domingo, 27 de novembro de 2011

Avaliação dos poemas da Semifinal

Olá, poetas e leitores!

E hoje é dia de resultados!

Vamos definir quem vai para a GRANDE FINAL DO III CONCURSO DE POESIA AUTORES SA !

A tensão toma conta dos nossos 04 guerreiros semifinalistas: Herton, Maria Amélia, Ricardo e Bianca. Quatro belas trajetórias lutando por um lugar ao sol no mundo da poesia. E sem mais conversa fiada... vamos aos resultados!

DESAFIO POÉTICO
“O DIA DOS... EX-NAMORADOS!”

         Este desafio foi avaliado pelos jurados:
         CRISTINA BISCAIA E DIEGO GRANDO.

Cristina Biscaia é advogada, professora e escritora. Já publicou dois livros: “Peregrina” (2011) e “Amor Depois do Amor” (2013).



Diego Grando (Porto Alegre, 1981) é poeta e professor de literatura. É autor de Desencantado carrossel (2008) e Sétima do singular (2012), ambos publicados pela Não Editora.


         Cada um avaliou o poema, no todo, e definiu aquele que melhor se destacou com suas estrofes, sem que prejudicasse o ínterim do poema.

DUELO 01

HERTON GOMES
X
MARIA AMÉLIA ELÓI

ESCOLHA DO VENCEDOR(A) E COMENTÁRIO FINAL:

Vencedor do desafio para Cristina Biscaia: Herton Gomes

Comentário: O autor tem vocabulário rico, rimas bem estruturadas e criativas, boa dose de sentimentos expressados através de metáforas que foram bem usadas poeticamente.

Vencedor do Desafio para Diego Grando: Maria Amélia Elói

Comentário: As estrofes da autora feminina soam mais naturais, tanto sintática quanto ritmicamente, além de responderem com perspicácia e senso de humor às indagações do namorado traído. A meu ver, o vocabulário mais simples (exceção feita à palavra “altaneiro”, na quarta estrofe, o que considero um deslize) quase sempre conta positivamente na construção de um poema.

PLACAR ATUAL:

HERTON GOMES 1 X 1 MARIA AMÉLIA ELÓI


DUELO 02

RICARDO THADEU
X
BIANCA VELLOSO

ESCOLHA DO VENCEDOR(A) E COMENTÁRIO FINAL:

Vencedor do desafio para Cristina Biscaia: Ricardo Thadeu

Comentário: O autor foi criativo nas respostas, elegante nas palavras, rimas bem articuladas e respostas bem humoradas para os versos da namorada.

Vencedor do desafio para Diego Grando: Bianca Velloso

Comentário: No geral, achei o poema pior que o do duelo 01. Embora tenha achado engraçadas, as desculpas esfarrapadas do namorado traidor não são nada convincentes. E, novamente, acho que a namorada traída se saiu melhor ao transformar a dor em liberdade, invertendo os lugares-comuns (sofrer intensamente, emitir discurso de ódio ou vingança) que seriam esperados de uma situação dessas.

PLACAR ATUAL:

RICARDO THADEU 1 X 1 BIANCA VELLOSO


APRESENTAÇÃO DOS JURADOS:

