DURANTE
3 MESES E MEIO ESSES ROSTOS PERMANECERAM DESCONHECIDOS...
DURANTE
3 MESES E MEIO ESSES ROSTOS GANHARAM TRAÇOS POÉTICOS ATRAVÉS DAS LÁGRIMAS DE
EMOÇÃO QUE PERCORRERAM SEUS CONTORNOS; ATRAVÉS DAS COVAS DOS SORRISOS QUE
DESABROCHARAM QUANDO TUDO PARECIA INVERNO; ATRAVÉS DO FRANZIR PREOCUPADO E
ANSIOSO PELO PASSO SEGUINTE.
SUAS
POESIAS JÁ FORAM APRESENTADAS DURANTE 3 MESES E MEIO DE COMPETIÇÃO. HOJE,
APRESENTAMOS, COM MUITO PRAZER, AS 12 FACES POÉTICAS DO II CONCURSO DE POESIA
AUTORES S/A:
Ana Beatriz Manier (Barolo), 46 anos, Nova Friburgo/RJ.
Ana Lúcia Pires (Anna Lisboa), 42 anos, Vinhedo/SP.
Cinthia Kriemler (Lune), 55 anos, Brasília/DF.
Flávio Machado (Dersu Uzala), 53 anos, Cabo Frio/RJ.
Francisco Ferreira (João Saramica), 44 anos, Betim/MG.
Geovani Doratiotto (G.D), 23 anos, Atibaia/SP.
Henrique César Cabral (Gaspar), 59 anos, São Paulo/SP.
Hernany Tafuri (Nonada F.C.), 30 anos, Juiz de Fora/MG.
Letícia Simões (Alice Lobo), 24 anos, Rio de Janeiro/RJ.
Marco Antônio Tozzato (Per-Verso), 48 anos, Rio de Janeiro/RJ.
Thiago Luz (Jean Jacques), 29 anos, Rio de Janeiro/RJ.
Wender Montenegro (Manoel Helder), 31 anos, Trairi/CE.
QUAL DESSAS FACES SORRIRÁ A VITÓRIA DO
II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A?
SEJAM
BEM-VINDOS À ÚLTIMA ETAPA DO II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A:
“A
DAMA DO LOTAÇÃO”
E
“DESPEDIDA”
CHEGAMOS, ENFIM, AO NOSSO ÚLTIMO ATO...
O
Último Ato,
Por
Andréa Amaral
Ontem
a poeira foi retirada com um pano úmido.
Frascos de hidratante e perfume há muito esquecidos na penteadeira
chegaram ao seu segundo destino.
As contas foram pagas.
O endereço é velho.
A partida é nova.
E o trajeto é revelado
no suspiro de quem ainda não assimilou a separação...
A surpresa da despedida forçada
silencia os sons dos slides das lembranças embaralhadas,
do dia em que a última cortina foi colocada.
O marco do início de uma nova vida,
para um futuro que se agigantava diante de nós.
Agora só resta escolher os sapatos e o batom
para que a viagem não tenha cheiro de morte
ou lágrimas de tristeza.
Por isso a cor tem brilho,
rejeito o cipreste
e os sapatos são os mesmos
daquele baile de comemoração.
Por isso esvazio mais uma gaveta,
fecho mais uma porta,
desligo mais um interruptor
e retiro aquela cortina
para enxergar através da transparência
dos vidros da janela
que o último ato terminou.
Frascos de hidratante e perfume há muito esquecidos na penteadeira
chegaram ao seu segundo destino.
As contas foram pagas.
O endereço é velho.
A partida é nova.
E o trajeto é revelado
no suspiro de quem ainda não assimilou a separação...
A surpresa da despedida forçada
silencia os sons dos slides das lembranças embaralhadas,
do dia em que a última cortina foi colocada.
O marco do início de uma nova vida,
para um futuro que se agigantava diante de nós.
Agora só resta escolher os sapatos e o batom
para que a viagem não tenha cheiro de morte
ou lágrimas de tristeza.
Por isso a cor tem brilho,
rejeito o cipreste
e os sapatos são os mesmos
daquele baile de comemoração.
Por isso esvazio mais uma gaveta,
fecho mais uma porta,
desligo mais um interruptor
e retiro aquela cortina
para enxergar através da transparência
dos vidros da janela
que o último ato terminou.
(Andréa
Amaral é uma das fundadoras do blog Autores S/A. Após a leitura deste belo
poema, só temos a agradecer por essa participação mais que especial. Obrigado,
Andréa).
Convidamos alguns
poetas da 1º edição do Concurso de Poesia Autores S/A para participarem
especialmente com seus poemas nesta Grande Final. É uma honra recebê-los
novamente neste palco da poesia, num revival marcante. Então, saudemos aos queridos poetas do I
Concurso de Poesia Autores S/A!
REVIVAL I CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A
I
Um
poema de: Elias Antunes
De Brasília, esse poeta encantou a todos
no I Concurso de Poesia Autores S/A como “Paul Celan”. Sua saída precoce (na
segunda etapa das finais – ficou em 15º lugar) surpreendeu a muitos. Nesta
edição, Elias Antunes participou como Peter Pan e por pouco não se classificou
para as finais novamente.
Título:
O rosto na despedida
Não se rompe o silêncio
apenas com palavras
é preciso dizer as coisas,
dizer as pedras,
os tijolos e os muros;
é preciso dizer o lago,
o labirinto, o abrigo das mãos
e o rosto na despedida,
é preciso dizer
os escombros de um homem,
é preciso dizer o pássaro azul
e suas árvores incendiadas,
é preciso dizer as cigarras
domesticadas nos poemas;
é preciso dizer os quintais
no crepúsculo;
é preciso dizer a chuva
dentro do peito,
e os pequenos mamíferos
vivendo nos recônditos da casa:
é preciso dizer a casa e
a memória.
Um
poema de: Simone Prado
Simone Prado é autora s/a e, no ano
passado, chegou às finais do I Concurso de Poesia Autores S/A com o pseudônimo “Bernardo
Cabral”. Terminou em 14º lugar. Sua poesia concisa e de grande força imagética
encanta a todos os leitores.
