“no
escurinho do cinema
chupando drops de anis
longe
de qualquer problema
perto
de um final feliz...”
Uma
trova cinematográfica de
RITA LEE!
E
hoje é dia de apresentarmos os 12 poetas finalistas!
Um
salve para esses guerreiros!
Sejam
bem-vindos a mais um post repleto de lindos poemas. Hoje, teremos trova? Sim! E
poemas sobre cinema? Claro!
Seis
duelos emocionantes. Duríssimos! Quem serão os seis vencedores?
Também
fizemos algumas entrevistas curtinhas com os poetas finalistas e com os que já
deixaram a competição. Mais adiante, vocês verão o que eles disseram a respeito
do concurso!
Antes,
para amenizar toda essa ansiedade, tomemos conhecimento dos desafios do TERCETO
FINAL, que será a antepenúltima etapa do concurso. Prestem bem atenção, poetas:
sabendo ou não como ficarão as sextas de final, sugerimos que já vá pensando no
próximo desafio!
DESAFIOS
DO TERCETO FINAL
1º DESAFIO: Deixem emanar a criança que existe
dentro de vocês e escrevam um poema com a temática “POESIA INFANTO-JUVENIL”. Ou
seja: um poema dirigido para este público! Não há limite de páginas, nem de
caracteres. O conteúdo é livre, desde que obedeça ao estilo proposto.
2º DESAFIO: Escrevam um LIMERIQUE VOLTADO PARA O PÚBLICO INFANTO-JUVENIL, respeitando as
regras inerentes à feitura deste gênero. Por favor, sigam esta cartilha, uma
explicação bastante didática:
-
Quatro jurados julgarão os poemas infanto-juvenis.
-
O julgamento dos limeriques valerá 01 ponto no duelo. Portanto, caprichem!
Os poemas devem ser enviados até domingo, dia 16 de novembro, às 22
horas, para o e-mail do concurso.
SOBRE
O TERCETO FINAL
No
terceto final, três poetas se classificarão automaticamente para a semifinal. O
quarto poeta será repescado, conforme já consta na tabela a ordem. A repescagem
será feita através dos resultados. O poeta que tiver sido derrotado com maior
dificuldade pelo seu oponente, será o repescado. Em caso de empate nesse
quesito (ex: dois poetas perderam por 3 a 2), será analisado o desempenho da
fase anterior (sextas de final); e assim por diante.
MAPA
DO CONCURSO
Vejamos, agora, como ficou o mapa de
representatividade nas sextas de final do concurso!
PREMIAÇÃO
DA RODADA
O poeta que vencer pelo placar “mais
elástico” nas sextas de final receberá, da poeta Letícia Simões, cineasta e vencedora do II Concurso de Poesia
Autores S/A: 1 DVD do “Bruta Aventura em Versos” (documentário sobre Ana
Cristina Cesar); 1 DVD de “Tudo vai ficar da cor que você quiser” (documentário
sobre Rodrigo de Souza Leão) e 3 DVDs com os curtas de Letícia Simões (“Um
domingo no MAM”, sobre um encontro de artes plásticas no MAM-RJ, “a geografia é
algum lugar entre o coração e aquilo que já foi”, o doc-ficção premiado no
Curta Vale; “cesariny c'est moi”, um curta-poema a partir de Mário Cesariny, e “nomos”,
um curta documental a partir de uma escola abandonada em SP.
ENTREVISTAS
1
- O que foi participar do III Concurso de Poesia Autores S/A? Qual o maior
ganho, a maior perda, o ponto positivo, o negativo? Teria algo a dizer dos
jurados?
Raimundo de Moraes: A proposta do
Concurso Autores S/A é bastante interessante, parece um campeonato de futebol.
Talvez seja oportuno repensar as possibilidades de "repescagem", que
pode ser favorável para alguns, mas cansativo para outros - prolongando o
certame além do período estipulado. Como todo concurso que reúne um grande
número de jurados, é natural que surjam opiniões equivocadas e julgamentos
confusos. Mas faz parte.
Hugo César: A participação do concurso foi mais um dos poucos desafios, até agora, para mim - como iniciante nesse mergulho incerto da arquitetura das palavras. Não consegui atracar no porto final, mas a navegação, a cada etapa, abriu-me os olhos e braços para novas e curiosas marés.
Desirée Jung: Eu adorei participar do
concurso, é bom estar exposto a outros autores. Particularmente, acho que o
excesso de etapas dificulta um pouco o processo, para mim, pois fica parecendo
um reality show. Não sei se gosto desta dinâmica. De qualquer forma respeito a escolha
da organização, e acho que cada poeta tem uma forma de se expressar e produzir.
Para mim isto e complicado, pois não sei se consigo compor com tanta rapidez e
tantos poemas. Mas imagino que seja uma das razões porque certos poetas avançam
e outros não, cada um tem uma maneira de lidar com os desafios.