CÉLIA PEDROSA, RÉGIS BONVICINO,
 CARLOS EDUARDO BONFÁ, MATHEUS ARCARO



Célia Pedrosa possui mestrado (1977) e doutorado (1988) em Letras, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde também lecionou Literatura Brasileira e Teoria da Literatura de 1977 a 1988. Desde 1988 leciona em regime de DE na Universidade Federal Fluminense, onde exerceu as funções de chefe e subchefe do Departamento de Ciências da Linguagem e de coordenadora e vice-coordenadora do Programa de PG em Letras, sendo hoje Professor Associado IV. Desenvolveu pesquisa sobre teoria e crítica literárias modernas e contemporâneas, tendo sobre o tema o livro Antonio Candido: a palavra empenhada, publicado pela EdUSP/EdUFF, e outros ensaios no Brasil e no exterior. Atualmente dedica-se ao estudo de poesia contemporânea, tema em torno do qual desenvolveu estágio de pós-doutoramento na Universidade do Porto (Portugal), além de ter publicado inúmeros ensaios e organizado cinco livros coletivos – “Poesia hoje” (com os prof. Cláudia Matos e Evandro Nascimento), “Mais poesia hoje”, “Poesia e contemporaneidade e Poéticas do olhar e outras leituras de poesia” (os dois últimos com a prof. Maria Lucia Barros Camargo), e “Subjetividades em devir”. Estudos de poesia moderna e contemporânea, com a professora Ida Alves. Coordena desde 2002 o grupo de pesquisa UFF/CNPq Poesia e contemporaneidade, com a prof. Ida Alves. De 2005 a 2008, coordenou o convênio internacional CAPES-FCT com o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, da Universidade do Porto, integrando professores e alunos de IC, Mestrado, Doutorado e pesquisadores de Pós-Doutorado em torno do estudo comparativo de poesia contemporânea brasileira e portuguesa. Integra ainda o grupo internacional de pesquisa LYRA - Compoetics, formado em 2008, a partir do trabalho nesse convênio, junto a prof. das Universidades do Porto, de Salamanca, de Utrecht , Sorbonne e Florença. Desde 2003, desenvolve trabalho comparativo sobre poesia contemporânea também com professores e alunos das Universidades de Buenos Aires e San Andrés, na Argentina. Com professores desta última, da Universidade de Rosário, da UFMG e da PUC-RJ trabalha desde 2009 em projeto de organização de REDE Internacional de pesquisa e ensino em Literatura Brasileira e Comparada. Desde 2009, coordena, junto com a professora Diana Klinger, oriunda dessa equipe argentina, e agora também da UFF, o grupo de pesquisa "Pensamento teórico-crítico sobre o contemporâneo", que busca dar desdobramento a essas relações. A partir de 2013 desenvolve novo projeto de pesquisa, mediante convênio Capes, agora com a Universidade Nova de Lisboa, sobre crítica contemporânea de poesia no Brasil e em Portugal.Tem atuado como consultora adhoc da FAPERJ, da CAPES e do CNPq, do qual é bolsista de produtividade desde 1989, hoje de nível I-C. A partir de 2014 coordena, pela UFF, convênio CAPES-Mincyt com a Universidade Tres de Febrero (Buenos Aires -Argentina), representada pelo professor Daniel Link. 



Régis Bonvicino nasceu na cidade de São Paulo, em 25 de fevereiro de 1955. Formou-se em Direito pela USP, em 1978. Entre suas participações em leituras de poesia, no âmbito internacional, destacam-se as atuações em Coimbra, Santiago de Compostela, Buenos Aires, Paris, Marselha, Chicago, San Francisco, Los Angeles, Hong Kong, Filadélfia, New York, Santiago do Chile, cidade do México, entre algumas outras cidades. Seus três primeiros livros (plaquetes), “Bicho papel” (1975), “Régis Hotel” (1978) e “Sósia da cópia” (1983) foram por ele mesmo editados. Seus poemas estão traduzidos para inglês, espanhol, francês, chinês, catalão, finlandês, dinamarquês e outras línguas. Fundou, em 2001, e codirige, ao lado de Charles Bernstein, a revista Sibila, que, em 2007, tornou-se exclusivamente eletrônica. Seu livro de poemas “Estado crítico” está entre os finalistas do Portugal Telecom 2014.


Matheus Arcaro é autor do livro de contos “Violeta velha e outras flores” (Ed. Patuá). Nasceu em 1984 em Ribeirão Preto, onde vive atualmente. Graduado em Comunicação Social e também em Filosofia. Pós-graduado em História da Arte. Atua como diretor de criação publicitária e como professor de Filosofia e Sociologia. Desde 2006, tem artigos, crônicas, contos e poemas publicados em veículos regionais e nacionais. Nas poucas horas vagas, atua ainda como artista plástico.




