LUZ!
CÂMERA!
SEGURA O VESTIDO, MARILYN!
(Marylin Monroe em "O pecado mora ao lado", de Billy Wilder)
Fade
in, fode out
(Lohan Lage Pignone)
Para o (des)vestido de Marilyn
A lanterna mágica aponta
De lá partem os trens
Que invadem as salas escuras
Lumiére e suas travessuras.
Tempos modernos!
Pecado de amor alado
Sobrevoando o teto de zinco quente
Adentra as janelas (in)discretas
De toda gente penitente
Deus e o Diabo na terra:
Welcome to
nouvelle era.
Do olhar de uma Bardot
Desprezada
Cheiro de novo
Noir
Na sala,
A mão intrusa
Do noivo neurótico
Em busca da
Rosa púrpura
Do Cairo
[vulgo o hímen de Cleópatra].
Café da manhã na Tiffany
Almoço com os Corleones
E adivinhe quem vem para o jantar?
O sogro, Al Capone.
A guerra é travada
Fogos cruzados
Pernas cruzadas
Instintos selvagens.
Da
fonte da donzela
Só
resta
o rastro
de sangue.
Arte suprema:
Rebentou-se a película
No escurinho do cinema.
(Brigitte Bardot em "Desprezo", de Godard)
Múltiplos
como tudo, o cinema e a poesia se encontram para um passeio poético
]
(por Camillo Landoni)
Em
algum momento de nossas vidas já rodamos filmes lendo um poema, ou desfolhamos
versos poéticos diante de uma cena cinematográfica. Mas vamos falar a verdade: não
existe poesia no singular. Aliás, não existe nada no singular, senão com o
propósito de pluralizar-se. No gênesis o que era um se desdobrou em mais. Lá o
Homem era um solitário. Multiplicou-se mulher, obra máxima de um artista divino
que apesar de ser único está sempre no plural. Já nos versos da Odisséia,
Ulisses era um ao mesmo tempo em que era todos de sua terra. A mesma ideia cabe
ao cinema, múltiplo como tudo.
Fora
da poesia ou do cinema, eu e você existimos como indivíduo, corpo uno,
organismo autônomo, um ser, o espaço que nada nem ninguém ocupará. Porém, não
viveríamos sem a imperiosa tentativa de violar os espaços, de pôr abaixo as
cercas, os limites impostos pela matéria. Um olhar, um sorriso, um abraço, um
beijo, um namoro fervoroso são atitudes únicas que existem em função de
respostas únicas. A unicidade é, portanto, uma bolinha de chocolate suíço, na
qual uma lambida não resolve. Sem o outro, seríamos um Deus triste, quem sabe artistas
só por necessidade de criar a fuga da singularidade orgânica.
Agora
imaginem o cinema sem poesia. Muitos pensarão Hollywood! Indústria poluidora do cinema artístico e reflexivo. Não,
pois assim como tudo, Hollywood
também é múltipla, mais do que uma indústria de filmes comercialmente
medíocres, porque abraçou, reconheceu grandes diretores e produziu obras de
vulto artístico. Em Chaplin quantas imagens poéticas. Poética lírica que nos
enternece em O Garoto e Luzes da Ribalta. Poética engajada que
nos faz pensar, em Tempos Modernos.
(Charles Chaplin em "Tempos Modernos")
Falar
sobre poesia no cinema não é só recordar que Pablo Neruda foi representado por
Philippe Noiret no italiano O Carteiro e
o Poeta, ou que Rimbaud e Paul Verlaine são personagens em O Eclipse de uma Paixão. É antes pensar no
“ser poético”. O mesmo poético que são muitos, em muitos lugares. O poético do
qual prescinde, volta e meia, a própria poesia contemporânea. O poético, enfim,
é o elo que conjuga o lírico, o esteticamente belo e o esteticamente denso, ainda
que feio, que bizarro, o dito régio, a confissão e as figuras tatuadas no
espírito à toda atmosfera terrestre, à todo ambiente de vida e de arte. E
confessar, aqui, não prescinde do outro, ainda que eu de costas não veja quem
me ouve.
Por
isso, nem poesia, nem cinema são únicos: talvez por isso ambos possam se
encontrar. A poesia superou a crise de seu companheiro, o poético; ela já não
liga, aprendeu a ser (quando quer) apoética.
