502
90
30
12
1
SOMENTE
1 NOME
1 SONHO
IRÁ
SE CONCRETIZAR NO FIM.
TODOS
JÁ SÃO VITORIOSOS,
MAS
SÓ 1 POETA
VAI
PODER GRITAR, NO FINAL:
“EU VENCI O II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A!”
SEJAM
BEM-VINDOS AO ÚLTIMO POST DO II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A: O ANÚNCIO DO
GRANDE CAMPEÃO
RETROSPECTIVA DAS VITÓRIAS DO
II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A
ETAPA: CINEMA
VENCEDOR:
HENRIQUE CÉSAR CABRAL (GASPAR)
ETAPA: HAICAIS
VENCEDOR:
HENRIQUE CÉSAR CABRAL (GASPAR)
ETAPA: POEMA INSPIRADO EM IMAGEM DE DOISNEAU
VENCEDOR:
HENRIQUE CÉSAR CABRAL (GASPAR)
ETAPA: FATOS DO ANO DO NASCIMENTO DO POETA
VENCEDOR:
GEOVANI DORATIOTTO (G.D)
ETAPA: A NUDEZ FEMININA
VENCEDOR:
WENDER MONTENEGRO (MANOEL HELDER)
ETAPA: HOMENAGEM A CLARICE LISPECTOR E A CECÍLIA MEIRELES
VENCEDORES:
ANA BEATRIZ MANIER E FLÁVIO MACHADO (BAROLO E DERSU UZALA – DUPLA).
ETAPA: MITOLOGIA
VENCEDORA:
LETÍCIA SIMÕES (ALICE LOBO)
ETAPA: O FIM DO MUNDO
VENCEDOR:
GEOVANI DORATIOTTO (G.D)
E
AGORA: QUAL NOME SERÁ ESTAMPADO EM:
CAMPEÃO
(?)
CONSIDERAÇÕES
DE LOHAN LAGE PIGNONE
ANA
BEATRIZ MANIER (BAROLO)
“Sua escrita simples – retratos concisos do nosso
cotidiano – ganhou a atenção de leitores e jurados. Para quem não se dizia
poeta (a formação literária voltada predominantemente para as crônicas), Ana
Beatriz demonstrou que a poesia habita sim, em cada um de nós – basta
procurarmos por ela, com cuidado. E com sua linguagem objetiva, reflexiva e
eficaz (e não menos poética), Ana Beatriz Manier já pode ser considerada a
cronista mais poética do Brasil”.
ANA
LÚCIA PIRES (ANNA LISBOA)
“A malabarista das palavras. Não houve quem não se
espantasse com tanta criatividade transbordando pelas entrelinhas dos poemas de
Anna. Além disso, lê-se a alma de Ana Lúcia Pires em cada verso por ela
disposto; aquela é a sua verdade, pondo em xeque o que já poetizou Fernando
Pessoa, “todo poeta é um fingidor”. Ana não finge, ela é. Nas etapas finais,
Ana parecia nunca engrenar no ranking, embora sempre fosse uma das mais
comentadas, o “Trending Topic” do Autores S/A. No entanto, nas últimas etapas,
disparou feito um foguete e agora, após três meses de pura diversão poética
(que é o que ela transpareceu), disputa o título”.
CINTHIA
KRIEMLER (LUNE)
“Esta soube demarcar bem o seu território. Sempre
soube onde por o pé (ou a mão, ou a caneta, enfim). Seus poemas são como avalanches
que, à medida que vão se desenrolando, vão ganhando ainda mais força, mais
fúria. E, no fim, desconstroem o leitor com arremates bem encaixados. Demonstra
insegurança, por vezes, em relação a que “bicho vai dar”. Mas ela sabe, no
fundo, o que virá. Sabe que seus poemas tem o que dizer, conforme a própria
afirmou no começo do concurso. É, sem dúvida, a poeta mais regular dessa
edição; desde o princípio se mantém entre os primeiros colocados, com
território demarcado; e se manter regular sob pressão e sob dezenas de olhares
distintos dos jurados é um feito para poucos, pode-se dizer. Marcelo Asth
também se apresentou assim no concurso do ano passado e foi o vencedor. Será
Cinthia Kriemler a nova vencedora?
FLÁVIO
MACHADO (DERSU UZALA)
“Flávio Machado é o poeta que combateu o bom
combate. Sua instabilidade o tirou da briga pelo título, embora sua qualidade
como poeta seja inquestionável. Nas últimas etapas vem reforçando o ritmo,
elaborando poemas memoráveis, como “sonhos de Kurosawa” e “perdoe por te
traíres”. Sua escrita identifica-se com a de Ana Beatriz (Barolo), pela
concisão, pela poesia disposta objetivamente. E, coincidentemente, ambos formaram
a dupla vencedora na etapa das homenagens a Cecília Meireles e a Clarice Lispector.
Apesar da colocação ingrata no ranking, Flávio se mantém fiel ao seu ritmo e,
sem esmorecer, vem desfilando pérolas poéticas nesta reta final”.
GEOVANI
DORATIOTTO (G.D)
Geovani Doratiotto é o genuíno poeta concreto desta
edição do concurso. A propósito, o II Concurso de Poesia Autores S/A apresentou
um grupo de estilos muito bem marcados, singulares. G.D, certamente, foi o mais
arrojado dos poetas, já tendo voado de Heidegger a Paulo Freire em sua poesia.
Não se importou se havia ou não conservadores entre os jurados ou mesmo entre o
público leitor, acostumados com poemas, digamos, “mais bem-arrumados”:
manteve-se firme em sua estrutura poética do começo ao fim. O caçula da edição,
Geovani é também o poeta dos arremates de humor e impacto inigualáveis neste
certame. O que presenciamos, durante esta competição, foi o parto do novo
Maiakovski brasileiro: Geovani Doratiotto é o nome dele.
