terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Gaiola

Desespero

(O constante bater de asas contra as grades)

Cativo

(O andar de um lado a outro sem esperança)

Inútil

(O silencio de um ultimo fôlego já sem voz)


O fechar de olhos,

conformado e preso,

por dentro e por fora.

4 comentários:

Cacarina disse...

Palavras tão profundas, escrita com simplicidade! Parabéns!
Cláudia

Lohan disse...

Tocante... Acho um ato totalmente sem escrúpulos privar um pássaro de sua liberdade. O ser humano é um ser tomado pela inveja, mesmo que inconsciente. Não tem asas, nem canto tão belo.
Parabéns Mauri!

Eduardo Trindade disse...

Quem disse que a poesia é libertação?
(Ou, como cantou Quintana: Quem disse que a poesia é apenas agreste avena? A poesia é a eterna tomada da Bastilha)
Contagiante Bastilha a tua gaiola. Adorei.
Abraços!

Simone Prado Ribeiro disse...

É...
Eis o viver nosso de cada dia... Infelizmente.
Ou vivemos "engaiolados" e acreditando que estamos seguros , em paz, mas também sem voz como bem disse Yuca; ou arriscar e viver a insegurança fora das nossas “grades de proteção”.
Muito interessante esse poema, Mauri
Abraços.