Saudade s.f. [do latim solitate, soledade, solidão]
Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las; nostalgia.
É a terceira vez que tento começar esse texto, um dos mais difíceis, confesso... Deito-me nos braços nada aconchegantes da saudade para tentar compreender como é possível sentir falta de quem não conhecemos pessoalmente. Será culpa desse meu temperamento taurino, possessivo e passional? Ou isso já é por conta do meu lado poetisa que nunca se acostuma com despedidas? O fato é que embora estejamos muitas léguas distantes um do outro, sempre estivemos perto através das palavras. E por falar nas palavras... Vou guardar cada uma das suas na minha caixa de Pandora, lugar onde nossa amizade começou a florescer e onde vou, vez ou outra, colher teus comentários tão coloridos e perfumados.
Alguns blogues e tempos depois nossa amizade mostra-se verdadeira. Coisas assim me fazem acreditar em projetos tão lindos como o Autores S/A, me fazem acreditar que a alma do poeta é lúcida o bastante para reconhecer quando está diante de outro poeta, para somar, jamais subtrair.
Agradeço por sua amizade desde o primeiro instante, por sua participação aqui no Autores, foram momentos de muito aprendizado. Momentos que ampliaram minha visão política, social e poética sobre muitas coisas. Poucas pessoas conseguem ver o mundo como você e isso já faz de ti um ser especial, talvez você seja um Siddhartha mesmo...
Sei que criaremos novos vínculos, de novas cores e que também novas flores enfeitarão nossa caminhada, isso é o que torna a vida fascinante; mas ainda que nossos caminhos sejam diferentes, nossa trilha nunca será oposta, pois seguimos na direção do bem. Quem sabe um dia nos encontraremos numa rodovia dessas em direção aos sonhos? Mas... Enquanto isso não acontece, lembre-se: O Autores S/A é ainda a sua casa, quando bater a saudade, entre, tome seu lugar à mesa e sirva-se de amizade.
2 comentários:
Ninguém melhor do que Camila para se reportar a você, enigmático Sidarta... sinto falta de seus textos, de seus comentários, das nossas rusgas (adoro te pentelhar.hahahah). Volta vai...por favor, volta. Você é D+! Sou fã dos seus textos (menos os políticos, é claro)mas eu aturo assim mesmo. VOLTA, VOLTA, VOLTA...
Andréa, rsrsrs, obrigado pelo "enigmatico", acho que me sinto assim mesmo. Eu sou meu maior enigma. Rsrsrs... Nunca me esqueço de nossa hilariante conversa no MSN. Um dia voltaremos a ter altos papos.
.
Camila, nem sei direito o que dizer de suas palavras...
Talvez eu sinta necessidade de partir. Isto acontece em muitos dos "lugares" que vou. Tem sido assim na minha vida, nos últimos anos, no trabalho, nos relacionamentos, nos estudos, na poesia. Eu mergulho fundo, mas pouco tempo depois, sinto necessidade de sair.
Agora eu quero entrar numa nova fase, num novo ciclo.
Eu agradeço por você me oferecer a hospitalidade desta casa, onde eu me sinto acolhido e querido. Só peço que entendam que não sou mesmo um cara muito fácil, e talvez eu me sinta melhor como hóspede do que como morador... Pelo menos por enquanto.
Nós dois nos entendemos, eu sei que você me entende. Este vínculo não é só virtual, ele vai além...
Quero aproveitar e parabenizar a sua persistência e a sua fé neste trabalho. O Autores S/A se supera a cada dia. Eu ainda me vejo entrando numa livraria e encontrando os livros dos Autores S/A.
Viva Rostáusea!
Postar um comentário