O poético no cinema pode ser, em uma mostra anêmica, o fugidio amor que
carboniza estabilidades, a fita de seda azul que plana às vistas de um olhar
melancólico, ou o simples céu estrelado de toda poesia da infância. O céu
enluarado em E.T., o céu azul nas
últimas cenas de O Show de Truman, os delírios eróticos e o
despir-se anímico de Almodóvar, as tensas descrições de Hitchcock ou a invasão
em close-up de Bergman no território
das tensões conjugais.
(Cena do filme "E.T - Extraterrestre", de Steven Spielberg)
Geralmente não se procura homens de sonhos em centros
de tratamento intensivo, assim como não sonhamos ou planejamos a felicidade
quando nos dói um dente. Para quem sente a ferida, não existe nada de poético a
não ser a ideia da cura, do alívio. Na poesia ou no cinema, na dor de uma perda
ou em um sorriso da feliz personagem, buscamos entre outros tesouros poéticos a
cura, o alívio da vida submergindo numa outra vida. O outro está ali, tão ali
diante de nós, e nós tão longe que nos reconhecemos parte daquele mundo, ainda
que seja outro. De qualquer forma a poesia, sobretudo na forma do “ser poético”,
está no cinema, sendo multiplicada para os olhares de quem ama, de quem sofre,
de quem se supera, de quem se torna mais humano. Evidentemente as máscaras nos
multiplicam quando necessário, contudo o problema maior está em usá-las para
sermos únicos. Deixemos as últimas para os atores e para os poetas.
Nesta etapa teremos novamente o Ponto-Presente, ou seja, cada poeta terá que conceder 1 ponto a outro poeta (aquele o qual ele julgar ter sido o melhor da etapa) e, claro, justificar sua escolha. Poetas, enviem seu Ponto-Presente e justificativa até quarta-feira, às 23:59min.
(Capa da antologia "Poesia.com - 1º Edição")
Nesta etapa, perguntamos aos 12 poetas finalistas qual é o filme mais marcante da vida deles.
Antes da apresentação de cada poema, você lerá as respostas!
E qual é filme mais marcante da sua vida, leitor?
CHEGOU A HORA DAS SESSÕES MAIS ESPERADAS.
CAROS POETAS E LEITORES: APRECIEM, A SEGUIR, AS 12 OBRAS DE ARTE CINEMATOGRÁFICAS MAIS POÉTICAS QUE JÁ EXISTIU.
POEMAS DA PENÚLTIMA ETAPA: CINEMA
Atenção: todos
os poemas estão dispostos nos vídeos a seguir. Ou seja, para lerem os poemas,
você, leitor, necessitará assistir aos vídeos. Tenha certeza de que será uma experiência
singular desfrutar os poemas em vídeo, acompanhados por trilhas inesquecíveis da história da Sétima Arte. Cada vídeo-poema a seguir é, sem dúvida, digno de um Oscar. A pipoca
está pronta?
Bom
cinema!
PS: Caso o vídeo acuse não estar disponível dentro do blog, clique em Youtube (no próprio vídeo) e assista pelo canal Youtube. A qualidade de áudio e leitura serão melhores por lá também.
De
Juiz de Fora, Minas Gerais: Hernany Tafuri (Nonada F.C.)
O filme que mais
marcou minha vida é "Um sonho de liberdade", pois é uma história de
injustiça e superação fantástica, com atuações memoráveis.
De
Betim, Minas Gerais: Francisco Ferreira (João Saramica)
"O menino
do Pijama Listrado" - é o filme que mais me marcou. Não apenas pela
amizade inocente e gratuita de duas crianças que desconhece o horror da guerra,
mas pela impotência ante a fatalidade (a impotência do poder). O homem que
detinha o poder de enviar para a morte milhares de pessoas, não foi capaz de
salvar a vida de seu filho e sente na pele a dor das milhões de vítimas da ação
demoníaca de Hitler e seus calhordas.
De
Cabo Frio, Rio de Janeiro: Flavio Machado (Dersu Uzala)
O filme mais
marcante foi “Cinema Paradiso”. Vi na tela duas representações, a relação
afetiva do menino com o velho projetista (está correto o nome?) e a mágica do
cinema, com a última cena das cenas cortadas dos beijos, na minha opinião, uma
das ou a mais bela cena de cinema, e confesso que chorei bastante no final do
filme.