Carlos Eduardo Marcos Bonfá (Socorro/SP) é graduado em Letras, mestre em Estudos Literários e doutorando em Estudos Literários pela UNESP. É colaborador da revista “Mallarmargens”.



DUELO 01:

“Álbum”
(Maria Amélia Elói)

X

“Nada de novo sob o sol de 40 graus”
(Herton Gomes)


Título: Álbum (Maria Amélia Elói)

Célia Pedrosa: O poema trabalha o tema “Datas comemorativas” através da escolha do dia de Finados. Para tanto, recupera o sentido da palavra “comemoração”, que aponta para o ato ritual de “lembrar junto”. Dessa forma, retoma também uma inflexão característica da poesia lírica – a lembrança do passado, a dor da perda-, contrastando-a irônica e melancolicamente com a expectativa positiva contida na palavra “celebração”. Essa construção, já por si bastante interessante, é enriquecida por um uso da linguagem ao mesmo tempo prosaico e criativo, coloquial e inesperado, que evita que o tema da perda recaia em simples sentimentalismo, e possibilita que o poema termine com uma questão que na verdade funciona de modo a fazer recomeçar, mais uma vez, o movimento de reflexão emotiva sobre a perda, repartido agora, indefiníveis vezes, com cada possível futuro leitor. Considero-o, por esses motivos muito bom.

Régis Bonvicino: Acho o poema muito mal construído, muito em prosa gramatical, com clichês: “tormenta robusta”, “chegou resoluta”, o poema mantém o tema, mas mal. 


Carlos Eduardo Bonfá: O poema dá a impressão geral de que os cortes dos versos não favorecem uma significação sintática/formal tão consequente, isto é, carecem um pouco de “consciência” (sei que, apesar de tudo, esta expressão é arriscada). O efeito surtido é de um poema prosaico (o que é diferente, no caso, de um poema em prosa) que merecia um pouco mais de cuidado no trato com a linguagem poética. A atmosfera algo terna e singela de melancolia consegue se sustentar até o final, lembrando um pouco uma melancolia bandeiriana. Em alguns momentos fica mais nítido um déficit de articulação da linguagem motivada, e este fato tem relação direta com a relativa falta de consciência” dos cortes na impressão geral do poema. Os dois versos finais são bons, bem marcantes, pois neles é que vejo que reside a maior carga de poeticidade do poema.

Matheus Arcaro: O poema tem altos e baixos: oscila entre imagens comuns (o banho de mar nas férias, por exemplo) e bons achados estéticos como cravados em outras instâncias saudade polida fazendo cosquinha. Tem também boas figuras de linguagem, com destaque para a aliteração do verso Não fica de fora o finados. Quanto ao tema, cumpre bem o papel autoproposto. No geral, trata-se de um bom poema.


Título: Nada de novo sob o sol (Herton Gomes)

Célia Pedrosa: O poema propõe a comparação entre a celebração festiva do ano novo e a realidade cotidiana de miséria e violência na cidade do Rio de Janeiro. A estruturação em duplas de versos contrastantes dá intensidade a essa abordagem, mas, no conjunto, não alcança um nível de tratamento original, especialmente poético-significativo da linguagem e da vivência cotidianas e de tema bastante atual e comumente discutido.

Régis Bonvicino: Apesar de irregularidades na composição, é mais justaposto e mais contundente e bem mais contemporâneo. Voto neste segundo. 

Carlos Eduardo Bonfá: O poema propõe uma intencionalidade acintosa de denúncia social, de quebra de expectativa em relação ao tema (pensando em como ele é tradicionalmente tratado), declarando um eu poético um tanto desesperançado perante as mazelas da cidade, a hipocrisia, o preconceito, a intolerância, a violência e os abusos. Algumas rimas simples (e até mesmo mais “banais”) parecem garantir uma leitura mais rápida, mais fluida, como o cotidiano que se pretende exprimir, assim como seu ritmo, principalmente no início. Apesar da intencionalidade, o tom “grotesco” de algumas situações soa um pouco artificial, soa forçado para tentar chocar, fazendo com que a tentativa de choque ultrapasse em alguns momentos a tentativa de construção do poema. Há quatro versos que possuem uma ironia perversa que chama a atenção:

“Saúde pra dar e vender!”
Murmura o coroa tarado
roçando o pinto no rabo
da estudante que pensa em morrer.

