Olá,
pessoal!
Hoje é dia de tensão. De muita espera,
roer de unhas! Porque hoje é dia de anunciar os resultados da 1º rodada da fase
de grupos e dos haikais. Os haikais serão peças-chave para a conclusão desta
fase, afinal, a avaliação dada a eles será o primeiro critério de desempate dos
grupos, ao final das 03 rodadas.
Até o final do dia, o post revelará, aos
poucos, os resultados concedidos pelos jurados desta etapa. Os temas para a
segunda rodada também serão confirmados neste post, após o anúncio de todos os
resultados. Portanto, fiquem ligados!
E vamos começar com os haikais! Os menos
votados serão apresentados primeiro, até que cheguemos ao haikai de maior nota –
aquele que, naturalmente, foi escolhido como o melhor haikai da leva pelo
jurado em questão. As notas concedidas equivalem ao número de estrelas que o
poeta terá até o fim da fase de grupos. E quem é esse jurado, afinal?
Apresentemos o mestre.
JURADO
RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO DOS HAIKAIS:
EDSON
KENJI IURA
Edson Kenji Iura é nascido e residente
em São Paulo. Trabalha na área de informática. Desde 1991, é devotado à prática
do haicai como membro do Grêmio Haicai Ipê. Também compõe versos encadeados
(renga), como membro do Grêmio Haicai Caleidoscópio, o único grupo brasileiro
dedicado a esta prática. Seleciona haicais de leitores para publicação no
Jornal Nippak. Pioneiro na divulgação do haicai brasileiro na internet como
editor do "Caqui" (www.kakinet.com),
primeira revista eletrônica em português exclusivamente dedicada ao assunto,
fundada em 1996. Administrador do fórum eletrônico "Haikai-L", o
primeiro na internet dedicado ao haicai brasileiro, fundado em 1996. Jurado de
concursos de haicai, entre os quais o Concurso Mundial de Haikai para Crianças
da Fundação JAL, o Concurso Brasileiro de Haikai Infanto-Juvenil e o Concurso
do Festival das Estrelas de São Paulo. Foi jurado nas duas primeiras edições do
Concurso de Poesia Autores S/A. Tem haicais publicados em antologias no Brasil
e no exterior.
O haicaísta Edson Kenji Iura premiará o
autor(a) do haikai que julgou como sendo o melhor, entre os demais, com a
antologia autografada do Grêmio Haicai Ipê,
publicada em 2011. Desde já, fica aqui o sincero agradecimento ao jurado que,
pela terceira vez, concede tão generosa participação ao concurso do Autores
S/A.
*NOTAS
E COMENTÁRIOS DO JURADO EDSON KENJI IURA
*As notas iam
de 01 a 05, sem decimais.
“Verão”
(Desirée
Jung – grupo F)
Na língua –
abacate gelado
refresca o calor.
Nota:
01
Comentário:
Simples enunciação que não traz informação poética.
“Outono”
(Álvaro
Barcellos – grupo C)
nunca te abandono:
eu te busco entre as sombras
e os ventos de outono
Nota:
01
Comentário:
A estação comparece apenas para rimar com qualquer que seja o primeiro verso.
“Horário
de Verão”
(Bruno
Baptista – grupo C)
o sol vai tarde
assim é como não ter fim
o fim de tarde
Nota:
01
Comentário:
Um raciocínio circular que não tem gosto de haicai.
“Melancolia”
(Isadora
Bellavinha – grupo D)
E suspira o vento
soa o vazio rastejo
folha a folha, lento.
soa o vazio rastejo
folha a folha, lento.
Nota:
01
Comentário:
Com o título, o autor impõe sua interpretação do poema que, de resto, poderia
ser uma imagem interessante, mas é uma descrição prolixa. O segundo verso tem
seis sílabas.
“Primavera
de mim”
(Gerci
Oliveira – grupo E)
Plantei roseira
acordei pássaro cor.
Sonhei floreira.
Nota:
01
Comentário:
Os três versos fecham uma cadeia de causa e efeito.
“Para
Yuki Kajiura”
(Thiago
Carvalho – grupo H)
Secando palavras,
Entra, outono-linguagem!
Sépia musicada...
Nota:
01
Comentário:
Um haicai descreve uma sensação. Aqui só há conceitos.