Do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Marco Antônio Tozzato (Per-Verso)
Foram tantos os
filmes que me impressionaram, mas como, para mim, cinema é essencialmente
imagem: imagens em movimento contando uma história. Eu diria que o filme mais
impressionante para mim foi “Sonhos” de Akira Kurosawa. O filme é literalmente
um sonho. As cores, a fotografia, o figurino, o cenário tudo foi usado para
deslumbrar, inquietar, impactar. Até hoje o episódio “Inferno” me amedronta,
com seu aterrorizante cenário boschiano; ou ainda o capítulo “Os Corvos.” O
personagem conversa com Van Gogh, num cenário que é um quadro do próprio
pintor.
De Nova Friburgo, Rio de Janeiro: Barolo
Um dos filmes
mais marcantes que assisti foi "SHAME", do diretor britânico Steve McQueen. Fala
de um homem bonito, bem sucedido financeiramente e solitário que, sem estrutura
para superar seus problemas emocionais, sem conseguir amar e demonstrar
carinho, torna-se viciado em sexo. É a presença da irmã, de comportamento
similar ao dele, e sua tentativa de suicídio, que o fazem perceber no que se
tornou e se permitir sofrer.
Do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Thiago Luz (Jean Jacques)
O filme mais
marcante é "Coração Valente". Vejo o filme como um poema épico contra
a tirania e em favor da liberdade de um povo.
Do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Letícia Simões (Alice Lobo)
É difícil para
uma cineasta (acredito que impossível!) escolher um único filme para ser o mais
marcante. O mundo do cinema é absolutamente tentador por abarcar quatrocentos e
oitenta e sete milhares de outros mundos - e por duas horas, você poder ser o
que quiser, ter quantas vidas quiser, falar quantas línguas puder. Talvez,
pensando por essa ótica, o "filme mais marcante da minha vida"
(reitero: não quero ser injusta com as outras tantas amadas películas) seja
"E o vento levou...". Minha mãe tinha o livro na estante e em umas
férias, me deu na telha lê-lo. (Eu era muito mais interessada em livros que em
cinema ou televisão). A história me fascinou absolutamente e dona Heliana
(vulgo minha mãe) me avisou que havia um filme do livro. Ali eu me rendi,
completamente. Ali eu entendi que queria, muito mais do que viver naquele
mundo, criar aquele mundo. Criar a fantasia. Eu, uma criança de seis ou sete
anos, fiquei tão fascinada com a ideia de que era possível materializar outra
época, outro espaço, outras pessoas e efetivamente viver, por um determinado
tempo, aquilo, que imediatamente decidi: quando crescer vou ser diretora de
cinema.
De
Vinhedo, São Paulo: Ana Lúcia Pires (Anna Lisboa)
Nossa, pergunta
difícil! Sou apaixonada por cinema: europeu, asiático e amo algumas poucas
obras norte-americanas. Dentro dessas nacionalidades cinematográficas, teria
pelo menos uns 5 filmes para citar, mas precisarei ficar com um. Pois bem, “A
Insustentável Leveza do Ser” é a mais bela poesia que já assisti. Com esse
filme aprendi tanto sobre o amor que sequer conseguiria escrever. Praga, 1968,
triângulos, círculos e quadrados amorosos, tanques soviéticos invadindo a
capital tcheca. É um exercício explícito de amor e desapego estonteante,
sensual e dilacerante.
De
São Paulo, São Paulo: Henrique César Cabral (Gaspar)
É mais que
difícil, para mim, falar em filme predileto, marcante, é quase impossível.
Confesso que esse foi o tema em que encontrei mais dificuldade. O problema todo
começa com o fato de eu ser um insone crônico há muito tempo. Coisa de outro
século, imagine só. E se existe um lugar onde o sono é quase infalível é ali,
na sala de cinema. Em outros tempos, cheguei a perder a companhia e acordar
sozinho, depois de sessões mais sessões. Tentaram me acordar, mas, de olhos
fechados, insistia em esperar a próxima. Tenho que escolher entre o sono e
inchar quilos de colesterol, gorduras trans, totais, etc. É que só fico acordado
enquanto estou comendo. Acabando pipoca, chocolate e demais adendos... Boa
noite, Hollywood! Como só durmo em + ou – em 90% dos filmes, dos restantes,
Woody Allen, aguento bem, aprecio até. Se é para escolher um, fico com “Annie
Hall” – A Diane Keaton foi a mais que provável razão da minha insônia esse dia.
