ELES CHEGARAM ATÉ AQUI.
COM PRAZER,
ELES SE APRESENTAM:
LUNE*
"Mereço ganhar o concurso porque os meus poemas são bons
e tem o que dizer".
BAROLO*
"Ganhar o concurso? Quem disse que eu mereço?
Há talentos maiores que o meu concorrendo".
GEOVANI DORATIOTTO
(G.D)
"Mereço vencer o concurso porque eu vivo poesia".
ANA LÚCIA PIRES
(ANNA LISBOA)
"Que o Brasil possa, um dia, comer poesia sem contraceptivos. Amém".
LETÍCIA SIMÕES
(ALICE LOBO)
"Tenho o coração maior que o mundo.
E só a poesia dá conta desse músculo impossível".
WENDER MONTENEGRO
(MANOEL HELDER)
"Não mereço vencer esse concurso
Mas sei que gostaria de vencê-lo".
FRANCISCO FERREIRA
(JOÃO SARAMICA)
"Vencer este concurso é apenas um detalhe;
Participar que é a grande conquista!"
MARCO ANTONIO TOZZATO
(PER-VERSO)
"Ganhar seria um grande incentivo para que eu
me levasse a sério como poeta".
RENAN DUARTE
(OCELOT)
"Não mereço ser o vencedor de coisa alguma.
Mas tenho coragem".
HENRIQUE CÉSAR CABRAL
(GASPAR)
"Se eu serei o vencedor do concurso? Leia as minhas poesias.
Lá deve ter alguma resposta".
FLÁVIO MACHADO
(DERSU UZALA)
"Mereço tanto quanto os outros ser o vencedor deste concurso.
Acredito na poesia como expressão de arte transformadora da realidade".
THIAGO LUZ
(JEAN JACQUES)
(JEAN JACQUES)
"Vou mergulhar de cabeça em cada verso, como se fosse o último verso da minha vida,
o verso derradeiro"
*Lune e Barolo preferiram não revelar seus nomes no blog.
ELES DISPUTARÃO, PONTO A PONTO,
O TÍTULO DE UM DOS CONCURSOS DE POESIA
MAIS DISPUTADOS NO BRASIL.
Desgrécia
O Minotauro sofreu de labirintite.
Teseu perdeu o tesão - correu para
o Viagra.
"Câmera IndisCreta" na
Internet com Afrodite.
Fizeram agora um shopping no meio
da Ágora.
Aquiles teve que amputar a sua
perna.
Hércules disse que tá atrás de um
trabalho.
Foi trabalhar no circo a Hidra de
Lerna.
Virou moda o Leão de Neméia como
pele em agasalho.
Prometeu bebeu - fudeu, deu
problema de fígado.
Helena posou na Playboy e perdeu o
posto de musa.
Deu câncer de pele o sol que
bronzeava Ícaro.
Perseu perdeu a cabeça por
decapitar Medusa.
"Ulisses é o maior
fura-olho" - disse o Ciclope aos jornais.
Cronos virou atleta e vai correndo
cada vez mais.
Ares trabalha na ONU com questões
que envolvem a paz.
Na Assembleia do Reino de Zeus
todos somos imortais.
Desgraça na Grécia
Destrói a Tróia na nóia
E até as ruínas de Atenas
têm problema de memória.
Monte o limpo destino de
maneira contraditória.
Todo Herói caduca depois de contar sua História.
Todo Herói caduca depois de contar sua História.
Marcelo
Asth,
vencedor do I Concurso de Poesia Autores S/A
OS MITOS ESTÃO NO
AR...
QUEM
SERÁ O NOVO MITO DO CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A?
SEJA
BEM-VINDO A SEGUNDA ETAPA
DO
II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A!
A MITOLOGIA
Os mitos podem ser encontrados em
inúmeras civilizações. Temos os mitos gregos, os nórdicos, os celtas, os
brasileiros, os romanos... Temos seres humanos que são considerados mitos,
devido aos seus grandes feitos. Temos os mitos inconscientes, que nos mobilizam
a muitas ações quotidianas. E, hoje,
aqui no Autores S/A, temos os belíssimos poemas sobre MITOLOGIA, que ilustram a
segunda etapa desta competição. Trata-se de uma temática ampla e rica, que
cerceia, sempre, as culturas das nações. Será que os nossos 12 poetas
finalistas conseguiram se sair bem nessa?
Nesta etapa, foi dirigida aos poetas a seguinte
pergunta:
“Na
sua opinião, qual é a história mitológica mais
fascinante que existe
e
por que?
As respostas serão encontradas nas apresentações dos poemas.
Atenção:
- Reiniciando o seu computador, talvez você consiga votar mais de uma vez na ENQUETE;
- Essas informações estão sendo concedidas a fim de estabelecer uma base mais justa para todos os concorrentes nesta disputa via ENQUETE. Elas foram recolhidas através de testes realizados no sistema de votação.
OS 12 POEMAS DA ETAPA: MITOLOGIA
(1º trabalho de Hércules: Matar o Leão de Neméia)
De
Atibaia, São Paulo: Geovani Doratiotto, 23 anos.
Pseudônimo:
G.D
Título:
CAVERNA-SÃO PAULO (à)
A
Ideia
refletida
na parede da cabeça,
[Homens
nus,
Despidos
à força em Pangea.]
