Eliminado.
Data de nascimento:
10/11/1985
Cidade:
Piracaia, SP
Profissão:
PublicitárioPartido Político:
Não possui.Gosto literário:
Patativa do Assaré, Paulo Leminski, Chacal, Marcelino Freire, José Paulo Paes, André Carneiro, Alice Ruiz, Cacaso, Ricardo Aleixo, Manoel de Barros, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Félix Contreras.
O que significa vencer este concurso?
Para Cervan, vencer o concurso trará visibilidade, o que lhe ajudará na publicação
de seu primeiro livro de poesias.
O que o tempo representa para Cervan?
O tempo é lince debaixo da casca da tartaruga.reis e rainhas administram
tudo do alto de suas torres
bispos engordam suas contas
bispos engordam suas contas
doutrinando seus rebanhos de cavalos
em meio a isso
em meio a isso
peões tomam xeque especial
Poema nº 2 (Top 17 - O Velho e o Tempo): alas
Poema nº 2 (Top 17 - O Velho e o Tempo): alas
ninguém morre de véspera reza o dito
no corredor do hospital
de espera morre
sem reza o velho dito
Poema nº 3 (Top 15 - Haicais): anunciação
Poema nº 3 (Top 15 - Haicais): anunciação
o bem-te-vi voa
esconde-se da chuva
ventos austrais
um prato de tráfico para um preto triste
dois pratos de tiros para dois pretos tristes
três pratos de trapaça para três pretos tristes
quatro pratos de tirania para quatro pretos tristes
cinco pratos de traumas para cinco pretos tristes
seis pratos de tensão para seis pretos tristes
sete pratos de terror para sete pretos tristes
oito pratos de tortura para oito pretos tristes
nove pratos de truculência para nove pretos tristes
dez pratos de tristeza para dez pretos tristes
Poema nº 4 (Top 13 - Crítica Social): trava vida
dois pratos de tiros para dois pretos tristes
três pratos de trapaça para três pretos tristes
quatro pratos de tirania para quatro pretos tristes
cinco pratos de traumas para cinco pretos tristes
seis pratos de tensão para seis pretos tristes
sete pratos de terror para sete pretos tristes
oito pratos de tortura para oito pretos tristes
nove pratos de truculência para nove pretos tristes
dez pratos de tristeza para dez pretos tristes
Poema nº 5 (Top 11 - O Sertão): poça
o silêncio da enxada
ecoa na imensidão
o pó vermelho (rubro sertanejo)
das grandes veredas
enche a cerca de arame árido que segrega
os que se lavam com a mágica chuva
do suor alheio
e os que chovem
encharcando
com os
olhos
a terra
Poema nº 6 (Top 9 - Poema baseado em imagem): turrão
depois da mágoa
só resta esmurrar
a ponta da faca
Poema nº 7 (Top 7 - Poema em homenagem ao autor favorito): e-mail pro magistral
ainda menino achava que a poesia
era um troço chato
cheio de pompas, pieguices
um troço costurado
pelo famigerado vocábulo robusto prolixo previsível
(vide final de novela das oito)
não entedia nada
não sentia nada
achava tudo muito preso
tédio
você apareceu
e ai pude ficar à vontade
hoje estou tão à vontade
que uso bermuda larga
e também deito e rolo
na grama (á)
t
i
c
a
Poema nº 8 (Top 5 - Soneto): transparente
exercício contínuo da escrita
em catorze versos a palavra grita
insatisfeito, a mente se agita
minha amiga, a folha, não se excita
dificuldade surge a cada traço
escrevo, reescrevo no papel almaço
alimento-me do que está no espaço
concreto armado, medo e cansaço
construção paulatinamente cresce
esculpindo o que quero com esmero
e ao final, tudo à volta resplandece
repito os passos do mestre Geppetto
tento ser o mais puro e sincero
e digo que não sei fazer soneto
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