Marília Lima: Participar do concurso foi
uma experiência muito interessante e diferente de todos os concursos que eu já
havia participado. Para mim não acho que houve alguma perda. Acho que quando
temos um curto tempo para elaborar um poema, quando temos que elaborar algo
como "sob encomenda" e não a partir de um impulso natural é quando
aprendemos a nos superar e a lidar com nossas limitações.
De negativo, penso que talvez a etapa da
elaboração do haikai foi um pouco frustrante para mim, pois havia sido frisado
a importância de se seguir a métrica e, ao final, o jurado não considerou a
métrica como algo essencial, já que alguns poetas que não a haviam seguido
alcançaram pontos mais altos do que outros que se preocuparam com esse detalhe. Considero o julgamento dos jurados
sempre relativo, mas achei que alguns jurados se colocaram de modo muito
pessoal, ao dizerem coisas como, "não gosto de poemas com temas
mórbidos". Creio que o julgamento tem que ser o mais impessoal e analítico
possível. De modo geral, os jurados eram competentes e fizeram boas análises.
Andressa Barrichello: Participar do
Autores S/A foi só alegria. O concurso não honra apenas o vencedor final, mas
um grande número de poetas os quais durante o certame tem a oportunidade de ter
o seu trabalho lido e comentado pelos colegas concorrentes e pelos jurados. Um
imenso incentivo para que a produção não pare e uma ótima oportunidade para
encontro com nossos pares e com todos os cultores da poesia.
Francisco Ferreira: Uma boa
experiência, um pouco mais frustrante do que as anteriores. O ganho
maior é sempre a interação e o conhecer poetas maravilhosos. A perda:
nunca existiria, num evento como este. Ponto positivo: o grande número de
bons concorrentes. Ponto negativo: a fórmula de eliminatórias, como foi no
primeiro. Prefiro o formato do anterior (o segundo), pois acredito que
permite a grandes poetas, em um mau momento, se recuperarem ao longo do
concurso. Sobre os jurados: em vários momentos, foram sucintos demais
em seus comentários e isto, às vezes, fere a sensibilidade poética de alguns
autores.
André Anlub: Muito gratificante e
instrutivo. Não era muito chegado a esse formato de concursos e por isso não
participava. Esse foi o primeiro que participei.
2
- Temos 12 fortes candidatos na disputa pelo título do concurso. Qual desses
poetas é, a seu ver, o grande favorito da competição, considerando o que veio
apresentando até agora?
Raimundo de Moraes: Creio que passar
pelo funil de mais de 500 poetas inscritos já torna os 12 semifinalistas
favoritos para o primeiro lugar.
Desirée Jung: Gosto muito do poeta
Ricardo Thadeu.
Hugo César: Não é uma resposta das mais fáceis. Mas, André Oviedo e Maria Amélia Elói têm uma força que, em algum momento me paralisaram os olhos.
Hugo César: Não é uma resposta das mais fáceis. Mas, André Oviedo e Maria Amélia Elói têm uma força que, em algum momento me paralisaram os olhos.
Marília Lima: Creio que um concurso não
mede o talento de um poeta, como sempre digo, mas os finalistas apresentaram
bons trabalhos, sem dúvida! Sempre acontecem algumas, não digamos injustiças,
mas surpresas, por exemplo, na verdade, gostei do trabalho de alguns que não
chegaram ao final, como, por exemplo, André Kondo. Por outro lado, fiquei muito
feliz com a volta e a colocação entre os finalistas do poeta André Oviedo, cujo
trabalho muito me agrada! Todos têm suas qualidades, mas, por afinidade, torço
por Herton Gustavo Gomes pela vivacidade de suas poesias, pelas imagens que
saltam delas, são poesias exatas para serem lidas em voz alta.
Andressa Barrichello: É difícil dizer,
creio que não há um favorito, como pudemos ver a partir da variação de notas.
Gosto da Natasha Felix, acho que representa uma nova geração e com pouca idade
produz uma poesia livre.
Francisco Ferreira: Pela qualidade
demonstrada até o momento, qualquer um pode levar o título.
André Anlub: Acho que fico com a
Natasha Félix, pela sensibilidade. Mas vai ganhar quem for mais
"malandro" (no bom sentido)
3
- Teria alguma mensagem para deixar para os 12 poetas finalistas?
Raimundo de Moraes: Gostei do astral do
grupo, das preocupações de alguns em acertar e se classificar, da simpatia de
Lohan, de alguns convidados no corpo de jurados - como Leila Míccolis, Susanna
Busato, Noemi Jaffe, Claudio Willer - grandes nomes da literatura
nacional. Mas nessa fase final espero que todos estejam conscientes que nem
sempre um bom texto contará pontos positivos. A sorte ajuda muito também.
Então: boa sorte a todos, muita paz, muita poesia. :)
Desirée Jung: Obrigada pela oportunidade
de descobrir tantos talentos. Desejo sorte a todos. Abraços!
