Minha terra já não tem palmeiras
Aqui já não canta o sabiá
Aves a voar, gorjear, nem pensar
Sem, o seu habitat
Pedem socorro acolá.
Nossa rua, pó e cimento
Nossas várzeas, sem flores
Nosso céu, sempre cinzento
Nossa vida, com temores.
Nossas várzeas, sem flores
Nosso céu, sempre cinzento
Nossa vida, com temores.
Vagando, sozinha, à noite
Prazeres não encontro eu cá
Minha terra já não tem palmeiras
Aqui já não canta o sabiá.
Prazeres não encontro eu cá
Minha terra já não tem palmeiras
Aqui já não canta o sabiá.
Minha terra ainda tem primores
Mas quase não os encontro cá
Rios, lagos, mares, flores
Palmeiras, jequitibás, quase não há.
Permita Deus que eu corra
Para salvar o quê ainda há
Que eu desfrute dos amores
Que eu encontrar por cá
Que eu aviste uma palmeira
Onde canta o sabiá.
4 comentários:
O sabiá está ficando difícil de achar, mas você estar aqui nos presenteando com seus textos, é bom demais. Bem vinda e parabéns.
Sensacional! Que releitura linda e atual de um dos maiores clássicos brasileiros... Parabéns em ALTO E BOM SOM!!!
Izimar, que bom que vc está no Autores!!!!!!!
Grande beijoca pra vc!!!!
Izimar, seja bem vinda também ao Autores S/A!
Grande releitura mesmo do poema de Dias, eu já tinha tido a oportunidade de lê-lo uma vez na aula. Ótima estréia!
Bjão, até o próximo sábado!
Postar um comentário