
com sexo ou sem sexo; sem Deus ou com Deus.
A poesia está acima dos temas.
Mudemos o foco, portanto!

Anônimo disse...

Fiz até poesia, tomara que os anônimos das 14:21 e das 15:36 (tsc tsc tsc que mal educado) gostem:

Tchê tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tchereretchê
Tchê, tchê, tchê,

To apostando no G.d
Tchê, tchê,tchê

É Annaaa, Luneeee e G.ddd... Tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê


Avante poetas! Saindo, ficando, vcs são d+++++++++++++++

Anônimo disse...

Anônimo das 15:36, tem noção da genialidade dos versos desses 3 poetas? Conseguiu realmente entender suas sacadas, o que dizem suas linhas e entrelinhas?
Amigo, sabe a razão de eu não ter participado deste concurso?
Covardia. Minhas poesias são ainda ‘piores’, já que querem entrar apenas na questão anatômica, que as desses 3 bravos. Sequer fiz minha inscrição com medo de reprovações, então, não venha na minha cara chamar seus trabalhos de ‘poeminhas’. Eles são bons sim senhor e estão dando as nádegas para chutarem. Eu, idiota acuado, os invejo duplamente. Não sei o que os jurados irão decidir, pode ser que saiam os 3, 2, 1, mas já venceram pela ousadia deflorada.
Gostaria de parabenizar também Jean Jacques, Andreatto e Barolo.

Anônimo disse...

O papo está bom por aqui. Mas, maneiro mesmo será ler o que os jurados irão comentar sobre cada poesia, inclusive a minha. Dá um frio na barriga porque li alguns poemas muito bons aqui: Quintana Machado, Barolo e Cidadão das Nuvens. Gostei muito do Andreatto, pois foi justamente na poesia dele que percebi um grau maior de lirismo. Mas tá valendo a pena o meu esforço e busca por direcionamentos literários voltados para a poesia, claro. Quero ler os comentários dos leitores, opinadores, pensadores, seja lá quem for e, principalmente, os conselhos e pensamentos dos jurados que, daqui a pouco, pintarão por aqui :) Sorte a todos, caros poetas. Eis um tema casca de banana. E eu espero não ter escorregado nessa.

Anônimo disse...

Credo, quantos ataques! Tem poeta aqui que até segunda tá **dido e mal pago. Desnecessário isso! Ninguém vai se classificar agredindo o trabalho dos outros. Existe um juri com palavra soberana, acima do ego e da dor de cotovelo. Se liguem! Fácil ferrar a poesia dos outros, com desculpinhas e blá-blá-blás que chegam a ser patéticos. Até a quantidade de versos foram contar! Lamentável.

Anônimo disse...

Esqueci,

Minha senhora (senhor) de onde vc tirou que os Maias precisam ser citados? Que doidera, que doidera, que doidera!

Anônimo disse...

Galera, vamos fazer nossas apostas de quem serão os 12 finalistas? Eu acho que passam nessa fase:
G.D
Manoel Helder
Machado Quintana
Lune
Cidadão das Nuvens
Jean Jacques
Aprendiz
Ganglanme
Anna Lisboa
Pedro Andreatto
Gaspar
Uzala

E vocês, o que sugerem?

Anônimo disse...

O que vamos ganhar com essas apostas? Vai rolar money?? Então bora lá (meus 12):

Barolo
Machado Quintana
Lune
Cidadão das Nuvens
Per-verso
Aprendiz
Urbanoide Lírico
Anna Lisboa
Sombra
Gaspar
Dersu Uzala

Anônimo disse...

Os meus preferidos não dão 12... rsrs
Mas vamos lá:

G.D.
Anna Lisboa
Barolo
Lune
Pedro Andreatto

Anônimo disse...

Os meus preferidos são:

Pedro Andreatto
Barolo
Machado Quintana
Lune
Lobo do Mar
Per-verso
Aprendiz
Anna Lisboa
Sombra
Gaspar
G.D.

Anônimo disse...

Minhas 12 apostas:

- Anna Lisboa, com Gênesis.
- G.D, com Parto.
- Manoel Helder, com CODEX 11 ou Confronto de Cristos
- Cidadão das Nuvens, com Os Maias.
- Urbanoide Lírico, com Fins
- Alice Lobo, com doismiledoze.
- Lune, com Uma lanterna de LED para um self do dia seguinte
- Esteves sem Metafísica, com Lembrança
- Peter Pan, com Último dia
- Gaspar, com Partida
- Barolo, com Em vão
- Dom, com Nada de novo debaixo do sol

Boa sorte!

Anônimo disse...

Olha, fico engasgado pelo grande corte. Pelo menos uns 15 nomes se repetem bastante por aqui. Se os jurados compartilharem de linha de pensamento ao menos parecida com a nossa, vamos perder no mínimo 3 maravilhosos poetas. Lohan, meu velho, desta vez vc podia ter considerado um corte um pouco menor: de 50%.

Anônimo disse...

Sinceramente esse grande corte vai ser muito bom!! Não vejo doze poetas merecedores nessa leva não!

Aposto em:

Gaspar, Urbanoide Lírico, Lune, Dersu Uzala e Alice Lobo.

O resto... Nem passaria por mim.

Inté.

Anônimo disse...

sério, véi? Se é phoda desse jeito? O que tu ta fazendo aqui, então? Quantos Jabutis tu já levou?? Se liga na educação, Mané.



Inté.

Anônimo disse...

11, pessoal :

Manoel Helder
Anna Lisboa
Lune
Pedro Andreatto
Barolo
G.D
Machado Quintana
Esteves sem Metafísica
Dom
Per-verso
Aprendiz

Todas lindas demais, boa sorte!!

PS: As outras achei muito boas, apenas interpretei que para os citados, o mundo é sem fim, mesmo que o fim os leve.

Anônimo disse...

tchan tchan tchan tchaaaaan

Tá chegando! Mais pitacos, gentes!

Os poetas tb estão torcendo para outros além das suas ;), ou não, são apenas apostas baseadas em "estatísticas"?

Anônimo disse...

Só eu que acho que 90% dos anônimos que estão elogiando candidatos aqui estão é fazendo marketing de si mesmos?

Anônimo disse...

So vc gosta do teu poema, pessoa? Que triste...

Anônimo disse...

Pensamento pequeno, anônimo das 17:02. Do mesmo jeito que posso entrar aqui e elogiar minha poesia, outros milhares de anônimos podem se valer dessa mesma condição e acabar com ela. Estou entre os 30 e já postei sim minhas preferidas. Meu ego não é assim tão grande a ponto de não me deixar reconhecer o que é bom. Adoraria estar entre os poetas da minha lista, desenvolvendo com grandeza e dignidade o próximo tema. Procure evoluir um pouco mais.

Anônimo disse...

Sumiram todos??

Anônimo disse...

Amanhã é o primeiro grande dia, pessoal! Boa sorte a cada poeta participante desta etapa! Acredito que os 12 classificados farão uma excelente disputa! Parabéns pelo concurso, Lohan!

Anônimo disse...

Bem, hoje é o grande dia! Previsão de horário (s) para saírem os 12 nomes? Tchamtchamcthamtcham!

Anônimo disse...

roendo as unhas!!!!!!!!!!!!!!!!Lohan, a que horas serão revelados os 12?????obrigado.

Anônimo disse...

Pessoal, acho que podemos literalmente esperar sentados haha. Nossa orelha só vai esquentar de noite, como sempre. Lohan, antes da hora do pijama, por favor! Gostaria de ver bastante gente bem acordada, comentando muito. Valeu.