Hugo César: Arregacem as mangas, ou melhor, se desfaçam das roupas; e se joguem nesse mar imenso, como se fosse o último mergulho
Hugo César: Arregacem as mangas, ou melhor, se desfaçam das roupas; e se joguem nesse mar imenso, como se fosse o último mergulho
Marília Lima: Que desfrutem de cada
desafio que ainda esteja por vir, sempre com bom humor, sem se deixar abater
caso não ganhem. Por outro lado, que tenham a certeza de o que vale é exatamente
a adrenalina para fazer o próximo poema a tempo, conhecer o trabalho de outros
poetas, saber ouvir as críticas positivas e negativas, e aprender, ao fim de
tudo isso, que tudo é relativo e que o principal ganho foi a própria
participação.
Andressa Barrichello: Boa sorte a todos
vocês e continuem a investir na palavra, princípio de tudo e possibilidade de
construção de um lugar neste mundo!
Francisco Ferreira: Boas escritas e
que vença a poesia.
André Anlub: Na sua caminhada, para
cada dedo apontado pra você, aponte um lápis.
SOBRE
FAVORITOS... PELOS FAVORITOS!
Cinthia
Kriemler: Eu acho que Maria Amélia Elói é um dos favoritos
para ganhar o concurso. E não gostaria de enfrentá-la numa final. Mas quero
registrar que acho que há mais favoritos.
André
Oviedo: Quem tenho medo de enfrentar é a quase imbatível
Maria Amélia Elói. Escreve lindamente e é muito consciente do que diz.
Ricardo
Thadeu: Cinthia Kriemler. Tem sido regular nos poemas e
notas dos jurados desde o começo.
Jorge Augusto: Acho que no concurso não dá para avaliar um poeta. As condições de produção são muito específicas. Numa semana você acerta um poema muito bom e na outra não passa nem perto. Acho que o critério da regularidade é o único possível, mas isso negligencia o que talvez seja mais caro na poesia, o acerto. Às vezes, um poema acertado vale mais que muitos medianos, sustenta um livro. Em suma, acho que a Cinthia Kriemler e o Ricardo Thadeu são bem constantes. Não erram poemas, não facilitam na escrita. Essa indicação é arbitrária também, porque a gente não lê tudo no blog, pelo tempo, nem lembra tudo que leu. Mas do que lembro e li, é isso ai.
Bianca
Velloso: Natasha Félix, esta menina pra mim é a favorita, a
mais nova de todos, e a que coloca o dedo na ferida.
Herton
Gomes: Meu candidato favorito é o André Oviedo. Gosto do
açúcar na medida presente em seus poemas. Da melodia, da textura, do timbre, do
som, da levada, da cor dos seus versos, simples e pontuais. Acertam em cheio o
meu coração e às vezes me arrisco a acreditar que André bebe de uma fonte
semelhante a minha: o amor. O amor que se foi. E que ficou. Posso estar
enganado. E talvez nisso habite a grande força da poesia dele. Em me fazer crer
que ele escreve por mim, em meu nome, tecendo os meus sentimentos com os
acordes que me emocionam. Mas o candidato que eu mais temia enfrentar é
justamente o que estou enfrentando nessa rodada. Adalberto do Carmo foi
elogiado durante todo o concurso por seu poder de síntese, de concisão. Ele é
exato. Matemático, sem deixar de ser lírico. E honestamente estou preparado
para deixar o concurso, pois duvido que minha poesia extensa, e repleta de
clichês e lugares comuns (sim, com muito orgulho) seja capaz de vencer sua
poesia madura, enxuta e sofisticada. Então seja o que os deuses da poesia
quiserem!
Simone
Prado: Acho que o Jorge Augusto seja o favorito porque
mantém uma linha poética muito interessante desde o início do concurso.
Adalberto Carmo: Como aposto na força do NOVO - meus votos vão pra Natasha Felix, que chamou minha atenção em várias etapas do concurso pela contundência lírica.
Natasha
Félix: Bianca Velloso é uma das minhas favoritas desde o
início. Encarar uma possível disputa com ela seria complicado. E uma
honra.
Maria
Amélia Elói: A Cinthia Kriemler me mete muito medo.
Nunca a vi perder desafios literários.
Georgio
Rios: Por ser um grande poeta, e acarretando a esta
premissa, por sermos, quase irmãos, parceiros de empreitadas poéticas, e
cinematográficas, não gostaria de enfrentar Ricardo Thadeu.
Francisco
Carvalho: Não diria a favorita, mas dos 12 candidatos
finalistas um dos trabalhos com a palavra que mais admiro é o da poeta Bianca
Velloso.
HORA
DAS TROVAS!
Escrever uma trova não é tão fácil.
Regras devem ser respeitadas. Como será que os poetas se saíram? Vejamos!
DUELO 01: Adalberto Carmo X Herton Gomes
Trova de Adalberto Carmo
Canta: que n'alma do povo
Há mais fé & menos drama
Pois lhe custa mais a cama
Ao café que empurra o ovo.
Há mais fé & menos drama
Pois lhe custa mais a cama
Ao café que empurra o ovo.
Trova de Herton Gomes
Jantar você foi uma delícia
mas não quero indigestão:
minha tara não é carícia
minha fome não é paixão.
DUELO 02: Simone Prado X Bianca Velloso
Trova de Simone Prado
o mar que tanto se irrita
com navegantes do mundo
é o mar que no abismo habita
o sal da vida fecundo.
