quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Cruzado
Sentada,
Pernas cruzadas,
Olhares cruzados,
Dez cruzados
Na bolsa.
Nos lábios,
Cigarro
Aceso
O desejo
Na mesa
Uísque
Sem gelo
O ardor
O homem, cortês
O melhor freguês
Cama esculpida
Pela fumaça do cigarro
-Venha, moça, para o meu carro
Luz de neon
Motel
Drink com mel
Corpo saliente
Pele quente
O orgasmo não mente
Homem predador
Mulher alimento
Eles não a amam
Eles a comem
Eles a vomitam
Em forma de cruzados cruentos
De volta ao bar
Bebida
Para a comida
Que sabe se excitar
Mesa
Minutos poucos de tristeza
Chorinho,
Ao fundo se escuta
Puta
Ela se denomina
Clima
Ela sente no ar
Ar
De libido poluído
Felino sentido
Sentada
Pernas cruzadas,
Olhares cruzados,
Cem cruzados
Na bolsa.
Eis um animal:
Aquele que cruza,
Sem saber amar.
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2 comentários:
Caramba, Lohan, não consigo acreditar que esse texto é seu! Ameiiiiiiiii!!!
Foi fantástico!
Parabéns, e sinta-se a vontade para ousar sempre assim na escrita!
Abs
Que barato essa poesia! Dá vontade de ler e não parar mais. Pena que ela tem um fim(rs).
Bjão!
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