Título:
Partida
,cama
lençol
cuidadosa saída
antes
íris
um gato -
da janela do quarto
ganha os jardins
roupas
rápidos objetos
recolhidos
descem
escadas
giro das chaves
carro
e o lençol de flores
estampado na memória: ao lado -
ninguém.
Um
poema de: Dora Oliveira
A mineira Dora Oliveira participou do I
Concurso de Poesia Autores S/A com o pseudônimo “Semprepoeta”. Embora tenha
terminado na 11º colocação, sua participação foi muito bem sucedida no certame.
Sua qualidade é inquestionável.
Título:
Cyber Só
Leu a derradeira mensagem de adeus.
A conexão caiu.
Viu-se sozinha
na página não encontrada
e deu-se conta da virtualidade
de sua existência.
Quantos bytes trocados
madrugada adentro...
Amor...! Amor...!
Sussurravam os dedos no teclado.
A webcam trouxera a imagem
e a voz entrecortada.
Os desejos compartilhados
douravam o cinza dos dias.
Os lábios se encontravam
em beijos sôfregos,
estalar de dentes na tela fria.
Terminava no leito
a visualizar paisagens futuras.
A conexão caiu.
Viu-se sozinha na janela
da realidade vazia.
As mensagens que excluiu
definitivamente da memória virtual,
permaneciam impregnadas
na memória afetiva.
Perspectivas ruídas...
Sonhos desconfigurados...
A conexão caiu.
Precisava desfragmentar os sentimentos,
formatar novamente a vida.
Precisava salvar-se.
Salvar-se de sua própria carência.
Um
poema de: Aline Monteiro
Aline Monteiro, do Amapá, classificou-se
para as finais através da Repescagem no I Concurso de Poesia Autores S/A e
firmou-se como forte candidata ao título. Terminou o concurso em nono lugar.
Sua firmeza e sensibilidade poéticas são marcantes.
Título:
Despedida
Te digo adeus todos os dias
Mas a maré
Sempre
Me devolve tuas lembranças...
V
Um
poema de: Paulo Acacio Ramos
Diretamente de Trofa, Portugal, Paulo
Acacio se destacou na edição passada do Concurso de Poesia Autores S/A como o “Paracauam”,
tendo conquistado a sétima colocação. O poeta dedica o poema abaixo a alguém...
Leiam:
Título:
Sobre a Permanência do Fim
Eu nunca me despedi
ou fui embora
ou disse coisas
que se dizem ao partir
disseram-me que seguisse
e foi o que fiz
(simplesmente segui)
com os sentidos
mais aguçados
em busca de emoções
concretas
deixei as solas dos
pés na estrada discreta
levei comigo os trovões
e não vejo mais a chuva
que cai, dispersa...
“Quero fazer deste poema uma homenagem
ao melhor poeta
desta 2ª Edição do Concurso de Poesia
Autores S/A:
o Francisco Ferreira (Vulgo João
Saramica)”
VI
Um
poema de: Maria Ivanúcia Lopes
A potiguar que alcançou a terceira
colocação no I Concurso de Poesia Autores S/A: esta é Maria Ivanúcia Lopes, que
foi “Ivanúcia Lopes” no concurso passado. A doçura presente em sua poesia
marcou o concurso do ano passado.
Título:
Acalento
Nasce no encontro.
Vive no escuro.
Morre de medo, na despedida.
Ressuscita os sonhos.
Reproduz milagres.
No colo da vida.
VII
Um
poema de: Janetty Laís
De Brasília, Janetty participou da 1º
edição do Concurso de Poesia Autores S/A como “Anjo”, tendo se classificado
para as finais através da Repescagem. Ficou em 10º lugar. Suas polêmicas com o
comentarista FNV, nos comentários, também foram fatos marcantes naquela edição.
Título:
Fome à Nelson
Como você
também te quero, te quero e te como.
E se te como é por que te quero. Não te
quero porque te como!
Quando como mais quero e querendo
assim... Mais como.
Pode rir desta minha estranha forma de
te querer.
Pois, a fome que fomento é que
infinitamente
queira-me mais e mais, igual a
hora de minha maior
fome.
VIII
Um
poema de: Ricardo Thadeu
O baiano Ricardo Thadeu foi, na edição
passada do concurso de poesia Autores S/A, o famoso “J.J Wright”. Destacou-se
no início das finais como o grande favorito, sendo desbancado, então, na metade
do certame pelo poeta O Velho no Campo Platônico. Terminou em sexto lugar.
Nesta edição, o poeta concorreu com a alcunha “Esteves Sem Metafísica” e por
muito pouco não chegou às finais novamente.
Título:
Defunto à Paisana
apanhado de súbito pela traição
subtrai de si mesmo a vida
subtrai de si mesmo a vida
Um
poema de: Thiago Cervan
De Atibaia, São Paulo, o poeta Thiago
Cervan é conterrâneo do poeta Geovani Doratiotto, o G.D, desta edição. Cervan
participou da 1º edição do concurso como “Cervan” e conquistou o quinto lugar,
com muito êxito. Suas leminskices são inesquecíveis.
Título:
rachada
o sub-ser submete
(com sua fraca força brutal)
outro ser
a sua exclusiva vontade
[escrotal]
ao fim do rito precoce, doído
(repetido 15 mil vezes por ano no
brasil)
o ser submetido à atrocidade fechada da
privacidade
é obrigado a carregar
todas as pedras atiradas
pelos perseguidores de geni
que no silêncio de seus olhares pudicos
dilaceram
órgãos púbicos
X
Um
poema de: Marcelo Asth
O poeta Marcelo Asth foi o grande
vencedor do I Concurso de Poesia Autores S/A, após passar por nove etapas de
pura adrenalina poética. Seu pseudônimo foi “Léon Bloba”. Nesta segunda edição,
Marcelo foi um dos jurados convidados na etapa “Mitologia”.
Título:
A Dama do Lotação
Cena 1
A mulher esconde a libido
Sob o vestido
Bem comportado.
O fogo que queima
Por dentro
Vai lhe ardendo
O desejo de brasa –
A mulher sai de casa
Quando tudo está pronto
(Ela está no ponto
E espera que pare pra ela
A condução que vem ao seu encontro).