A capacidade do idoso de realizar o ato abusivo coincide ironicamente com a letra da música (querendo dizer: sou velho, mas ainda tenho saúde para cometer abusos). A estudante violada, no polo oposto da situação (situação de vítima), sente desejo de morrer, apesar de jovem.


Matheus Arcaro: Apesar de, em algumas passagens, tangenciar um tom panfletário e apesar de algumas rimas pobres (acontece/apodrece, por exemplo), o poema tem alto vigor poético e, utilizando com adequação a ironia, conduz o leitor ao desfecho que, aliás, tem grande efeito literário (o coração que desemboca no mar). Além do mais, há versos lindíssimos. Para ilustrar:

Grita o desempregado
escondido atrás do Evangelho.



ESCOLHA DE CÉLIA PEDROSA: "ÁLBUM", DE MARIA AMÉLIA ELÓI
ESCOLHA DE RÉGIS BONVINCINO: "NADA DE NOVO SOB O SOL DE 40 GRAUS", DE HERTON GOMES
ESCOLHA DE CARLOS EDUARDO BONFÁ: "NADA DE NOVO SOB O SOL DE 40 GRAUS", DE HERTON GOMES
ESCOLHA DE MATHEUS ARCARO: "NADA DE NOVO SOB O SOL DE 40 GRAUS", DE HERTON GOMES

PLACAR ATUAL:

MARIA AMÉLIA 2 X 4 HERTON GOMES

HERTON GOMES AVANÇA PARA A GRANDE FINAL!


DUELO 02

“Dissimulação”
(Ricardo Thadeu)

X

“vermelho”
(Bianca Velloso)


Título: Dissimulação (Ricardo Thadeu)


Célia Pedrosa: O poema aborda o tema do contraste entre a celebração festiva do ano novo e a tristeza real da vida humana. Ao mesmo tempo, introduz imagens relativas ao futuro e ao acaso que, na verdade, mais que uma data pré-fixada, regeria ou anunciaria sua chegada. Escrito com correção, numa estrutura de dísticos coerente, o poema carece, no entanto, de criatividade no tratamento do tema e da linguagem.


Régis Bonvicino: Cheio de clichês vazios, como – um único exemplo – “embriagados do porvir”; as duas últimas linhas são as melhores, mas não sustentam o poema. 


Carlos Eduardo Bonfá: O ritmo mais contido provoca uma dissonância bastante significativa com a questão do acaso no final do poema. A revelação do acaso vive no interior da “forma” com que sobrevivemos no cotidiano aparentemente lógico, linear, dirigido por relação de causa e efeito. Sem a construção desta “forma” (poética e existencial) na abordagem do tema do acaso, não haveria muito impacto na leitura. Impacto sutil, portanto mais “profundo”. Um bom poema! 

Matheus Arcardo: As duas primeiras estrofes e a penúltima estão aquém das demais. A estrutura, com estrofes em dois versos, não surpreende. Todavia, no geral, o poema é muito bom. Inclusive, há versos primorosos, como Passantes, embriagados do porvir/ cumprem o ritual de suas biografias:

Título: vermelho (Bianca Velloso)

Célia Pedrosa: O poema opta pela dicção narrativa, rememorando cena de violência sexual em alusão ao dia nacional de luta contra o abuso sexual. Nessa rememoração, combinam-se uma dicção inicialmente mais solta, fragmentária, relativa à lembrança vaga dos momentos felizes de descoberta amorosa, e uma dicção mais cerrada, coesa, relativa à lembrança da cena de violência sexual. Essa combinação contrastante se repete também no duplo sentido atribuído – apenas no final , quando talvez fosse melhor já ter sido introduzido antes – à cor vermelha do título, que passa do doce ao sanguíneo.