é o mar que no abismo habita
o sal da vida fecundo.
Trova de Bianca Velloso
porque não creio em certezas
também duvido da morte
entrego-me à beleza
só a poesia é meu norte.
DUELO 03: Maria Amélia Elói X Georgio Rios
Trova de Maria Amélia Elói
Me belisca a fantasia
Pra atiçar um novo conto
Subo à cela, há poesia
Nessa tal de ideia eu monto
Trova de Georgio Rios
Trinando aquelas certezas
Coisas que me deve a lida
Carrego o ar das belezas
Da sinfonia desta vida
DUELO 04: Francisco Carvalho X Cinthia Kriemler
Trova de Francisco Carvalho
néctar que me bebe e lavra,
engole-me a linguaruda,
ela, a cútis da palavra:
a fêmea que me desnuda.
Trova de Cinthia Kriemler
Se proteges a criança
Com amor e educação
Vais garantir mais pujança
Ao futuro da nação.
DUELO 05: Ricardo
Thadeu X Jorge Augusto Silva
Trova de Ricardo Thadeu
Adornaste
teu olhar
Com
a pura maresia;
Eu,
bebendo deste mar,
Afoguei-me
em agonia.
Trova de Jorge Augusto
Silva
uma
bandeira sem imagem
nem
emblema, brasão, tema
flor
de dilema a linguagem
é
leme e lema do poema
DUELO 06: Natasha Félix
X André Oviedo
Trova de Natasha Félix
o
fio da vida, esticou
feito
a corda bamba
no
pescoço colou:
"aqui
estalo samba"
Trova de André Oviedo
amor
é uma coisa fina,
vaza
por qualquer espaço.
se
quer fugir dessa sina,
segure
o seu num abraço.
HORA DOS DUELOS!
POEMAS
DAS SEXTAS DE FINAL
TEMA:
CINEMA
Foi perguntado aos poetas qual era o
filme da vida deles. Acima dos títulos, estão as respostas. Boa leitura!
DUELO 01
Títulos:
“Rio Show”
(Herton Gomes – RJ)
X
“:bolinação
no escuro do cinema:”
(Adalberto
Carmo – SP)
“O filme da minha vida é ‘Peixe Grande e suas histórias Maravilhosas’. Fala sobre amizade, família e reconciliação, através da história de um contador de histórias que no seu leito de morte, relembra os tantos encontros que teve durante sua vida. Me identifiquei muito com o filme, porque nada me move mais do que contar histórias, seja através de contos, poemas ou roteiros. E nada me impulsiona mais do que conhecer outras pessoas, tocar e ser tocado por outros corações. Tem pessoas que passaram por minha vida, por uma tarde, por uma semana, por algumas horas, na plataforma de uma rodoviária, da fila de um supermercado, durante as férias numa cidade distante, no meio de uma festa, no corredor de um hospital, num grupo virtual compartilhando poesias, e que a mesma vida que se encarregou de tramar esse encontro se encarregará de fazer com que um dia não mais nos encontremos. E ‘Peixe Grande’ trata desse universo de encontros que transformam e arrebatam com uma sensibilidade e poesia inesquecíveis.Quando o assisti, saí do cinema em prantos e choro toda vez que revisito essa obra”.
Título: Rio Show
(Herton Gomes)
No
Espaço Itaú, o amor dá o cu num banheiro todo mijado
sem projetar porra nenhuma.
No Roxy, o amor fede a passado
bebendo uísque falsificado numa banheira de espuma.
No Moreira Sales, o amor é teoria: conhece o mundo inteiro
e morre de cirrose e apatia nadando em dinheiro.
No Kinoplex Tijuca, o amor é dublado
não gosta de silêncio, pipoca quente, nem refrigerante gelado.
Na Estação Botafogo, o amor dispensa legendas: chega de metrô
e tem um caso antigo com Tarantino, Almodóvar e Truffaut.
No Cinemark Village Mall, o amor não se mistura:
chora no escuro, bota a culpa no filme e nunca perde a postura.
No NewYork City Center, o amor é emergente
feito um Woody Allen ao avesso: raso e incoerente.
No Cine Jóia, o amor não vale nada.
No Cine Santa, desce a ladeira.
No CCBB, sai de cartaz de mãos dadas com outro rapaz, toda terça feira.
No Multiplex Caxias, o amor é clichê.
No Leblon, celebridade.
Na Uruguaiana, pirataria
No Odeon, eternidade.
sem projetar porra nenhuma.
No Roxy, o amor fede a passado
bebendo uísque falsificado numa banheira de espuma.
No Moreira Sales, o amor é teoria: conhece o mundo inteiro
e morre de cirrose e apatia nadando em dinheiro.
No Kinoplex Tijuca, o amor é dublado
não gosta de silêncio, pipoca quente, nem refrigerante gelado.
Na Estação Botafogo, o amor dispensa legendas: chega de metrô
e tem um caso antigo com Tarantino, Almodóvar e Truffaut.
