APRESENTAÇÃO:
Jurados: Ângelo Farias, Ludmila Maurer e Nilto Maciel.
Jurado convidado: Nonato Gurgel.
Nesta semana, teremos a ilustre presença do escritor, doutor em Ciência da Literatura e professor de Teoria da Literatura Nonato Gurgel. Temos a honra de apresentá-lo abaixo. Tenha uma ótima leitura!
Entrevista com Nonato Gurgel
Nonato Gurgel é doutor em Ciência da Literatura pela UFRJ e professor de Teoria da Literatura da UFRRJ. É autor de "Luvas na Marginália - escritos em torno da poética de Ana C" (no prelo). Divulga as suas produções culturais e acadêmicas no blog Arquivo de Formas: http://arquivodeformas.blogspot.com/
Lohan: Olá, Nonato Gurgel. Primeiramente, é um prazer imenso recebê-lo aqui, no blog Autores S/A. Nesta semana, o tema proposto aos poetas concorrentes do concurso foi: O Sertão. Esta ideia foi concebida a partir de uma homenagem ao escritor Euclides da Cunha, autor do livro Os Sertões. O que esta obra proporcionou a você (reações, aprendizados, trabalhos...), e o que ela representa, na sua opinião, no cenário literário do nosso país?
Nonato Gurgel: Parabéns ao blog pela escolha do tema e do autor. É um prazer falar deste livro de Euclides da Cunha, um marco na Literatura Brasileira. O texto de “Os Sertões” rompe. Há nele uma ruptura de gêneros literários e a construção de uma outra forma estética que se situa entre o ensaio e o romance. Além disso, Euclides introduz a interdisciplinaridade entre artes e ciências, possibilitando uma infinidade de leituras ideológicas, formalistas, psicanalíticas...
Essas rupturas e os demais procedimentos estéticos dos quais Euclides faz uso nOs Sertões, dizem muito da violência social que o seu texto encerra. Com medo dessa violência, adiei durante anos a leitura do livro. Li o “Grande Sertão: veredas”, de Rosa, releitura assumida de Euclides, e atravessei sertões de Graciliano, José Lins, Cascudo e Cabral, mas sempre adiando solos e desertos de Euclides. Até que, atentando para a identidade do Brasil e suas contradições, deparei com a sua dimensão paradisíaca e violeta. Dimensão essa que Euclides traduziu muito bem neste livro híbrido e viril que traumatiza e vinga. Depois dele, a literatura deixou de ser “o sorriso da sociedade”.
Lohan: Em seu ótimo texto, Overdose do real, encontrado no blog Arquivo de Formas (http://arquivodeformas.blogspot.com/), você afirma que "o perfil literário contemporâneo surge em sintonia com os gráficos da mídia e do mercado, mas de ouvido aberto ao discurso da crítica". Seria possível um autor posicionar-se de modo a atender tanto aos estímulos mercadológicos quanto aos oriundos da crítica especializada? Qual autor você apontaria, hoje, com um perfil exemplar condizente com sua visão de autor contemporâneo?
Nonato Gurgel: Esse perfil condiz com a maioria dos autores contemporâneos publicados pelas principais editoras. Autores que freqüentam as bienais e os mega eventos, a fim não apenas de autografar e comercializar os seus livros, mas principalmente de contatar o leitor – o grande personagem desta história.
Lohan: De acordo com sua experiência profissional e de vida, o que mais importa, em um certame como este: o autor, a sua obra ou o leitor/jurado? Na sua opinião, o leitor/jurado deve valorizar a trajetória do autor-competidor ou uma análise isolada de seus poemas seria mais justa?
Nonato Gurgel: Sabemos que, desde a produção das vanguardas e a construção das poéticas modernas, no início do século XX, o autor perdeu muito da sua onipotência. Sabemos também que, a partir deste contexto estético e histórico da modernidade, o papel do leitor e a produção da obra ganharam leituras infindas e criaram procedimentos inusitados. Neste sentido, sou borgiano e prezo muito por uma poética da leitura. Para Borges, importavam muito mais as páginas lidas do que as páginas que ele escrevia. Na verdade, essa poética da leitura consiste numa descarada declaração de amor às formas herdadas da tradição literária. Por isso, um poeta contemporâneo como Paulo Leminski pergunta no seu belo “Catatau”: Não somos os ossos da tradição?
