Eliminado.
Data de Nascimento:
03/06/1989
Cidade:
Riachão do Jacuípe, BA
Profissão:
Professor de Língua Portuguesa, Língua Espanhola e suas respectivas literaturasPartido Político:
Não possui.Gosto literário:
Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminksi, Rimbaud, Antônio Brasileiro, Júlio Cortázar, Mayrant Gallo, H. James, C. Offutt.
O que significa vencer este concurso?
Para J.J.Wright, a vitória neste concurso significaria a oportunidade de ver seu trabalho sendo valorizado e apreciado por um grupo interessante de leitores e críticos.
O que o tempo representa para J. J. Wright?
O tempo é a gadanha da morte.Em Tókio, um homem escreve um poema:
Fantasmas transitam na calçada da fama.
Todas as luzes se acendem em Paris.
O universo conspira contra os Vikings.
A mulher tem orgasmos múltiplos.
O disco voador pousa em Londres.
Três mariachis cantam em Florianópolis.
Crianças morrem no oriente médio.
O robô japonês salva a humanidade.
O presidente do Chile envia um SMS.
Duas mulheres se beijam em Chernobyl.
O vampiro ataca a mocinha indefesa.
Moisés divide o mar vermelho em dois.
Elvis canta Love me Tender no rádio AM.
O cowboy mata mil e oitocentos índios.
Romeiros escalam milhares de degraus.
Em Tókio, o poeta pára de escrever:
O mundo inteiro pára junto.
Poema nº 2 (Top 17 - O Velho e o Tempo): Na antecâmara do sonho
O Tempo,
Poema nº 2 (Top 17 - O Velho e o Tempo): Na antecâmara do sonho
O Tempo,
ah, o Tempo!
Uma sombra incrustada
de remorsos.
Nos ossos,
a ação das vozes.
Nos passos,
a imensidão do ócio.
O Velho perpassa espelhos.
As luzes se apagam,
restam os destroços.
Nos ossos,
a ação das vozes.
Nos passos,
a imensidão invisível.
O Velho e o Tempo:
o homem outro
e o instante nenhum.
(a memória e o medo:
imóveis)
Nos ossos,
a ação das vozes.
Nos rastros,
a imensidão do silêncio.
Poema nº 3 (Top 15 - Haicais): Satori
Poema nº 3 (Top 15 - Haicais): Satori
Na flor virginal,
um bando de rouxinóis
cochila tranquilo.
Poema nº 6 (Top 9 - Poema baseado em imagem): Errata
Poema nº 7 (Top 7 - Poema em homenagem ao autor favorito): Último ato
Poema nº 4 (Top 13 - Crítica Social): Imóbile
Tanto silêncio
e um homem a contemplar
os corpos.
Ah, tanto dinheiro
e uma menina mutilando
a noite.
Ah, tanto enigma
e uma cidade ensopada
de medo.
Tanto sigilo
e um rato a nos decifrar
no escuro.
Poema nº 5 (Top 11 - O Sertão): O Instante Despido
Viver de silêncios:
desvendar a caatinga destruída,
desbravar o curral vazio,
decifrar os esqueletos
na varanda.
Depois, morrer
contemplando o carro de bois
abandonado.
Poema nº 6 (Top 9 - Poema baseado em imagem): Errata
Onde se lê gelo,
leia-se:
soda cáustica.
Onde se lê práxis,
inutilidade; unisex coliseo,
contra-senso.
E onde se lê (o) paradoxo,
leia-se:
leia-se:
soda cáustica.
Onde se lê práxis,
inutilidade; unisex coliseo,
contra-senso.
E onde se lê (o) paradoxo,
leia-se:
o grande desastre.
Poema nº 7 (Top 7 - Poema em homenagem ao autor favorito): Último ato
“esperando pela morte
como um gato
que vai pular
na cama”
como um gato
que vai pular
na cama”
Charles Bukowski
rostos petrificados
no porta-retrato
uma mulher
chama meu nome
não respondo
uma garrafa de uísque
e este enorme nada
ocupando toda a casa
2 comentários:
Gostei do poema. Boa sorte!
Uma demonstração da boa poesia brasileira contemporânea. Será 1 dos finalistas, sem sombra de dúvidas.
Forte abraço
Postar um comentário