CLARICE
CECÍLIA
CLARICECÍLIA
C l a r i C e
E E
Clari Ce (cília)
I I
L L
I I
A A
(Lohan
Lage Pignone)
O
que dizer sobre duas geniais escritoras? O que destacar de obras tão vastas e primorosas?
O desafio foi lançado. E foi cumprido.
SEJAM
BEM-VINDOS A 3º ETAPA
DO
II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A:
HOMENAGEM
A CECÍLIA
MEIRELES E A CLARICE LISPECTOR
Leitores e
poetas: esta será uma etapa mais que especial. Muito já se foi dito e escrito
sobre Clarice Lispector e Cecília Meireles. Muitas teses já foram elaboradas
calcadas nas obras dessas duas escritoras. Clarice, exímia prosadora; de uma
escrita misteriosa, híbrida, e, por vezes, hermética. Mas não queria ser
rotulada. Cecília, doce e minuciosa poeta, das canções que o mundo escuta só de
ler. A saudade, a solidão e, sobretudo, o tempo: o tempo, em Cecília, é o tempo
que jamais terá fim. Que a leitura dos belos poemas, a seguir, não seja uma
felicidade clandestina, mas sim, eterna.
DIÁLOGO DO INTERIOR
FEMININO
(por Cecília e Clarice)
“Fez tanto luar que pensei nos teus
olhos antigos
e nas tuas antigas palavras”
“Ah, como tudo é lindo e tem
encanto. O quarto do hotel tem um ar estrangeiro, o travesseiro é macio,
perfumada a roupa limpa. E quando o escuro dominar o aposento, uma lua enorme
surgirá, depois dessa chuva, uma lua fresca e serena. E ela dormirá coberta de
luar...”
“Eu sou de essência etérea e clara:
no entanto, desde que te vi,
como que desapareci...
Rondo triste, à minha procura”
“Acabara-se a vertigem da bondade.
E, se atravessara o amor e o seu
inferno, penteava-se agora diante do espelho,
Por um instante sem nenhum mundo no
coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela,
soprou a pequena flama
do dia".
“Eu não dei por essa mudança
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em
que espelho ficou perdida a minha face?”
A seguir, uma preciosidade: o poema "Retrato", declamado na voz da própria
Cecília Meireles. Ouçam:
NOTA:
O poeta Renan Duarte, de pseudônimo OCELOT,
se retirou do II Concurso de Poesia Autores S/A, alegando motivos pessoais. O
poeta Hernany Tafuri, de pseudônimo NONADA F.C., entra em substituição ao
poeta, uma vez que havia sido o 13º colocado no ranking da 1º Etapa das Finais.
Seja bem-vindo às finais, Hernany!
PONTO BÔNUS E PREMIAÇÃO DA ETAPA:
O ponto bônus desta etapa será
disputado, dessa vez, através dos comentários desta postagem. Para que um voto
seja devidamente computado ao poeta, o comentarista deverá:
- COMENTAR LOGADO EM SUA CONTA DO GOOGLE
(NÃO SERÃO VÁLIDOS COMO VOTO AS OPÇÕES ANÔNIMO, NOME/URL E OPENID).
- MENCIONAR O NOME, PSEUDÔNIMO OU O TÍTULO DO POEMA
QUE DESEJA CONCEDER O SEU VOTO.
- NA QUINTA-FEIRA, ÀS 18 HORAS, A
VOTAÇÃO SERÁ ENCERRADA COM UM COMENTÁRIO DE ENCERRAMENTO DA ORGANIZAÇÃO. APÓS
ESTE COMENTÁRIO, NENHUM VOTO MAIS SERÁ COMPUTADO.
- O POETA MAIS VOTADO DA ETAPA
RECEBERÁ 1 PONTO DE BÔNUS. EM CASO DE EMPATE, OS POETAS EMPATADOS DIVIDIRÃO O 1
PONTO DE BÔNUS ENTRE ELES.
BÔNUS
DO JÚRI:
Nesta etapa, teremos com jurados convidados
pessoas muito especiais. Teremos um dos mais recentes membros da Academia
Brasileira de Letras: Antônio Carlos
Secchin. Teremos também a presença do poeta uruguaio Alfredo Fressia, além de uma crítica escrita pela premiadíssima
escritora Marina Colasanti, sobre os
poemas desta etapa.
O jurado Antônio Carlos Secchin
escolherá um poema de destaque das homenagens à Cecília Meireles e o poeta em
questão receberá 0,5 pontos de bônus.
O jurado Alfredo Fressia escolherá
um poema de destaque das homenagens à Clarice Lispector e o poeta em questão
receberá 0,5 pontos de bônus.
Os bônus do júri não servirão para
determinar a tabela, mas sim, serão somados ao ranking oficial.
PREMIAÇÃO:
Nesta etapa, a dupla vencedora (sem contar o 1 ponto de bônus, mas sim, apenas os
votos dos jurados) receberá dois livros como prêmios:
“Onde estivestes de noite”, de Clarice Lispector (Ed. Rocco).
e
“Romanceiro da Inconfidência”,
de Cecília Meireles (Ed. L&PM).
Da
dupla, o poeta que escreveu sobre Clarice receberá o livro de Clarice; o poeta
que escreveu sobre Cecília, receberá o livro de Cecília como prêmio. O prêmio
será a recompensa por esta singela homenagem realizada por todos vocês, poetas.
Boa
sorte a todas as duplas!
