segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Danilo Caymmi em Friburgo, Fafá de Belém no Cazaquistão.
Dias atrás assisti ao show do Danilo Caymmi, que, até então, eu achava que era o Dori Caymmi (Filho. O pai já morreu, eu sei. Também não sou tão alienada assim...).
Danilo pisou no palco esbanjando alegria. Sua entrada sorridente já dizia ao que vinha. Poderia até não cantar bem, mas cantou, claro. Muito prazer.
Bonitão e com jeito boêmio, sua voz veludo-grave-melodiosa ecoou alto pelo teatro fazendo a platéia abrir sorrisos, suspirar, lembrar-se de algum momento que valia a pena ser lembrado.
Surpreendi-me por conhecer boa parte das músicas e também por não conhecer algumas.
Minha jangada já havia saído tantas vezes para o mar, e eu não tinha me dado conta de que era a família Caymmi que soprava a vela. A vida do negro continuava difícil como o quê, e eu não me lembrava de nenhum Danilo em minhas Andanças.
E os corações que guardo em mim? Nunca achei mesmo que tivesse um só... Pouquíssimos dias antes ouvira um cover de O Bem e o Mal (voz melodiosa também), mas não me ligara muito à letra... até que senti aquele cheiro de vendaval no teatro e, de repente, o deus, o santo e o louco saltaram para cima de mim. Que descaramento! Estava para gritar quando eles sussurraram em uníssono: “Fica fria. Nenhum problema ser assim.”
E o que a Fafá de Belém tem a ver com a história?
Nos intervalos entre as músicas, quando Danilo conversava com a platéia, disse várias vezes que a amiga estava no Cazaquistão (fazendo o quê, ele não disse -- foi preciso uma outra pessoa falar que ela cantou para uma plateia de 1500 pessoas no maior teatro de lá). Acho que ele queria apenas divulgar a estranhesa do lugar. Sendo assim, vou incrementar a divulgação : Danilo veio cantar em Friburgo, Fafá foi cantar no Cazaquistão.
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10 comentários:
Meu dia de postagem foi ontem,mas me perdi nas horas! Peço desculpa ao autor das segundas-feiras.Peço licença também.
Fafá foi ao Cazquistão
fazer um show no maior teatro da cidade 1500 lugares atendendo a um convite do embaixador Meyer como comemoraçãoda independência. Saiu uma foto da cantora vestida com roupa típica do lugar na coluna do Ancelmo Góis no O GLOBO.
Ricardo
Que bom saber! Musica brasileira chegando aos quatro cantos do mundo. Perdi essa, e olha que sou leitora de jornal!
O Caymmi podia ter divulgado direito...
Tô pegando o teu jeito de escrever... Brinca, mas fala!
Fala e escreve e brinca e fala.Show!
Assisti o Caymmi tb. Do jeito que ele falou achei que a Belém tinha ido fazer meditação transcendental...
Lu
Haha, meditação transcedental foi ótima...
Ana, adorei seu post, e continue expondo todas as suas múltiplas impressões desse múltiplo mundo de Deus, rs, através das suas belas palavras.
Bjs, Lohan.
Bia, já não vou lamentar tanto não ter ido ao show de Danilo Caymmi, sua crônica já me transportou pra lá...
Adoro seus textos, pra mim vc dá de 1000 000 x 0 na Luft e na Colassanti!
Bjocas, bisou, bisou!!!!
Ai, Ana, você me mata de alegria interna. Sua mica-leão dourada...Oh, yes, we have banana...CaymiS,água de coco, Fafá, farinha, algumas casas e nenhum "quistão". Talvez venha daí a estranheza.kkkkkk. I agree a hundred per cent with Thaty.
Menos, Tatiana, menos...
Muitas casas e nenhum quistão. Claro, Andréa!Seja lá o que isso queira dizer...
Aqui, nesta crônica, vc está de Bia. Texto brincalhão, porém irônico. Nova Friburgo nem é tãoooo estranho assim...
Ah, estranheza me causou a sua estranheSa. :))
Hahaha, Nova Friburgo não é tão estranho mesmo não, mas o Cazaquistão... fora a Fafá você conhece alguém que já tenha ido lá?
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