Último
buquê
(Raimundo
de Moraes – grupo D)
Atrás da porta
emudece o verão
da noiva morta
Nota:
01
Comentário:
Não fosse a rima, este texto seria um microconto. Como haicai, está muito
explicativo.
“Cores
nos olhos”
(Luis
Otávio Oliani – grupo E)
em floração plena
a natureza agradece
os botões em flor
Nota:
01
Comentário:
Dentre vários, apontamos apenas um problema: a personificação da natureza.
“Teimosia de poeta”
(Maria
Amélia Elói – grupo F)
Haikai buganvília,
até todo flores ser,
queira florescer!
Nota:
01
Comentário:
Meta-haicai não é haicai.
“Outonal”
(Georgio
Rios – grupo G)
Horizonte gris
O giz riscando o chão
Tons do outono
O giz riscando o chão
Tons do outono
Nota:
01
Comentário:
Três linhas em três direções diferentes: como na física, a resultante é nula.
“Haiku
para o amor de verão”
(Jorge
Augusto Silva – grupo H)
sentido horário
de verão mais que se pede
são haikais de paixão
Nota:
01
Comentário:
Meta-haicai não é haicai.
“Primaveril”
(Marília
Lima – grupo E)
Amarelo ouro
Flor de ipê que desabrocha
Tudo se faz luz
Nota:
01
Comentário:
Metáforas batidas.
“De
repente”
(Danilo
Fernandes – grupo A)
A vida é folha
que no outono
cai sem avisar
Nota:
01
Comentário:
Pílula filosófica não é haicai.
“Noite”
(Andressa
Barrichello – grupo D)
Ninhos florescem
O gato à espreita
Pássaro canta
Nota:
01
Comentário:
A tonalidade surrealista não combina com haicai.
“Primavera”
(André
Barbosa – grupo C)
Vem com os olhos, vê.
O encanto subiu a colina.
Primavera. Ipê.
Nota:
01
Comentário:
O poema começa bem, mas se perde no conceitualismo do segundo verso. E a
palavra primavera é desnecessária. Métrica irregular.
“haicai
do sob e sobre mundo”
(Danielle
Takase – grupo G)
valsa de equinócio −
dum lado, a primeira queda;
lado outro, há pétala.
Nota:
01
Comentário:
Um haicai descreve uma sensação. Aqui só há conceitos.
“desestiagem”
(Natasha
Félix – grupo H)
o cantar da nuvem
numa lágrima de boi
alaga o sertão.
Nota:
01
Comentário:
O poema é um comentário conceitual e hiperbólico.
“Vida
que segue”
(André
Kondo – grupo F)
O vento outonal –
A pipa levanta voo
no cair das folhas.
Nota:
01
Comentário:
O título entrega uma pílula filosófica. A estação comparece apenas para completar
os três versos.
“estéril”
(Herton
Gomes – grupo B)
manchete do dia:
primavera no sertão
não brota poesia
Nota:
01
Comentário:
Tenta graça com a quebra de expectativa, mas o título entrega o desfecho.
Apenas exposição de conceitos, sem sensação.
“Miles
Davis”
(Bianca
Velloso – grupo A)
as folhas secas
quintal do meu outono
jazz dentro de mim
Nota:
01
Comentário:
Talvez a visão de folhas secas desperte no autor a lembrança da finitude, mas a
execução está muito complicada. Além disso, o uso da palavra jazz com duplo
sentido é um recurso barato.
“Tangerina”
(Francisco
Carvalho – grupo F)
delícia d’outono:
os gomos da tanja dançam
tango nos meus lábios.
Nota:
01
Comentário:
O primeiro verso emite um juízo que cabe ao leitor. No mais, a aliteração tanja/tango
chama muito a atenção. A linguagem do haicai deve ser modesta.
“Invernando”
(Ricardo
Thadeu – grupo E)
o homem sertanejo
vê no escuro céu da roça
Nota:
01
Comentário:
Raciocínio totalmente fechado e explicado.
“Outono”
(Jacqueline
Salgado – grupo A)
Silêncio no céu.
Lua cheia de vazio.
Espelho de mi’alma.
Silêncio no céu.
Lua cheia de vazio.
Espelho de mi’alma.
Nota:
01
Comentário:
O jogo de palavras do segundo verso é algo que não funciona em haicai.