Sorrateiro, o feixe de luz exterior
atravessa
o tapume;
Fogo
fátuo, fato consumado;
alter-ego
-mito
atrás
do muro interior-vivo;
Sombras
sofrem os ecos da
síndrome
de Baco.
[Phýsis- Natureza do barraco,
chão
de barro-oco]
O
oráculo de delfos
Atende em hora fixa na Av. Paulista.
Hércules
tem apenas
um
oficio de oito horas
(Uma
diária. Lamenta. Leva marmita);
Helena
de tróia vende
Seu corpo na Av. Augusta;
-Por
que, Psiquê não ama ninguém?
Além das expectativas morreu um desses
meninos-de-rua
(μυθος),
Amem.
Pseudônimo:
Lune
*Poeta
preferiu não revelar o nome.
“Talvez
não seja a mais fascinante história da mitologia, porque toda a mitologia é
fascinante, mas a história de Medéia me atrai extremamente. Gosto de
refletir sobre ela do fim para o começo. Do horror da deusa assassina, que mata
o irmão e os filhos, à infelicidade da mulher que se entregou com tudo a um
(pretenso) amor e viu esse amor se tornar ingratidão, traição. Voltando, ainda,
à mulher que tem sua vida na mão do pai, rei e senhor. A morte dos
consangüíneos, na história de Medéia, é uma representação da morte de tudo o
que existe de mais valor em nome da vingança, mas é também o testemunho
narrativo da dor, do remorso, da insanidade. Na visão de Medéia, é de morte
que se alimenta a vingança, mas para ela, e para a época, morte, vingança, dor
são peças que o destino põe no tabuleiro, e que precisam ser jogadas.
Medéia sofre com cada decisão que toma, mas justifica suas decisões na
aceitação da dor. E na crença de que o destino é traçado pela dor. Sobrevivem
os que transformam essa dor em conquistas ou... Ódio. Como retrato de uma época
distante, berço de uma civilização mítica e moralmente desconectada de culpas e
medos, me serve como história de ‘fascínio’ em que apostar a empatia, a
compaixão. É forte”.
Título:
Dia profano
rompem-me manhãs de Ártemis
em que o livramento na terra
flutuante
arranha, sangra, fortalece
entranhas
e faço-me carne primogênita
a aparar no colo pronto
submisso
o pouso-macho do Sol
que me acumplicia
entardecem-me visões de Cólquida
em que a acidez entorpecente da
vingança
apequena, envilece, desconverte
e faço-me empunhadura suicida
a matar nas vontades
imorais
o (des) afeto consanguíneo
que me rapina a decência
iludem-me crepúsculos de Héstia
em que a paz não deflorada dos
úteros
hospeda, aquece, recompõe
e faço-me consentimento descuidado
a aceitar na vida
insepulta
o lança-chamas da quimera
que me desabita a casa
corrompem-me noites de Afrodite
em que a avidez abençoada da
luxúria
perverte, desconforma, abocanha
e faço-me orgasmo repetido
a encobrir no sentimento
amotinado
a permanência belicosa
que me afronta a solidão
recompõem-me madrugadas de Tânato
em que a lucidez insuspeita do fim
arrebanha, equilibra, desaltera
e faço-me carnagem fresca
a provocar na divindade
devassa
o apetite da morte original
que me fareja a entrega
Do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Letícia Simões, 24 anos.
Pseudônimo:
Alice Lobo
“Sou fascinada pela história de Penélope
e Ulisses. Tanto pela parte dele - as inúmeras aventuras de um homem tentando
regressar à mulher amada - mas principalmente pela idéia da espera de Penélope.
A esperança desesperada, sem nenhuma conexão com a realidade, apenas no
instinto de uma mulher apaixonada por um homem. a força do amor; o amor que
acorda a alma, resiste aos dias, ao cotidiano, à certeza absoluta da morte. A
estratégia de fuga de Penélope, o tear desfeito à noite e refeito todas as
manhãs, é surrealmente bela. desfazer e refazer nós - não é isso que praticamos
todos os dias? De certa forma, a espera de Penélope é um pouco a espera de
todos nós: a crença no amor incorruptível”.
Título: ulisses,
uma estrela suja caiu do céu
caiu diretamente à
minha mão
arranhou-me as costas, os vitrais, os nervos de todas as ordens
não acredito mais em você, não acredito mais em ninguém
quisera eu acreditar que um dia voltarás - hoje prefiro enterrar-me aqui.
a estrela arde os olhos e eletrifica-me o corpo
atravessando aquela porta,
morri um pouco
aliás, com você, já morri de três a quatro vezes - a insistência vã deverá querer dizer algo.
não penses que não gostaria de partir,
de encontrar no branco o estremecimento do azul
uma estrela suja caiu do céu
caiu diretamente à
minha mão
arranhou-me as costas, os vitrais, os nervos de todas as ordens
não acredito mais em você, não acredito mais em ninguém
quisera eu acreditar que um dia voltarás - hoje prefiro enterrar-me aqui.
a estrela arde os olhos e eletrifica-me o corpo
atravessando aquela porta,
morri um pouco
aliás, com você, já morri de três a quatro vezes - a insistência vã deverá querer dizer algo.
não penses que não gostaria de partir,
de encontrar no branco o estremecimento do azul
(o amor, ulisses, é só um
estremecimento do azul)
a estrela suja queima a mão
largá-la significará abrir mão do céu - mas este céu eu não quero.
este céu é sujo e feito de pássaros irrequietos.
quero os meus pássaros em paz.
talvez seja caso de renascer em azul, atropelando as fugas e reerguendo as gaivotas.
fugir nunca é despreparo, mas antes:
necessidade.
acordei num sobressalto mas ainda no escuro.
a estrela jazia no chão.
a porta entreaberta já avista um muro.
agora, resta apenas esse tecido:
meus dedos desmancham o ontem
esperando a sua voz.
esperando a sua voz.