De
Atibaia, São Paulo: Geovani Doratiotto (G.D)
O filme mais
marcante é “O encouraçado Potemkim”. O cinema começa aqui.
De
Brasília, Distrito Federal: Lune
Difícil... Gosto
de tantos. Mas vamos lá: são dois. “A escolha de Sofia” e “Como Água para
chocolate”. O primeiro, porque fala das escolhas impossíveis, que nunca
deveriam acontecer ou ser exigidas de um ser humano. O segundo porque reflete
todas as emoções, privações, desejos e superações do ser humano, e ainda é
apresentado por meio da linguagem inebriante do (bom) realismo fantástico. Para
completar, tem um final de arrebentar.
De
Trairi, Ceará: Wender Montenegro (Manoel Helder)
“Sociedade dos
Poetas Mortos”, dirigido por Peter Weir, é o filme de que tenho melhores
lembranças; o que mais me marcou positivamente. Vi o filme durante o curso de
Pedagogia e como estava de namoro, à época, pelos cantos com a Poesia, deu-se
então o encanto. É um filme inspirador que nos impulsiona a perseguir nossas
paixões individuais e a tornar as nossas vidas extraordinárias, não permitindo
que ninguém segure as rédeas de nossa existência, condicionando a nossa maneira
de pensar. A reflexão central do filme pode ser sintetizada na expressão latina
Carpe diem (aproveite o dia), cujo
sentido é: aproveite a vida, ela é muito breve.
(Cena do filme "Cinema Paradiso", de Giuseppe Tornatore)
E então, poetas
e leitores? Como descrevem a sensação após a leitura desses vídeo-poemas?
Certamente, este é um post para entrar na história do blog Autores S/A.
Parabéns aos 12 poetas finalistas, agora, rumo à etapa final!
NOVIDADE:
Caríssimos poetas: a Editora Multifoco confirmou mais uma parceria conosco na publicação da antologia da 2º edição do Concurso de Poesia Autores S/A. Ou seja: sim, poetas, vocês serão publicados! Que esta antologia vindoura seja uma fiel e singela lembrança de todos os grandiosos momentos vividos neste certame. Após o fim do certame, serão selecionados os melhores poemas do concurso (somente poemas dos 12 finalistas - em todas as etapas). De qualquer forma, vale ressaltar que todos os 12 terão pelo menos 1 poema garantido na antologia. Avante, poetas!
ANÚNCIO
DOS DESAFIOS DA ÚLTIM A ETAPA
CAROS
POETAS:
Para a 8º e última etapa do II
Concurso de Poesia Autores S/A vocês terão que cumprir dois desafios
importantes nesta semana. Lembrem-se: agora, é tudo ou nada.
1º
DESAFIO
- ELABORAR UM
POEMA INSPIRADO NO CONTO:
“A
DAMA DO LOTAÇÃO”, DE NELSON RODRIGUES.
(OBSERVAÇÃO:
INSPIRADO SOMENTE NESTE TRABALHO DE NELSON). ATRAVÉS DO LINK ABAIXO, O CONTO
PODE SER LIDO NA ÍNTEGRA: http://www.releituras.com/nelsonr_dama.asp
2º DESAFIO
- ELABORAR UM
POEMA COM A SEGUINTE TEMÁTICA:
“DESPEDIDA”
- AMBOS OS POEMAS ESTÃO LIVRES DE RESTRIÇÕES MÉTRICAS;
- AMBOS OS POEMAS DEVEM SER INÉDITOS E CONTER UM TÍTULO;
- AMBOS OS POEMAS PODERÃO SER ENVIADOS ATÉ A PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA,
DIA 13/08, AO MEIO-DIA.
O RESULTADO FINAL SERÁ PUBLICADO NO DIA 17/08/12, SEXTA-FEIRA.
(Cena do filme "Titanic", de James Cameron)
BOA SORTE A TODOS OS 12 POETAS!
RUMO À FINAL!
51 comentários:
Amei a idéia dos vídeos!!! Ficou demais, deu uma vida especial aos poemas... parabéns aos criadores do blog. Me senti no cinema...
Meu voto vai pra Anna Lisboa... entrou 100% no tema, inovando como sempre... Perfeita poesia!!
Gostei muito da maneira como Ana Lobo colocou as referências cinematográficas no seu poema, lê-lo foi como assistir um pequeno filme.