LETÍCIA
SIMÕES (ALICE LOBO)
“A menina que nasceu do rascunho do mar. Alga viva,
poética, que durante a competição rasgou sorrisos amarelos e quebrou ondas de
poesia sobre os leitores e os jurados. Letícia Simões foi, talvez, a poeta mais
discreta dessa competição, haja vista sua posição de destaque no ranking desde
o princípio. Pouco se ouviu/leu falar de Alice Lobo nos comentários ou nas redes
sociais; no entanto, derramados elogios foram recebidos dos jurados em todas as
etapas. Sua subjetividade calculada e sensibilidade aflorada lhe renderam
vitórias inesquecíveis”.
WENDER
MONTENEGRO (MANOEL HELDER)
“O único representante do Nordeste brasileiro nas
finais – e dele os nordestinos podem se orgulhar. Wender Montenegro, poeta de
espírito jovial que sabe se aliar ao tom clássico, à poesia de requinte. Poeta-pássaro,
que voou por alturas inalcançáveis por outros poetas. Foi o poeta que deu o
maior salto nas finais: do penúltimo ao primeiro lugar. Tornou-se o “poeta ser
batido”. Manteve-se firme em seu posto soberano até a rodada passada, quando,
por travessura dos deuses, despencou para o quinto lugar. Não obstante isso,
Wender apresentou belos poemas na última etapa e se destaca, sem dúvida, como
um dos grandes favoritos ao título. Seus pássaros alcançarão o cume do Olimpo?”
FRANCISCO
FERREIRA (JOÃO SARAMICA)
Francisco Ferreira, o poeta que veio com tudo e
esteve prosa! Incansável, Francisco, ou melhor, João Saramica Turrinha de Longe
(as várias facetas poéticas desse mineiro) alcançou a oitava colocação no I
Concurso de Poesia Autores S/A; neste ano, alcançou a segunda colocação no
Concurso de Poesia Língua’fiada (uma competição de formato semelhante à do
Autores) e agora, firme e forte, disputa a segunda edição desse concurso. Por
vezes demonstrou sinais de cansaço, também pudera; talvez isso o tenha
atrapalhado nessa maratona poética. Por tudo isso e muito mais, Francisco
Ferreira desponta como um dos grandes poetas desse país.
THIAGO
LUZ (JEAN JACQUES)
“O poeta guerreiro: Thiago Luz. Sua poesia aguerrida
e, por vezes, belicosa (e não menos doce) envolve o poeta com uma aura de
guerreiro a la Castro Alves e seus protestos bem sedimentados. Talvez tenha
sido justamente esta aura que, nesta edição, não tenha sido tão bem-quista
pelos olhares críticos. Nota-se que houve maior adesão aos formatos mais
ousados, às estruturas (de)formadas – o traço de presentificação tão latente na
poesia contemporânea, nesta edição do concurso. Thiago Luz é um perfeito romântico
(no sentido original do termo) contemporâneo”.
HERNANY
TAFURI (NONADA F.C.)
Nonada F.C., o poeta dos 45 do segundo tempo. E nada
melhor do que atribuir esta definição futebolística para o poeta que mais ama
este esporte no II Concurso de Poesia Autores S/A (haja vista, a priori, o seu pseudônimo). Hernany
Tafuri também participou da primeira edição desse concurso e conquistou, com
méritos, a quarta colocação. No início desta edição, Hernany vinha sendo um dos
destaques entre os jurados. Foi chamado às Finais devido à desistência de um
dos poetas que, coincidentemente, é de Juiz de Fora assim como ele. Tendo
entrado de sopetão nesta disputa, Hernany pareceu deslocado, não tendo
alcançado o metade do êxito que conquistou no ano passado. Na última etapa,
porém, brindou a todos com dois belíssimos poemas, deixando um questionamento:
por que não foi assim desde o começo?... No mais, digo ao poeta: sua
perseverança e o seu respeito pelo certame foram exemplares, não obstante a
posição ocupada, às críticas, aos “sem comentários” tão dolorosos... Parabéns,
Nonada.
MARCO
ANTÔNIO TOZZATO (PER-VERSO)
“Sim, Marco, você pode se levar a sério como poeta.
Este, conforme você mesmo havia declarado, era o seu maior desafio. Cumpriu seu
papel com muita competência, aflorando sua faceta poética com ousadia,
destemor. Seu eu-lírico certamente foi o mais perverso do certame, fazendo jus
ao seu pseudônimo Per-Verso. Quem não se lembra do primeiro poema da
pré-seleção, o “Per-Versa”? E como se esquecer do momento de maior ousadia,
talvez, desta edição: o haicai “Orvalho”, cuja avaliação foi feita por um
conservador haicaísta. Penso que este concurso tenha lhe servido de estímulo
incomparável para que prossigas nesta trilha poética, a qual nunca havia sido
tão explorada por você como durante esses três meses e meio de competição. Pode
bater no peito com orgulho e se considerar um dos poetas que melhor aborda
sobre o (cu)nho – trocadilho inevitável - erótico no Brasil”.
HENRIQUE
CÉSAR CABRAL (GASPAR)
O poeta mais experiente (em idade) da competição,
soube o tempo todo como conduzir sua escrita. Parecia não se importar com os
infortúnios dos primeiros resultados das finais; parecia saber que ainda daria
a volta por cima na competição: e deu. Deu a volta por cima no momento certo e
agora, em segundo lugar, disputa com muito mérito este título. Possui um estilo
marcante, de metáforas imbatíveis nesta edição (quanta imaginação!). Escreveu
um dos poemas mais bonitos da competição “Aulas Mortas”. Sempre bem-humorado in off, Henrique foi o poeta que mais correu
por fora nesta competição, conquistando a cada etapa os corações (e as cabeças)
dos jurados”.
ENTREVISTA COM OS POETAS FINALISTAS
DO II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A
Abaixo, uma entrevista imperdível com esses
12 poetas que fizeram história no blog Autores S/A. Boa leitura!
1-
QUAL FOI O JURADO OFICIALQUE, NA OPINIÃO DE VOCÊS, MAIS ACRESCEU E ENRIQUECEU A
COMPETIÇÃO COM SEUS COMENTÁROS DURANTE O CERTAME? E POR QUE?