(4º trabalho de Hércules: capturar a corsa de Cerinéia)
De
Vinhedo, São Paulo: Ana Lúcia Pires, 42 anos.
Pseudônimo:
Anna Lisboa
“Em minha opinião, a história de Pandora
é uma das mais fascinantes. Seria sua culpa o alto valor de minha conta de luz?
O insuportável trânsito nas grandes metrópoles, o chocolate conter tantas
calorias, o abandono racional dos países pobres, o atraso gigantesco da novela
das 20h00min, o formol assassino nas escovas progressivas? A Aids, a falta de
medo da Aids? Quantos castigos! Ainda bem que sempre nos restará a esperança. A
velhice, a doença, as pragas, os vícios, a mentira, etc. Todas as desgraças da
humanidade, incluindo a TPM, saídas de sua caixa da curiosidade. Sim, a culpa é
sempre das mulheres. Eva, Dilma, Madonna, Roberta Close, Mãe Menininha, Dona
Maria da padaria... Pandora inspiraria por si só centenas de poemas. Por isso,
começo e termino o meu manipulando minha própria caixa”.
Título:
O Coro do Caos
O
Coro
Ouçais
o Monte de silêncio inóspito
Respeitai
a Caixa aberta!
Foice
Pandora, do verbo fui eu
Debalde
em balde encher-se de rugas efervescentes
Papoulas
politeístas e terços Pandoravante!
Abusai
da esperança de dentes arriados
A
última que morre, agarra-se ao avesso, do avesso
Do
avesso do coitado, Veloso por sua Linda
Ratos,
traças, sanguessugais Aphrodítē de Τροία, em grego sépia
Sêmen
de espuma vinga ativa fêmea de minha primeira face
Apolo
(gias) em papiro almaço/ alminha de meus mitos
Joplin
Lennon
Godard
Aflitos
Infinitos
Ex-quesitos
Respirai
Ares preto-borgonha
Sob
o tule king size de Atena virgem Ah... hímen cidade
Carnificina
faminta, sabedoria estuprada
Puts!
Em
grego: Βάζει!
Sarapatel
irado! Azeite, senhores?
Socorrei
Deméter
De
trigo em trigo, encheu-lhes o papo incesto de vime
Chora
a velha na Pedra Triste
Choro
eu e mais um quarto
Aclamai
a lira de Orfeu Eurídice! O verso coxo
dançou até tarde:
- Aqui sou raso, aqui
sou fundo! – Urrava Hefesto
- Hera bom chamareis
por Hades! Hades! Hades!
- Quem sois vós, mortal
imundo?
- O inferno das
verdades! Hades! Hades! Dançai também, invisível covarde
Aplaudi
Dionísio por Caravaggio
Vinho
delirante de bagos esquartejados
Mística
fermentação de morte fulminante
Pobre
Sêmele, cessou um dia amante
- Aspira a dor de pó, epifania de um instante
Apiedai
de quem Prometeu
Centelha
de fogo apagado
Da
boca saliva viveu
De
fígado regenerado
Hermes
protege o que é meu
Ainda
que seja roubado
O
Caos da MitolORGIA
Calai
em nome das ninfas de meus porta-retratos
Santo,
Daime cor aos pequenos lábios a (cor)rentados
Lambei
minha divindade, Medusa de presas e soltas febris
-Playground do Olimpo, 5º andar de nuvens, falar com Eros
Ouçais,
por fim, ó Zeus
O
coro suplicante por deuses de carne seca e carcaça anil
Já
o fiz em nome de minha mãe D’água
Deusa
de tudo que escarro
Afogai
o moscardo da mágoa
Passai
Mercúrio nas chagas da desumanidade
O
Coro dos Primordiais
LEVANTAI-VOS TOLOS, DO
SEPULCRO
LIVRAI-VOS DAS
ANFETAMINAS DE RAPINA
A QUEIXADA CAÍDA DE
HOMERO VOS AGUARDA
CHEGA
AO FIM A RÉCITA DO FIM
FECHAI
AS CORTINAS DE EPIDAURO.
e as caixas
O
Coro do Caos
Cronos, lógico Fim = Τέλος
(5º trabalho de Hércules: Expulsar as aves do lago Estinfale, na Arcádia)
De São Paulo, São
Paulo: Henrique César Costa Cabral, 59 anos.