“Memórias
de outono”
(Nathan
Sousa – grupo A)
Ainda que tarde, tenho
colhido imagens em troca
de uma luz distante.
Nota:
01
Comentário:
O poema é uma paráfrase do título.
“Vento”
(Adalberto
Carmo – grupo C)
O vento, o vento!
Reclino a face, encaro
dentes de leão ao sol.
Reclino a face, encaro
dentes de leão ao sol.
Nota:
02
Comentário:
Onde se espera verossimilhança há estranhamento. O desenlace não combina com a
importância atribuída ao vento. Métrica irregular.
“Banquete”
(Francisco
Ferreira – grupo H)
Revoadas de cupins
anunciando boa chuva.
Sapos se regalam.
Nota:
02
Comentário:
Os dois versos iniciais anunciam o fenômeno natural e o augúrio do observador
humano. Mas o terceiro verso estraga tudo ao anunciar uma relação de
causa-efeito. A métrica está irregular.
“Folhas
de outono”
(Hugo
Costa – grupo B)
Voam em bando,
levando este pensamento,
as folhas de outono?
levando este pensamento,
as folhas de outono?
Nota:
02
Comentário:
A imagem exagerada desacredita o tom introspectivo do poema. O primeiro verso
tem quatro sílabas.
“Paixão”
(Cinthia
Kriemer – grupo G)
Nas ruas escuras
procissão do fogaréu
cor de farricoco
Nota:
02
Comentário:
Simples enunciado de uma noite em Goiás Velho. Métrica ok, mas falta algo mais.
“ilusão
de queda”
(André
Oviedo – grupo B)
certa folha cai
sem sequer tocar o chão
uma borboleta
certa folha cai
sem sequer tocar o chão
uma borboleta
Nota:
02
Comentário:
Não sei se é intertextualidade ou plágio de Moritake: “Uma flor que cai/Ao
vê-la tornar ao galho/ Uma borboleta!” De todo modo, o tema é batido e o título
é ruim. Ao menos a métrica está ok.
“Cobertas”
(Marcelo
Asth – grupo G)
É manhã no rio:
Folhas nas margens cobertas
Pelo orvalho frio.
Nota:
03
Comentário:
Ficaria melhor sem a rima. Pelo menos a métrica está ok.
“Verão
na Maré”
(Simone
Prado – grupo D)
entre palafitas
no calor da água suja
reflexos da lua
entre palafitas
no calor da água suja
reflexos da lua
Nota:
03
Comentário:
Um haicai razoável, ainda que recauchutado da velha imagem da lua na poça de
lama. Seis sílabas no segundo verso.
“Colheita”
(Dora
Oliveira – grupo B)
Manhã no pomar:
Sabiá faz desjejum
de mamão maduro.
Nota:
04
Comentário:
O primeiro verso contextualiza tempo e espaço. Os dois versos seguintes trazem
uma sensação visual. Tecnicamente está satisfatório, embora o cenário seja
banal: o que mais se espera de um sabiá em um pomar de manhã? Métrica ok.
Este
é meu escolhido.
DORA OLIVEIRA VENCE A ETAPA DOS HAIKAIS!
PARABÉNS!
NO MAIS, AS NOTAS RECEBIDAS SERÃO DE SUMA IMPORTÂNCIA, POIS PODERÃO "SALVAR" O POETA QUE POR VENTURA ESTEJA EMPATADO NO FINAL DA FASE DE GRUPOS.
COMENTÁRIOS
E ESCOLHAS DOS JURADOS
1º
RODADA DA FASE DE GRUPOS
GRUPO
A
JURADO CONVIDADO 01 DO GRUPO A:
NONATO GURGEL
Nonato
Gurgel é professor de Teoria da Literatura e de Literatura
Universal da UFRRJ, e autor de “miniSertão” (2014) e “Luvas na marginalia” (no
prelo). Cursou doutorado na UFRJ, com a tese “Seis poetas para o próximo
milênio”. Possui mestrado em Estudos da Linguagem, especialização em Literatura
Brasileira e graduação em Letras pela UFRN. Trabalhou com extensão rural e
lecionou língua e literatura em algumas cidades do sertão potiguar. Possui
textos publicados sobre literatura e cultura moderna em livros, revistas, sites
e jornais. Edita o blog Língua do pé. http://linguadope.blogspot.com
DUELO 01 - NATHAN SOUSA X DANILO FERNANDES
Título:
“Atentado”, de Nathan Sousa
Nonato
Gurgel: Bom começo, parabéns. Desde o título, em sintonia
com o texto, o poeta atesta o domínio da forma e “a rigidez do avesso”. O poema
surpreende, cresce no final: “é escambo de sal e couro; osmose, permuta
franciscana”. Penso, porém, que o texto poderia ser mais livre, como sugerem os
versos modernos do autor e o próprio tema deste grupo. Sugiro menos pontuação.