Lohan: Nonato, pra terminar, qual conselho você deixa aos poetas dessa competição em relação a esta temática, O Sertão? Você poderia dar alguma sugestão de leitura?
Nonato Gurgel: Gosto muito desta temática do sertão. Não chega a ser um conselho, mas uma sugestão. Sugiro aos poetas a releitura de autores da tradição modernista que possuem o sertão como tema: Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, João Cabral, Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Antonio Torres... No link abaixo encontra-se um texto nosso, sobre o tema do sertão, que acaba de sair na revista da Uniabeu: http://arquivodeformas.blogspot.com/2011/06/os-sertoes-e-alguma-coisa-do.html
SUGESTÃO DE LEITURA:
Hoje a sugestão vem da jurada Ludmila Maurer:
Ludmila Maurer: Creio ser válido ao poeta conhecer o lado de lá:
- Anatomia da crítica - Northrop Frye
- Filosofia da composição In: O corvo e suas traduções. Org. Ivo Barroso - Lacerd Ed.
- Anatomia da crítica - Northrop Frye
- Filosofia da composição In: O corvo e suas traduções. Org. Ivo Barroso - Lacerd Ed.
POEMAS COMENTADOS E NOTAS (NOTAS DE: 05 a 10)
Pseudônimo: Anjo
Poema: Almas Peregrinas
Ângelo Farias: Densa, difícil de carregar. É preciso mais força para resolver a proposta e não se ficar irresoluto na caatinga.
Nota: 7,5
Ludmila Maurer: Há certa confusão na linguagem que desmonta o ritmo, a imagem, a poesia esperada pelo poeta.
Nota: 6
Nilto Maciel: Muito palavroso, pouca poesia.
Nota: 6
Nonato Gurgel: “Anjo” e “Almas...”. Dois substantivos escritos com letras maiúsculas. O pseudônimo do autor e o título do poema remetem a coisas distantes, às vezes inatingíveis. Seria essa uma poesia feita a partir de coisas distantes do cotidiano dos homens de carne e osso e do mundo intertextual? A forma do poema e o seu recorte vocabular – lágrimas, angústias, morrer, saudade, lacrimal... – parece remeter a um contexto anterior ao Modernismo. Entre romântico e parnasiano, o Anjo poeta segue com versos inacabados como “As lágrimas predestinadas umedecer os corações” e “Morrer em si não é morrer, é se enfartar na saudade”. Recomendo cursos e leituras de e sobre poesia.
Nota: 5,5
Pseudônimo: Paracauam
Poema: Aroeira
Ângelo Farias: O poeta seguiu o seco, mas, sacando que o caminho é seco, muito bem se saciou com nossos outros cantadores.
Nota: 7,5
Ludmila Maurer: Paracauam, você traduz uma leitura do intertexto, porém oscila entre adentrar sua própria voz e ecoar Outros. A última estrofe grita, ainda que se sinta um não-fingidor, e este é um foco que pode seguir a sua poesia quase moderna: concentração em si.
Nota: 7,5
Nilto Maciel: O poeta confessa não conhecer o sertão. Talvez, por isso, tenha ficado em frases como “esta terra ardente” (lugar-comum).
Nota: 7
Nonato Gurgel: A produção da forma demonstra que Paracauam possui talento para a arte poética. Apesar disso, ele precisa ler mais (ou seria reler?), principalmente os poetas modernos, a fim de elaborar melhor a sua linguagem. Faz falta no poema a delimitação de um foco. Não podemos esquecer as noções de síntese e contenção que caracterizam a poesia e o tempo modernos.
Nota: 6,5
Pseudônimo: Ivanúcia Lopes
Poema: Bem-te-vi
Ângelo Farias: Interessante; esfuziante, destoa. Então, que se corporifique, mais forte, esse júbilo.
Nota: 6,5
Ludmila Maurer: Ivanúcia confere ao poema uma sonoridade uniforme e agradável como se o texto todo rimasse internamente. Mas o Bem-te-vi em questão não estaria situado fora do sertão proposto? Imaginemos assim: “... Fez canto de alegria/ No então sertão banhado”, sugerindo que a partir da bênção e felicidade da ave, de seu canto, o sertão se banha. Síntese na linguagem é para poucos, parabéns.