Pseudônimo: Gaspar
“Sem dúvida, a ‘Odisséia’. Explicar
porque algo nos fascina não é tarefa fácil. Por que uma Poesia nos fascina? Ou
o sonho? A mesma problemática com relação ao mito, já que, sem dúvida, são
linguagens irmãs. Aliás, para Homero, a poesia era essencial para eternizar os
feitos dos grandes homens do passado (sem dúvidas alguns parecem possuir a
estética do sonho, outros de pesadelo). No caso da Mitologia Grega existe uma
grande variedade de trabalhos à nossa disposição, escritos em diversas épocas,
etc., o que nos abre um campo imenso, se for o caso. Mas o ineditismo da Odisséia
é assombroso. A ‘Ilíada’ é mais antiga, foi compilada de diversos mitos, etc. É
mais irregular e a Guerra é o personagem central. No caso da ‘Odisséia’, a
busca (no caso o retorno) do herói principal, sua peregrinação repleta de
aventuras, que ainda emocionam, tem um encanto incomparável. Pode-se ler até
hoje com o mesmo fascínio, ou a mesma ansiedade (depende do Canto). Já teve
tantas interpretações, que é impossível conhecer todas. Há algumas curiosas.
Uma delas garantia que foi escrito para mulheres, tal o número delas que
acorriam o livro. Outro, que o próprio autor foi uma mulher (com aquela barba?
Devia ser horrível). O que sabemos é que foi escrito pelo (a) maior - ou pelo
menos o pai (ou mãe) - dos escritores. Digamos, um semideus (dá até medo falar
sobre ele). Não posso comentar esse
livro sem correr atrás dele logo depois. É o que vou fazer agora. Com licença.
Título:
Ciclope
o mito é fome viva
em gravidez perpétua
para o Ciclope, só
o olho explica pouco
o muito dessa fome
= = =
o olho aberto – o único
aceso na extensão
já lendária da praia
- baia que flutuava -
aceso todo o dia
desliza com vagar
nas linhas sempre móveis
das sombras encurvadas
aceso pela noite
iluminando os ossos
insepultos em vagas
ondulantes de areia
a noite desce torta
suas asas lubrificam
nova conformação:
Ninguém na escuridão
(na alma a armadura
o ar denso de resina
enquanto se prepara
o ataque em fogo brando)
que lhe atravessa o olho
escorre pela veia
até cuspir no chão
o olho cor de areia
(6º trabalho de Hércules: Limpar os estábulos do rei Augias, da Élida, em um só dia)
De Cabo Frio, Rio de
Janeiro: Flávio Machado, 53 anos.
Pseudônimo: Dersu Uzala
“A história que mais me impressionou foi
ao do Negrinho do Pastoreio. Deixou marcas profundas na minha infância. Durante
as férias costumava passar alguns dias na casa de minha avó materna, em Campo
Grande, subúrbio do Rio de Janeiro. Naquele tempo, tinha ares rurais, com
sítios, laranjais e muita criação; em um determinado ano, a vizinha de minha
avó emprestou alguns livros, e, havia nestes, a lenda do Negrinho do Pastoreio.
A história com toda carga dramática me impressionou, porque identifiquei
semelhanças com situações de exploração de crianças e racismo”.
Título:
amazonas
contam sobre a existência na bacia
do rio amazonas,
de um grupo de mulheres
viviam em sociedade fechada
aos homens.
quando desejavam procriar
enviavam ao eleito uma pedra em
forma de sapo
durante quatro noites de lua cheia
faziam amor as margens dos rios
amazônicos
depois sem piedade sacrificavam os
eleitos
uma das mulheres quebrou a regra
fugiu com um homem para o
interior da floresta
depois desse acontecimento
as mulheres nunca mais
formaram um grupo:
inveja
ciúme
desarmonia
a tribo desapareceu no tempo
restaram as urnas funerárias
com pedras em forma de sapo.
(Sétimo trabalho: capturar o touro selvagem de Minos, rei dos Cretenses)
De Nova Friburgo, Rio
de Janeiro: Barolo*, 46 anos.
Pseudônimo: Barolo
*Poeta preferiu não
revelar o nome.
“Para mim, a história mitológica mais
fascinante não é a de Tântalo, meu eu lírico do poema, mas a de Pandora.
A curiosidade move o mundo, abre caixas, portas, horizontes”.
Título:
Tântalo Moderno
Hondas reluzem na tevê,
Deslizam nas ruas,
Passam incólumes nas estradas.
IPhones brotam nos jornais,
Sorriem nas revistas,
Passam mensagens de felicidade.
Dorianas unem famílias,
Fazem mesas ensolaradas
Passam alegria no pão.
Eu, Tântalo, tenho tudo.
Mas passo a vida sedento,
Com água até o pescoço,
Com fome de frutos,
Que fogem de mim.
(Oitavo trabalho de Hércules: capturar os cavalos devoradores de homens do rei Diomedes da Trácia).
De Juiz de Fora, Minas
Gerais: Renan Duarte, 22 anos.
Pseudônimo: Ocelot
Título:
Ao Deus dos Labirintos
Ao Deus dos labirintos
os caminhos bifurcados importam pouco
reto e estreito nunca fora tão curvo
Ao Deus dos labirintos
o círculo de um amor banal e humano
procedem dos filhos de um olhar tão turvo
A vida já foi um dia o que o espelho,
secreto e limpo, multiplicou no livro
Ao Deus dos labirintos
o louvor mais sublime: o caminho do Sonhar
permanece.