POEMAS DA 3º ETAPA: HOMENAGEM
A CECÍLIA MEIRELES E A CLARICE LISPECTOR
1º Dupla: Marco Antonio
Tozzato (Per-Verso) e Geovani Doratiotto (G.D)
Poema em homenagem a
Cecília Meireles
Do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Marco Antonio Tozzato, 48 anos.
Pseudônimo: Per-Verso
“O poema de
Cecília Meireles que eu mais me identifico é ‘Ou isto ou Aquilo’. Li-o quando
ainda era criança e nem tinha ideia quem era a poeta. Gostei, talvez, pela
estrutura simples, pelo ritmo, pelas rimas e por achá-lo engraçado. Eu era
exatamente como a “pessoa” do poema: um garoto que nunca estava satisfeito com
nada, sempre com dificuldade para escolher. Apesar deter lido muitos outros
poemas e me encantado por todos, o primeiro, aquele da minha infância, me
acompanhou. Fazer escolhas, escolher caminhos, sempre foi uma questão vital
para toda a humanidade. “Ser ou não ser, eis a questão”. Uma questão
complicada, intricada, conflitante, dolorosa até, mas que Cecília soube
expressar com grande singeleza, simplicidade e até humor”.
Título:
Uma quase canção para Cecília
Canto porque não quis ser triste
Fiz da solidão, amiga.
Tudo passa, tudo fica, tudo
insiste.
O eterno que o diga.
Foge o tempo nas engrenagens,
Um caleidoscópio forma os mundos.
Os versos começam a viagem,
Profundos
Não sei se rimo ou desafino
Ou se isto, ou se aquilo
Nem sei se esculacho ou se refino
Eu, então, oscilo.
Sei que tento, mas tentar é pouco
A tinta que quero poema se
desvencilha
Tenho quase nada de poeta, mas
muito de louco
É melhor que não emudeça, Cecília.
Poema em homenagem a
Clarice Lispector
De Atibaia, São Paulo:
Geovani Doratiotto, 23 anos.
Pseudônimo: G.D
“O texto ‘A maçã no escuro’ é uma inversão da
metáfora de criação. O homem cria deus- que cria o homem, que só se conhece por
inteiro quando descobre a palavra "nova", com significado em si.
"Deus" nesse sentido é a coisa em si, a palavra é o símbolo e o
significado neste texto da obra de Clarice Lispector. Trecho: ‘E se fosse essa
palavra - seria assim então que ela acontecia? Então tivera de viver tudo o que
vivera, para experimentar o que poderia ter sido dito numa só palavra? se essa
palavra pudesse ser dita, e ele ainda não a dissera. Andara ele o mundo
inteiro, somente porque era mais difícil dar um só e único passo? se esse passo
pudesse jamais ser dado!’
(MOSER, Benjamim, 1976, 2ª edição)”.
Título:
Chaya – Poema Iídiche.
“Sou tão misteriosa que
não me entendo”.
(Clarice Lispector)
O
verbo estrangeiro
habita
a palavra
escrita,
A
bravata: liberdade no presídio (Brasília)!
Sob
seus pés- o diplomata. Em nó de gravata
enforcado;
O
dita-dor [ fascista], primata,
com
a bala imperialista, calibre 32, a-balado: Se mata.
Ajoelhada
sobre si entoava a prece,
-H.
Hesse que o lobo me leve e
que
a denominação das coisas seja breve;
B. Espinoza (ברוך
שפינוזה)
Sussurrou:
-A
substância (causa sui) determina a
poesia que faltou.
A
razão não esta no
pranto que parou-
pronto,
passou!
Movimento-repouso,
velocidade- lentidão.
Orgia-literária.
Carregava nas pontas dos dedos orgasmos à revelia.
Shabat
( שַׁבָּת שָׁלוֹם),
Pôr-do-sol,
sexta-feira. E lá, sem mesmice,
o
verso se fez frase em
Clarice.
2º Dupla: Lune e Wender Montenegro (Manoel Helder).
Poema em homenagem a Cecília Meireles
De Trairi, Ceará:
Wender Montenegro, 31 anos.
Pseudônimo:
Manoel Helder
“ ‘Pássaro Azul’
é o poema da Cecília que mais gosto! Além do forte lirismo, sempre presente em suas
criações, esse poema me impressiona, sobretudo, pela ideia do poeta visto como um
ser à margem, um tanto deslocado do convívio social comum. Como Baudelaire, Cecília
também vê o poeta como um albatroz que, ‘Exilado no chão, em meio à corja impura,
/ As asas de gigante impedem-no de andar.’ E o conselho que Cecília Meireles dá
a seu pássaro azul, ao final do poema, nos diz bem dessa sua maneira de pensar
e sentir a própria condição:
‘Mas não voltes aqui, pois é pesado
e triste
o humano clima, para o teu destino
aéreo.
Eu mal te posso amar, com o sonho
do meu corpo,
condenado a este chão e sem gosto
terrestre.’”
Título:
Cantata a Duo para Cecília e Pássaro
“Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.”
(Cecília Meireles)
I
Cecília é um sorriso só,
assim terno, assim leve. Ave
livre...
A poesia em estado de graça.
Cantara pássaro e cântaro
e sombra de pássaro e canto em
cascata,
filho da garganta de um pássaro
azul.
Fora concha e ânfora regato afora;
fora ar e onda, assim, frágil;
assim, forte...
Cecília é água que afaga.
II
A tua face se perdeu na retina do
tempo,
esse Narciso feio.
E um poeta In memoriam
moveu os seus lábios e lembrou
(ternura!) teu nome: CECÍLIA...