Meu voto, vai para Ana Lobo. Quase esqueço de dizer.
Que belas montagens, mas a preferida continua a mesma. Anna Lisboa
Voto em Wender Montenegro.
Parabéns a todos os finalistas por essa leva de maravilhosos poemas! Meu respeito e admiração nessa rodada cresce especialmente para com João Saramica, Thiago Luz, Lune e Manoel Helder. Todos se apresentaram super bem. Mas não posso deixar de louvar à aposta - prudente e pertinente - de Anna Lisboa.
"como a promessa que dá asa ao pagador/e o roteiro que dá céu ao passarinho"
Que obra, mulher! haha Fiquei extasiada ao ler cada palavra sua. Com isso, nada mais justo que votar em A Dama e o Vaga-Lume. Anota aí, Lohan: Anna Lisboa na cabeça!
Bom dia,
Extasiado eu fiquei com essa leva. Aos organizadores: congratulações sinceras. Como é bom se surpreender em espaços virtuais aonde já se diz tudo a todo instante.
Não vou me ater aos atributos dos vídeos mas somente aos poemas. Já de bate-pronto os melhores da leva: Dersu Uzala e Anna Lisboa. Os piores: Barolo e Nonada F.C. E o meu voto da leva vai para o poeta Dersu Uzala. Sempre critiquei muito esse poeta em meus pareceres mas nessa leva ele se superou (tardiamente) com tamanha delicadeza na abordagem do maior diretor de todos os tempos (na minha gabaritada opinião): Akira Kurosawa. O tom onírico foi condizente e as imagens divagaram como deviam. O meu voto demonstra que não pego no pé de nenhum poeta, nada é pessoal. É questão de técnica, de fazer bem feito.
Apreciei com prazer também os poemas de Anna Lisboa e Alice Lobo. Anna sempre a seu modus, sem perder o rebolado como já diria o outro. Os intertextos bem encaixados. Alice Lobo também esbanjou delicadeza mas não consegui enxergar tanta relação com Buñuel em sua carta. Talvez seja incapacidade minha, quiçá.
Lune se recuperou da lastimável última leva mas ainda assim não tem cara de campeã. Precisa vir irretocável na última leva para levar o 'caneco'. Seus poemas tem dito demais, demais. Acolha uma faceta mais sintética, poeta Lune.
O G.D foi razoável igualmente. A trilha foi a melhor, certamente. Se ele é o poderoso chefão do certame? Quem vai saber. Inteligente ele é, e corajoso também. É favorito ao título ao lado da Anna Lisboa mas nessa leva eu enxerguei versos descabidos e um final confuso mencionando 'tela quente' 'televisão' quando estamos falando de cinema e não da Rede Globo e qualquer outra emissora. Cinema é cinema! O arremate teria ficado perfeito (para variar) não fosse esse 'vacilo poético'.
Jean Jacques e Saramica: o Jean Jacques bebeu em Saramica e o Saramica bebeu em Jean Jacques. Percebi uma inversão de papeis poéticos: um mais prosa, outro mais poético. Medianos, ambos.
Gaspar foi correto e seguro, mais uma vez. É certamente o poeta mais seguro da competição. Sabe mesmo o que faz e como faz. No entanto, percebi um excesso de metáforas que sim - metáfora também deve ser posta com moderação. Pode ser de novo o vencedor da leva mas hoje não deposito meu voto nele.
Nonada F.C. não esteve em cena. Participou da leva, apenas. E Barolo foi o poeta que mais caiu de produção desde quando comecei a acompanhar o certame. Como tirar um retrato de um retrato? Poesia é descrever um retrato com figuras de linguagem. Descrever uma notícia de jornal a la Manuel Bandeira. Lapide mais a poeticidade em seus trabalhos, poeta Barolo.
Por último o poeta que está em primeiro. Receber um tema, que é uma arte, tão vasto e mágico e fazer dele uma homenagem póstuma. Sinceramente é uma lástima. O poema não é de todo mal escrito mas o direcionamento escolhido pelo poeta foi um tiro no pé. Se vai perder a ponta eu não sei mas merecia.