No Cinemark Village Mall, o amor não se mistura:
chora no escuro, bota a culpa no filme e nunca perde a postura.
No NewYork City Center, o amor é emergente
feito um Woody Allen ao avesso: raso e incoerente.
No Cine Jóia, o amor não vale nada.
No Cine Santa, desce a ladeira.
No CCBB, sai de cartaz de mãos dadas com outro rapaz, toda terça feira.
No Multiplex Caxias, o amor é clichê.
No Leblon, celebridade.
Na Uruguaiana, pirataria
No Odeon, eternidade.
“Tenho
uma predileção por filmes pedradas na vidraça: ‘Calígula’, em plena infância de
um garoto com ânsia de seminário causa certos estragos IRREPARÁVEIS...
Título: :bolinação no
escuro do cinema: (Adalberto Carmo)
"Cinema is most totalitarian of the arts. All
energy and sensations sucked up in to the skull, a
cerebral erection, skull bloated whit blood.
……………………………………………..
……………………………………………..
Cinema is this transforming agent. The body
exists for the shake of the eyes; it becomes a
dry stalk to support these two soft insatiable
jewels".
Jim Morrison
Eu sou Botinhas/ entre coxas &
espadas rijas/ dirijo a porra toda/ todo lugar vai & volta em meu olhar/ Eu
sou Botinhas/ BDM de cem velas &/ couro negro em altos ornamentos/
Pretorianos rebolam/ de minissaia Eu sou Botinhas/ Eu sou DP/ Eu SADO/ A Casa
do Amor é onde piso/ & meu coração é templo inchado/ na merda / do tempo
todo/ Medo/ Astúcia/ Solidão/ Dêem as mãos/ à loucura Eu sou/ Botinhas de
veludo no pântano do amor/ Pulgas/ Primas/ Penas/ vossa irmã é minha nova
Messalina/ Me faço moço Vênus antropoestático/ Cavalgo o chanceler na carcaça
de Salomão/ Uso a Clava ereta & a Pele do Leão/ Neméia Eu sou Botinhas/
fluo ouro do alto Reno/ Fortalezas lunáticas Barcas/ de velas negras/ ao Egeu!/
Falerno &/ javalis assados escorrem nas panturrilhas/ incendiadas
fronteiras cegas do tato/ Christãos & vampiros tãos cheios de si Eu sou/
Botinhas & lhes digo/: o perigo corre comigo nesta/ via de depiladas
virilhas/ Venham! O veneno é novo & o chumbo é espesso/ Venham! Amadores de
Pulgueiros Novos Antigos/ & Eternos Chupadores de picas plenas/ de porra do
porvir/ Venham! Eu sou Botinhas/ O Tirano da Ternura/ Eu Sou Botinhas/ Trator
Tira-Gosto/ EU SOU BOTINHAS/ Oh Deglutidos por Fantasmagorias/ Oh Decapitados
na Arena Erótica/ Oh Afogados em Porra Vinho & Mel. EU SOU BOTINHAS.
DUELO 02
Títulos:
“Yume”
(Bianca Velloso – SC)
X
“A Flor de quem”
(Simone Prado – RJ)
“O
filme da minha vida é ‘Sonhos’, do Akira Kurosawa, porque foi exatamente neste
filme que percebi que o cinema é feito de poesia”.
Título: Yume (Bianca Velloso)
(para Akira Kurosawa)
sala vazia
sento-me na poltrona
e espero
...
pouco a pouco
atravesso a tela
a lente é a ponte
córnea, cristalino
retina, nervo óptico
até chegar
ao nascedouro do olhar
:
dentro de ti outra tela
pintura habitável
o arco-íris e os pessegueiros em flor
tão volúveis a culpas esculpidas
nas batalhas invisíveis
entre o ser e o humano
...
um homem que atravessa
) todo dia (
o túnel da morte
comandante menino
passos que percorrem
as cores e os traços de Van Gogh
patologia social, explosões atômicas
incandescências na contra-mão da história
o caminhar para um alegre funeral
que sepulta a ciência
e engravida a essência
:
percebo que o olhar é feito de sonhos
...
e os sonhos de poesia
“Música
tema, figurino, atuações, tudo encanta em ‘E o vento levou’, filme que já devo
ter assistido umas 15 vezes”.
Título: Flor de quem (Simone Prado)
(a Wilker)
encontrei-a diversa
entre moquecas
e acarajés
a servente da fartura
(a Wilker)
encontrei-a diversa
entre moquecas
e acarajés
a servente da fartura
(seios e crustáceos);
o fogo
das velas acesas,
três pratos nas bordas
da mesa
na cadeira, à esquerda,
nudez – marido
vadio,
(mão sob a saia)
à direita,
mudez – marido
vazio
(...)
no criado-mudo-coração
a flor
entre jorge
e amado.
o fogo
das velas acesas,
três pratos nas bordas
da mesa
na cadeira, à esquerda,
nudez – marido
vadio,
(mão sob a saia)
à direita,
mudez – marido
vazio
(...)
no criado-mudo-coração
a flor
entre jorge
e amado.