E em graça e salvação a vida se refez.
É que se cantas, “e a canção é
tudo”,
o ritmo no sangue anula tempo e voo
e cumpres teu destino: amar, ávida,
a vida,
na nova borboleta ou nesse céu de sempre...
E assim, Carpeaux, instrumentos
em punho,
submeteu-te à taxidermia.
Tu que amavas o pássaro, o peixe
e o cavalo morto,
voas agora - pássaro empalhado -
para o sempre azul, já liberto do
chão
no sonho do teu corpo que não sabe
a terra...
Atado ao pé teu batismo: POETA!
Cecília, és um sorriso só,
assim terno, assim leve. Ave livre!
Ah, “Liberdade – essa palavra...”
Poema em homenagem a Clarice
Lispector
De Brasília, Distrito
Federal: Lune*, 55 anos.
Pseudônimo: Lune
*Poeta preferiu não
revelar o nome
“Identifico-me
com muitos textos de Clarice. Mas há um, em especial, por causa de uma frase
específica, que me cutuca a autorrealidade. Está no livro ‘Água Viva’.
‘Há muito já não sou gente.
Quiseram que eu fosse um objeto. Sou um objeto. Que cria outros objetos e a
máquina cria a nós todos. Ela exige. O mecanismo exige e exige a minha vida.
Mas eu não obedeço totalmente: se tenho que ser um objeto, que seja um objeto que
grita’ (...).”
Título:
Ainda grita
que faço aqui
ante o Senhor das métricas
entre a rima pobre de anjos e
arcanjos?
eu que
claridade ou espectro
dos versos sou disfarçado anverso
prosa cética, poética
que se recusa
à usurpação de sentimento
que não tenha nascido
ou morrido
de meus dedos insones
prossigo incompletude neste
éter-útero
e o abraço de Deus é uma mentira
que me detém
para que eu não me ausente de mim
(ou dele...?)
sigo partida, partícula
hóstia de ázimo regurgitada em
palavra
na boca dos que nunca me
constrangem
a anima inquieta, em infinito
quer ser-me
fazer-se o objeto que sou.
mas não me é
não grita como eu.
3º Dupla: Letícia
Simões (Alice Lobo) e Francisco Ferreira (João Saramica).
Poema em homenagem a
Cecília Meireles
Do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro: Letícia Simões, 24 anos.
Pseudônimo: Alice Lobo
“
‘Motivo’ é um dos poemas que eu mais amo na vida. Ele é a síntese perfeita do
amor pela poesia e da condição do poeta.
‘Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.’
A
palavra é sangue enquanto também é asa. O poema dói enquanto também liberta.
Nasce do olhar de um indivíduo sobre o mundo, mas consegue atravessar tempo,
distância, língua. A canção é tudo”.
Título:
estudo de cecília
o sonho que naufragou
pelos teus dedos
renasceu do mar
- fiapo sutil de mero desejo
náufrago, o sonho
retornou na madrugada
- acorda cecília,
me procura por entre as palavras
enquanto impaciente assistia
à vida que desabava
o sonho violento trouxe a onda
- o teu azul que sempre escapa
agora chama-te poeta
com esse canto condoído
arpejo que brota do susto
- do sonho partido
Poema em homenagem a
Clarice Lispector
De Betim, Minas Gerais:
Francisco Ferreira, 44 anos.
Pseudônimo: João
Saramica
“O texto de
Clarice Lispector que mais me tocou foi a crônica: Tentação (do livro “Encontro
de Cronistas Modernos – José Olympio Editora). Não obstante, este trecho da
crônica ‘Brasília: 1962’ é o meu preferido:
‘Por mais perto que se esteja, tudo
aqui é visto de longe. Não encontrei um modo de tocar. Mas pelo menos essa
vantagem ao meu favor: antes de chegar aqui, eu já sabia como tocar de longe.
Nunca me desesperei jamais: de longe eu tocava’.”
Título:
Os Cinco Trabalhos de Clarice
Não obstante ao corpo longilíneo
Ter a alma, infinitamente maior,
Estancada no desejo de seccioná-la
E muito antes do tempo certo
Da Hora da Estrela, dividi-la
E entre os seus diletos se manter
Integralmente...
Sentir-se na pele a dor/prazer
De parir apóstolos e livros
Gerando discípulos, pois que de
vocação,
Fora mãe/escritora/amante do mundo.
Ser claro/enigma e mestra
Na intrincada arte do logro
E driblando a vida, não crescer
jamais.
Tecendo crônicas e auto-retratos
Mostrar-se ao mundo sem minúcias
delatoras.
(Estas jamais te servirão).
Desnudando de zonas de sombras,
Apenas o claro vazio que via
E profundamente vivia.
Compreender o mundo inteligível
E impalpável que sua pena/gêiser
De jorros breves e precisos,
exprimia
Fotografados das inovadoras janelas
Dos olhos de um tigre...
Não se apagou tua flama, Clarice,
Como era de tua vontade, mas antes,
Permaneces “uma vasta metáfora do
real!”
4º Dupla: Ana Lúcia
Pires (Anna Lisboa) e Thiago Luz (Jean Jacques).
Poema em homenagem a
Cecília Meireles
De Vinhedo, São Paulo:
Ana Lúcia Pires, 42 anos.
Pseudônimo: Anna Lisboa
“ ‘Doze Noturnos
de Holanda’, publicado em 1952, por narrar uma bela viagem/imagem lírica, posso
citar como unidade. Belíssima obra para quem gosta de degustar sua alma fora do
corpo.