Cena 2
A cada viagem
Vagueia olhares
Cruzando ruas,
Cruzando pernas.
A mulher, entre homens,
Colada nos corpos, viaja no aperto.
Não há rumo certo,
Nem longe, nem perto.
Somente desfruta
O roçar dos quadris –
Que no balanço das curvas
Todo homem é feliz.
Cena 3
Quantos dão num lotação?
Quantos cabem numa cama?
As respostas dizem aqueles
Que acompanham essa dama.
Têm parada obrigatória
Depois que dão o sinal.
Mudanças na trajetória
Levam sempre ao ponto final.
Cena 1
A mulher esconde a libido
Sob o vestido
Bem comportado.
O fogo que queima
Por dentro
Vai lhe ardendo
O desejo de brasa –
A mulher sai de casa
Quando tudo está pronto
(Ela está no ponto
E espera que pare pra ela
A condução que vem ao seu encontro).
Cena 2
A cada viagem
Vagueia olhares
Cruzando ruas,
Cruzando pernas.
A mulher, entre homens,
Colada nos corpos, viaja no aperto.
Não há rumo certo,
Nem longe, nem perto.
Somente desfruta
O roçar dos quadris –
Que no balanço das curvas
Todo homem é feliz.
Cena 3
Quantos dão num lotação?
Quantos cabem numa cama?
As respostas dizem aqueles
Que acompanham essa dama.
Têm parada obrigatória
Depois que dão o sinal.
Mudanças na trajetória
Levam sempre ao ponto final.
OBRIGADO, POETAS DA 1º EDIÇÃO DO CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A,
POR PROPORCIONAREM, MAIS UMA VEZ, UM ESPETÁCULO POÉTICO.
AGORA, VAMOS A ELES: OS 12 FINALISTAS DESTA EDIÇÃO!
COMO VOCÊS SABEM, O CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A É UMA CAIXINHA DE
SURPRESA: NESTA FINAL NÃO PODERIA SER DIFERENTE.
O MODO DE AVALIAÇÃO DOS JURADOS, NESTA
ETAPA, SERÁ DIFERENTE DO QUE FOI EM RELAÇÃO A TODAS AS ETAPAS ANTERIORES. CADA
JURADO, TANTO OS OFICIAIS, QUANTO OS CONVIDADOS, ELABORARÁ UM RANKING PESSOAL DE
ACORDO COM SUA PREFERÊNCIA. EM CADA UM DOS RANKINGS SERÃO
CONTABILIZADOS OS PONTOS ESTIPULADOS DA TABELA (1º - 12 pts. / 2º - 11 pts.,
etc.) OU SEJA, MEUS CAROS: TEREMOS UM NOVO CONCURSO NESTA GRANDE FINAL. TUDO PODE
ACONTECER!
NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA, ESTAREMOS INICIANDO A DIVULGAÇÃO DOS RANKINGS, COM
PARCIAIS GERAIS DO RANKING OFICIAL. OS RESULTADOS SE ESTENDERÃO ATÉ
SEXTA-FEIRA, QUE CULMINARÁ NO ANÚNCIO DO GRANDE POETA CAMPEÃO. AGUENTEM FIRME!
NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA ESTAREMOS
ANUNCIANDO TAMBÉM AS INDICAÇÕES DA “PREMIAÇÃO-EXTRA” DO
II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A. AS CATEGORIAS SÃO: MELHOR POEMA, MELHOR TÍTULO, MELHOR CRIATIVIDADE, MELHOR
INTERTEXTUALIDADE, MELHOR VERSO, MELHOR ESTROFE, MELHOR ARREMATE FINAL.
NA SEXTA-FEIRA TAMBÉM SERÃO ANUNCIADOS
OS VENCEDORES, EM CADA CATEGORIA.
NA QUINTA-FEIRA TEREMOS, AINDA, A
DIVULGAÇÃO DA ENTREVISTA REALIZADA
COM CADA UM DOS POETAS DESTA SEGUNDA EDIÇÃO. NÃO PERCAM!
BÔNUS
DO LEITOR
VOTE EM SEU POETA PREFERIDO PELOS
COMENTÁRIOS DESTE POST! O POETA MAIS VOTADO RECEBERÁ 1 PONTO BONUS NESTA GRANDE
FINAL. LEMBRANDO QUE SERÃO SOMADOS OS VOTOS CONCEDIDOS A AMBOS OS POEMAS DE CADA
POETA, UMA VEZ QUE NESTA ETAPA CADA POETA ELABOROU DOIS POEMAS.
ATENÇÃO: VOTOS VÁLIDOS APENAS COM A CONTA DO GOOGLE.
VOTAÇÃO IRÁ ATÉ AS 15:00 HORAS DESTA QUINTA-FEIRA.
PONTO-PRESENTE
POETAS: ENVIEM VOSSOS PONTOS-PRESENTES E
JUSTIFICATIVAS (NESTE CASO, DOIS DE CADA – UM PARA CADA DESAFIO DESTA ETAPA)
PARA O E-MAIL DO CONCURSO ATÉ QUARTA-FEIRA, DIA 15/08.
PREMIAÇÃO DA ETAPA:
O POETA QUE VENCER MAIS RANKINGS (NO TOTAL)
DESTA ETAPA, RECEBERÁ DE PRESENTE O LIVRO:
“POESIA É ISSO”, DE LOHAN LAGE PIGNONE.
(Capa de "Poesia é Isso")
Para
essa etapa, os poetas tiveram que escrever um poema inspirado no conto “A Dama
do Lotação”, de Nelson Rodrigues, além de um poema cuja temática estabelecida
era “Despedida”. Abaixo, seguem as duas rodadas de poemas para vocês
desfrutarem a vontade. Aproveitem, pois é a Final! Talvez seja a última vez que
estamos apreciando este grupo, esses 12 poetas, reunidos neste espaço. Boa
leitura a todos!
POEMA INSPIRADO NO CONTO "A DAMA DO LOTAÇÃO", DE NELSON RODRIGUES
De Juiz de Fora, Minas
Gerais: Hernany Fafuri
Pseudônimo: Nonada F.C.