Ana
Beatriz Manier (Barolo): Achei todos os comentários pertinentes,
mesmo quando opostos - o que foi êxito para um foi falha para outro. Isso,
longe de vangloriar ou ofender, faz ver como a crítica, embora pautada em
alguns preceitos básicos do que é literatura, tem muito a ver com a
subjetividade do leitor. Elogios especiais a Paulo Fodra pela gentileza de seus
comentários. Mesmo quando algum poema não lhe agradava, comentava-o com
delicadeza, sem se esquecer de que do outro lado da tela há gente de carne e
osso.
Flávio
Machado (Dersu Uzala): Fácil a resposta, Afonso
Henriques, pelos comentários sempre direto, e até pela correção da grafia de
algumas palavras; discordei apenas do comentário ao poema sobre imagem de
mulher nua.
Francisco
Ferreira (João Saramica): Paulo Fodra. Pela sua coerência.
Cinthia
Kriemler (Lune): Paulo Fodra. Apontou erros, acertos,
mostrou incongruências e tudo isso sem interferir no estilo pessoal de cada
autor (nem mostrar suas preferências). Para mim, estas são as qualidades de um
bom jurado.
Geovani
Doratiotto (G.D): Paulo Fodra, apesar de ser um jurado
objetivo, não se perdeu nas análises de critério estritamente formais.
Hernany
Tafuri (Nonada F.C.): Paulo Fodra sempre fez críticas
construtivas, apontando os pontos fortes e fracos dos poemas.
Marco
Antônio Tozzato (Per-Verso): Todos os jurados me
deram toques incríveis, que vou utilizar enquanto fizer poesias. Foi difícil
escolher um. Mas vou destacar o Paulo Fodra por um comentário específico na
fase “Fatos do Ano do Nascimento”. Ele elogiou bastante o meu poema na primeira
parte da avaliação, mas foi a observação da segunda parte que me ajudou mais.
Ele mostrou que apesar das qualidades excelentes que um poema pode ter, é
preciso estar atento ao todo: ritmo, conteúdo, forma; enfim é preciso evitar deslumbramentos
e manter-se crítico até que consideremos o poema realmente pronto.
Henrique
César Cabral (Gaspar): Acho que o jurado Paulo Fodra foi
mais atencioso com os poetas. Sempre com orientações simples, sem ar
professoral, mais didático, suas opiniões, no meu caso pelo menos, sempre foram
pertinentes.
Letícia
Simões (Alice Lobo): Sem querer ser injusta aos demais
jurados, mas as análises de Afonso Henriques Neto foram muito enriquecedoras
para mim. Ele é objetivo, sintético e conciso, tendo-me ajudado muito a
direcionar a escrita do poema dentro dos temas propostos no concurso. (Porque é
um desafio e TANTO escrever baseado em uma temática específica e não a bel
prazer...).
Thiago
Luz (Jean Jacques): Paulo Fodra. Tanto as críticas
positivas quanto as negativas foram bem instrutivas. Gostei muito do Afonso também.
Ana
Lúcia Pires (Anna Lisboa): Paulo Fodra me fez compreender que
nem sempre minhas estrofes em diferentes vozes agradam. Confesso que quando
resolvi mudar, o fiz contra minha vontade, mas agora gosto do resultado. Não
será uma mudança perpétua, claro, mas gostei de trabalhar com esse desafio em
cima do desafio. Ele teimou, teimou (risos) e venceu.
Wender
Montenegro (Manoel Helder): Paulo Fodra foi quem, a meu ver,
mais cumpriu suas funções. Além de bastante coerente em suas análises, o que só
contribui com a qualidade do Concurso Autores S/A, o crítico se mostrou
realmente preocupado com o crescimento dos poetas deste certame. Parabéns,
Paulo!
2-
QUAL FOI O JURADO CONVIDADO QUE MAIS IMPRESSIONOU (POSITIVAMENTE) COM SUA
PARTICIPAÇÃO? E POR QUE?
Ana
Beatriz Manier (Barolo): Gostei muito de Flavia Rocha,
sintonizou-se muito bem com o que tentei passar no poema “Shame” e encontrou
certa insegurança exatamente no ponto em que me senti insegura.
Flávio
Machado (Dersu Uzala): Antônio Carlos Sechhin, pela mesma
razão do jurado Afonso Henriques: pelos comentários diretos.
Francisco
Ferreira (João Saramica): Nenhum me impressionou
positivamente, negativamente sim.
Cinthia
Kriemler (Lune): Alfredo Fressia. Apontou possibilidades
além-texto para os participantes.
Geovani
Doratiotto (G.D): A Thelma Guedes. Realmente me
impressionou o olhar crítico sem desmerecimento das poesias.
Hernany
Tafuri (Nonada F.C.): Francis Ivanovich: pois avaliou meu
poema sobre cinema com um "Sem comentários". Deve ser muito bom de
pena!
Marco
Antônio Tozzato (Per-Verso): Eu destacaria a Thelma
Guedes. Ela me chamou atenção para algo que parece óbvio: a entrega emocional
do poeta em sua obra: “Mas não me tocou com profundidade; ele me interessou
mais pela harmonia e engenhosidade. Mas um poema tem que ser mais do que isso
para tocar o coração do leitor. Faltou um pouco mais de entrega do autor”. Como
ela disse, eu estive sempre muito mais com o aspecto formal do poema, em
agradar. A fase mais difícil, colocar a emoção, eu não estava ainda muito
preocupado. Depois desse comentário comecei a tentar essa entrega e vi como é
difícil!
Henrique
César Cabral (Gaspar): Gostei do jurado convidado Nonato
Gurgel, comentando os poemas sobre mitologia. Foi correto, elogioso e me deu
bom impulso, em sua análise.
Letícia
Simões (Alice Lobo): Tiveram muitos! O Nonato, na fase do
poema mitológico, escreveu coisas belíssimas e indicou alguns caminhos para a
minha escrita que eu não tinha conseguido enxergar até então. A Thelma Guedes,
nessa última fase, sobre cinema, me levou às lágrimas (literalmente, sério).