‘E a noite dizia-me: Vem comigo,
pois, ao vento das dunas,
vem ver que lembranças esvoaçam na fronte quieta do sono,
e as pálpebras lisas, e a pálida face, e o lábio parado
e as livres mãos dos vagos corpos adormecidos!’
vem ver que lembranças esvoaçam na fronte quieta do sono,
e as pálpebras lisas, e a pálida face, e o lábio parado
e as livres mãos dos vagos corpos adormecidos!’
‘Dois’ - Cecília Meireles”.
Título:
Cecília nº5
"Mulher:
pequena deusa,
Ínfimo
de Deus,
Abismo
íntimo!"
(Thiago
Luz)
T(eu)-lírico, m(eu)-lírico
Jaz o leito raso nos canais de
Amsterdã
Doze Noturnos de Holanda, uma Cecília
de Chico
E o aeronauta, aeros-sol se pôs:
in-finito
Delírios sem Espectros
Noite de seda apura o caminho
Espaça a morte, ex-passarinho
Modernismo, moder - ninho.
Parnasianos, meses, dias
E tua volta que não volta das
auréolas miudinhas
das tuas, das minhas
Sarna-samba no batuque da donzela
Rosicler
Macumbalanço
Santa Clara, clareou! Clara reza de
mulher
M(ar) abso-luto
Chanel de minuto em minuto
Ou isto ou Aquilo
Giroflê, Giroflá
Gira a bruxa que é má
Vem Girô! Vem Girá!
Livros só correm livres – traças
pálidas
Rosa que não Rui
Nem palita de meus olhos as
crianças telepáticas
Tiradentes da goela
Mostra os dentes da favela
Campânulas acrobáticas
Cecília Maria, eu amaria
Maria amaria Maria, tuas filhas sem
chiquinhas
Pinta em canto Benevides,
pintassilgo dever de ver
bem clarinho
Hoje a Terra está vazia
O que fica, lavra a dor
[Em tempo]
[Sobre a relva] [Atemporal]
Poema em homenagem a
Clarice Lispector
Do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro: Thiago Luz, 29 anos.
Pseudônimo: Jean
Jacques
" ‘A Hora
da Estrela’ é o texto que mais me identifico, de Clarice Lispector.
Eis alguns trechos
marcantes:
‘Macabéa me matou.
Ela estava enfim livre de si e de
nós. Não vos assusteis, morrer
é um instante, passa logo, eu sei
porque acabo de morrer com a
moça. Desculpai-me esta morte. É
que não pude evitá-la, a gente
aceita tudo porque já beijou a
parede. Mas eis que de repente sinto o
meu último esgar de revolta e uivo:
o morticínio dos pombos!!! Viver é
luxo’.
‘(...) No fundo ela não passara de
uma caixinha de música meio desafinada.
Eu vos pergunto: — Qual é o peso da
luz?’”
Título:
Clarice: Feminino Adjetivo
"Bela
mesmo
É
a nudez impenetrável
Da
mulher que escreve com os dedos vestidos"
(Ana
Lúcia Pires)
Clarice insere outra adaga,
Sutil carícia no seio da estrela,
E a luz escorre suave,
Folha por folha,
Como um sangue luminar
Que rompe a inércia
Letárgica da realidade
E deságua nas retinas:
Mancha profunda na alma.
E em nossos lábios de morango,
(Sim, para Ela é tempo de morangos)
Um beijo lispectoriano
Desfaz o frio do quarto,
E a solidão se distrai
Ante Macabéa sem panos,
Despida do mundo...
Somos leitores, somos amantes!
Clarice, feminino adjetivo
De qualquer mulher.
Mulher, era Ela!
Somos todos de alguma forma...
Bruxa, misteriosa,
Pequena deusa, ínfimo de Deus,
Abismo íntimo!
5º Dupla: Henrique
César Cabral (Gaspar) e Hernany Tafuri* (Nonada. F.C.).
*Substituto do poeta
Renan Duarte (Ocelot), que deixou o concurso.
Poema em homenagem a
Cecília Meireles
De São Paulo, São
Paulo: Henrique César Cabral, 59 anos.
Pseudônimo: Gaspar
“Uma
característica de Cecília Meireles que gostaria de chamar a atenção, é para o
fato de entender a poesia como missão, quase um sacerdócio. Não é uma
fingidora, para ela o mundo cotidiano só se torna Realidade depois de cantada
pelo poeta. No primeiro verso dos ‘Doze Noturnos de Holanda’ diz ‘O rumor do
mundo vai perdendo sua força’, é quando entra em ação o Canto do poeta e seu
lirismo desmembra a noite, desmembra a si mesmo até tornar tudo ‘tão fora do
tempo, do reino dos homens’. O poeta transforma o rumor em canto, essa sua
missão, sua busca, o porquê de estar no mundo. Tão diferente de Drummond, por
exemplo, que vira as costas ao sublime e segue o caminho pedregoso, de mãos
pensas. Para Cecília, ao contrário, ela sabe que o poeta ‘deixa seu ritmo por
onde passa’ (Discurso). Foi uma poeta integral, nas suas ideias sobre educação,
na sua releitura da história, como combatente social estendia ‘suas asas/isenta
por igual/de desejo e desespero’. Tudo, igualmente, deveria ser cantado, tocado
pelo canto do poeta: ‘A vida só é possível/reinventada’ (Reinvenção). Nem tudo
são flores. O poeta não é um cavaleiro iluminado, parece mais alguém que nasce
com a alma perfurada, feito um legítimo herdeiro de São Sebastião, como diz em ‘Destino’:
‘Pastora de nuvens/Fui posta a serviço’. Às vezes ela parece reclamar de sua
missão, como no poema abaixo:
‘Até quando terás, minha alma, esta
doçura
Até quando terás, minha alma, esta
doçura
Este dom de sofrer, este poder de
amar,
A força de estar sempre – insegura
– segura
Como a flecha que segue a
trajetória obscura
Fiel ao seu movimento, exata em seu
lugar? ...’