DUELO 03
Títulos:
“Eureka!”
(Maria
Amélia Elói – DF)
X
“A
vinte quatro quadros por segundo”
(Georgio
Rios – BA)
“Sou
apaixonada por vários filmes, mas acho que o que mais me tocou até hoje foi ‘Sociedade
dos Poetas Mortos’, por conta da paixão, da liberdade e da vida que ele evoca. Também
queria citar alguns água com açúcar deliciosos, como ‘Meia-Noite em Paris’, ‘A
Cem Passos de um Sonho’ e ‘Dirty Dancing’. Com
esses filmes, I've had the time of my life”.
Título: Eureka! (Maria
Amélia Elói)
Nada de médico, igreja ou dieta.
Eu vou ao cinema
to-da segunda, to-da quinta, pagando meia.
Mais certo que tomar banho,
mais seguro que amar os filhos,
mais bingo que dar pro marido de sexta pra sábado.
Arrombo o cartão de crédito,
escancaro o pequeno tesouro,
empresto do agiota,
mas eu sempre sinalo presença.
E não me receite ansiolítico,
mãe de santo, psicólogo.
Não me peça pra ler um livro ou seguir telenovela.
E nem me meta num sanatório
que já estou sã em corpo são.
Atada ao escuro da poltrona e à liberdade do ácaro em devaneio sublime,
over the rainbow
eu choro, me drogo, me entorno,
sequestro, assassino,
me vingo, gozo, gargalho e me curo de qualquer hiato.
Porque é tanto beijo longo e saudade ardida
é tanta lágrima rasgando a morte
é tanta tropa de elite num dirty dancing
que meus seven pecados são perdoados
aqui, matrix, à meia-noite em Paris
Uma casquinha de milho entre os dentes
é o que realmente me move.
Eureka! É na película que mora a vida!
Nada de médico, igreja ou dieta.
Eu vou ao cinema
to-da segunda, to-da quinta, pagando meia.
Mais certo que tomar banho,
mais seguro que amar os filhos,
mais bingo que dar pro marido de sexta pra sábado.
Arrombo o cartão de crédito,
escancaro o pequeno tesouro,
empresto do agiota,
mas eu sempre sinalo presença.
E não me receite ansiolítico,
mãe de santo, psicólogo.
Não me peça pra ler um livro ou seguir telenovela.
E nem me meta num sanatório
que já estou sã em corpo são.
Atada ao escuro da poltrona e à liberdade do ácaro em devaneio sublime,
over the rainbow
eu choro, me drogo, me entorno,
sequestro, assassino,
me vingo, gozo, gargalho e me curo de qualquer hiato.
Porque é tanto beijo longo e saudade ardida
é tanta lágrima rasgando a morte
é tanta tropa de elite num dirty dancing
que meus seven pecados são perdoados
aqui, matrix, à meia-noite em Paris
Uma casquinha de milho entre os dentes
é o que realmente me move.
Eureka! É na película que mora a vida!
“Para
quem trabalha com cinema de perto, eleger um único filme é trair a si mesmo, é
minimizar o poder catártico que tem o cinema, sua quase sinestésica penetração
em qualquer pessoa, seja ele um espectador casual ou um cinéfilo. Quem gosta da
tela grande. Creio que a pergunta soa de certa forma injusta, limitadora e vai
à contramão da proposta do cinema que é expandir, através de luz e sombra, a
capacidade de ver. Gosto de uma infinidade de filmes, cada um com
suas peculiaridades. Deixando de lado as mais variadas conceituações, digo
que: cinema é esta pugna entre a luz e sombra. E a partir de certa parte do
processo de evolução do cinema como linguagem, a música entra como elemento de
mediação nesta guerra. Para além da “luz expressionista” e da “sombra noir”.
Visando poder atender ao jogo de risco que a pergunta propõe, vou apontar um
filme que reúne uma batalha expressiva entre estes elementos: (Gone with the
Wind) dirigido por: Victor Fleming (dirigiu apenas 45% do filme), George Cukor,
Sam Wood, William Cameron Menzies e Sidney Franklin, (todos não-creditados)
Aqui, por estas bandas dos trópicos o conhecemos como o clássico ‘E o
Vento Levou’, há neste filme um detalhe que a meu ver faz jus a esta batalha de
sombra e luz de forma mágica. Assistir como as sombras contam uma
história secreta dentro do filme é essencial. Já parou para observar como as
cenas de crepúsculos são utilizadas para desenhar o tons dramáticos no enredo?
Vale lembrar que o filme é uma muito bem feita adaptação literária da obra da
autora Margaret Mitchell. Para, além disso, vale dizer que os escritores F.
Scott Fitzgerald e William Faukner também participaram como roteiristas. Mais
uma curiosidade: Hattie McDaniel não pôde comparecer na première do filme em
Atlanta porque era negra. Ela foi a primeira atriz negra a conquistar um
Oscar. Assim, aponto ‘E o Vento Levou’ - que além destas
qualidades e curiosidades acima apontadas, é um filme tocante, firme é
transcendente, respeitando a premissa de ser voz do seu tempo, e de tocar ainda
hoje de forma pertinente quem se propõe a vê-lo. É um filme tocante para mim.