Título: Anjo
anjo
que corrompe
instiga
sofre range nu de asas
consome
corpos sob o fogo
do
olhar.
anjo
intenso vitima de si
seus
embalos escolhas
impostas
justapostas
sem
asas ao léu.
anjo
torto
morto
sem
céu.
&
Do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro: Marco Antônio Tozzato
Pseudônimo: Per-Verso
Título: Do Lugar do
Desejo
De
indecente inocência era a Dama
Entregava-se
desmedida no coletivo
Democrática,
levava a classe operária ao paraíso
Burguesa
perversa em prosa e bondosa no verso
Não
há moral para a mulher perfeitamente amoral
O
pecado perfeito vem sem culpas
O
desejo não queima e tem o seu lugar de direito
As
taras nunca mais voltarão a se ocultar em armários
Desfilarão
despudoradas em praças, ruas e lotações.
&
De Cabo Frio, Rio de Janeiro: Flávio Machado
Pseudônimo:
Dersu Uzala
Título:
te perdoo por me traíres
peço perdão
por todos os erros
pelos gestos opressores
por todas as mentiras e verdades
compradas
pelo dia cinzento
pela chuva intensa
no calor rachando o peito
pelo zelo exagerado
pelos incontidos atos obscuros
o amor que não soube entender
pela ruína da casa
pela crucificação dos salvadores
o toque frio profundo
pela música que não cantei
pela arrogância das certezas
na manhã escondida dentro do
espelho
não me perdoes
não me recolhas em teus braços
estirados pela compaixão
dos versos arrancados da alma em
conflito.
Do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Thiago Luz
Pseudônimo:
Jean Jacques
Título:
A Dama do Lotação
Estou nua:
Olhos, cabelos, tudo à mostra!
Meu rosto despido, despudorado,
Em posse de um sorriso imaculado,
Pose virginal em relicário,
Convida teu corpo
À próxima parada:
Desça e me sinta!
Suba no balé dos meus quadris
E me beba
Como o vinho das tardes
Até as pernas ficarem bambas.
E saciada de pólen,
Regresso ao colo do lar,
Sem me negar o meu ser:
Sou dama, sou puta,
Sou mulher.
&
De Nova Friburgo, Rio de Janeiro: Ana Beatriz Manier
Pseudônimo:
Barolo
Título:
É assim, amor
Dou o que é meu
e dou pra quem quero
e o que quero de volta
é o que têm pra me dar.
Meu corpo é quente
é moeda de troca
finjo querê-los
fingem me amar.
Nessa troca sem troco
não há traição
só um mero tratado
de nossa união.
&
De Betim, Minas Gerais: Francisco Ferreira
Pseudônimo:
João Saramica
Título:
La Belle de Jour
O Momento
As tardes quentes
de temperamento sanguíneo,
em especial, as mais azuis,
são veículos próprios para traição.
A Dama
Sem Camélias ou pejos
que lhe denunciem os rastros
dá-se ao dar-se vazio de remorsos.
O Outro
O espírito empalado
último espólio de batalhas perdidas
deixa-o como alimento
para os lobos
que lhes espreitam fraquezas.
Está morto!
&
De Trairi, Ceará: Wender Montenegro
Pseudônimo: Manoel Helder
Título: Frágil
“Todo
pranto, todo manto
Está
cheio de inferno e céu”
[Caetano Veloso]
Macieira
em sangue
germinou
no bonde.
O
corpo,
essa
ilha
cercada
de toques;
desejo
ancorado
em
profusão de carne.
A(r)ma
contra
o peito,
leito
derramado.
Rosário
e velório
de
vivo (amor
morto).
Frágil
-
coração SOS -
cuidado!
&
De Atibaia, São Paulo:
Geovani Doratiotto
Pseudônimo: G.D
Título: A Palavra no
Lotação.
Só os profetas enxergam o óbvio [...]”
(Nelson Rodrigues)
Caminhei
com passos
eróticos(compassos eólicos) até o vagão do metrô,
São Paulo-Estação- Sé- Nelson Rodrigues entrou,
sentou ao lado de
Zé Celso,
passou a
viagem calado,
aliterado.
Confessei:
-
A palavra tem me traído.
I-SUSPEITA.
O
guardanapo durante o
jantar
jazia em baixo
da
mesa.
Observei o pé da letra,
cedilhas
entrelaçavam-se.
II-CERTEZA.
Coloquei
A exclamação em cima da
escrivaninha.
Interrogação:
Quem é o sujeito dessa oração?
A palavra cínica me abraçou
apertado.
Disse:
- São sujeitos- oculto e
indeterminado.
III-A
POESIA MARGINAL.
Tenho
deitado
Com poetas de esquina, confessou.
Me
encontrei objetiva no Sarau do boteco,
Tem me satisfeito o pouco vocábulo.
IV-O
DEFUNTO.
Eu
poeta traído,
continuarei deitado, sobre os
colchetes.
A
palavra goza com
outros,
E
aqui jaz um dicionário morto.
&
Do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro:
Letícia Simões
Pseudônimo: Alice Lobo
Título: solange,
objetiva e casta
de
onde venho, meu velho, para onde vou?
nenhum
traço de comoção dramatiza a minha voz
estou
calmo
lúcido
fumando
ninguém
me chama, ninguém me espera, ninguém me denuncia
eu
a possuía em minhas mãos:
em
meus olhos ávidos eu a amava
(suave
e ternamente)
como
é possível que certos sentimentos não exalem mau cheiro?
naquela
figura fina e frágil
a
angústia se antecipou à razão
no
azul do uniforme uma pequena fatalidade
nos
vestígios dos que passaram
a
raiva infinita dos braços:
lutam
inúteis
(eram
tantos!)
daí
eu ter caminhado do amor para longe.
para
morrer
sabendo-me
vivo
para
rastejar sem horizonte à vista.