Título:
“Tinha um amor no meio do caminho”, de Danilo Fernandes
Nonato
Gurgel: Gosto do título. Pelas referências sugeridas no
texto, percebe-se que o autor possui um bom repertório literário. Apesar disso,
os intertextos rendem pouco ou não dão cria. “Se nem findam na alegria os do
Estrangeiro”, por exemplo, é um verso que poderia render mais com menos
fonemas. Um verso que poderia ser mais trabalhado no plano significante, ou seja,
na sua dimensão acústica ou sonora. Em alguns trechos do poema, o eu
poético parece meio sem rumo na imensidão existencial e linguística na qual
mergulha. Sugiro foco, leitura de poesia.
Escolha
de Nonato Gurgel: “Atentado”, de Nathan Sousa
Nathan
Sousa 1 x 0 Danilo Fernandes
DUELO 02 - JACQUELINE SALGADO X BIANCA VELLOSO
Título:
“Promessa é dúvida, mesmo quando coisa, mesmo quando texto”, de Jacqueline
Salgado
Nonato
Gurgel: O poema indaga bastante em torno do sentimento
sugerido como tema – o amor, mas uma das melhores estrofes não pergunta nada.
Emana dela uma percepção metalinguística que une sentimento e palavra, assim:
Amor
que se debruça sobre o verbo,
que deita mudo sobre um nicho frágil
da escrita,
que converte fragmentos de um texto comum
em cartas estendidas sobre o tapete.
que deita mudo sobre um nicho frágil
da escrita,
que converte fragmentos de um texto comum
em cartas estendidas sobre o tapete.
Penso que o poema merece cortes. Verso
como “Qual o tamanho do amor que sinto?” não acrescenta nada, e pode até
banalizar a ideia produtiva que o texto encerra. Parece haver falta de trabalho
com a linguagem. Sugiro a releitura dos Cânticos citados. Leitura de autores modernos
que se prometem escritas, como diz o belo final deste poema.
Título:
“todo palhaço é poeta”, de Bianca Velloso
Nonato
Gurgel: Tenho dúvida se a ideia de totalidade deste título
combina com os paradoxos e com a delicadeza irônica do poema. Como leitor de
poesia, parece-me que “o picadeiro dos teus dias” ou “o amor é um palhaço”
soariam melhores como título, embora os excessos do título não alterem a minha
preferência neste duelo. Ressalto principalmente o poder de concisão do poeta. Gosto
das figurações que ele cria em torno do tema, e curto muito o personagem-metáfora
que ele elege. Como ensina a lição de Walter Benjamin, o moderno abrevia. O poema moderno convoca o leitor. Deixa
espaço para o leitor entrar no texto. Neste poema, a concisão e o corte ajudam o
leitor a seguir os ritmos e recortar as imagens que erigem. Viva o palhaço!
Escolha
de Nonato Gurgel: “todo palhaço é poeta”, de Bianca Velloso
Bianca
Velloso 1 x 0 Jacqueline Salgado
GRUPO A
GRUPO A
Simone
Pedersen nasceu em São Caetano do Sul, SP, em 1966. Formou-se
na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Atualmente, reside em
Vinhedo, SP e se dedica à Literatura desde 2008. Publicou o primeiro livro em
2010. Participa de muitas antologias. Publicou livros para adultos e crianças,
com prosa e poesia. Entre os seus livros premiados, estão: “O curumim poeta”, “Poemas
minimalistas”, “A galinha que botava batatas”, “O tango da vida”, “Você teria
medo?” e “A menina da favela”.
DUELO 01 – Nathan Sousa x Danilo Fernandes
Título:
“Atentado”, de Nathan Sousa
Simone
Pedersen: Não é o tipo de poema que me dá prazer ler. No início,
o verbo “exumar” já me tencionou. Pessoalmente, não me agrada poesia mórbida. É
um caminho arriscado: muitos amam, outros detestam.