Como sabemos ela permaneceu fiel ao seu
movimento, encarou as dores e as flores do mundo e cantou, porque sabe que ‘tem
sangue eterno/ a asa ritmada’.
Título:
Confidências à Romanceira
a Sibila se atira
no sopro do teu nome
nome de asas
cartografia de um plano
de canto e voo
se afasta, certeira
daqui se arrasta
tua sombra de abelha
= = =
... ... ...
só
um fiozinho de vida
visitado sazonalmente
por um riozinho de palavras
- uma aqui alguma outra ali -
e nem me fale
de Música de Esferas
hoje a música impera
o som domesticado
rivaliza com os pulsos
e as retortas do mundo
– o jingle enjoa mais que tudo –
hoje se canta o vazio
a cabeça boia isolada
o sopro exalado
vaga perdido
o mundo se condensa
o passado e o futuro
arquitetados bem agora
outono
onde uma folha morta
se esconde sob outras
a realidade vista
com um olho
no caleidoscópio
a simetria vazia
paira sobre a miséria
e os corpos coloridos
não há o que celebrar
nem o parentesco atômico
nem as leis do universo
são alento – antes
acordam o pensamento
para novos grilhões
a ruminar
o júbilo é uma chama
amedronta-se com o vento
basta um leve sopro
e desaparecerá
no vórtice adequado
isolada pelo umbigo
a alma tonta
que a chama
vela
Poema em homenagem a
Clarice Lispector
De Juiz de Fora, Minas
Gerais: Hernany Tafuri, 30 anos.
Pseudônimo: Nonada F.C.
“Sobre o texto
que mais gosto: o conto ‘Tentação’, pela bela imagem da menina ruiva que se
sentia deslocada do mundo e se encontrou num cachorro cujos pelos eram
avermelhados.
‘Entre tantos seres que estão
prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao
mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o
sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço
sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço
e continuou a fitá-lo’.
(Clarice Lispector)”
Título:
Epifania
que sei eu?
ele chorou um pouco
então leu o poema –
a vida escorria pelos olhos
como letras de sangue em um cubo de
gelo.
que poderia eu fazer com um livro
que a mim não pertencia?
lê-lo seria matar a vontade
a seu fim no rosto o resto do riso
ruivo
seria estéril.
o que de mais novo já me aconteceu
é a felicidade – covardia é
clandestina
como uma maçã no escuro
do outro lado da rua.
a espera pelo dia
em que todo meu movimento
seja criação:
que posso eu fazer?
na avidez da vida
apenas um soluço adorna
a infância interrompida:
o sol em suas impossibilidades
encarnado em pretas letras
no papel grudadas –
enquanto teus olhos resistem
ao último toque ainda
perto do coração selvagem.
6º Dupla: Barolo e
Flávio Machado (Dersu Uzala)
Poema em homenagem a
Cecília Meireles
De Nova Friburgo, Rio
de Janeiro: Barolo*, 46 anos.
Pseudônimo: Barolo
*Poeta preferiu não
revelar o nome
“Meu
poema predileto de Cecília é ‘Retrato’, por seu encontro inescapável com o
espelho.
‘Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo’.
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo’.
(Cecília Meireles)”
Título:
Tinta
Em
que espelho ficou perdida a minha face?
(Cecilia
Meireles - Retrato)
É de você que lembro quando olho no
espelho e não me vejo,
à
procura do viço, do riso, da cor,
do rastro do rosto que um dia foi meu.
E a mulher ao espelho, mudada,
marcada, me olha, me vê , sorri e me fala:
Tudo é tinta, meu bem,
o rosado do rosto
o vermelho da unha
o branco do fio
o breu.
Poema em homenagem a
Clarice Lispector
De Cabo Frio, Rio de
Janeiro: Flávio Machado, 53 anos.
Pseudônimo: Dersu Uzala
“Não houve um
texto de Clarice com o qual tenha me identificado, essa atração veio através de
um poema de Ferreira Gullar:
‘Enquanto te enterravam no
cemitério judeu
do Caju*
(e o clarão de teu olhar soterrado
resistindo ainda)
o táxi corria comigo à borda da
Lagoa
na direção de Botafogo
as pedras e as nuvens e as árvores
no vento
mostravam alegremente
que não dependem de nós’.
Então de maneira
enviesada soube da obra de Clarice Lispector, e anos depois, aliás muitos anos
depois esbarrei coma biografia no ateliê de Scliar em Cabo Frio, nesse meio
tempo escrevi um poema pequeno sobre Clarice, como exercício em um grupo de
discussão literária. Percebi que a biografia me interessou mais do que a obra
literária, então escolheria um trecho dessa biografia como de grande impacto, o
incêndio no apartamento da escritora que deixou marcas profundas físicas e na
alma”.