Foi muito carinhosa a leitura dela e surpreendente, inclusive. Na fase do
Doisneau, o fato do Victor Paes ter escolhido o meu poema como o de maior
destaque me impressionou (eu detestei esse poema e desde que mandei para vocês
sequer reli), e me provocou um cuidado e um pensamento maior sobre a estrutura
da poesia.
Thiago
Luz (Jean Jacques): Foram tantos que me perdi... (risos) Poderia
citar dois que marcaram negativamente! Melhor deixar pra lá. Essa resposta eu
fico devendo.
Ana
Lúcia Pires (Anna Lisboa): Marcelo Asth foi um poeta em seus
comentários. O vi nitidamente escrevendo cada uma das poesias que julgou.
Wender
Montenegro (Manoel Helder): Neste ponto fico
perdido entre as vastas explanações de Henry Alfred Bugalho e o estilo sucinto,
mas bastante pragmático, de Claudio Willer; ambos igualmente necessários. Não
me façam optar (risos).
3-
APÓS TODAS ESSAS ETAPAS, QUAL POETA (ALÉM DE VOCÊS MESMOS, CLARO) MERECIA
REALMENTE O TÍTULO DE CAMPEÃO DO II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A E POR QUÊ?
Ana
Beatriz Manier (Barolo): Votaria em um poeta que escreve de
forma similar à minha, Flávio Machado. Gosto de poemas curtos e sem
malabarismos linguísticos. As palavras já são fortes demais por si só. Prefiro
intensidade na simplicidade.
Flávio
Machado (Dersu Uzala): Eu torci muito por Barolo, por uma
dessas coincidências acabamos criando uma parceria, e pela qualidade da poesia.
Francisco
Ferreira (João Saramica): Embora eu torça pela Lune,
qualquer um dos seis primeiros merece vencer, pois ESTÃO num "momento
poético" melhor do que os demais. Haja vista a diferença de pontuação
entre os dois grupos.
Cinthia
Kriemler (Lune): Anna Lisboa. Como alguém já disse, ela
passeou feliz pelo concurso, sem qualquer rmostra de insegurança ou desacerto
em relação ao estilo que tem/mantém (e manteve). Tem uma cultura fantástica e
domínio das “brincadeiras” que constrói com as palavras.
Geovani
Doratiotto (G.D): A Anna Lisboa, porque ela é concreta.
Hernany
Tafuri (Nonada F.C.): Apontar apenas um seria covardia
com os outros. Todos enviaram textos muito bem escritos ao longo do Concurso.
Marco
Antônio Tozzato (Per-Verso): Acho que a Lune
mereceria ganhar essa competição poética, por ter passado pelo crivo de
opiniões de jurados com gostos e formações tão diversas e ainda assim manter-se
em posição de destaque. E, é claro, pela beleza de seus poemas.
Henrique
César Cabral (Gaspar): Aprecio muito os poemas do Manoel
Helder. Talvez seja impressão minha, mas parece haver semelhança entre nossas
poesias. Apesar de sua apresentação se diferenciar muito da minha – na
disposição dos versos, no corte e, no seu caso, com o grande diferencial das
citações. Me surpreende também por ser muito jovem e com boa cultura e opiniões
bem maduras.
Letícia
Simões (Alice Lobo): TODOS! Atravessar todas essas etapas,
com os temas mais díspares possíveis (de mitos a fotografia, de cinema a Nelson
Rodrigues; ok, não tão díspares assim, mas muito próprios e carregados de
significados) e criar tantos poemas belíssimos como os que eu tenho lido é
algo. Assim: algo de muito.
Thiago
Luz (Jean Jacques): Gostei muito do Manoel Helder, da Anna
Lisboa e do G.D. Enfim, acho que qualquer um dos doze poderia ganhar, mas esses
três se tornaram os meus favoritos ao longo das etapas.
Ana
Lúcia Pires (Anna Lisboa): Não há aqui poeta menos merecedor,
entretanto, Lune e G.D me surpreenderam sempre. Fora isso, cada um deles tem
algo meu (sinto assim). De vez em quando gostava mais de Lune, de vez em quando
de G.D. Gente, digo que os dois merecem, pronto. Empate.
Wender
Montenegro (Manoel Helder): Todos os amigos poetas estão de
parabéns pelo alto nível de poesia que demonstraram ao longo do concurso!
Poesia sempre! E tendo mesmo que apontar um merecedor do prêmio, Anna Lisboa é
minha favorita, seguidos de G.D, Lune, Alice Lobo e Gaspar (todos igualmente
dignos de minha mais sincera admiração!). Na minha opinião, o destaque dado a
Anna Lisboa se deve ao fato de que sua verve (palavrinha em desuso - risos) é
fluente e constante, o que caracteriza por si só os poetas das alturas...
4-
EM QUAL ETAPA DO CONCURSO VOCÊS TIVERAM MAIS DIFICULDADE NA ELABORAÇÃO DOS
POEMAS E POR QUÊ?
Ana
Beatriz Manier (Barolo): Tive mais dificuldade nas etapas em
que foi preciso trabalhar com imagens. Como se já não bastasse o tema, tivemos
que ficar presos à imagem também. Para mim, isso exerceu pressão e eu não
funciono sob pressão.
Flávio
Machado (Dersu Uzala): Foram duas etapas, a última, por
conta do poema sobre o conto, “A dama do lotação”, e na fase do poema sobre
Mitologia, pela distância que tenho desse tema, não vejo nada mitológico na
mitologia, e tentei fazer uma abordagem diferente, acabei sendo mal
interpretado, e na última colocação da rodada.
Francisco
Ferreira (João Saramica): Todas as etapas foram difíceis,
mais pelo momento do que por qualquer outro motivo. Mas, em especial, a dos
haicais que é uma técnica que não domino.
Cinthia
Kriemler (Lune): Na etapa imagética. Sou péssima em
imagens e associar alguma coisa à fotografia de Doisneau foi, pra mim, o mais
difícil.
Geovani
Doratiotto (G.D): A da homenagem a Clarice. Apesar de ter
lido Clarice, a linguagem poética jamais sintetizará uma pessoa e suas
experiências, ainda mais se essa pessoa vive (viveu) tão subjetivamente quanto
ela.
