domingo, 5 de setembro de 2010

A ESCURIDÃO

Num canto escuro
Tento fazer com que meus olhos
Enxerguem a luz,
Mas não há luz.
Viro, reviro,
Mexo, remexo,
Corro, pulo,
De nenhum lugar,
Nenhum raio luminoso.
Na busca desenfreada pela luz,
Sem forças para lutar,
Sem razoes para ainda buscar,
Caí de prontidão no escuro,
Como que num mergulho.
Na queda, meus olhos se abriram,
Meus lábios balbuciavam,
Meu empedrado coração, reviveu.
Somente neste momento,
Fui capaz de perceber as coisas ao meu redor,
Não somente eu, estava assim...
Portanto, só a dor, nos levar a nos (re)conhecermos.

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