Título:
in memorium
Para Clarice
Lispector
as primeiras notícias chegaram por
Ferreira Gullar
(e o clarão de teu olhar soterrado
resistindo ainda)
a morte invadindo
a hora tardia das sombras
silêncio de pesar
dança das marés
clarice flutua
brinca de bruxa no vento
rosto de nuvens
absorvido pela paisagem
quadro em movimento
o desejo é facultativo
a paixão segundo G H
a fúria eterna
arranca das entranhas
um coração selvagem.
&&&&
ANÚNCIO DA TEMÁTICA DA 4º ETAPA
CAROS POETAS,
PARA A PRÓXIMA ETAPA, VOCÊS DEVERÃO ELABORAR UM (01) POEMA DE ACORDO COM O SEGUINTE TEMA:
"A NUDEZ FEMININA"
- O PRAZO PARA ENVIO DO POEMA É: ATÉ AS 23:59min. DO PRÓXIMO DOMINGO, DIA 15/07/12;
- CADA POEMA DEVERÁ VIR SEGUIDO DE UMA IMAGEM DE NU FEMININO (PINTURA, FOTOGRAFIA, GRAVURA, CENA DE FILME, RECORTE DE REVISTA, ETC.);
- O POETA PODE (OU NÃO) SE CALCAR NA IMAGEM ESCOLHIDA NA ELABORAÇÃO DO SEU POEMA. FICA A CRITÉRIO DO POETA;
- TÍTULO E INEDITISMO OBRIGATÓRIOS;
- SEM RESTRIÇÕES DE LINHAS / CARACTERES;
- O POEMA PODE SER ENVIADO EM ANEXO OU NO CORPO DO E-MAIL.
DICA
"Poetas, o universo feminino se estende para a próxima rodada do concurso. O poeta que souber explorar a nudez feminina com a ousadia e a delicadeza na medida certa, será o melhor sucedido da rodada. Pesquisem imagens históricas e impactantes quando forem escolher a imagem do nu feminino. Saibam insinuar a beleza do poema de vocês... Sorte!"
(Lohan Lage)
-
E ENTÃO, POETAS E LEITORES?
O QUE ACHARAM DAS HOMENAGENS?
QUAL DUPLA SERÁ A MELHOR VOTADA?
A PROPÓSITO: QUEM MERECE O SEU VOTO
NESTA ETAPA?
COMENTE E VOTE NO COMENTÁRIO COM
SUA CONTA DO GOOGLE!
ATÉ QUINTA-FEIRA, COM OS RESULTADOS!
AUTORES S/A
70 comentários:
Meu voto vai para Ana Lúcia Pires (Anna Lisboa) pelo inteligente jogo de palavras. Citou várias obras de Cecília, utilizando-as em seus versos com extrema facilidade e beleza. Encerrou seu poema com uma doce imagem lírica.
Meu voto vai para:
[Poema de Wender Montenegro
Pseudônimo: Manoel Helder]
Meu voto vai para Marco Tozzato porque achei o poema dele o melhor de todos.
Meu voto é para Wender Montenegro!
Voto no poema de Marco Tozzato (Per-Verso)
Meu voto vai pro Per-Verso, Marco Tozzato, do poema "Uma quase canção para Cecilia. lindoooo!!! Me apaixonei!!!!!
Meu voto vai pro poema "Uma quase canção para Cecilia'', do Per-Verso.
meu voto vai para Wender Montenegro porque me fez emocionar ao ver Cecília assim, pintada em tons de azul, em traços tão fortes e suaves que causariam inveja a Picasso.
O poeta da rodada foi com certeza o Per-Verso (Marco Tozzato). Voto nele..
meu voto vai para Wender Montenegro porque me fez emocionar ao ver Cecília assim, pintada em tons de azul, em traços tão fortes e suaves que causariam inveja a Picasso.
Meu voto vai para Clarice: Feminino Adjetivo, do Thiago Luz.
Meu voto vai para:
[Poema de Wender Montenegro - CANTATA A DUO PARA CECÍLIA E PÁSSARO
Pseudônimo: Manoel Helder]
Meu voto vai para "Clarice: Feminino Adjetivo" (Thiago Luz)
Meu voto vai para Clarice: Feminino Adjetivo, do Thiago Luz.
Meu voto vai para Clarice: Feminino Adjetivo, do Thiago Luz.
Meu voto vai para Clarice: Feminino Adjetivo, do Thiago Luz.
Muito bom o jogo de palavras! Parabéns!
Dúvida cruel, ah... Muitos poemas lindíssimos, mas prezando o quesito "homenagem" meu voto vai para Manoel Helder.
Meu voto vai pra "Clarice: Feminino Adjetivo". rsrsrs
Muito bem executada essa etapa, mas senti falta de referências mais específicas à obra das homenageadas.
Meu voto vai para Clarice: Feminino Adjetivo, do Thiago Luz.
mas praticamente todos os poemas fizeram referencias as obras das homenageadas!!!
o poema do Per-Verso foi sobre Ou isto ou aquilo, o poema de Barolo foi sobre Retrato, o poema de Lune focou no Água viva... Thaty Louise leu os mesmos poemas que eu li??
Meu voto vai para Thiago Luz, por "Clarice: Feminino Adjetivo".
E o voto vai p/ Thiago Luz ---> Clarice: feminino adjetivo
Muitas palavras dignas de entrarem para os anais da história poética do Nrasil, mas como só posso votar em um, fico co Francisco Ferreira, o João Saramica pelo "Os cinco trabalhos de Clarice".
Ops, Brasil é claro
Homenagens belíssimas! Parabéns aos poetas por manterem o bom nível no concurso!