&
De Vinhedo, São Paulo:
Ana Lúcia Pires
Pseudônimo: Anna Lisboa
Título: Viúvo é quem
morre, traído é quem ama
“Tudo
passa
menos >Nelson Rodrigues
A
adúltera”
Prefiro
que morras corpo inteiro ereto
Enquanto
me sorvem corpo amolecido
Prefiro
meu leite ao teu lado azedo
Enquanto
amamento outro amor parido
Prefiro
que arranhes teu caixão de dores
Enquanto
defloram meu caixão florido
Melhor
é que saibas antes que te enganes
Que
sou tua esposa de qualquer marido
E
se não te troco por meus tais amores
Prefiro
que troques de morrer comigo
Mas
nunca te enganes quanto aos meus pudores
Tu
vendes a alma, eu pago o castigo
Prefiro que partas pelos próprios meios
Diante
do padre que ao benzer meus seios
Fará
penitência pelo teu gemido
Agora,
meu filho traído
Tua
dama sem nome pega o lotação
A
santa se entrega ao desejo pagão
Mas
traio e volto com o terço na mão.
Assim
seguiu
Agarrada
ao rosário e ao órgão do defunto
E
foram felizes por todo o joio
Até
que a vida os transforme em trigo
&
De São Paulo, São
Paulo: Henrique César
Pseudônimo: Gaspar
Título: A Morte fecha
os olhos
“_
Pela última vez: morri. Estou Morto.”
(Nelson Rodrigues. A Dama do
Lotação)
a morte fecha os olhos
à dimensão histérica
do sofrimento
se fecha
aos rigores do acerto
depois da dor
desentupidos
escapando pelo umbigo
como água descendo pelo
ralo
=
= =
divertida – fecha os
olhos
morto
para o mundo
corre
a morrer
a
morte em vida
se
estende
em
protesto ao movimento
batendo
longe na avenida
adota
a morte
aperta
o colarinho a gravata o paletó
contra
um coração mobilizado
cada
passo esmaga um sonho
rompe
o padrão
do
tempo – programado
==
fecha os olhos
sorri ao se lembrar
da concha da mão fina
carregada em sedução
em
movimento
a
alma no espeto
ardida
em ar imaculado
leva
na bolsa
o
mais íntimo sabor
em
passeio imponderado
é
outro pé a se mover
os
neurônios se abrem como putas
no
embalo viário
toda
a dor se fecha
a
mão em pele viva sofre a despedida
conta
a conta do rosário
=
do outro lado
da pálpebra caída
sorri e quase escapa
da ponta da língua
que é sangrando
que as células mortas
vão se renovando
&
POEMAS COM A TEMÁTICA: DESPEDIDA
De Brasília, Distrito Federal:
Cinthia Kriemler
Pseudônimo: Lune
Título: Simples
apenas
um corpo roliço
que
(satis)faz
sem
remorso
o
rito da própria posse
corpo
de meia-idade, de cast(a)idade
que
nega a pele ao sol
para
entregá-la ao garrote
dos
dedos apressados
que
conduz as ancas
do
trote ao galope
e
resfolega em gargalhadas
o
gozo branco que sacia
incontrolado
tardes
famintas
não
trai nem vinga
a
vaga (bunda)que oferece
calor
e pressa
é
carne
que
se lava em fluidos
sem
nenhuma culpa
que
não tem cabresto
antolhos,
freios
apenas
um corpo
deus
de si mesmo
POEMAS COM A TEMÁTICA: DESPEDIDA
De Juiz de Fora, Minas Gerais: Hernany Tafuri
Pseudônimo: Nonada F.C.
Título: Céu de gesso
Uma
flor enferrujada
sobre
meu peito: a tenho
como
desenho perpétuo.
Ao
que mais se crie ou
se
conteste: um frio céu azul
de
gesso me chora estrelas
fresquinhas
no sofá da sala.
Enquanto
se avoluma a solidão,
este
nada constante
que
por aqui passeia,
despe-se
o silêncio
pela
gênese do grito:
o
pensamento!
E
é assim que as horas
passam,
girando no relógio
etéreo
de minha vida:
canto
sempre ao tempo
o
que seja insólito,
sem
que surja em mim
o
vício da despedida.
&
Pseudônimo: Lune
Título: Quando se vai
Escuta
este grito
é
meu
grito
de besta impotente
que
ainda faz sangue vivo
embaixo
das crostas
é
meu
este
flagelo que mil porres não aplacam
e
o sofrimento-capataz
que
se entranha nas vísceras
e
comanda a casa
escuta
o meu berro, o meu urro
que
não sou surdina
ou
elegância imbecil
eu
bato o portão
fazendo
muito alarde
porque
sou rangido, atrito
nesta
dor de corte
porque
não há silêncio
no
que mutila a alma
partir
é mais que se afastar das grades
é
cedo, é desterro
é
inferno com deus, céu do diabo
dia
sem som, sem tom
straight flush
incompleto
em
noite de mão de mando
vontade
de esconder
embaixo
do lençol
a
vida amarfanhada
o
gesto, o afeto, o ar que falta
mas
nada adianta
(o
grito, o berro, o urro)
que
quando se vai
já
se foi
&
Pseudônimo: Anna Lisboa
Título: Teu
Desejei
que morresses
Eu
e o próximo de mim
Quem
me dera até do avesso
Desejei
que voltasses
Ao
encontro do meu colo
Sem
saber que era o teu que se perdia
Beijei
teu rosto com carinho aflito
Como
se fossemos a última vez
E
fomos
Mais
íntimos de qualquer coisa que não tenha sido dois
Agora
é tarde
Quase demais
Quase demais
Morri
eu
Sem
suspiro de despedida
Ejaculando
nas coxas
O
que a saudade me tomou,
meu amor
meu amor
meu AmorR
&
Pseudônimo: Dersu Uzala
Título: instituto
médico legal
o
jantar estava posto e a mesa enfeitada
em silêncio invadiu o quarto
com a pressa dos desesperados
arrumou algumas poucas peças na mala
partiu sem deixar um bilhete
como fazem os suicidas
nem pistas
como fazem os assassinos
deixou um vazio
o poema por ser escrito
uma canção de despedida
cortou à navalha o fio de vida que restava.
em silêncio invadiu o quarto
com a pressa dos desesperados
arrumou algumas poucas peças na mala
partiu sem deixar um bilhete
como fazem os suicidas
nem pistas
como fazem os assassinos
deixou um vazio
o poema por ser escrito
uma canção de despedida
cortou à navalha o fio de vida que restava.