Título:
“Tinha um amor no meio do caminho”, de Danilo Fernandes
Simone
Pedersen: Começa na terceira pessoa e depois usa o “nós”; na
última estrofe, podia limpar os “se” dos três primeiros versos. Mais limpo,
mais forte, mais direto.
Escolha
de Simone Pedersen: “Tinha um amor no meio do caminho”, de Danilo Fernandes
PLACAR FINAL
Nathan Sousa 1 x 1 Danilo Fernandes
DUELO 02 – Jacqueline Salgado x Bianca Velloso
Título:
“Promessa é dúvida, mesmo quando coisa, mesmo quando texto”, de Jacqueline
Salgado
Simone
Pedersen: Gostei das imagens e do brincar com palavras.
Título:
“todo palhaço é poeta”, de Bianca Velloso
Simone
Pedersen: Bonito, mas simples, sem imagens nos versos.
Escolha
de Simone Pedersen: “Promessa é dúvida, mesmo quando coisa, mesmo quando texto”,
de Jacqueline Salgado
PLACAR
FINAL
Bianca
Velloso 1 x 1 Jacqueline Salgado
GRUPO
B
JURADO CONVIDADO 01 DO GRUPO B:
NONATO GURGEL
DUELO
01 – Dora Oliveira x Hugo Costa
Título:
“Viandante”, de Dora Oliveira
Nonato
Gurgel: O eu poético demonstra sensibilidade verbal e
vivência temática. O texto é bom como registro de sentimentos contraditórios,
sensações inacabadas, pequenas catástrofes cotidianas. Registro do repouso de um eu que ancora
movido por dualidades. Dualidades que tendem a render pouco num espaço-tempo
que é multicultural.
Título:
“A dança da morte”, de Hugo Costa
Nonato
Gurgel: A ideia do poema é rentável, mas banalizada pela
presença de clichês como “olhos revirados”, dentre outros. A rapidez e o ritmo
da primeira estrofe prometem, mas o excesso domina esta narrativa do “duelo
perdido”. Embora opte por este poema, reconheço nele a falta de trabalho com a
linguagem e do senso de medida. “Mas deixa a revanche pra um outro capítulo” é
um verso que ratifica a falta e os excessos do poema. Remember: leitura é ação.
Escolha
de Nonato Gurgel: “A dança da morte”, de Hugo Costa
Hugo
Costa 1 x 0 Dora Oliveira
DUELO
02 – André Oviedo x Herton Gomes
Título:
“do elo”, de André Oviedo
Nonato
Gurgel: Gosto muito deste poder de síntese. Gosto também
das contradições que atravessam o eu poético e suas defesas certeiras e
contemporâneas. Como a forma é vertical e o texto é rápido, como sugere o
contexto, talvez fosse produtivo dividir em dois o primeiro verso que possui
bastante informação: o tempo, o outro e sua vinda. Na minha audição de leitor de poesia, o
advérbio “hoje” soaria melhor sozinho como um verso. Pena que este poema veio
neste duelo, eu gostaria de votar nele.
Título:
“western particular”, de Herton Gomes
Nonato
Gurgel: Este é um dos melhores poemas desta fase, seja pela
forma, pela seleção do recorte vocabular, seja pelo ritmo “sem perder a
cadência”. Enfim, um eu poético em ação no duelo e no modo de não se levar muito
a sério. Fazia falta algo menos “sentido” demais, “intenso” demais, extenso
demais. Penso que o poema pode ser intenso, mas poesia não requer peso nem
gordura. Poesia tem a ver com leveza, com o jeito de dizer, e menos com o que
diz o eu poético. Seja bolero, fado ou samba, é preciso ser leve (e
consistente) na forma. Leve nos modos de dizer e sugerir. Leve e preciso nos
tons para convocar o leitor. É preciso que o poeta pense em quem lê. Creio que
a última estrofe pode ser mais enxuta, por isso prefiro as três primeiras.