Nota: 7,5
Nilto Maciel: Apenas um jogo de palavras.
Nota: 6
Nonato Gurgel: A idéia do poema é boa, e a poeta merece parabéns pela concisão. Mas o seu poema carece de tonalidade própria.
Nota: 6
Pseudônimo: León Bloba
Poema: Lugar Comum
Ângelo Farias: Agora tem de cantar!
Nota: 8,5
Ludmila Maurer: O “Lugar Comum” de León desafiou a ‘armadilha do diabo’ e surpreendeu com o ‘pincel precário’. Seu jogo de palavras, com destaque maior para “Que o solo desdobra vário/No laranja agrário e diário/No acre, o ocre da tela” revela o hipertexto e o poeta. Desconcertante a polissemia em “Com espinhos de seringa/Que apontam pra todo lado”. A passagem com o abutre figura a realidade sertaneja e transfigura-se no riso, nada fácil. Como jurada fixa, sempre em conversa com vocês poetas, ouso dizer que Bloba, especialmente de seu “Lugar Comum”, chamou a atenção acerca da importância da linguagem, mas, primordialmente, fundamentou, como caráter essencial, seguir o fio da palavra. Ousando mais, por um determinante subjetivo do autor, seu poema me traz a lembrança do chiste quando o poeta ultrapassa seu próprio conteúdo, ensejando um passo a mais, passo de sentido, sustentado pela própria cadeia significante. Em alguns tipos de chistes, um de seus motores, é a dificuldade do sujeito em criticar ou criticar com a agressividade direta. É possível apenas através de um projeto tortuoso a liberação dessa energia.
Nota: 9
Nilto Maciel: Não fosse a pobreza de “sertanejo é um faminto”, o poema teria melhor êxito. Porém, o ritmo de cordel está bom, quase perfeito.
Nota: 8
Nonato Gurgel: O poeta utiliza-se dos signos mais representativos do sertão, do universo sertanejo e seus paradoxos, mas não sai do plano do clichê. Faltou trabalhar melhor com esses signos do sertão e com a linguagem que os comporta. Neste caso, considero mais de duas laudas uma extensão descabida. E esse título?
Nota: 6,5
Pseudônimo: J. J. Wright
Poema: O Instante Despido
Ângelo Farias: Um instante despido bem vestido em uma linda trajetória.
Nota: 7,5
Ludmila Maurer: O “Instante” de queda da venda na esperança de uma caatinga promissora;
O “Instante” de enfrentamento à falta de vida;
O “Instante” de tradução da difícil leitura da morte:
O “Instante” de concentração ao abandono que mata.
Silêncio que despe.
Título de efeito.
Nota: 9
Nilto Maciel: O poeta tem sensibilidade (talvez nem conheça o sertão) e é econômico nas palavras, sem choro nem vela.
Nota: 9
Nonato Gurgel: Como leitor de poesia, creio que o título não expressa o conteúdo e a emoção que o poema transmite. Ou seja: o poema diz mais do que é anunciado. “Instante”, “morrer”, “contemplando”, “abandonado”. Esse recorte vocabular parece sinalizar uma porção romântica e/ou platônica do poeta. Como leitor, eu prefiro as noções de visibilidade e contenção que estruturam o poema e denotam a sua modernidade.
Nota: 8
Pseudônimo: Cervan
Poema: poça
Ângelo Farias: Encontrou aqui um caminho. Agora é não se retirar, porque a poesia é muito promissora, arando-se um pouco mais.
Nota: 7
Ludmila Maurer: Final que surpreende. Abuse de sua ‘poça’ e encharque o fio da palavra. Você pode; você quer.
Nota: 9
Nilto Maciel: Enxuto. Os versos finais são límpidos.
Nota: 7
Nonato Gurgel: A metonímia do título – poça – em relação ao tema proposto – O Sertão – anuncia a modernidade que Cervan inscreve neste poema. Ele possui o domínio da forma estética. Esse domínio se anuncia na contenção dos versos e no corte das estrofes. Na segunda estrofe, tenho dúvidas se “enche” é o melhor verbo para traduzir a ação que se dá entre o pó e a cerca. Apesar disso, ratifico a qualidade e a beleza do poema, visíveis na síntese – imagética e oral – dos dois primeiros versos, e na condição existencial dos “que chovem” na estrofe final.