Hernany
Tafuri (Nonada F.C.): A fase do “Nu feminino” foi
complicada, pois a linha entre o bom e o mau gosto é tênue.
Marco
Antônio Tozzato (Per-Verso): A minha maior
dificuldade foi com o poema sobre Cecília Meireles, pois julgava não conhecer
suficientemente bem a obra da escritora, mas, por incrível que pareça, esse foi
um dos meus melhores resultados.
Henrique
César Cabral (Gaspar): Minha maior dificuldade foi no
poema-homenagem, no meu caso, a Cecília Meireles. Não pude trabalhar muito o
poema – foi uma semana problemática. E parti, talvez, de uma premissa que se
revelou equivocada: a de mostrar minha oposição à Cecília (pode uma coisa
dessas?). Reconheço que fui muito pretensioso além do fato de ser uma poesia
muito ruim.
Letícia
Simões (Alice Lobo): Na etapa do Robert Doisneau e na etapa
sobre o nu feminino. É muito difícil, para mim, criar em cima de uma imagem
pré-estabelecida, pois exige um esforço duplo: primeiro, desconstruir a imagem
para conseguir enxergar todos os possíveis saltos e, depois, tecer linhas com
outros/novos sentidos a partir daqueles saltos. Olhar a imagem e pensar: o que
ela pode me dizer? O que ela poderia me dizer? O que ela não poderia me dizer?
O que eu quero que ela me diga? O que eu quero que ela diga para as outras
pessoas?
E o pior: fazer
todo esse exercício em uma semana!
Thiago
Luz (Jean Jacques): Nas etapas da "nudez
feminina", do "ano de nascimento" e da "foto do
menino" na sala de aula eu não rendi o que poderia porque me faltou tempo.
Na nudez, demorei a conseguir a foto e, como queria a escrever sobre a imagem,
restou pouco tempo. Não pude amadurecer a ideia, colocar o poema no forno e
deixar o tempo adequado pro fermento fazer efeito. No ano de nascimento, fiz o
poema no domingo porque foi uma semana muito corrida, ou seja, joguei pra
cumprir tabela. E na foto do menino, fiz com calma, mas quando mostrei a poesia
pra minha esposa no domingo antes de enviar, ela disse: "Lindo, mas não
tem muito a ver com a foto". Fiz um poema novo em meia hora e enviei para
não perder o prazo. Enfim, mas não foi nada que me levaria à disputa pela
liderança. Acho justa a minha colocação.
Ana
Lúcia Pires (Anna Lisboa): O fim do mundo. Nunca havia feito
uma coisa tão nova e diferente diante de meu estilo, mas resolvi arriscar e
construir um diário narrando os últimos minutos de vida um poeta. A dificuldade
estava em valer a classificação, mas aos trancos e barrancos, aqui estou.
Wender
Montenegro (Manoel Helder): Na temática da
fotografia de Doisneau senti um pouco de dificuldade, talvez pelo inusitado
(pelo menos a mim) de ter que poetizar sobre imagem pré-estabelecida (isso foi
muito novo realmente e fugiu às minhas práticas de criação).
5
– CAROS POETAS: O QUE MAIS SURPREENDEU A VOCÊS NESTE CONCURSO, POSITIVAMENTE? E
QUAL PONTO NEGATIVO VOCÊS DESTACARIAM DESTE CONCURSO, SUGERINDO UMA MUDANÇA
PARA A EDIÇÃO POSTERIOR?
Ana
Beatriz Manier (Barolo): Achei muito boa a oportunidade de
ler o julgamento dos poemas. É sempre bom saber como somos lidos, porém, achei
o concurso longo demais, o que o tornou um pouco cansativo. Seria esta a minha
única sugestão: reduzir o número de etapas. Quanto ao restante, Lohan, você
está de parabéns. Pela seriedade e pela leveza do evento e pelas palavras de
incentivo e carinho dedicadas a todos nós. Um beijo e um queijo. :)
Flávio
Machado (Dersu Uzala): As perguntas surpresas são os
pontos positivos, e achei o concurso longo. Precisa ter fôlego e
disponibilidade, eu não tive muita disponibilidade. Os temas poderiam ser
múltiplos, ou incluir uma brincadeira, onde cada poeta indica um tema para o
outro poeta, e a questão dos pseudônimos, bom, cismei que houve juízos
previamente estabelecidos. Será que meus poemas são tão ruins que as notas não
mereçam ultrapassar o 9,6 ? No resto, valeu pela experiência.
Francisco
Ferreira (João Saramica): Positivamente: o número de
participantes e o nível dos onze concorrentes. Negativamente: o sistema de
pontuação. Creio ser muito mais eficaz o sistema de 0 a 10, sem decimais.
Cinthia
Kriemler (Lune): Positivamente: Quase tudo, dos temas à
condução (brilhante) por parte da organização. Eu não mudaria praticamente
nada. Negativo: o voto do público que nunca se sabe se foi por mérito, por
amizade, ou por revolta (contra alguém). Se o concurso é de Poesia, o mérito
tem que residir no talento ou não.
Gostei do voto dos jurados e do ponto-presente, porque são dados de
autor para autor pelo mérito, mas o do público, sinceramente, não.
Geovani
Doratiotto (G.D): O próprio concurso é uma surpresa. Ele é
longo demais, a produção artística requer muito mais tempo, às vezes o poema
surge em 30 minutos, outras nem em meses, relativamente a cada temática.
Hernany
Tafuri (Nonada F.C.): Positivamente, algumas dicas dos
jurados, a dinâmica da disputa, a qualidade dos poetas, a atenção e paciência
dos organizadores. Como sugestão, acho que o anonimato poderia ser utilizado
novamente.
Marco
Antônio Tozzato (Per-Verso): O que mais me surpreendeu
foram os temas. Todos sempre foram muito inspiradores e pertinentes. Gostei
muito do cuidado na fase do cinema, em que vocês produziram um “filme” para
cada poema. Aceito críticas, não reclamo nem do “zero” que levei. Mas alguns
jurados foram desnecessariamente irônicos nos seus comentários. Acho a ironia
uma grande falta de respeito.
