quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Questo è Amore!



O Palco.

Sucesso.

Uma dupla de sucesso nos palcos.

Joe Anthony e Harvey Miller


são:

Dean Martin e Jerry Lewis


Um flashback, e...

...ficamos sabendo que nem sempre foi assim entre Joe e Harvey.



 Cádi. Já ouviram falar em cádi?

 "cádi, cádi, cádi..."


"Ah, cádi! Esse é um cádi!"


Não, este também é um cádi... 
...juiz entre os muçulmanos.

"Juiz entre os muçulmanos"
!!!!!!!!!!!!!!


 Não, não árbitro de futebol!

Sarah Benkirane, ex-árbitra de futebol canadense muçulmana.

fonte: wanderbergdearaujo.com


Este é o cádi, 
ou “caddy”, 
ou "caddie" 
que nos interessa!

Eles são geralmente mais do que só 
os carregadores de tacos dos golfistas.

Tem "caddie" de bronze! 

Só não sei por que se escreve "cádie", se a pronúncia sempre me pareceu ser "quedi".

Se eu estiver enganado, qualquer golfista por aí, esclareça-me esta dúvida.

Não tenho pressa, já que não tenho de escrever nenhuma letra de música com essa palavra.   

CÁDIE ou QUEDI?

A despeito da divergência linguística, 
é no golfe onde a história de Joe e Harvey começa.
Ou no cinema...


O filme:    
            

The Caddy (Sofrendo da Bola) é uma comédia - a começar pelo título em português - musical protagonizada pela dupla Martin e Lewis. A estreia aconteceu em 1953. O filme, apesar de ter como diretor um cineasta premiado como Norman Taurog e uma dupla de grande sucesso, não parece ser uma unanimidade entre os fãs de Martin, o Dean; e de Lewis, o Jerry. Por outro lado, dos diversos filmes cuja temática relaciona o golfe ao conflito dos personagens nenhum pode se gabar de ter uma canção original como That’s Amore.


A música:
(Warren/Brooks)


AMOREAMOREAMORE
AMOREAMOREAMOREAMORE


Leitores amigos, este post é o segundo da série “Do Oscar – as melhores canções do cinema”, iniciada em 14 de outubro de 2010. O primeiro destaque foi para a canção Carioca, melodia composta por Vincent Youmans para o filme “Flying Down to Rio” (Voando para o Rio), de 1933. 


Em 1934, 20 anos antes de That's Amore concorrer ao Oscar, a Academia premiava pela primeira vez a melhor canção original, ou seja, aquela escrita sob encomenda, especialmente para o cinema.

Do Oscar – As Melhores Canções do Cinema I

Com esta série espero muito mais do que poder registrar uma “retrospectiva das canções indicadas ao Oscar”, mas também de compositores fundamentais. Espero a partir desse resgate oferecer aos leitores autorizados, da forma como for possível, verdadeiras jóias da música; canções e compositores, tesouros que devem ser conhecidos, ou que não podem nunca ser esquecidos; controvérsias sobre os vencedores que não mereciam ganhar e os indicados que mereciam ter vencido, e também sobre as canções inesquecíveis que nem indicadas pela Academia foram.


Composta em 1952 por Harry Warren (1893-1981) e Jack Brooks (1912-1971), a canção não demorou a emplacar nas paradas de sucesso.  Em março de 1954, numa edição do programa televisivo Your Hit Parade, de retumbante projeção, a cantora Gisele MacKenzie interpretou a música de Warren e Brooks, que naquela semana aparecia em sexto lugar na parada, tal qual mostram as imagens do vídeo cujo link foi inserido abaixo:



Está aqui! Não deixem de assistir ao vídeo do programa Your Hit Parade!

That's Amore é basicamente uma valsa, e sua letra fala do momento em que o amor corre em nossas veias e artérias, ao mesmo tempo em que descreve com metáforas as sensações peculiares do “estar” apaixonado. Dançar com uma nuvem nos pés; sonhar, mas sem estar dormindo, os sinos que prenunciam grandes refeições e a felicidade de poder satisfazer os desejos, fazendo o coração bater como se tocasse uma alegre tarantella. Tudo em meio a referências chavões como pizza e vinho.




S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2 


No Brasil, Ângela Maria estourava nas paradas. Era o ano de 1952. E pouco tempo depois o cantor João Dias lançaria a versão nacional de That's Amore, "É o Amore". Hoje a gravação é das mais raras.