&
Pseudônimo: João
Saramica
Título: Terra Virtual
Quando
a Tapera escorreu
das
frestas de meu bornal
e
nada mais restou na última curva,
bananeiras
tolas acenaram-me
e,
sem saudades, vim-me embora.
Não
foram adeuses
que
as laranjeiras daquela época e quintais
não
sabiam sentimentos.
Cumpriam
seus papéis apenas
em
oferendas sabotadas
por
sanhaços, muito mais sabidos
do
que as laranjas.
Hoje,
que minha atiradeira
não
reconhece torcais
e
os mamoeiros aprenderam
o
sabor de amar(elar), é tédio agora.
Meu
picuá já tão cheio!
A
terra mater despenca
de
cachoeiras e paredes virtuais
em
close, sobre meu peito seco
e
um banzo de gemidos de porteiras
chama-me:
volta, volta, volta...
Pseudônimo: Manoel
Helder
Título: Metapoema com
adeus e voo
“A
vocês, eu deixo o sono.
O
sonho, não!
Este
eu mesmo carrego!”
[Paulo Leminski]
(Aos
amigos Poetas; ao Júri; aos Autores S/A)
Poema
é candeia que dilata sombras
quanto
mais se nos revela a luz;
poema
é rumor de como se amanhece
transido
de pássaro.
O
poema é asa dentro do barulho
que
precede o voo.
E
tecemos asas, e colhemos chamas
sempre
que a beleza dissipou-se em sombras
(Quanto
vale a ave com raiz no ar?
O
que vale um pássaro?
O
que o faz migrar,
sangrar,
singrar os males
mesmo
à revelia de frias monções?)
Espalhamos
juntos
no
voo dos poemas os pólens possíveis,
sorvemos
no verbo o receio das horas
e
entornamos travos de taças amargas
de
pássaros bons
(–
Recosta ao poema o peso de seus olhos:
sua
arte em sombra, sua haste-espinho!)
aves
que se alternam no vértice-podium
desse
voo-caminho.
O
poema é pássaro e rumor e chama
e
é desfeito o V de nossa arribação:
vamos
de mãos dadas, não nos afastemos...
&
Pseudônimo: G.D
Título: O Parto de
Maiakovski.
Tenho Partido.
[Quando sai deixei a porta entreaberta,
paralelepípedo concreto extraído
do poema em linha reta, parto. ]
Me
sinto demasiado pessoa, destarte isto,
sou
exímio ouvinte de flauta- vértebra.
O
panfleto sincero , preto no branco:
“El compañero Maiakovski.
Por los servicios prestados en las juntas revolucionarias artísticas.”
Sou
composto por moléculas “ sub-poéticas”.
Eu sou muitos. Nós na Rua
não desatam.
Aos
que leram meus versos
com o
laço amarelado do avesso no pescoço,
[deixo escrito
desde o início meu epitáfio:
Fui
ao mundo, um vivo defunto.]
Parto.
&
Pseudônimo: Jean
Jacques
Título: É o fim!
"O sonho
acabou" (John Lennon)
Cerram
as cortinas:
Olhos
adormecidos da plateia.
As
letras correm na tela,
Créditos
pós-final, post mortem: epitáfios.
Herança
de nomes para a escuridão
Da
sala vazia... É o fim da sessão!
A
Luz cospe a realidade:
Artistas
vomitaram arte
E
agora se limpam nos camarins;
Enquanto
outros, uns poucos,
Em
verborréia estomacal,
Descansam
nos tronos da "verdade"...
Que
verdade?
Foi
tudo ficção, a ótica da ilusão,
Heróis
de roteiros, de mentira,
Vaga-lumes
disfarçados de estrelas.
Cerram
as cortinas: é o fim!
Desse
nosso espectro circense,
Desses
nossos narizes vermelhos,
Dessas
nossas bundas surradas,
Desses
nossos versos...
Que
seriam de despedida
Mas
foram despedidos:
Justa
causa! Adeus:
Eu
me demito dos contos de fadas!
Pseudônimo: Alice Lobo
Título: com o oceano
inteiro a navegar
a
ponto de partir
escuto
nossos olhares sorrindo
à
distância
o
azul ainda arde
na
pele do mais recente
náufrago
me
despeço como quem afia as garras
(estou
ameaçada e repetida)
mas
não se preocupe:
sobreviveremos
eu
você e todas as coisas
um
dia iremos nos
encontrar
já
sem a ânsia de controlar
as
palavras
sorriremos
das
cidades que construímos e
enterramos
na velocidade do
azul
profundo
depois
mergulharemos
(cada
um com seu próprio tanque
de
oxigênio)
diremos:
um
dois três
desapareceremos
junto às ondas
às
memórias de alto
mar
&
Pseudônimo: Per-Verso
Título: Adeuses Algozes
O
bom deveria ficar soando para sempre
Temo
o silêncio que vem depois dos adeuses
E
as costas se afastando sem palavras e sem rostos,
Pois
a ida parecerá infinita e talvez será.
Conjugo
o verbo saudade e saúdo as chegadas
O
antídoto da despedida é o abraço apertado
O
gosto da partida é amargo como o nada que fica
Não
faz sentido o ponto final, nem as mãos acenando
Mas
o mundo é feito de inconstâncias e átomos
Partimos
em partículas todos os segundos
Nos
desfazemos em histórias mal contadas
As
memórias borboleteiam sem pousar no sólido
&
Pseudônimo: Gaspar
Título: A Morte não
fecha os olhos
em
um rosto se inaugura o universo
se
aprende o riso
e
o rastro onde se empina
-
em voo preso – a despedida
==
a
morte não fecha os olhos
é
minha tia
com
a mão em concha
e
olhos brilhantes
presente
a chave
da
porta inexplorada
ouve
a oração
que
em silêncio se transmuta
sem
brilho – a queda
à
soberana espuma
da
eternidade – essa fagulha
acesa
pelo corpo desbotado
inertes
escorrem
vivos
a
lágrima na boca
lambendo
o frêmito do sopro
aberto
toda
a ausência exposta
a
luz acesa ronda
em
cada olhar
na
morte os olhos
sem
dimensão – o infinito
na
concha da mão
da
minha tia
==
na
despedida
a
palavra em pedra
ensina
sobre a fuga
e
suas raízes escuras
terra
sobre terra
os
dedos se apertando
no
fundo
em
vigília
Pseudônimo: Barolo
Título: Diálogo último
Quer-se
presente
em
bens que não morrem.