Henrique
César Cabral (Gaspar): O ponto positivo é a avaliação
crítica sobre os trabalhos. Outro, que não posso deixar de ressaltar é a
surpreendente organização do concurso. Lohan, se você se dedicasse a ganhar
dinheiro estaria rico há essa hora. Ainda bem que você escolheu outro tipo de
enriquecimento, para nossa sorte. Negativo?
Não sei. Talvez meu comportamento refratário a Facebooks da vida, tenha me
impedido de me integrar mais com os outros participantes. Em resumo, o pior fui
eu mesmo. (não vou dar a sugestão de me jogar pra fora, não mesmo).
Letícia
Simões (Alice Lobo): Conhecer as pessoas, ler inéditos
poemas absolutamente diferentes entre si. A poesia da Anna Lisboa e da Lune
tomam rumos estruturais quase opostos, mas - sei lá por quê - vejo na apreensão
do mundo, no sentimento embutido na poética das duas, uma amizade muito grande.
A poética de G.D ganhou meu coração. Fico roendo as unhas esperando o próximo
poema dele. E adoro, adoro, adoro ler Wender Montenegro. Quando surge um poema
novo dele no Facebook, o dia ganha rasgos de amarelo.
Thiago
Luz (Jean Jacques): Gostei muito da etapa do ano de
nascimento e do cinema. Foram as mais legais, sem dúvida. Ponto negativo: não
gosto da votação e dos pontos-presentes. É algo a se pensar. Com relação a
possíveis melhorias: com relação às poesias coletivas, as estrofes que fizemos
poderiam ser avaliadas também. E poderiam ter pontos extras em cada etapa para
o melhor verso, melhor título, etc.
Ana
Lúcia Pires (Anna Lisboa): Nossa, o Autores S/A promove não
apenas a poesia, mas a busca pela poesia e isso é impagável! Se formos escrever
sobre a criatividade e talento poético de seus organizadores, esta resposta
ficaria interminável. Este blog é uma luz no fim de mim, no fim de cada poeta,
no fim do público, no fim da poesia. Que dure para sempre. Vi algumas notas sem
explicação mais aprofundada e tomo isso como único ponto negativo.
Wender
Montenegro (Manoel Helder): O concurso Autores S/A esteve
cheio de agradáveis surpresas! Cito aqui a variação das linguagens das
temáticas, o que exigiu dos poetas uma larga abrangência de olhares. A presença
de competentíssimos jurados e a alternância deles, e a necessidade de chazinho
de capim santo nas noites de quinta (né, Anna Lisboa?!) (risos). Destaco ainda
a excelência na organização do concurso (meus parabéns, Lohan!). Apesar de ter
achado estranho, a princípio, o ‘derramamento’ de pontos-presentes disponíveis
a partir da penúltima rodada do concurso, acho que isso também contribui para a
surpresa do resultado final. Meu conselho é para que esses pontos sejam definidos
logo no início do certame. No mais, só agradecer pela experiência que o Autores
S/A nos proporcionou!
AVISO IMPORTANTE:
Em
caso de empate no total do Ranking Oficial, o
desempate será feito como sempre foi durante o concurso: valerá o resultado
final da última etapa, ou seja: quem ficou à frente na etapa “Cinema” terá
vantagem em caso de empate no Ranking Oficial.
PONTO BÔNUS:
O
vencedor do PONTO BÔNUS do leitor foi o poeta: WENDER MONTENEGRO (MANOEL
HELDER). Parabéns, poeta! Você conquistou 1 ponto!
PONTO-PRESENTE
Os poetas também votam entre si. Vejam!
De:
Francisco Ferreira (João Saramica):
“A Dama do Lotação” e
“Despedida”: Cinthia
Kriemler (Lune).
Justificativa: Ambos os meus pontos vão para Lune porque, depois de
mim, torço por ela.
De:
Thiago Luz (Jean Jacques):
A Dama do Lotação:
Ana Lúcia Pires (Anna Lisboa).
Justificativa:
Gostei da construção do poema e das imagens utilizadas.
Despedida:
Wender Montenegro (Manoel Helder).
Justificativa:
Talvez seja este um dos melhores poemas do concurso.
De:
Ana Beatriz Manier (Barolo):
A Dama do Lotação: Cinthia
Kriemler (Lune)
Justificativa:
Poema belo e simples, como o título, rápido e certeiro com relação ao tema.
Despedida: Flávio
Machado (Dersu Uzala)
Justificativa:
Poema sentido, com imagens fortes e também certeiras.
De:
Flávio Machado (Dersu Uzala):
A
Dama do Lotação e Despedida: Ana Beatriz Manier
(Barolo)
Justificativa:
Ambos
os meus pontos vão para Barolo porque foi a poeta que mais me identifiquei no
concurso todo.
De:
Hernany Tafuri (Nonada F.C.):
A
Dama do Lotação: Ana Beatriz Manier (Barolo)
Justificativa:
A Dama é isso que o poema diz!
Despedida:
Geovani Doratiotto (G.D)
Justificativa:
Muito bom. Até!
De:
Marco Antônio Tozzato (Per-Verso):
A
Dama do Lotação: Thiago Luz (Jean Jacques)
Justificativa:
Achei que estava mais dentro do tema, a história foi passada com beleza e
simplicidade.
Despedida:
Letícia Simões (Alice Lobo)
Justificativa:
Ela
conseguiu construir belas imagens baseadas na sensação do adeus, da despedida.
De:
Wender Montenegro (Manoel Helder):
A
Dama do lotação: Francisco Ferreira (João Saramica)
Justificativa:
O
poeta estruturou seu poema com base na temporalidade que caracteriza os contos,
sem abrir mão, no entanto, dos elementos essenciais à poesia (e que me são
caros), a saber, a precisão e a concisão da linguagem, o ritmo interno, o
lirismo e esse “Está morto!” como valioso arremate. Parabéns, Saramica!