Nota: 10
Pseudônimo: Semprepoeta
Poema: Sertanizar
Ângelo Farias: Sertanejando vamos todos, é só mostrar para onde vai, porque você é caboclo que anda bem mais.
Nota: 7,5
Ludmila Maurer: Força em “o cerrado dessas Minas/e campos Gerais”. Força na repetição, a partir da segunda estrofe, do último verso. Contudo, mais vale a voz do poeta enquanto sujeito do que a voz do Aurélio. E colhemos a poesia.
Nota: 6,5
Nilto Maciel: Apenas um a descrição/narração de passeio de quem se afastou do sertão há tempos.
Nota: 7
Nonato Gurgel: A idéia do poema é excelente, mas não se cumpre. Faz falta um trabalho mais depurado com a linguagem e com a forma do poema. Sugiro ao poeta a leitura dos autores modernos.
Nota: 6,5
Pseudônimo: O Velho
Poema: ser tão
Ângelo Farias: A poesia cria uma tensão interessantíssima, mas, na hora do cisalhamento, na hora de ser tão..., abranda.
Nota: 7
Ludmila Maurer: O árido, ressequido e distante em busca da perfeita entonação, através de antíteses e impactantes paisagens, que transcenda o jeito de ‘ser tão’ intenso. O ‘olho urbano’ na carcaça do “Velho” denota experiência nas Letras e vontade de versos plenos.
Nota: 8
Nilto Maciel: Este poema, apesar de mais longo (espichado) que o anterior (do mesmo poeta) parece mais denso.
Nota: 8
Nonato Gurgel: Como a maioria das dualidades, a distinção entre o que é velho e o que é antigo gera uma discussão bastante pertinente que atravessa toda a modernidade. No universo das letras, então, a leitura do velho e o diálogo com o antigo ganham dimensões inusitadas, alentadoras. Por isso, começo sugerindo ao poeta que repense o seu pseudônimo e o alento que ele traz para o universo da poesia. Quanto ao poema, denota que o autor possui um bom repertório cultural. Possui também o domínio da forma expresso na leitura do “silêncio de bicho” e na “sabedoria de pedra”. Mas não sei se a repetição da preposição “de” é o melhor recurso rítmico para o poema, assim como não sei se os dois versos finais – transformados em outra estrofe – são a melhor forma para concluí-lo.
Nota: 8
Pseudônimo: Príncipe Desavisado
Poema: Ser Tão
Ângelo Farias: Bom passeio cultural, prosa boa e divertida, mesmo com tristezas. Apenas alguns caminhos que se desencontram.
Nota: 7
Ludmila Maurer: A criação de neologismos não deve ser impedimento a tentativas e, por isto, o Príncipe pode ‘Ser tão’ parabenizado. Necessário é ter cautela na aproximação, haja vista a Tradição. Este é um foco que o Príncipe parece não estar ‘Desavisado’.
Nota: 7,5
Nilto Maciel: Boa navegação (intertextualidade) por Guimarães Rosa, Graciliano, Gonzaga e outros.
Nota: 8
Nonato Gurgel: Gosto da primeira estrofe do poema deste Príncipe Desavisado. Gosto principalmente do verso “soldados amarelos meninos sem nome”. Creio que, quem escreve um verso desses, denota possuir bastante talento para a produção literária; embora falte desenvolver um trabalho de lapidação da linguagem e mesmo da produção da forma.
Nota: 7
Pseudônimo: Alan de Longe
Poema: Sertão e Assombração
Ângelo Farias: Tem de ter e teve. Agora vale mais um pouco o trabalho estético das fórmulas do gênero.
Nota: 8
Ludmila Maurer: O poema faz força para se segurar, crescendo na releitura. Bom sinal. Voz de poeta com a metáfora “primeiro bem-querer de menino da roça”.
Nota: 7,5
Nilto Maciel: Prosaico demais, porém bem escrito, bem sertanejo, com exceção do final.
Nota: 7
Nonato Gurgel: Como leitor, tenho alguma dificuldade com um poema que começa e termina com “tem de ter”. Falta lapidação na forma. Principalmente no corte das estrofes. Falta ouvir a lição do Drummond: fazer poesia é cortar palavras.
Nota: 6
Pseudônimo: Aline Monteiro
Poema: Vidasolidão
Ângelo Farias: De boa música, fluído. Apenas um cordel é carinho.