Seja no Olimpo, através do Egito, ou em Sião
os montes hão de dizer a ira
os clamores proféticos de quem fica
à deriva em sua própria
desmedida
os caminhos bifurcados importam pouco
reto e estreito nunca fora tão curvo
Ao Deus dos labirintos
o círculo de um amor banal e humano
procedem dos filhos de um olhar tão turvo
A vida já foi um dia o que o espelho,
secreto e limpo, multiplicou no livro
Ao Deus dos labirintos
o louvor mais sublime: o caminho do Sonhar
permanece.
Seja no Olimpo, através do Egito, ou em Sião
os montes hão de dizer a ira
os clamores proféticos de quem fica
à deriva em sua própria
desmedida
(9º trabalho: Obter o cinto de Hipólita, a rainha das amazonas)
Do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro: Thiago Luz, 29 anos.
Pseudônimo: Jean
Jacques
“A história mitológica que mais me
fascina é a da fênix, símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
Tanto é verdade que possuo uma fênix tatuada nas costas, ao lado do nome da
minha esposa”.
Título:
Mitologia Íntima
Pouso a noite, sepulcro da
eternidade,
Sobre minhas retinas suadas,
E miro em Órion e em horóscopos
luminares,
Tateando em vão alguma luz em meu
espírito
Tocado há muito pela solidão
De um Hades em meu peito.
Tomo a taça como uma dama:
Um beijo quente em suas bordas
molhadas,
E sinto seu tinto batom em meus
lábios...
Eu, o filho de Baco e de leviatãs
nublados,
Desertor de doze trabalhos
maçantes,
Retirante de Asgard,
Cambaleante entre os frígidos dias
capitalistas
E as afrodites noites a me
embebedar
Da tua ausência poética...
Eu, o nobre soturno,
Admoestado por uma horda de
demônios
Na odisseia dantesca em que navego,
Perdido em bússolas desnorteadas
E redemoinhos que me afogam em mim
mesmo.
Por Zeus do céu,
Sou um ciclope cego no labirinto
mundano,
Sem deuses ou heróis, sem divindade
ou heroísmo,
Beijando Gaia em cada queda diária,
sem Olimpo,
Amando Nix como um filme de Tinto
Brass,
Desalmando cada gozo em frenesi
frívolo,
Bailando com ninfas a preços vis
nas esquinas.
Por Deus
(Talvez o maior dos mitos seja
Este),
Minha crença cadavérica abraça Seth
E mergulha noite adentro nos
subterrâneos
Em que Cilas de quadris vorazes
Comem minha alma sem cura
E expelem o que resta de mim
Sobre uma cama solitária.
(10º trabalho de Hércules: Ir buscar o gado do monstro Gerião)
De Betim, Minas Gerais:
Francisco Ferreira, 44 anos.
Pseudônimo: João
Saramica
“A geração de Pégasus é a alegoria que
acho mais interessante da mitologia grega. O cavalo alado, um fantástico
símbolo da leveza e da beleza, surge do sangue que escorre da cabeça de Medusa,
a horrenda Górgona que simboliza o peso da pedra”.
Título:
Apelo a Tânatos
Sob a Égide da Cruz
Zeus destronado já não mais pode
Provocar os vômitos de Cronos,
E o nosso destino é ser lentamente
devorados!
...esperança não há!
Quisera a sorte de Diomedes
e ser estraçalhado nos dentes
Das putas devoradoras de homens,
Mas só me resta a lápide,
O cortejo e a perene condenação!
...salvação não há!
De águas estancadas, Lete não banha
E para as sujas sombras dos mortos
Somente o repaginado reino de Hades
Num inferno de fogo.
...esquecimento não há!
As algemadas Moiras não me tecem
sequer um fio
E nos meus bolsos pobres
Não tilintam moedas para o
barqueiro,
Reinam absolutos Momo e Oizus
E nosso único quinhão possível é
zombaria e miséria...
...vida não há!
Porquanto, não me leve ainda
Tânatos!
(11º trabalho de Hércules: levar as maçãs de ouro do jardim das Hespérides para Euristeu)
De Trairi, Ceará:
Wender Montenegro, 31 anos.
Pseudônimo: Manoel
Helder
“A história mitológica que mais me
fascina é a que trata do mito de Tântalo e seu peculiar castigo. Interessante porque,
sob determinado ângulo, esse mito simboliza o desejo incontido, incessante e,
por castigo, insaciável, do ser humano. Estamos sempre desejando mais... Omito
de Tântalo nos deixa inquietações, dúvidas. Quando tentamos avançar em direção
àquilo que desejamos profundamente (nossa sede e fome), e não conseguimos, e
vemos o alvo de nosso desejo a um só tempo, próximo e tão distante, nos vem de
pronto o questionamento: será que não adianta lutarmos por algo, uma vez que já
temos o nosso destino traçado?”
Título:
Mítica Cartografia de um Corpo em Naufrágio
“Deuses,
não me julgueis como a um deus,
mas
sim como a um homem
a
quem o mar destruiu.”
[Prece
de marinheiros fenícios citada por
Jorge
Luís Borges no livro “Sete Noites”]
I
A sua boca repleta de signos,
a carpa em cores sobre os velhos
ombros
não evitaram o naufrágio dos olhos:
um semideus apagou a fogueira
sob densa nuvem...
II
Seu corpo é um templo de mitos:
dorme uma hidra à sombra dos cabelos;
na omoplata esquerda um dragão
celta;
uma hiena sisuda de henna na nuca
[mau Djinn].