Despedida:
Geovani Doratiotto (G.D)
Justificativa:
Por toda a beleza contida no modo particular de expressar sua verdade! Mais que
justa a homenagem ao poeta que é todo coração! Parabéns, G.D.!
De:
Geovani Doratiotto (G.D):
Dama
do Lotação: Wender Montenegro (Manoel Helder)
Justificativa:
Pelo poema-paralelepípedo.
Despedida:
Ana Lúcia Pires (Anna Lisboa)
Justificativa:
Por
ela ser o Tijolo do muro.
De
Letícia Simões (Alice Lobo):
Dama
do Lotação: Flávio Machado (Dersu Uzala)
Justificativa:
Lindíssimo!
Despedida:
Wender Montenegro (Manoel Helder)
Justificativa:
Fiquei com inveja, queria ter escrito esses versos!
De:
Ana Lúcia Pires (Anna Lisboa):
A
Dama do Lotação: Cinthia Kriemler (Lune)
Justificativa:
Maravilha chamada "Simples". Simples??? Quase tive um treco (risos).
Como pode escrever assim??? Humm??!!! Boa sorte, querida do sky!!!
Despedida:
Geovani Doratiotto (G.D)
Justificativa:
Um ponto para G.D e seu parto. "Me sinto demasiado pessoa, destarte isto,
sou exímio
ouvinte de flauta "- p-o-e-t-a . Boa sorte, G.D!!!
De:
Henrique César Cabral (Gaspar):
A
Dama do Lotação: Ana Lúcia Pires (Anna Lisboa)
Justificativa:
É uma poeta que me surpreende a cada rodada (pena que é a última – até onde
isso iria dar?). O verso: “Que sou tua esposa e de qualquer marido” é de uma
crueza que me espanta ainda agora, e foi o motivo por votar nessa poeta que
sabe muito bem o que (e como) faz(er).
Parabéns Anna, você foi do mais alto nível todo o tempo.
Despedida:
Geovani
Doratiotto (G.D)
Justificativa:
Os poemas da temática Despedida, para mim, foram os melhores até agora.
Superando o da fase da Mitologia (será que realmente ultrapassamos essa fase?),
que para mim tinha sido o ápice de todo o Concurso. Eu até sentia certo alívio
por não ter sido obrigatória a votação naquele. Para votar nesse, sinceramente,
tive que garimpar detalhes, e aceitar a menos confiável das autoridades: o
gostei mais. E gostei muito do poeta G.D. - Geovani Doratiotto. Acho que fez um
belo trabalho nO Parto de Maiakovski (desculpe o trocadilho, é imperdoável).
Sempre me pareceu que apesar do caótico aparente, esse poeta não dá um passo em
falso. Ele brilha.
De:
Cinthia Kriemler (Lune):
A Dama do Lotação:
Geovani Doratiotto (G.D)
Justificativa:
Pela genialidade desse texto, “A Palavra no Lotação”, que brincou com a
gramática, com a sintaxe, com toda a língua e ainda cumpriu com leveza, (fino)
humor, simplicidade e inteligência o tema desta final.
Despedida:
Francisco Ferreira (João Saramica)
Justificativa:
Pelo
que colocou de beleza e emoção nesse texto lindo e melancólico que, tenho
certeza, foi escrito com a alma na ponta dos dedos. E pela saudade que me
emprestou de um lugar de laranjeiras para o qual a gente sempre quer voltar (eu
quero).
PREMIAÇÃO-EXTRA DO II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A
Serão apresentados, a seguir, os indicados nas categorias: “Melhor Poema”, “Melhor Título”, “Melhor
Intertextualidade”, “Melhor Criatividade”, “Melhor Estrofe”, “Melhor Verso” e
“Melhor Arremate Final” do II Concurso de Poesia Autores S/A. Vale lembrar
que foram indicadas somente as obras pertencentes aos 12 finalistas do
concurso, partindo da 1º etapa das finais: “O Fim do Mundo”. A não ser na
categoria “Melhor Poema”, na qual foram 12 (doze) poemas indicados, todas as
demais categorias tiveram 8 (oito) indicações cada.
As indicações foram feitas de acordo com as opiniões dos jurados e
dos organizadores do certame. A decisão ficará por conta dos mesmos, após um
consenso geral. Na sexta-feira, serão divulgados os vencedores em cada uma das
categorias. Cada um dos poetas vencedores levará um livro como premiação. Além
disso, os poemas vencedores em cada categoria já estarão garantidos na
antologia do concurso.
Parabéns, poetas!
Eis os indicados:
Melhor Poema:
1º indicação:
“Aulas Mortas”
(Gaspar)
2º indicação:
“Terra Virtual”
(João Saramica)
3º indicação:
“Tinta”
(Barolo)
4º indicação:
“Metapoema de asa e voo”
(Manoel Helder)
5º indicação:
“ulisses,”
(Alice Lobo)
6º indicação:
“Nem todo napalm será
perdoado
– tributo a nudez não
consentida de Kim Puhc -”
(Lune)
7º indicação:
“Da Nudez Oferenda ou O
sal dos segredos”
(Manoel Helder)
8º indicação:
“sonhos de Kurosawa”
(Dersu Uzala)
9º indicação:
“Poema-Dividido”
(G.D)
10º indicação:
“Yesterday (há de ser
outro dia)”
(Anna Lisboa)
11º indicação:
“A Palavra no Lotação”
(G.D)
12º indicação:
“como o oceano inteiro
a navegar”
(Alice Lobo)
Melhor Título:
1º indicação:
“Viúvo é quem morre,
traído é quem ama”
(Anna Lisboa)
2º indicação:
“Yesterday (há de ser
outro dia)”
(Anna Lisboa)
3º indicação:
“Nem todo napalm será
perdoado
– tributo a nudez não
consentida de Kim Puhc –“
(Lune)
4º indicação:
“Silêncio de claquete:
Parte Saraceni”
(Manoel Helder)
5º indicação:
“(In)vadia”
(G.D)
6º indicação:
“ulisses,”
(Alice Lobo)
7º indicação:
“Baco, now!”