Fonte: decadade50.blogspot.com


Indicada ao Oscar de 1954, That’s Amore não levou a estatueta, que ficou com Secret Love, canção interpretada por Doris Day, do filme Ardida como Pimenta (Calamity Jane), também uma comédia musical. 

A canção de Harry Warren não ganhou a 26° edição do Oscar, mas de certa forma foi lembrada ao longo das décadas, pois se espalhou a expressão bilíngue que dá nome à canção. Da série de perfumes That’s Amore, do estilista italiano Gai Mattiolo a um vasto número de cafés, pizzarias e restaurantes pelo mundo: em Dublin, pelos arredores de Londres, em Chicago, Nova York, Viena, São Paulo, etc.



Linha de perfumes 
assinada pelo estilista Gai Mattiolo


E ainda, em 1987, o filme Feitiço da Lua (Moonstruck), estrelado por Cher e Nicolas Cage, traz como tema de abertura a própria That’s Amore, com a voz de Dean Martin. 





E recentemente, uma produção da Disney, Encantada (Enchanted), incluiu That's Amore em sua trilha, mas numa versão nova, ainda que o arranjo seja quase idêntico ao da gravação original. Esta versão da Disney contida na trilha de Encantada tem a voz do ator James Marsden.  

James Marsden

Versão do filme/animação Encantada (Disney)




Sobre os compositores:

Jack Brooks tem uma vasta produção como letrista para o cinema e televisão. No currículo a canção da série de faroeste Wago Train (1957-1965).


Harry Warren (Salvatore Antonio Guaragna), nova iorquino, criado no Brooklyn, acreditou muito no seu talento e na sua escolha musical para driblar as dificuldades financeiras de sua família formada basicamente por imigrantes italianos. Gênio que nada deve a outros notáveis compositores, publicou cerca de 500 canções. Warren faz parte da primeira geração de grandes compositores para o cinema, sobretudo no que diz respeito a canções. 

As peças de Warren podem ser ouvidas em mais de 300 filmes, entre séries para TV, musicais e desenhos animados da Warner Brothers. Ganhador de prêmios importantes, Warren é responsável por compor a música que ganharia o primeiro disco de ouro da história (Chattanooga Choo-Choo).

Fonte: Wikipedia


Fiquem com a cena do filme The Caddy
quando Joe (Dean Martin) canta That's Amore.



Até quinta, amigos, com mais música no Autores S/A, 
e se vier com uma farta cobertura de cinema, 
teatro, artes plásticas, tanto melhor, não acham?


ARRIVEDERCI!


The 26th Academy Awards

















     









6 comentários:

Andréa Amaral disse...

Sinceramente, seus posts podem se tornar uma espécie de "Camilopedia", pois são didáticos, visualmente atraentes e leves. Sem dizer que são sempre uma aula de História.
Fiquei um tanto quanto sentimental, pois desde que o mundo se abriu aos meus olhos (na tela da tv e principalmente através dos filmes), sempre me encantei pelas canções que nos remetem à Itália...esta é uma delas. Com certeza um clássico que ganhou o Oscar no coração do público. Todas as vezes em que a ouço, me dá vontade de entrar numa cantina, comer pão de alho, um spaghetti a bolognesa, profiteroles e um café expresso, por favor. Amei.

Lucas Bakkuna disse...

Faço das palavras da Andréa as minhas... muito bom!!!

Unknown disse...

Landoni, my friend!

Estou tão embebida com "That's amore" que já estou baixando as mais diversas versões dessa música linda!
Mais um post apuradíssimo, detalhado e muito bem-acabado, wells quem não te conhece que te compre, pis digo, se lê seu texto sem esforço algum em matéria de fluidez!
Musical, musical!

Well done, dearest!

Unknown disse...

pois digo*
esse teclado sucks...

Carolina L. Soares disse...

Entro no autores sempre, mas hj venho comentar!
Qualidade incrível desse post. parece um diálogo, tipo, com quem éstá lendo. Mostra muito conhecimento do assunto e um texto alegre, leve.

Adorei, parabéns Autores SA
Grande bj, Carolina Soares, BH

Landoni Cartoon disse...

Camilopedia! Minhas pretensões 'postais' não alcançam um nível camilopédico, mas já pensou?! rs

Agradeço a todos, Lucas, Thaty, Andrea e a mais nova comentarista, Carolina, pela presença mais do que especial.

Landoni