Um amuleto Abraxas no pescoço;
segredo milenar no baixo ventre,
só antes tatuado em Amunet:
elipse ao filho que o céu lhe
negou...
Nos pés duas harpias vaticinam augúrios;
mira-lhe os seios um Hórus criança;
sob o joelho destro a cruz de Ötzi;
esperma e sangue de Urano
espumam no cóccix:
Afrodite em concha, à beira-morte...
III
Inútil recorrer à Samotrácia; aos
‘mantras’
dos Cabiros: o naufrágio é certo!
Morrer assim, sozinha...
Sem carpideira alguma a lhe tecer
um canto,
sem ouro nos alforjes, sem filhos
nos seios,
sem bravo argonauta em desvio de
rota,
no rastro do ouro das tranças desfeitas...
A vida lhe fugiu [nau no
sem-fim...]
Migraram ao seol pensamento e
memória,
como os dois corvos dos ombros de Odin.
(12º trabalho: capturar Cérbero e mostrá-lo a Euristeu)
Do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro: Marco Antonio Tozzato, 48 anos.
Pseudônimo: Per-Verso
“Os
gregos sempre usaram seus deuses para explicar todos os seus fenômenos:
Naturais ou sentimentais. Para tudo havia uma história: Desde os raios
assustadores até o amor inquietante. Muitas dessas alegorias perduraram até
hoje, sendo apropriadas pelas modernas teorias psicanalíticas e por inúmeras
obras literárias. Esses mitos serviam, de alguma forma, para aquietar, tranquilizar
o que era e ainda é considerado desconhecido, inexplicável. Assim, o mundo, os
sentimentos tornavam-se mais organizados, menos confusos. Cada mito, cada deus,
era responsável por dar sentido a um aspecto da vida. Do nascer do dia à morte.
Baco estava relacionado ao sentimento mais incontrolável, anárquico e
desenfreado de todos: o desejo carnal. Oficialmente ele era o Deus do vinho,
uma bebida ao mesmo tempo requintada e popular. Uma bebida presente em todas as
classes sociais, assim como desejo. A embriaguez provocada pela bebida de Baco
é semelhante àquela provocada pelo tesão. Não era à toa que as famosas bacanais,
festas ligadas a fertilidade e ao sexo, eram regadas a vinho. A biografia do
deus das videiras tem tudo a ver com seu reino de insanidade e entrega.
Transformado em cinza antes de ter nascido, ele é ‘replantado’ na batata da
perna de Júpiter, seu pai e renasce, tal qual a semente que morre e renasce
como árvore. Perseguido por Juno, mulher oficial de seu pai, enlouquece. Quando
recupera a consciência e torna-se deus da bebida extraída da uva. Parece querer
compartilhar a sua loucura com os mortais, mesmo que temporariamente. Baco é o
deus mais fascinante porque tem a função de dar sentido àquilo que menos parece
ter sentido: o desejo e a loucura, ou a loucura do desejo”.
Título:
Baco, now!
“Que é feito aguardente que não sacia,
Que é feito estar doente de uma folia”.
(Chico Buarque)
É cedo, excedo e bebo: Embebo
devagarzinho a boca no vinho
Que venha mais uva na taça, tudo
passa, eu me emborracho. Evoé Baco!
Hoje é dia de orgia, sexo puro,
ardor; de Atenas a Salvador, Axé, meu Baco!
Caralhos, bucetas e cus enroscam-se
sem pudor. Vem cá, meu Bacôo!
Sátiros sacanas, ninfas maníacas seguem
o cortejo, ah, o desejo!
Tudo gira fora do eixo, segue sem
freio, frenético, anárquico
Sagradamente profanos, faunos
felam-se festivamente
Sôfregos esfregam-se, penetram-se
devassos e virgens
O deus do rebuceteio diverte-se em
perverter aquilo que parece ser
O mundo gira, pura orgia, põe-se de
cabeça pra baixo, puro escracho
No elixir da divindade, a verdade.
Enquanto durar o efeito, seremos sempre perfeitos!
&&&&&&&
Eis os 12 trabalhos hercúleos!
E então, poetas e leitores? O que acharam?
Comentem e votem em seu preferido (a) da rodada! O poeta mais votado receberá 1 ponto bônus!
A ENQUETE ESTÁ NA BARRA CENTRAL LARANJA. ESCOLHA SEU PREFERIDO E VOTE! ELA SERÁ ABERTA ÀS 22 HORAS DE HOJE, SEGUNDA-FEIRA.
A VOTAÇÃO TERMINA NA QUINTA-FEIRA, ÀS 18 HORAS.
ANÚNCIO DA TEMÁTICA DA 3º ETAPA:
A PRÓXIMA ETAPA SERÁ UMA HOMENAGEM
A DUAS GRANDES ESCRITORAS BRASILEIRAS:
CECÍLIA MEIRELES
E
CLARICE LISPECTOR
-
OS 12 POETAS SERÃO DIVIDIDOS EM DUPLAS.
-
CADA DUPLA DEVERÁ ESCREVER UM POEMA SOBRE CECÍLIA MEIRELES E UM POEMA SOBRE
CLARICE LISPECTOR.