Régis Bonvincino: Poema fraco também. Mas aborda um tema atual e importante.


Carlos Eduardo Bonfá: A proposta do poema é muito importante, mas a maneira com que foi tratada deixou a desejar. Não há muito trabalho com a linguagem poética. O tom de desabafo suplantou consideravelmente a construção do poema. O tom de denúncia, e mesmo o de desabafo, que pode até ser uma espécie de denúncia através da subjetividade do eu poético, são mais impactantes quando o trabalho com a linguagem poética é mais significativo.


Matheus Arcaro: A cena predominante (descrição de um estupro), poderia ser melhor explorada linguisticamente. Isso não significa que não haja boas passagens. O verso final abortei minha adolescência, por exemplo, é excelente. Embora cumpra o tem ao qual se propôs, o poema desliza em alguns pontos centrais, o que compromete o todo.

ESCOLHA DE CÉLIA PEDROSA: "Vermelho", de Bianca Velloso
ESCOLHA DE RÉGIS BONVICINO: "Vermelho", de Bianca Velloso
ESCOLHA DE CARLOS EDUARDO BONFÁ: "Dissimulação", de Ricardo Thadeu
ESCOLHA DE MATHEUS ARCARO: "Dissimulação", de Ricardo Thadeu

PLACAR ATUAL:

BIANCA VELLOSO 3 X 3 RICARDO THADEU

(DESEMPATE SERÁ PELO POEMA EXTRA)



POEMA 1 – BIANCA VELLOSO
(O tema deste poema era sobre uma foto histórica de uma menina se recusando a apertar a mão do pres. João Figueiredo).

Título: resistência

novembro de mil novecentos e setenta e nove
primavera no hemisfério sul
e era medo o que florescia
no jardim lá de casa

...

diziam que o pior já havia passado
mas a gente engolia ideais
e vomitava escuridões
a gente calava o que sentia

...

quando aqueles homens cinzas
levaram meus pais
deixaram no meu peito
esta pústula acesa
que carrego até hoje

...

criança exilada da infância
:
existo, resisto, insisto

POEMA 2 – RICARDO THADEU
(O tema deste poema era abordar sobre o Facebook).

 Título: Outra Face

Estou cansado deste ser curtido,
nascido do outro lado da tela.

Compartilho o luar da estrada
na caravela de antigas feridas.

Adormeço nas remotas páginas
que cutucam outras falsas vidas.

Assoberbado e sem tino, espero:
 o destino é uma face indomada.

FORAM SELECIONADOS 3 JURADOS PARA O DESEMPATE:
RÉGIS BONVICINO, MATHEUS ARCARO E CARLOS EDUARDO BONFÁ.


ESCOLHA DE RÉGIS BONVICINO: “OUTRA FACE”, DE RICARDO THADEU


ESCOLHA DE MATHEUS ARCARO: “OUTRA FACE”, DE RICARDO THADEU
ESCOLHA DE CARLOS EDUARDO BONFÁ: “OUTRA FACE”, DE RICARDO THADEU

RICARDO THADEU 3 X 0 BIANCA VELLOSO NO DESEMPATE

RICARDO THADEU AVANÇA PARA A GRANDE FINAL!

GRANDE FINAL

HERTON GOMES X RICARDO THADEU

RICARDO, ESCOLHA 3 PALAVRAS OBRIGATÓRIAS PARA HERTON GOMES

HERTON, ESCOLHA 3 PALAVRAS OBRIGATÓRIAS PARA RICARDO THADEU

CADA UM DEVERÁ UTILIZAR ESSAS 3 PALAVRAS EM SEUS POEMAS DA FINAL.

TEMA LIVRE!

BOA SORTE, FINALISTAS!

ARRASEM!!

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