(Per-Verso)
8º indicação:
“Clarice: feminino
adjetivo”
(Jean Jacques)
Melhor Intertextualidade:
1º indicação:
“Um lugar que se chama eu”
(Lune)
2º indicação:
“Tinta”
(Barolo)
3º indicação:
“sonhos de Kurosawa”
(Dersu Uzala)
4º indicação:
“Cantata a duo para Cecília e
pássaro”
(Manoel Helder)
5º indicação:
“No olhar”
(Nonada F.C.)
6º indicação:
“Parto”
(G.D)
7º indicação:
“Em vão”
(Barolo)
8º indicação:
“Reacionários de todo o
mundo, Uni-Vos!”
(João Saramica)
Melhor Criatividade:
1º indicação:
“A Dama e o Vaga-lume”
(Anna Lisboa)
2º indicação:
“ulisses,”
(Alice Lobo)
3º indicação:
“Genesis”
(Anna Lisboa)
4º indicação:
“Uma quase canção para Cecília”
(Per-Verso)
5º indicação:
“Poema do Lotação”
(G.D)
6º indicação:
“Frações e outras partes”
(Anna Lisboa)
7º indicação:
“Eu, Cabíria”
(Lune)
8º indicação:
“Mitologia íntima”
(Jean Jacques)
Melhor estrofe:
1º indicação:
“O oráculo de delfos
Atende em hora fixa na Av.
Paulista.
Hércules tem apenas
um oficio de oito horas”
(“Caverna-São Paulo”, de G.D)
2º indicação:
“o insuperável sabor do voo
num banco duro – o coração
esquece que é matéria
e sonha ...”
(“Aulas Mortas”, de Gaspar)
3º indicação:
“A sirene dita o fim do tempo,
escravo das onomatopeias,
o obturador clica
-click, click, clik”
(“Aluno Operário”, de G.D)
4º indicação:
“Delta ou estuário onde o sol se
refaz,
pássaro banhado
na concha dos seios,
colinas acesas
indicando o norte
para a nau dos homens”.
(“Da Nudez Oferenda ou O sal dos
segredos”, de Manoel Helder)
5º indicação:
“existe uma carne a ser coberta
e por ela cessem os melhores coitos
os maiores gozos
por ela dobrem os sinos
ensurdecendo as turbinas
que borrifam do céu o esperma de
napalm”
(“Nem todo napalm será perdoado –
tributo a nudez não consentida de Kim Puhc –“, Lune)
6º indicação:
“enquanto
impaciente assistia
à
vida que desabava
o
sonho violento trouxe a onda
-
o teu azul que sempre escapa”
(“estudo
de Cecília”, de Alice Lobo)
7º indicação:
“Uma flor enferrujada
sobre meu peito: a tenho
como desenho perpétuo”.
(“Céu de gesso”, Nonada F.C.)
8º indicação:
“or
gasmo or not to be
Eis a ques-tão linda: Kriska
Sem sobrenome, sem sobretudo
Sem sobressalto 15”
(“Frações e outras partes”, de Anna
Lisboa)
Melhor verso:
1º indicação:
“você na plateia sorri em rasgos de
amarelo”
(“carta a Buñuel”, de Alice Lobo)
2º indicação:
“Que sou tua esposa de
qualquer marido”.
(“Viúvo é quem morre,
traído é quem ama”, de Anna Lisboa)
3º indicação:
“Poema é candeia que
dilata sombras”
(“Metapoema com adeus e
voo”, de Manoel Helder)
4º indicação:
“havendo AInda 5 formas de
mordaça”.
(“Reacionários de todo mundo,
Uni-Vos!”, de João Saramica)
5º indicação:
“existe uma carne a ser coberta”
(“Nem todo napalm será perdoado –
tributo a nudez não consentida de Kim Puhc –“, de Lune)
6º indicação:
“dorme uma hidra à sombra dos
cabelos”.
(“Mítica Cartografia de um Corpo em
Naufrago”, de Manoel Helder)
7º indicação:
“O amor, Ulisses, é só um
estremecimento do azul”.
(“ulisses,”, de Alice Lobo)
8º indicação:
“vinho delirante de bagos
esquartejados”
(“O Coro do Caos”, de Anna Lisboa)
Melhor arremate final:
1º indicação:
“O ministério da televisão anuncia:
- Alimente-se de (François)
Truffaut ,
cuidado para não (EN) Godard”.
(Cinema novo, de novo, de novo, de
novo, etc., de G.D)
2º indicação:
"A T(r)aça do I(mundo) é
nossa!"
(“Yesterday (há de ser outro dia)”,
de Anna Lisboa)
3º indicação:
“O médico disse em tom de bravata:
Nem homem, nem mulher,
seu filho é Comunista”.
(“Poema-Dividido”, de G.D)
4º indicação:
“meus dedos desmancham o ontem
esperando a sua voz”.
esperando a sua voz”.
(“ulisses,”, de Alice Lobo)
5º indicação:
“O cartaz na manifestação
dizia:
Elas estão nuas
e cobertas de razão”.
(“(In)vadia”, de G.D)
6º indicação:
“Pequena
deusa, ínfimo de Deus,
Abismo
íntimo!”
(“Clarice:
feminino adjetivo”, de Jean Jacques)
7º indicação:
“em
mil novecentos e oitenta e oito
tudo
estava em seu lugar
(a
poesia encontrara a sua morada)”
(Alice
Lobo)
8º indicação:
“Tudo é tinta, meu bem,
o
rosado do rosto
o
vermelho da unha
o
branco do fio
o
breu”.
(“Tinta”,
de Barolo)
(OS
VENCEDORES EM CADA CATEGORIA SERÃO ANUNCIADOS A PARTIR DE AMANHÃ. SERÃO
ELIMINADOS, GRADUALMENTE, OS INDICADOS, ATÉ FICAR APENAS O VENCEDOR. AGUARDEM!)
ATENÇÃO:
EM
BREVE, LANÇAREMOS O PRIMEIRO RANKING E A PRIMEIRA PARCIAL DESTA FINAL. FIQUEM
LIGADOS, POIS A EMOÇÃO ESTÁ SÓ COMEÇANDO!
AUTORES
S/A
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