Meu voto vai para CANTATA A DUO PARA CECÍLIA E PÁSSARO, de Wender Montenegro e seu belo jogo de palavras: "amar, ávida, a vida,
na nova borboleta ou nesse céu de sempre..."
Meu voto da rodada vai pro poeta Per-Verso.
'Tudo é tinta, meu bem,
o rosado do rosto
o vermelho da unha
o branco do fio
o breu.'
BAROLO meu voto é seu...
voto em Per- Verso como melhor da rodada
Eu vou escolher o poema "Uma quase canção para Cecilia'' por ter sido o poema mais simples, mais claro e por ter explorado a dualidade do poeta (o ''eu-louco-lírico'' versus o ''eu-doce-lírico de Cecília''). E utilizou como base o ótimo poema ''Ou isto ou aquilo'' que ilustra muito bem a intenção do poeta.
Ana Lúcia Pires, compartilho da mesma Cecília. Voto em teu poema.
Barolo agradece e também vota. Em si mesmo, claro, portanto:
The oscar goes to... Barolo!
E também para Dersu Uzala (Flavio Machado).
Voto em Thiago Luz, "Clarice: Feminino Adjetivo".
Fico com Thiago Luz e seu feminino adjetivo de Clarice...
Boa noite,
Infelizmente só agora pude visitar o blog em questão e proferir meu gabaritado comentário sobre a segunda edição deste certame. Agradeço ao Lohan pelo convite e aproveito para congratula-lo pela organização de mais um certame desse porte.
Cheguei tarde, mas cheguei - como a justiça. Encontro aqui poetas de alto nível e isso me surpreende. A poesia no Brasil está em baixa. A crítica cumpre o seu papel e adere a realidade do gênero poético nesse país que tem regredido degraus importantes.
Eu, como crítico literário, opino com gosto e aprecio manifestações populares como a que está ocorrendo aqui e há pouco sucedeu no blog Língua'Fiada. Lá fui jurado e contribui para o crescimento dos poetas com minhas críticas sinceras. Que doa a quem merece sentir a dor.
Confesso que todos os poemas estão a altura das homenageadas da leva. Mas... Sempre tem o 'mas': aprecio com mais gosto o poema simples e que transmite a mensagem sem firulas. Aprecio poemas amarrados, de nós coesos, que não deixam escapar toda in(formação) e que mantenha o ar do mistério.
Não irei analisar um por um todavia posso separar um grupo que almejou se destacar positivamente e pode ter quebrado a cara: os poetas Anna Lisboa, G.D e Manoel Helder alcançaram os ápices da língua: os dois primeiros potencializaram ao extremo os significantes; o último, cultuou a palavra como se ela fosse uma virgem. Desaprovo os dois modos. A poesia exige a medida certa. Anna Lisboa parece querer falar de tudo um pouco e acaba falando quase nada. G.D parece ter aproveitado um poema já escrito e acrescentou o nome 'Clarice' no final para aderir à temática. Manoel Helder passa esmeril na linguagem e para completar inclui Carpeaux na história - um tanto apelativo.
Os poetas Henrique e João Saramica teriam mais sucesso se tivessem sintetizado melhor a ideia. O título do Saramica também destoou um pouco da proposta do seu poema. Aprecio com moderação.
Os poetas Nonada e Dersu Uzala (que pseudônimo é esse, candomblé?) foram, talvez, os mais simplórios da leva. Os versos dispostos ficaram muito soltos, e não estamos falando de arroz. Estamos falando de poesia.
Aprecio (sem moderação) na leva os poemas de Alice Lobo, Barolo, Jean Jacques e Per-Verso. Na medida certa, dispuseram de seus versos eloquentes, sem mais, sem mais. Fizeram amor com os poemas de suas respectivas homenageadas ao contrário de outros que fizeram sexo selvagem e foram precoces em suas ejaculações.
Destaco como o melhor poema da leva o 'Ainda grita' do poeta Lune. Arrebata o leitor com uma releitura clara e impactante de algumas obras clariceanas com foco em 'Água Viva'. A transa foi a la Caetano e não tem essa de 'ou não'. O poema ainda grita em meus 'ouvidos', sim.
Já que tem votação aberta, que seja: voto em 'Ainda grita', de Lune.
E como disse anteriormente, que minha crítica doa a quem mereça sentir a dor. Essa competição é acirrada e para vencer tem que saber ler aquele que diz o que sabe dizer.
Até a próxima leva.
Cordialmente,
Felipe Neto Viana (F.N.V)
Gostei muito do concurso 1º vez que visito o blog. Parabéns, pessoal.
Dos poemas que li curti muito o primeiro do Per-verso e também do último do Nonada F.C.
Sendo voto num só..... Escolho o do Per-verso hj. ''Ou isto ou aquilo'' de Cecília Meireles tambm é meu poema predileto dela.
parabéns a todos continuarei acompanhando vcs.
Sérgio.
Felipe Neto Viana, agradeço o voto, mas, mais do que isso, agradeço a leitura atenta.
Lune
Voto no Wender Montenegro (Manoel Helder).
Meu voto vai para Wender Montenegro aka Manoel Helder, em função das imagens associadas à etapa pertinente. Obrigado
Meu voto vai THIAGO LUZ (Poesia: Clarice: Feminino Adjetivo)
Meu voto vai p/ Thiago Luz -Poesia "Clarice: Feminino Adjetivo."
Melhor poema: ''Uma quase canção para Cecilia'', de Marco Antonio Tozzato.
Voto nele.
Parabéns pelo concurso muito bom.
Abçs,
Mauro.