Na
poltrona do avô
na
mesa da mãe
nos
livros do pai
que
mal conheceu.
Abraça
as cortinas
chora
na cama
alisa
os lençóis
que
nem sabe
quem
deu.
Quanto
a quem fica
sequer
lhe interessa
não
amam o que preza
desprezo
sem dó.
Que
vida foi essa
que
jamais nos uniu?
Que
te leva tão velho
tão
cru, tão triste, tão só?
&
23 comentários:
Aos organizadores do concurso, minha admiração pelo respeito com que nos distinguiram;
aos bravos concorrentes, onze poetas de rara inspiração e apurada técnica que brindaram aos amantes da poesia com poemas maravilhosos, meus respeitos e reverências;
ao jurados oficiais e eventuais, obrigado pelos toques;
ao Dante Pincelli e Paulo Acácio (dois queridos amigos) pela torcida, minha gratidão e amizade;
e, por fim, ao Paulo Acácio, pelo poema dedicado a mim, minhas lágrimas de emoção.
Que fique em segundo lugar, aquele(a) que mais merecer, já que a grande campeã já é conhecida: a POESIA!
Abraços,
Chico de Longe, Um Saramica
Francisco, como onze?! DOZE, meu amigo! Nem pense em fugir deste grupo! Aqui, entrou não sai mais! Obrigada pelas gentilezas, mas, acima de tudo, pela companhia alegre e amiga nesta caminhada conjunta de três meses e meio! Você é um grande cara, desses em que a grandeza mora dentro!
Bj
Cinthia/Lune
Boa tarde!
Parabéns aos organizadores do concurso Autores S/A pelo lindo trabalho ao longo desses 3 meses e meio! Aos poetas envolvidos, parabéns também: vcs foram ótimos!
O concurso está chegando ao fim e mais uma vez o poeta Wender Montenegro mostrou, com esses dois poemas de inegável beleza e valor, pq merece ser o vencedor deste concurso.
Durante todo esse tempo o poeta se manteve fiel aos seus estilos (sim, estilos; acompanho o trabalho do Wender e sei o quanto ele é amplo, vasto, em sua maneira de criar seus poemas, transitando com facilidade pelos diversos elementos poéticos, imagéticos, seja ao criar versos livres ou mesmo nas criações que exigem ritmo e métrica mais acentuados, e até, pq não, ao fazer uso de rimas, como mostrou bem no soneto dedicado a Vinícius.
Se não está agora no topo da tabela, isso se deve a fatores outros (não sei explicar ao certo) que não a queda em seu nível de criação! Wender é muito constante e consciente do que põe no papel, daquilo que quer dizer em seus poemas, sempre com muita inventividade, imaginação, emoção, concisão vocabular, uso de figuras de linguagem, etc. Em suma, é um poeta que leva a poesia muito a sério; daqueles de quem dizemos que VEIO PRA FICAR!
Sem mais, os meus dois votos vão, está claro, para Manoel Helder (Wender Montenegro) e seus METAPOEMA COM ADEUS E VOO & FRÁGIL.
Beijos,
Jacillane
Voto em Wender Montenegro.
Nesta final, vou mudar o meu voto, ao invés de votar no Francisco Ferreira, vou votar no João Saramica, este sim, merece a vitória.
Parabéns Lohan, Simone e demais envolvidos nesse projeto ultradificultoso, acreditem, eu sei.
Muitos poetas merecem a vitória, aliás, acho que quase todos, portanto, já estou feliz por ter podido lê-los, um por um, um por todos...
Anna Lisboa, grata surpresa bem vinda.
Wender veio só confirmar o que eu já sabia: O que é bom, já nasce feito.
Pra termina, quero deixar um CONVITE aos poetas e aos leitores:
Participem do II Festival Beto Miranda de Poesias.
É um festival livre, ou seja, quem participa de uma rodada, não precisa, necessariamente, participar de outras. Para participar, basta me contactar pelo Fcebook:
Dante Pincelli O Velho.
O festival ser´no blog:
http://dantepincelli.blogspot.com.br/
Vou comentar uma foto em vez de uma poesia. Adorei a foto de Letícia Simões. Alegria pura!
Dante, depois de ter visto aquela tua poesia no youtube, ajoelhei com muito orgulho.Assim permaneco.
Parabéns Autores S/A!
Voto em Thiago Luz, principalmente pelo poema de despeirda.
Thiago Luz, não peça demissão. Voto em vc nessa etapa.
Que coisa linda esse concurso.Poetas maravilhosos, valorosos, merecedores de ganhar. Cada um dos doze merece um trofeu!
Ei, organização, que tal brindar cada um dos doze poetas com um trofeu, ou uma placa, sei lá. Materializar essa final para além da memória e da internet: um trofeu, isso, eles merecem! Bjssss
Thiago Luz, não peça demissão. Voto em vc nessa etapa.
Que coisa linda esse concurso.Poetas maravilhosos, valorosos, merecedores de ganhar. Cada um dos doze merece um trofeu!
Ei, organização, que tal brindar cada um dos doze poetas com um trofeu, ou uma placa, sei lá. Materializar essa final para além da memória e da internet: um trofeu, isso, eles merecem! Bjssss
Voto em Jean Jacques (Thiago Luz). Gostei bastante do Gaspar, da Ana, da Alice, do GD, mas só posso votar em um.
OOO pessoal, cade todo mundo?! Ah, comenta ai, gente! Comenta, vota, poxa! Ja se despediram da gente?! Sao os ultimos votos e os ultimos comentarios!Estamos tooodos aqui ainda rs ;)
kkkkkkkkkkk Anna Lisboa divertida! Também achei estranho... Acho que a grande concentração é mesmo às quintas-feiras, quanto o Wender e você deixam o Lohan doidinho contando votos!
aeeeeee, minha querida Cinthia do sky apareceu!! Que bom rsrs ! Ah eu pensei que o querido publico ia se animar mais cedo, mas se nao acontece, a gente vem aqui animar todooo mundo rs! Beijao, minha querida!! Tamu aqui, gentee!!