Título: A vinte quatro
quadros por segundo (Georgio Rios)
O
tempo foge
Como
quem finda
Na
líquida superfície da retina
Castigada
pela luz das janelas indiscretas
"Hay que tener ilusion"
Você
me disse ao apagar das luzes
Na
última projeção de Lolita
Como
alguém que alerta
Sobre
a vastidão de precipícios
Como
quem claqueta mais um take:
Próxima
sequência em close up,
-Ação!
Diante
da primeira fila, um letreiro:
Os
brutos também amam
O
som da projeção cresta em contraste com a música
Aumenta
a respiração
A
tarde morre
O
tempo finda
Morre
o dia como a vida
A
vinte quatro quadros por segundo.
DUELO 01
Títulos:
“Primeiro
plano”
(Cinthia
Kriemler – DF)
X
“Projeção”
(Francisco
Carvalho – MA)
“São vários os filmes ‘da minha vida’. Mas se é para citar só um, escolho um
que me marcou sob vários aspectos: ‘A casa dos espíritos’ (baseado no
livro de Isabel Allende).
Título: Primeiro plano
(Cinthia Kriemler)
no
útero quente, escuro,
olhos-vaga-lumes
piscam em espera
que
recende pipoca e menta
do
parto, só sabem a hora em que blanches
olgas,
doras serão paridas no ecrã
não
sabem que vida é texto, enquadrado por
cortes,
efeitos
que
é sequência de planos, diálogos, de cenas
sem
takes perfeitos
não
sabem que há estamiras, padmés, gildas
cabírias
gestando, no mesmo instante, misérias
desgraças,
dores, personagens invisíveis
em
decupagem incessante.
““A
vida é bela” foi marcante, um filme de muitos ensinamentos. O próprio título já
sugere muito. Um trabalho belíssimo, de muita sensibilidade, contextualizando a
segunda guerra mundial”.
Título: Projeção
(Francisco Carvalho)
exatamente
ali,
na
esquina do Cine Rex,
lugar
onde nunca estivemos,
sinto
pingos de uma chapliniana chuva,
fino
sabor de milho e novembro escorre
das
extremidades de um beijo...
um
louro olor de saudade
na
película dos lábios se acende.
DUELO 02
Títulos:
“Super oito – (sobre a vida e a memória como cinema)”
(Jorge Augusto Silva – BA)
X
“Foco”
(Ricardo Thadeu – BA)
“Hoje
não tenho filme da minha vida. Durante muito tempo foi o ‘Sociedade dos poetas
mortos’, filme importante para mim alguma hora, mas que hoje não dou mais a
mesma importância. O filme que mais gosto de ver hoje é o ‘Madame Satã’, de
Karin Ainouz. Acho bonito, sensível, tem uma humanidade que me interessa ali,
como também, no filme ‘Cidade Baixa’, de Sérgio Machado”.
Título: Super oito – (sobre a vida e a memória como cinema) (Jorge Augusto)
I
dezoito fotogramas por segundo
o tempo não pára de passar pasolini
rodando na tela do aparelho celular
um projetor disputa com a lua a claridade
acende fellini como um sol no meio da
noite na praça daquela cidade
meu pai fuma hollywood e nunca foi ao cinema
mas todo ano reprisa o roteiro – repete
o enredo - de nossos filmes em família
mais que imagem cinema é então
linguagem de produção do homem
e da memória como fratura-exposta
metáfora que se aplica a pensar a própria vida
- um filme passando em nossa cabeça –
numa língua de memórias e represas
II
essa memória transa um transe:
miragem visagem voragem
num milésimo infinito-segundo
tudo se reimprime
na película mnemônica do olho
re – vi
vi tudo
a vida inteira num vulto
fotos fatos grafias
cenas sobre cenas
– pathos: cinema
mas como a memória
de toda película
de tanto ouvir-se olvida
grafo-gravo tudo aqui:
visagem imagens voragens
– catarse: poema
III
o cinema simula ainda -
simulacro deturpado
do que redunda
duplica rasga e rasura
- a realidade semiose que explode
sua grade de linguagem
uma memória que se narra
e espelha como alteridade
mas não faz senão produzir
o mundo a sua própria imagem.
“O
filme ‘Como Água Para Chocolate’, de Alfonso Arau. Não é o melhor filme que vi,
mas marcou a minha trajetória acadêmica”.
Título: Foco (Ricardo Thadeu)
Não há enigma nas engrenagens
que, corroídas pela ferrugem,
que, corroídas pela ferrugem,
movem a cena:
o insone movimento dos quadros
evidencia, no oculto quarto,
as máscaras e as feridas;
a sujeira secular que forra paredes
é escondida sob a projeção
de trôpegos movimentos;
atropeladas hordas de sentimentos,
atados ao lobo fingido,
forjam lágrimas no escuro.