Nota: 8
Ludmila Maurer: A começar pelo título, a união dos dois significantes traria um sentido maior se causasse o estranhamento. Sugiro foco no poema, que se encontra aberto entre ser um meta-poema, uma prosa, um lamento... E com pouca referência ao tema proposto.
Nota: 6,5
Nilto Maciel: Fale em cordel, mas nada disso se vê. O poeta sabe do que fala, mas me pareceu perdido no tema.
Nota: 7
Nonato Gurgel: O texto apresenta uma musicalidade que o aproxima do universo da canção. O título e a forma deixam a desejar. Sugiro leituras, muitas leituras, já que a autora demonstra talento para a poesia.
Nota: 6,5
De acordo com as notas atribuídas pelos jurados, os três poetas menos votados nesta rodada que irão disputar no Campo Platônico a permanência na competição são:
*SEMPREPOETA (Por “Sertanizar” – 27,5 pts.)
*IVANÚCIA LOPES (Por “Bem-te-vi” – 26 pts.)
*ANJO (Por “Almas Peregrinas” – 25 pts.)
(Acesse o perfil desses candidatos no blog, e saiba mais sobre o histórico deles neste concurso).
Eis o ranking desta rodada (votação dos jurados):
1º J. J. Wright (Por "O Instante Despido" – 33,5 pts.)
2º Cervan (Por “poça”- 33 pts.)
3º León Bloba (Por "Lugar Comum" – 32 pts.)
4º O Velho (Por "ser tão" – 31 pts.)
5º Príncipe Desavisado (Por "Ser Tão" – 29,5 pts.)
6º Alan de Longe (Por "Sertão e Assombração" - 28,5 pts.)
7º Paracauam (Por "Aroeira" - 28,5 pts.)
8º Aline Monteiro (Por "Vidasolidão" - 28 pts.)
9º Semprepoeta (Por "Sertanizar" – 27,5 pts.)
10º Ivanúcia Lopes (Por "Bem-te-vi" - 26 pts.)
11º Anjo (Por "Almas Peregrinas" - 25 pts.)
Apenas um (1) desses três candidatos (em vermelho) irá se salvar. Dirija-se à enquete ao lado e vote naquele que você deseja que seja o eliminado da competição. Os dois menos votados deixarão o I Concurso de Poesia Autores S/A. Parabéns aos que resistiram nessa rodada e boa sorte aos candidatos que estão no temido Campo Platônico. A votação será encerrada amanhã, às 22:30 horas.
O ganhador(a) do livro Arremesso Livre, autografado, de Vera Americano, foi: LEONA (APOSTA: J.J.WRIGHT- 35,5). Parabéns, LEONA! Por favor, envie seu endereço completo e telefone para o e-mail do concurso: poesiaautoressa@gmail.com . Entre em contato, por favor.
Obrigado, Autores S/A.
O que acharam do resultado do Top 11? Comentem!
12 comentários:
Eis o ranking desta rodada (para mim):
1º Cervan (Por “poça”)
2º León Bloba (Por "Lugar Comum")
3º Paracauam (Por "Aroeira")
4º J. J. Wright (Por "O Instante Despido")
Aproveito a oportunidade para parabenizar a todos os participantes deste concurso de poesia. Todos estão cada vez melhores.
Parabenizo, em especial, o poeta Paracauam. Como todos que acompanham o concurso sabem, Paracauam é português e mora em Portugal. Seu conhecimento a respeito do tema proposto nesta rodada (O Sertão) era mínimo. A ''Missão Impossível'', Paracauam, gerou um dos poemas mais belos do concurso, até então, a meu ver.
Eis os aprendizados e surpresas que o concurso vem trazendo para todos. Superação de limites, a luta com a palavra, a luta pela palavra: talvez, um dos caminhos. Dos múltiplos caminhos, o poeta se constrói. Dos múltiplos desafios, o poeta cresce. Que seja assim, até o encerramento deste maravilhoso evento poético, protagonizado por poetas excepcionais.
Muito obrigado,
Lohan.
Gostei tanto das poesias dessa rodada que resolvi fazer uma colagem:
"O SERTÃO"
eu quase que nada não sei.
mas desconfio de muita coisa:
Não sou poeta-Pessoa
Não posso andar a fingir
Uma qualquer dor
Que não me doa.