-
A AUTORIA DOS POEMAS DEVERÁ SER DIVIDIDA, O QUE NÃO IMPEDE, CLARO, QUE AMBOS SE
AUXILIEM NA ELABORAÇÃO DOS POEMAS.
-
AS DUPLAS SERÃO FORMADAS DE ACORDO COM A COLOCAÇÃO DOS POETAS NA PRIMEIRA ETAPA
DO CONCURSO, DA SEGUINTE MANEIRA:
1º
colocado com 12º colocado
2º
colocado com 11º colocado
3º
colocado com 10º colocado
4º
colocado com 9º colocado
5º
colocado com 8º colocado
6º
colocado com 7º colocado
Sendo
assim, teremos as seguintes duplas para a próxima etapa:
G.D
(Geovani Doratiotto) e Per-Verso (Marco Antonio Tozzato)
Lune e Manoel
Helder (Wender Montenegro)
Alice
Lobo (Letícia Simões) e João Saramica (Francisco Ferreira)
Anna
Lisboa (Ana Lúcia Pires) e Jean Jacques (Thiago Luz)
Gaspar
(Henrique César Cabral) e Ocelot (Renan Duarte)
Dersu
Uzala (Flávio Machado) e Barolo
- OS E-MAILS E ENDEREÇOS DE FACEBOOK
SERÃO INTERMEDIADOS POR NÓS, ORGANIZADORES, E, ASSIM, TODAS AS DUPLAS TERÃO
COMO SE MANTER EM COMUNICAÇÃO DURANTE ESTA TAREFA.
- A SOMA TOTAL DE UM INTEGRANTE DA DUPLA
SERÁ SOMADA A SOMA TOTAL DO OUTRO INTEGRANTE. FEITO ISSO, SERÁ CALCULADA A
PONTUAÇÃO MÉDIA DA DUPLA, DIVIDINDO A SOMA DE AMBOS POR 2.
- DA DUPLA VITORIOSA, SAIRÃO OS DOIS
PRIMEIROS COLOCADOS (SERÃO VERIFICADAS AS NOTAS INDIVIDUAIS DE CADA UM); DA DUPLA
QUE FICAR EM SEGUNDO LUGAR, SAIRÃO OS 3º E 4º COLOCADOS, E, ASSIM POR DIANTE.
- NÃO HÁ LIMITE DE CARACTERES E LINHAS.
- OS TÍTULOS SÃO OBRIGATÓRIOS, ASSIM
COMO O INEDITISMO.
- OS POEMAS DEVEM SER ENVIADOS ATÉ AS
23:59min. DO PRÓXIMO DOMINGO, DIA 08/07, EM ANEXO OU NO CORPO DO E-MAIL.
- CADA INTEGRANTE DA DUPLA DEVERÁ ENVIAR
O SEU POEMA, RESPEITANDO O PRAZO ESTABELECIDO.
- A DULPA DEVERÁ DECIDIR QUEM IRÁ
ESCREVER SOBRE CECÍLIA MEIRELES E QUEM IRÁ ESCREVER SOBRE CLARICE LISPECTOR.
Dica:
“O desafio das duplas tem tudo para ser
emocionante. As duplas precisam assumir uma cumplicidade para que possam
desenvolver seus poemas com qualidade. O par necessita entrar em consenso no
momento da escolha de quem irá escrever sobre quem; quem se sentirá mais seguro
poetizando sobre Lispector? Quem se garante em Cecília? A dupla precisa discutir
esses pontos. No mais, caprichem, pois esta rodada será muito especial, tendo
como desfecho uma boa surpresa para todos vocês, poetas. Sorte para as duplas!”
Lohan Lage Pignone.
&&&
Para
finalizar esta rodada de poemas, teremos como chave de ouro mais um poema do
grande campeão Marcelo Asth, jovem de 23 anos que surpreende com seu talento
nato. Até quinta-feira!
Título: Dionisíacas
Os
tragôidos vão arrombar o mito!
Dite
os rombos da estrutura
pro
poeta costurar.
E
os deuses confirmam o escrito,
arranjando
a tessitura
pro
ator se mascarar.
O
coro vai comer o protagonista...
onde
o bode amarrou o poeta?
Dionísio
vai sacrificar o artista
embebedado
em ritual de festa.
Vida
de duplicidade,
destino
ambíguo, hermético:
O
Oráculo de Delfos invade
o
vitelino umbigo de Édipo.
Tirésias
diz que esse finge,
que
tudo sabe mas que é cego...
que
fez acordo com a Esfinge
pra
tornar-se o seu corego.
Debate
de duplos na orquestra:
trabalhando
seus discursos,
Édipo
e Clitemnestra
preparam-se
para os Concursos.
Discutem
projetos de leis
que
têm diferente fonte:
A
dos deuses ou a dos reis?
Respondem
Antígona e Creonte...
Da
dita para a desdita,
no
decorrer da trama
do
dito pelo não dito,
comenta
de forma aflita
o
coro que assiste ao drama -
mesmo
o que já foi predito.
Tragédias
à parte,
comédias
à tarde...
Dionísio
só faz arte
com
aquele que com ele arde.
Prepara-se
o corpo corálico
cantando
que falo em orgia.
Derrama-se
nos cantos fálicos
antes
da tetralogia.
(Marcelo Asth)
18 comentários:
Uau!!!!!!!!!!! Isso q eu chamo de poesia!! Concurso bombando!