Principalmente esta:
“ainda
te espero”
reclama
o bolero
nesse
vinil de oitenta e quatro
vazio
cinéreo
travo
um duelo
entre
o Rivotril
e
a falta do teu abraço
Escolha
de Nonato Gurgel: “western particular”, de Herton Gomes
Herton
Gomes 1 x 0 André Oviedo
GRUPO B
JURADA CONVIDADA 02 DO GRUPO B: SIMONE PEDERSEN
DUELO 01 – Dora Oliveira x Hugo Costa
Título:
“Viandante”, de Dora Oliveira
Simone
Pedersen: O jogo dos opostos está muito óbvio.
Título:
“A dança da morte”, de Hugo Costa
Simone
Pedersen: Gostei da musicalidade e do conteúdo.
Escolha
de Simone Pedersen: “A dança da morte”, de Hugo Costa
PLACAR
FINAL
Hugo
Costa 2 x 0 Dora Oliveira
DUELO 02 – André Oviedo x Herton Gomes
Título:
“do elo”, de André Oviedo
Simone
Pedersen: usar “pois” – então, etc – enfraquece o poema;
quebra um ritmo que estava bom, neste caso.
Título:
“western particular”, de Herton Gomes
Simone
Pedersen: Gostei muito desse poema, principalmente do final.
Moderno, com “rivotril” e “homossexualismo”.
Escolha
de Simone Pedersen: “western particular”, de Herton Gomes
PLACAR
FINAL
Herton
Gomes 2 x 0 André Oviedo
JURADO CONVIDADO 01
GRUPO C: GUILHERME GONTIJO FLORES
Guilherme
Gontijo Flores (Brasília, 1984), poeta, tradutor e
professor de Língua e Literatura Latina na UFPR. Lançou traduções de “As
janelas”, seguidas de poemas em prosa franceses, de Rainer Maria
Rilke (2009, Ed. Crisálida, em parceria com Bruno D'Abruzzo), “A
anatomia da melancolia”, de Robert Burton (2011-2013, 4 vols, Ed. UFPR,
ganhador do prêmio APCA e do Prêmio Jabuti 2014), as “Elegias de Sexto
Propércio” (2014, Ed. Autêntica), e “O burlador de Sevilha”,
atribuído a Tirso de Molina (no prelo, Ed. Autêntica). Publicou os “poemas de brasa
enganosa” (2013, Ed. Patuá, finalista do prêmio Portugal Telecom em 2014)
e do poema-site “Tróiades” (www.troiades.com.br). É editor do blog coletivo e revista
impressa escamandro (www.escamandro.wordpress.com).
GRUPO C
DUELO 01 – Álvaro Barcellos x André Barbosa
Título:
“Fuga”, de Álvaro Barcellos
Guilherme
Gontijo: Este poema, como o outro cai num moralismo, a meu
ver, datado, quando trata da prostituição. Vivemos numa sociedade em que as
prostitutas já se organizaram como classe trabalhadora, várias envelhecem na
profissão e sustentam famílias desse modo, sem se verem como degradadas. Tive a
impressão de que, no fundo, o poema partilha daquela mesma visão ainda do
século XIX sobre o assunto e acaba tendo pouco a dizer sobre o presente.
No mais, achei a dicção
bem funcional com o tema e o tom: a sobriedade da escrita dá mais força ao que
é dito, e a imagem de Maria das marés – embora um pouco previsível – passa a
ter um vigor renovado.
Título:
“Lucíola Alencar”, de André Barbosa
Guilherme
Gontijo: Este poema, como o outro cai num moralismo, a meu
ver, datado, quando trata da prostituição. Vivemos numa sociedade em que as
prostitutas já se organizaram como classe trabalhadora, várias envelhecem na
profissão e sustentam famílias desse modo, sem se verem como degradadas. Tive a
impressão de que, no fundo, o poema partilha daquela mesma visão de José de
Alencar – como o título já sugere — mas sem atualizá-la para as demandas do
presente.
No mais, estranhei os
parênteses explicando a ausência de rimas na segunda estrofe. O efeito parece cômico,
enquanto o poema se apresenta como sério.
Escolha
de Guilherme Gontijo: “Fuga”, de Álvaro Barcellos
Álvaro
Barcellos 1 x 0 André Barbosa
DUELO 02 – Bruno Baptista x Adalberto Carmo
Título:
“As prostitutas de amsterdã”, de Bruno Baptista
Guilherme
Gontijo: O tom leve do poema é importante para contrariar o
lugar comum da prostituta como degradada. Além disso, as rimas com amsterdã são
muito boas para dar uma amarração ao poema e reforçar o tom de leveza.