Então essa é a penúltima leva e me passa alguma profecia. Se o que eu analiso for condizente com o olhar dos jurados da leva os seis poetas da ponta do ranking vão se embolar de uma tal forma que na última leva tudo será possível. Continuo apostando na Anna Lisboa e no G.D mas o Gaspar entra forte na briga e tudo indica que vai deixar a Lune para trás. O atual primeiro colocado pode permanecer na ponta mas em seu cangote cinco poetas estarão colados. Gosto dessa competição.
Já falei muito.
Até a final, afinal.
Cordialmente,
F.N.V
A ideia do vídeo foi muito boa mesmo.
Gostei muito do poema do Dersu Uzala. Simples, mas cheio de intensidade.
E do poema da Lune. Ao contrário da opinião do Felipe, não achei extenso. Para mim, está perfeito. Tem uma levada muito agradável. E como o do Dersu Uzala, é mt bonito intenso.
Parabéns aos dois e aos organizadores pela ideia
Corrigindo: "Ao contrário da opinião do Felipe, não achei extenso"
Não achei esse poema da Lune "com ditos demais"
Ai ai ai.. terei q mandar td d novo..
A ideia do vídeo foi muito boa mesmo.
Gostei muito do poema do Dersu Uzala. Simples, mas cheio de intensidade.
E do poema da Lune. Ao contrário da opinião do Felipe, não achei extenso. Para mim, está perfeito. Tem uma levada muito agradável. E como o do Dersu Uzala, é mt bonito intenso.
Parabéns aos dois e aos organizadores pela ideia
8 de agosto de 2012 12:09
† Sel disse...
Corrigindo: "Ao contrário da opinião do Felipe, não achei extenso"
Não achei esse poema da Lune "com ditos demais"
Meu eu lírico anda de férias, mas consegue ver a beleza do poema de Flavio Machado, Dersu Uzala. Parabens, Flávio.
Meu voto vai para o Francisco Ferreira.
Fazendo isso aqui em doses homeopáticas...
Voto no Dersu Uzala
Olá, meu voto vai para Wender Montenegro, com o poema Silêncio de claquete: parte Saraceni porque embora eu tenha sido lograda ao esperar um poema com títulos de filmes e personagens tantos, ele vem como sempre me surpreender e mostra o Ceará com seus tantos "meninos" que nunca estiveram numa câmara escura para ver a festa da sétima arte. Wender não passeia por títulos nem tampouco pelo cinema, escolhe sim, ir ao cinema, colher a última cena de saraceni no silêncio da claquete. Adorei. Ao blog, parabéns pelos vídeos e pelo concurso. Qualidade e muita dedicação a cada rodada.
Meu voto vai para o o poema do poeta Wender Montenegro (Manoel Helder)pela sua excelência na escrita.
meu voto vai para o poema "Silêncio de claquete: parte Saraceni", de Wender Montenegro, boa sorte, Poeta !!!
Meu voto vai para o manoel helde
meu voto é do poeta Wender Montenegro manoel helder, seu poema ficou belo e dentro do tema.
meu voto vai para o poeta manoel helder, Wender Motinegro,seu poema ficou belo e dentro do tema.
Voto em Manoel Helder.
Gostei muito do modo como o poeta abordou o tema sem se deter em citar filmes e cenas, mas homenageando o diretor responsável pelo fogo ideológico que depois tomou conta de seu amigo Gláber Rocha! E o poeta fez isso muito bem ao abordar o tema sob o ângulo da inocência do sonho de cinema, usando a memória (na citação de Wally) como recurso lírico.
Gostei muito das aliterações:
"...cena-sonho a Saraceni
[assim, se se perdesse ausente
em ilha de edição" e "assim, se SaracenIncendiasse Rocha
na luz sempre nova de seu olhar novo"
Gostei também do inusitado da metáfora (morte = ilha de edição):
"- a morte e sua claquete -"
Parabéns, Manoel! Meu voto é seu!
Uau, sou Anna Lisboa na cabeça! Voto nela!
Só dá essa mulher! -:-
Bjoka,
Rê.
Meu voto vai para o Manoel Helde / Wender Montenegro pelo belo poema... Parabéns
votar para Manoel Helder, Wender Montenegro, com o poema "Silêncio de claquete: parte Saraceni"
meu voto vai para Manoel Helder pq sua homenagem ao diretor Saraceni, falecido este ano, e ao cinema novo foi muito interessante
meu voto vai para Manoel Helder gostei da homenagem ao diretor Saraceni
Voto em Anna Lisboa, a melhor poeta dessa competição.