To torcendo pela Anna Lisboa, G.D, Barolo e Gaspar. Ninguém barra esses caras.
Fui!
Concordo com você! Gostei muito das poesias de Gaspar e Barolo, mas o show vai ficar de novo com Anna Lisboa e G.D.
todos bons, mas fico com Ana Lisboa
Parabéns a todos
Anna Lisboa, nota 1000.
Parabéns
Ola, gente! Muito obrigada! Obrigada Gerci! Que muitos mitos ainda se criem pra vcs.
beijo
Anna Lisboa
Obrigado aos anônimos -mitos que gostaram do meu poema.
Geovani Doratiotto.
Tudo bem que votar em si mesmo é permitido, mas tem gente fazendo isso sozinho, sem perceber que ninguém está disputando e fazendo o mesmo. Ainda se fosse o último colocado, vá lá.
- "O mito é fome viva em gravidez perpétua" (Gaspar)
- "Passai mercúrio nas chagas da desumanidade" (Anna Lisboa)
- "Além das expectativas morreu um desses meninos-de-rua" (G.D.)
Por favor, me digam quanta fome de poesia há na barriga desses reis? Espero que sejam insaciáveis, porque se tem algo que nunca vai querer parar de alimentá-los é o talento. Uma vez eu disse para alguém que a poesia não recupera as mortes dos homens perdidos e nem dos homens vivos não enterrados. Mas não tenho dúvida nenhuma de que a poesia mantém loucos os que são loucos e tira a sanidade dos que eram sãos, e é isso que faz da arte de poetizar algo que vale muito a pena. A maestria de vocês com as palavras é realente coisa de maluco, cara! Continuem poetizando nessa cadência e vão conquistar uma torcida que vibra a cada nova fase, esperando ansiosa por ler suas idéias.
Um abraço e parabéns!
Carol, já estive no teu blog. Eu estava com pressa, queria dar uma olhada breve e voltar mais tarde, com calma, mas não consegui sair de la rápido rs. Teus pensamentos e poesias emocionam muito...Como se não bastasse, ainda tem aquela trilha musical de arrepiar qq alma perdida/achada. Como não aplaudir tanta fome de vida e poesia.. e vida... e alma... e poesia?
Que teus caminhos sejam brilhantes como teu talento. Muito obrigada...
Anna Lisboa
Gostei muito de alguns versos, todavia, minha torcida vai para Anna Lisboa. Conjunto magnífico da obra. Poucas vezes li uma composição dessa dimensão. Jogo de palavras de fazer inveja. Boa sorte!
Ao anonimo das 19:09.
Já que sou o mais votado na enquete, me senti ofendido pelo seu comentário, não estou votando sem parar em mim mesmo, nem se pudesse teria tempo para faze-lo, estou segundo as regras utilizando da enquete para divulgar o blog e o concurso, como nos foi orientado. Porem para sanar qualquer espécie de contradição vou citar o comentário de um amigo, poeta do Recife:
votei. mas antes li todos. e o seu, pra mim era o melhor. muito massa. parabéns.
Não é uma exceção , todas as pessoas que votaram em mim leram os outros poemas, e me desculpe, estou aqui para ter orgasmos múltiplos escrevendo, não estou disputando, se fui até agora o mais votado foi uma coincidência, correspondente ao esforço para divulgar o concurso.
À Carol Vaz.
Me sinto muito honrado toda vez que vejo meu nome citado por alguém, e ter um nome a quem agradecer é fantástico.
Eu agradeço por lembrar desse "poetinha" aqui.
Gracias.
Geovani Doratiotto.
Muito obrigada, anônimo! Esse é um dos prêmios mais importantes: carinho no olhar.
Um grande abraço!
Anna Lisboa
alguém quer um band-aid para continuar votando com o mesmo dedo?
Isso está até engraçado, anônimo das 19:58. O discurso então, nem se fala. Ainda bem que a grande maioria se garante na poesia. Quem será que vai ganhar? A disputa está acirrada!
Acho que alguém deveria largar essa vida de poeta e se candidatar a prefeito... Vai ganhar disparado.
Trabalhar em dupla, deveria ser escolha dos poetas, fiquei imaginando no concurso do ano passado, o Cervan tendo que escrever junto com a Ivanúcia... Nunca daria certo.
Lohan, acho que você deu um tiro no´pé, mas torço pra que sare rápido, pois o concurso é muito bom e um erro não deve atrapalhá-lo.
Cordialmente
Poetisa com sono.
http://www.youtube.com/watch?v=ueYkHOgqVJ4
Cara poetisa com sono,
Desperte!
Este é o II Concurso de Poesia Autores S/A! Este concurso é surpreendente. Uma verdadeira caixinha de surpresas.
Individual, em dupla, em trio, escrita à borboleta... Os poetas finalistas desta edição estão prontos para encarar qualquer desafio. São excelentes.
E inovar nunca é dar um tiro no pé. No máximo, um tiro para o alto; que a bala acerte uma cabeça que aceite alojar o 'novo'.
Quanto a qualidade do poeta ou não, a intenção da coletividade é justamente essa: a interação com o propósito dialógico. Aprendizado mútuo.
Obrigado por acompanhar nosso concurso!
Abraços,
Lohan.
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