Ah!!! Mais um concurso acabando! Mas cheio de brilho, sem apagar nada... tudo vai ecoar ainda por muito tempo. As relações ficam, permanecem!
Parabéns à poesia, parabéns aos poetas! Parabéns aos grandes organizadores desse movimento de encontro poético que é o Autores S/A! Valeu, Lohan!
Todos os poetas finalistas, todos os que vieram até aqui, têm marca, estilo, presença. Fico feliz por ter conhecido mais alguns desses poetas, ter pelo menos tido algum contato na rede. Anna Lisboa, como Dante disse lá em cima, é grata surpresa, poética de cena!
Etapa muito bonita, despreocupada. Adorei a produção poética.
Aqui, tendo que escolher dois, votaria em Wender para A Dama do Lotação e Francisco Ferreira para o de despedida. Muitos outros me surpreenderam, mas ficaria com estes.
Parabéns!
Agora, como o Dante deu a dica, vamos participar do Festival do Língu'Afiada! O II Festival Beto Miranda de Poesias
Para participar, basta contactar o Dante Pincelli O velho pelo Fcebook
http://dantepincelli.blogspot.com.br
É uma boa oportunidade para continuarmos nesse exercício bom da troca, sem a tensão das notas!
Como escrevi no meu último verso: eu me demito dos contos de fadas! Adeus!
Nãããooo, brincadeira... Obrigado a quem votou, a quem comentou, leu, pensou etc. Esse concurso foi fantástico. Lohan e Autores S/A, parabéns!
Aos poetas e jurados, foi magnífico compartilhar esses versos com vcs. Embora só três saiam com trofeus (Lohan, olha a ideia da Patrícia no comentário... rsrsrs), saímos todos vencedores porque, de certa forma, saímos todos maiores.
Bjs, abrçs e poesia pra todo mundo!
Meu voto vai Wender Montenegro com os poemas "Frágil" e "Metapoema com adeus e voo". Venho acompanhando o desempenho do poeta e me surpreendo a cada rodada. Parabéns, Wender!
Voto nos dois poemas de Anna Lisboa... lindos, profundos e criativos como sempre!!!
Quero parabenizar os poetas Anna Lisboa, Jean Jacques e GD, pelos poemas inspirados no conto de Nelson Rodrigues, bem como Anna Lisboa e Lune pelo poema da Despedida.
Meu voto: Thiago Luz.
GD e Anna Lisboa também foram muito bem.
Boa tarde,
Serei curto (e não grosso):
Tanto quanto os poetas eu anseio pelo nome do vencedor. Após ter lido cada poema mantenho minha palavra (o que tenho dito desde o começo): o caneco ficará entre os poetas Anna Lisboa e G.D.
Isso não significa que desaprovei o desempenho dos outros poetas. Foram duas etapas brilhantes, eu posso afirmar com toda minha propriedade crítica. Lune, Gaspar, Alice Lobo e Manoel Helder permanecem na disputa embora eu perceba que o caldo do poeta Manoel Helder tenha desandado um bocado nessas últimas etapas.
O poema mais original do certame é o ''Palavra na Lotação'' de G.D e por isso meu voto é dele, com louvor. Dersu Uzala desfilou preciosidades também nas duas temáticas e como disse na última leva: reagiu tarde demais. Na temática 'Despedida' o meu voto vai para Dersu Uzala também com satisfação.
Anna Lisboa ousou em não ter se apropriado de seu estilo corriqueiro e como em todo risco, isso pode ou não prejudicá-la na reta final. Mas todo o risco é bem-vindo.
Nonada F.C. me causou espanto com dois poemas antológicos e por um momento pensei estar louco ao repará-lo numa posição tão lastimável no ranking.
Barolo também muito me agradou com seus dois trabalhos. Senti o sangue pulsar, pude sentir vida na poesia desse poeta depois de levas mortificadas. Já Jean Jacques se manteve regular, morno. O mesmo digo para Per-Verso - sem surpresas.
João Saramica se despediu com glória no seu poema 'Terra Virtual'. Há muita verdade ali.
Gaspar não quis mexer no time que está ganhando. Até quando um mesmo esquema tático pode superar os outros adversários?
Lune foi muito bem, assim como Alice Lobo, nos dois poemas. Lune demonstra força e Alice Lobo, delicadeza - aos extremos.
Será prazeroso apreciar esse final tão esperado.
Que vença o melhor.
Cordialmente,
F.N.V
"Frágil" e "Metapoema com adeus e voo" são os melhores , meu voto vai para esses 2 de wender montenegro.
RESULTADO OFICIAL DA VOTAÇÃO:
A VOTAÇÃO, CONFORME FOI ESTABELECIDO NA POSTAGEM, SE ENCERROU ÀS 15:OO HORAS. FORAM CONSIDERADOS DOIS VOTOS PARA OS COMENTARISTAS QUE ESPECIFICARAM DOIS VOTOS PARA O POETA, OU SEJA, ÀQUELES QUE APENAS DISSERAM UMA ÚNICA VEZ O NOME DO POETA, FOI ENTENDIDO APENAS COMO 1 VOTO. TEMOS, ENTÃO, O SEGUINTE RESULTADO:
1º MANOEL HELDER - 6 VOTOS.
2º JEAN JACQUES - 4 VOTOS.
3º JOÃO SARAMICA E ANNA LISBOA - 2 VOTOS CADA.
4º G.D E DERSU UZALA - 1 VOTO CADA.
PARABÉNS, WENDER MONTENEGRO (MANOEL HELDER) PELA CONQUISTA DO ÚLTIMO PONTO BÔNUS DO II CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A!
ATÉ LOGO MAIS!
ABRAÇOS,
LOHAN.
Injusto, pois desde o início eu voto no Francisco, portanto deveria ser subentendido que os meus dois votos seriam dele, mas como nada mudaria no cômputo geral, deixe como está.
Parabéns Wender, pela colocação e pelo aniversário.
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