Título:
“Garbo”, de Adalberto Carmo
Guilherme
Gontijo: O poema é interessante no seu jogo circular (greta
garbo está invertida como garbo ---- greta) que reverte o sentido do nome
próprio em nome comum, além de aumentar o efeito com a rima inesperada. No
entanto, embora o poema seja de fato interessante, não percebi claramente qual
é a relação do tema com prostituta. Erotismo, por si, só, não diz muito
respeito à profissão.
Escolha
de Guilherme Gontijo: “As
prostitutas de Amsterdã”, de Bruno Baptista
Bruno
Baptista 1 x 0 Adalberto Carmo
JURADA CONVIDADA 02 GRUPO C: ANA ELISA RIBEIRO
JURADA CONVIDADA 02 GRUPO C: ANA ELISA RIBEIRO
Ana
Elisa Ribeiro é cronista e poeta, com livros
publicados desde 1997. Nasceu e vive em Belo Horizonte, onde atua como
professora do CEFET-MG. Seu livro mais recente é "Anzol de pescar
infernos", pela Patuá, de São Paulo, semifinalista do prêmio Portugal
Telecom juntamente com "Meus segredos com Capitu", livro de crônicas
pela editora natalense Jovens Escribas. É colunista do Digestivo Cultural desde
2003.
DUELO 01 – Álvaro Barcellos x André Barbosa
Título:
“Fuga”, de Álvaro Barcellos
Ana
Elisa Ribeiro: O poema narrativo evoca cenas tristes
com bastante habilidade. Bom ritmo, a despeito da menor preocupação com a rima.
É musical, é bem resolvido, embora a prostituta não o seja. Belas imagens. Bela
composição.
Título:
“Lucíola Alencar”, de André Barbosa
Ana
Elisa Ribeiro: O poema mostra alguma preocupação
rítmica e rímica, embora não o faça de maneira intransigente. É uma boa
composição, mas peca pelos clichês, como, por exemplo, esse dos filhos e da
eira/beira.
Escolha
de Ana Elisa Ribeiro: “Fuga”, de Álvaro Barcellos
PLACAR
FINAL
Álvaro
Barcellos 2 x 0 André Barbosa
DUELO 02 – Bruno Baptista x Adalberto do Carmo
Título:
as prostitutas de Amsterdã, de Bruno Baptista
Ana
Elisa Ribeiro: Boa imagem da puta resolvida, assumida,
social, muito embora Amsterdã, de fato, não funcione bem assim. O poema, no
entanto, não precisa guardar grande compromisso com a realidade, não é mesmo?
Boa solução rítmica.
Título:
“Garbo”, de Adalberto Carmo
Ana
Elisa Ribeiro: Uma vagina? Não sei, mas suscita essa
imagem. Excessivamente epigramático, no entanto. Quase um jogo de palavras
apenas, sem poesia.
Escolha
de Ana Elisa Ribeiro: “As
prostitutas de Amsterdã”, de Bruno Baptista
PLACAR
FINAL
Bruno
Baptista 2 x 0 Adalberto Carmo
GRUPO
D
DUELO 01 – Andressa Barrichello x Isadora Bellavinha
Título:
“As quatro estações”, de Andressa Barrichello
Guilherme
Gontijo: O poema tem um mote interessante (apesar do lugar
comum da “estrada da vida”) e um ritmo bem cuidado. Apesar disso, acho que as
rimas acabam sendo excessivas e não contribuem para o efeito do texto – a não
ser, é claro, que elas sirvam como pedras do caminho, que atrapalhem o percurso
da leitura (o que não me pareceu ser o caso). As rimas, por vezes fracas de
sentido, tiram o impacto central da imagem, deixando o poema um pouco perdido
até chegar na frase final – verso de ouro – que faz valer o poema como um todo.
Título:
“Espera”, de Isadora Bellavinha
Guilherme
Gontijo: O poema é bastante interessante por desdobrar os
sentidos de estação em suas ambiguidades: o inverno, o trem, a estadia. Porém
acho que há dois problemas no desenvolvimento do poema: o uso de rimas é por
vezes muito banal e pouco produtivo (as rimas em “verso” são extremamente
batidas) e também achei que o poema, na sua segunda parte (“E a estação –
morada aflita da espera”) torna-se muito explicativo e perde seu impacto
inicial numa diluição. A meu ver, o poema ganharia muito se terminasse em “biosfera”.