Meu voto vai para Thiago Luz (poesia: "Clarice: Feminino Adjetivo")
Meu voto é do Thiago Luz. Adorei Clarice: feminino adjetivo. Abraços e parabéns pelo concurso.
Meu voto vai pra "Clarice: Feminino Adjetivo"
Com certeza ''Uma quase canção para Cecilia'' é o melhor poema da rodada. Gostei muito do ''estudo de cecilia'' de Alice Lobo tbm mas hj fico com Per-Verso.
Adorei o concurso!
ACM.
Meu voto vai para Thiago Luz (Clarice: feminino adjetivo). Boa sorte aos participantes. Belo concurso.
Amigos,
A votação está bastante acirrada!
Venho aqui esclarecer alguns pontos em relação à votação:
- Não será permitido a mesma pessoa votar duas vezes. Ou seja, caso isso tenha ocorrido, só será considerado 1 voto dessa pessoa;
- Votos em anônimo/nome não serão considerados também.
- Em caso de uma pessoa votar em dois poetas, só será considerado o nome do primeiro poeta citado por ela. Ou seja, o outro poeta não receberá voto.
A votação termina amanhã, às 18 horas.
Abraços a todos!
Lohan.
Resultado parcial:
Thiago Luz: 14 votos.
Marco Antonio Tozzato: 11 votos.
Wender Montenegro: 07 votos.
Ana Lúcia Pires: 02 votos.
Barolo: 02 votos.
Francisco Ferreira: 01 voto.
Lune: 01 voto.
Per-verso e Barolo. Me parece que o tema "Clarice" encontrou maior dificuldade pelos poetas. Nenhum chamou minha atenção.
Meu voto vai para Thiago Luz (Clarice: feminino adjetivo). Antecipadamente desejo sorte a todos.
Observação:
Os votos de Ana Beatriz Manier foram para os poetas Barolo e Dersu Uzala, logo, o voto computado será para BAROLO.
Os votos de Andréa Amaral foram para Per-Verso e Barolo, logo, o voto computado será para PER-VERSO.
Conforme disse acima, o voto computado será aquele que primeiro foi mencionado pelo comentarista.
Obrigado!
Lohan.
Gostei muito dos poemas dessa rodada. As homenagens foram todas bem interessantes... Tenho cá minhas preferências: Lune (minha parceira), Anna Lisboa e GD como sempre me surpreendendo com o alto nível de seus poemas e suas sacadas incríveis! Mas... [e 'o cara' lá de cima me avisou que tem o mas rs]... o meu voto vai mesmo para o Manoel Helder [eu, hehe], afinal, gostei demais da homenagem que fiz à POETisA! Tanto que me novo livro [já concluído?!] será acrescido de mais uma página: uma página à Cecília. :) Parabenizo e desejo boa sorte a todos os amigos poetas!
Abraços
Wender
Em tempo: agradeço as leituras atentas, as palavras boas e os votos dos amigos que vieram aqui participar com a gente...
Muito obrigado!
Abraços
Wender
Meu voto vai para Wender Montenegro.
Os poetas claricianos não deram a bola da vez mesmo. Os melhores foram os cecilianos Per-Verso, Barolo e Alice Lobo na minha opinião. Voto em Per-Verso!
Até mais ver.
Definitivamente gosto não se discute. Meu voto vai p/ um poema clariceano... Thiago Luz! Boa sorte a todos!
Gosto se discute sim senhor!
E pra botar mais lenha nessa disputa meu voto vai pro Per-Verso cujo poema tá muito mais bonito!
Meu voto vai para "Uma quase canção para Cecilia".
Ameeii os poemas, amo Cecilia Meireles!!! Barolo e Per-Verso foram d++
Voto em Barolo, "Tinta"!
Voltarei mais vezes.
Bjusss
Rê.
Voto em Per-Verso pela sua astúcia no poema. Perverso seria não votar nele!!
Parabéns pelo concurso!!
VOTAÇÃO ENCERRADA!
A partir de agora, não serão mais computados votos desta rodada. ABAIXO, SEGUE O RESULTADO OFICIAL:
1º MARCO ANTONIO TOZZATO (PER-VERSO), por ''Uma quase canção para Cecília: 16 VOTOS.
2º THIAGO LUZ (JEAN JACQUES), por "Clarice: feminino adjetivo": 15 VOTOS.
3º WENDER MONTENEGRO (MANOEL HELDER), por "Cantata a duo de Cecilia e Pássario": 09 VOTOS.
4º BAROLO, por ''Tinta": 03 VOTOS.
5º ANA LÚCIA PIRES (ANNA LISBOA), por "Cecília nº5": 02 VOTOS.
O POETA MARCO ANTONIO TOZZATO RECEBERÁ 1 PONTO DE BONUS NESTA RODADA. PARABÉNS!
DAQUI A POUCO, OS RESULTADOS DOS JURADOS. ABRAÇOS!
LOHAN.
Aplaudo a sensibilidade Wender Montenegro, que se apresenta com o
Pseudônimo de Manoel Helder. Seu poema tem a profundidade da admiração que ele aparenta ter pela Cecília, por sua obra, por sua alma, por sua vida. Na minha opinião, tem uma beleza que se destaca dos demais, por ter construído um relicário com a imagem da própria. Meu voto vai pra ele.
Só amanhã, Lohan?
Obrigada a todos os jurados, comentarios muito valiosos. Se me permitem um esclarecimento, o Chico em minha Cecilia foi inspirado aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=1eGWCgDCAkk
Postar um comentário