O que me mata de sede
É a ausência da tua saliva,
Nas brenhas que a fé alcança,
Se coisa ruim ou maleita
Desafiam a esperança,
O sertanejo se ajeita.
A decifrar os esqueletos
na varanda.
o sertão é o mundo e os jagunços
somos nós.
Nas encruzilhadas e bocas da mata,
de solina densa,
de natureza íntima,
e os que chovem
encharcando
com os
olhos
a terra
Depois, morrer
Morrer em si não é morrer,
é se enfartar na saudade,
Fazer canto de alegria
Com o teu sertão banhado
Os leitos secos se espremem
a fim de parir água.
Tem uma estrela para cada pedido.
E colhemos o equilíbrio.
de silêncio de bicho,
de sabedoria de pedra,
Olá leitores! A disputa está acirrada. Eu gostaria muito de permanecer, pela oportunidade de participar dessa oficina literária e para me exercitar em fazer poesia. Tenho escrito muitos contos, até com destaque em concurso, mas estou distante da poesia. Que fique o poeta que vocês acharem que merece. (Semprepoeta)
Olá pessoal!
A disputa realmente esta acirradíssima!! Eu quero ficar!
rsrsrrs
abraço pessoal!
Ivanúcia Lopes
300 votos! Marca impressionante neste Campo Platônico. E ainda temos um pouco menos de duas horas de votação ainda pela frente.
A disputa, de fato, está bastante acirrada. De antemão, parabenizo a todos os poetas deste Campo Platônico: além de talentosos, estão demonstrando ser exemplos de luta e resistência.
Obrigado! E continuem votando! Boa sorte!
Lohan.
Últimos minutos... Eu tb quero ficar! Rs... (Semprepoeta)
Foi o campo platônico mais emocionante, até agora. Gostei da experiência, da ansiedade de esperar pelos poemas no site, as notas dos jurados e a disputa na eliminação. E os comentários, todos válidos. Obrigada, Lohan e demais mediadores. Continuo acompanhando e comentando. Parabéns, Ivanúncia Lopoes, desejo sucesso nas próximas rodadas. Anjo, ficamos por aqui, um abraço! Grata aos leitores, jurados e quem não votou em mim!
Como todos podem perceber, eu sou velho, tenho duas cataratas e não consigo entender a imagem proposta para nos basearmos, por favor alguém pode me dizer o que o cara está empurrando?
Seria uma pedra de gelo?
O Velho
Obrigado, Semprepoeta! Sorte para você, sempre!
Ok, Velho...rs. Não pude conter o riso. Bem, eis o mistério! Faz parte do desafio. Que as interpretações de vocês, caros poetas, voem, voem longe!
Abraços e sorte a todos!
Lohan.
Parabéns, Ivanúcia. Você tem a força da juventude, a pureza das ideias (pureza, e não inocência). Aposte nisso.
Semprepoeta, li seu comentário em outro espaço, obrigado por ter tido coragem, ao contrário de muitos outros, e ter se identificado. Falar de interior é falar de sertão? Já ouvi muitas denominações de interior, mas sertão... Essa é nova. Sim, já ouvi Morro Velho, a contragosto, pois não gosto de Milton Nascimento. Pelo o que me parece, Milton faz um elogio à sua terra verdejante, sua fazenda. A palavra sertão possui um valor semântico totalmente oposto ao que foi proposto pelos organizadores. Argumentastes corretamente. Só utilizastes um exemplo falho.
A saída de Anjo foi a maior justiça deste certame até então, já que se tem falado tanto de justiça ultimamente por aqui.
Quanto ao novo tema proposto, a imagem me pareceu bastante contemporânea e de cunho existencial. Extrair arte da arte não é tarefa das mais fáceis. Talvez, nesta leva, iremos descobrir quem realmente veio para brincar e quem realmente veio para ganhar este certame.
A pedra de gelo já começou a derreter: que nasça um oceano de poesia.
Boa sorte a todos. Continuarei por aqui, desfilando meus comentários sólidos, sinceros e não-oficiais.
Cordialmente,
F.N.V
Parabéns a todos os poetas, mas o melhor foram os comentários lúcidos e poetados do jurado Ângelo. Ele tem que comentar em todos!
Abraços do Paraná a todos os Autores.
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