Alheios a tudo, na última fila,
um casal partilha outros sentidos.
o insone movimento dos quadros
evidencia, no oculto quarto,
as máscaras e as feridas;
a sujeira secular que forra paredes
é escondida sob a projeção
de trôpegos movimentos;
atropeladas hordas de sentimentos,
atados ao lobo fingido,
forjam lágrimas no escuro.
Alheios a tudo, na última fila,
um casal partilha outros sentidos.
DUELO 03
Títulos:
“manual
para abraçar no cinema”
(André
Oviedo – SP)
X
“Ação
e reação”
(Natasha
Félix – SP)
“O
filme da minha vida é ‘Medianeras’, argentino. Meu Deus, que película”.
Título: manual para
abraçar no cinema (André Oviedo)
o escuro do cinema
é perfeito para
o primeiro contato
do braço de quem abraça
com o ombro do abraçado.
comece escolhendo
um momento
em que o filme
esteja morno.
diálogos longos
e cenas pós-clímax
são perfeitos para tal.
com a visão periférica,
garanta que a outra parte
não suspeite do seu plano.
despretensiosamente,
finja o bocejo:
abra a boca o máximo
que puder e feche os olhos
levemente para passar
mais verossimilhança.
ao mesmo tempo,
projete os ombros para trás
e suba os dois braços
num movimento constante.
quando chegar à altura máxima
desça o braço que estiver
ao lado de quem deseja abraçar
e posicione-o sobre
os ombros do abraçado.
é essencial que o movimento
seja fluido e realizado com leveza.
o abraçado só deve perceber
seu braço quando o mesmo
já estiver repousado sobre
os ombros.
é preciso técnica
e, algumas vezes,
persistência,
pois é comum
a outra parte oferecer,
à primeira vista,
certa resistência.
caso isso aconteça,
repita o processo
após, no mínimo,
30 minutos de filme.
não havendo sucesso,
evite tentar de novo,
pois ultrapassando
duas tentativas,
a outra parte poderá
perceber o plano
e nenhum outro
ato poderá salvá-lo
do fracasso.
o escuro do cinema
é perfeito para
o primeiro contato
do braço de quem abraça
com o ombro do abraçado.
comece escolhendo
um momento
em que o filme
esteja morno.
diálogos longos
e cenas pós-clímax
são perfeitos para tal.
com a visão periférica,
garanta que a outra parte
não suspeite do seu plano.
despretensiosamente,
finja o bocejo:
abra a boca o máximo
que puder e feche os olhos
levemente para passar
mais verossimilhança.
ao mesmo tempo,
projete os ombros para trás
e suba os dois braços
num movimento constante.
quando chegar à altura máxima
desça o braço que estiver
ao lado de quem deseja abraçar
e posicione-o sobre
os ombros do abraçado.
é essencial que o movimento
seja fluido e realizado com leveza.
o abraçado só deve perceber
seu braço quando o mesmo
já estiver repousado sobre
os ombros.
é preciso técnica
e, algumas vezes,
persistência,
pois é comum
a outra parte oferecer,
à primeira vista,
certa resistência.
caso isso aconteça,
repita o processo
após, no mínimo,
30 minutos de filme.
não havendo sucesso,
evite tentar de novo,
pois ultrapassando
duas tentativas,
a outra parte poderá
perceber o plano
e nenhum outro
ato poderá salvá-lo
do fracasso.
“Quando
me perguntam meu livro favorito, comida predileta ou filme de preferência
sempre fico com uma incógnita na cabeça. Aquela história de que as escolhas, de
certa forma, limitam, sabe? Eu acredito na influência de alguns filmes em
etapas diferentes da minha vida. É como pedir pra escolher um sentimento que me
represente: não há como. Porém, alguns filmes vêm duma vez na memória. ‘Cem
anos de escravidão’, ‘Desejo e Reparação’, ‘Meia-noite em Paris’ e ‘Closer’ são
apenas alguns”.
Título: Ação e reação
(Natasha Félix)
Ensaiou
a boca marcada
o
riso escondido
a
chuva nos olhos
Escolheu
a cena:
minha
casa, ventilador rodado
no
teto, mofo
no
tempo, nada.
O
roteiro silencioso,
-
marca-passo, conta-gotas;
Por
ela escolhido,
Premeditou
a visão
Guardei
meu grito
no
escuro
feito
filme mudo.
E AÍ, CARLITOS? QUEM AVANÇA? QUEM FICA PARA TRÁS?
ESSA CARA DE DÚVIDA DIZ TUDO, HEIN...
ATÉ QUINTA-FEIRA COM OS RESULTADOS!
AUTORES S/A
UMA SOCIEDADE DIFERENTE DAS OUTRAS
4 comentários:
Show de poemas. Muito feliz em estar entre os 12 finalistas do concurso. Creio que cada poeta participante sairá mais fortalecido depois de toda a caminhada literária nesse belo festival de poesia.
belos poemas, e diversos filmes escolhidos o que deu mais beleza a esta etapa. Parabéns Poetas
Parabéns, Cinthia, Ricardo e André Oviedo. Trovas bem fechadinhas e excelente métrica.
Obrigada, Jacqueline! Bjks
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