Até a próxima.
Vídeos fantásticos. Como gostei do Jean Jacques aquela trilha é a minha predileta. Mas hoje fico com Anna Lisboa de novo ''A Dama e o Vaga-Lume'' porque essa aí ninguém segura.
César.
Vou com meu marido, concordo!! Voto em Anna Lisboa. Parabéns pra todos esses poetas mais q talentosos!
Martha.
Adorei tudo e todos mas o vídeo da Anna Lisboa tocou a trilha da minha vida com Gardel aiii... Não tem como não votar em Anna Lisboa.
Sucesso pra vcs!!
Meu voto vai para Anna Lisboa não tem outra poeta que se expreesse melhor nesse concurso com tanta diversidade poética, tanta brincadeira. Ela se diverte. Mas desejo sorte a todos os outros poetas. Abs, Mauro.
Anna Lisboa: meu voto.
Por que: é a surpresa entre esses poetas que preferem manter os cliches ao invés de inovarem. O único que também demonstra esse arrojo é o poeta G.D. O resto...
Parabéns Anna pelo poema e pelo vídeo.
Nossa, quase perdi o a hora e o dia! Voto em Anna Lisboa, com prazer e palmas.
Voto em Manoel Helder/Wender Montenegro!
Meu voto vai para Wender Montenegro.
Olha a hora, olha a hora freguesia. Se minha sobrinha não avisa, o trem passava. Em Anna Lisboa, maravilhado.
o meu voto vai para manoel helde.
Voto em Wender Montenegro
Voto em Anna Lisboa pra esquentar essa disputa. Mas gostei muito do poema do Nonada F.C.
Poemas de muita qualidade, sobretudo os vídeos. Gosto apurado da organização e dos poetas. Cinema em casa!
Voto em Anna Lisboa, sempre.
Tatiana S.L.
Muito grato a todos que votaram! Parabéns aos poetas todos pelos ótimos poemas da leva, e aqui mais um voto ao Saraceni! Manoel Helder :)
abraços
Wender
Meu voto vai para a poeta Ana Lúcia Pires com ''A Dama e o Vaga-lume'', a melhor poeta desse certame.
Dá-lhe Ana!
Lenir.
Meu voto vai para a poeta Ana Lúcia Pires com ''A Dama e o Vaga-lume'', a melhor poeta desse certame.
Dá-lhe Ana!
Lenir.
Meu voto vai para a poeta Ana Lúcia Pires com ''A Dama e o Vaga-lume'', a melhor poeta desse certame.
Dá-lhe Ana!
Lenir.
Voto em Anna Lisboa.
meu voto vai para o manoel helde, manoel helde é pseudônimo dele.
VAMOS AO RESULTADO OFICIAL DA VOTAÇÃO:
1º ANNA LISBOA - 16 VOTOS.
2º MANOEL HELDER - 15 VOTOS.
3º DERSU UZALA - 2 VOTOS.
4º JOÃO SARAMICA - 1 VOTO.
PARABÉNS A POETA ANNA LISBOA PELA EXCEPCIONAL VIRADA E PELO PONTO CONQUISTADO.
AGUARDEM OS RESULTADOS DO JÚRI, JÁ JÁ!
ABRAÇOS,
LOHAN.
rs Nossa Lohan, a gente escreveu ao mesmo tempo... nao tinha contado e sinceramente achei que o Wender ganharia. Bem, entao... obrigadaaa de novo, minha gente!! Valeuuuuu!!!!
Obrigada Lohan!! Wender, parabens por tantos votos.
Um beijaoo em todos!!!!
Na verdade, a gente escreveu TAO ao mesmo tempo que o comentario que escrevi antes nem foi postado rs. Eu estava agradecendo os votos, agradecendo de novo essa boa vontade de cada um, agradecendo cada comentario. Tb dizia que dessa vez nao conseguiria o ponto bonus, mas que ficava feliz mesmo assim.... por tanto carinho e atencao. Nao tinha contado os votos! Acham que sou atrapalhada? Magina, gente rs. Me desculpem todos!
obrigaaada
Parabéns pelo ponto ganho, Anna!
Quando a postagem para inspirar a produção poética de um concurso está melhor que todos os poemas juntos, há alguma coisa errada com o concurso. Poesias fracas, referências fracas também. O menino do pijama listrado? Faça-me um favor...
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