Escolha
de Guilherme Gontijo: “Espera”, de Isadora Bellavinha
Isadora
Bellavinha 1 x 0 Andressa Barrichello
Aguardem, ainda resta um jurado!
DUELO 02 - Raimundo de Moraes x Simone Prado
Título:
“Plus tard”, de Simone Prado
Guilherme
Gontijo: O poema cumpre o mais esperado do tema e, com isso,
inova pouco. No entanto, a solução formal de praticamente se restringir às
imagens, com os verbos no presente, cria um efeito interessante. O adiamento do
motivo também cria uma tensão que não se resolve: o pai permanece esperando o
filho, angustiado.
Guilherme
Gontijo: O poema tem a força de evitar os clichês associados
a “estação” para propor uma espécie de colagem mental de interesses e gostos. A
meu ver, apesar dessa atenção para a fuga ao clichê, o poema cai no risco de se
tornar mera enumeração dos gostos da tribo; em vez de preferir o risco de
abalar o leitor com alguma visão do mundo, a enumeração de obras e autores
esvazia a espera que se dilui na amostra de erudição. Quero dizer que, no fim
das contas, os nomes funcionam ao modo encantatório, sem função crítica
aparente.
Escolha
de Guilherme Gontijo: “Mediterrâneo 3x4”, de Raimundo de Moraes
Raimundo
de Moraes 1 x 0 Simone Prado
JURADA CONVIDADA 02 DO
GRUPO D: ANA ELISA RIBEIRO
GRUPO
D
DUELO 01 – Andressa Barrichello x Isadora Bellavinha
Título:
“As quatro estações”, de Andressa Barrichello
Ana
Elisa Ribeiro: Muito boa solução rítmica e rímica.
Cadência de “tre” e trepidação sentida na imagem que o texto evoca. O leitor
quase trepida junto. Imagem forte, bem construída.
Título:
“Espera”, de Isadora Bellavinha
Ana
Elisa Ribeiro: Muito bom poema, mas há nele um excesso
de palavras, explicações, narrativa. A meu ver, ele termina no momento em que o
anel é lançado aos trilhos. Pronto. Mas o poeta continua e continua, começa a
compor frases pouco dinâmicas, enfim. Peca pelo excesso, embora o poema seja
bonito.
Escolha
de Ana Elisa Ribeiro: “As quatro estações”, de Andressa Barrichello
PLACAR
FINAL:
Isadora
Bellavinha 1 x 1 Andressa Barrichello
DUELO 02 – Raimundo de Moraes x Simone Prado
Título:
“Plus tard”, de Simone Prado
Ana
Elisa Ribeiro: Fortes, a imagem e a narrativa.
Entrecortada, como devia estar a respiração do personagem. Simples, na levada
“menos é mais”.
Título:
“Mediterrâneo 3x4”, de Raimundo de Moraes
Ana
Elisa Ribeiro: Muito bom, bem realizado. A meu ver, há
excesso de referências, o que pode dar certo ar cult ou mesmo pedante. Imagem
forte, mas talvez merecesse ser mais simples.
Escolha
de Ana Elisa Ribeiro: “Plus tard”, de Simone Prado
PLACAR
FINAL:
Raimundo
de Moraes 1 x 1 Simone Prado
JURADA CONVIDADA 01 GRUPO E: CÍNTIA MOSCOVICH
Cíntia
Moscovich é nascida em 15 de março de 1958 na cidade de Porto
Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. É escritora, jornalista e
mestre em Teoria Literária, tendo exercido atividades de professora, tradutora,
consultora literária, revisora e assessora de imprensa. Dentre vários prêmios
literários conquistados, destaca-se o primeiro lugar no Concurso de Contos
Guimarães Rosa, instituído pelo Departamento de Línguas Ibéricas da Radio
France Internationale, de Paris, ao qual concorreu com mais de mil e cem outros
escritores de língua portuguesa. Em 1996, publicou sua primeira obra
individual, "O reino das cebolas", co-edição da Prefeitura Municipal
de Porto Alegre e da Editora Mercado Aberto, que mereceu a indicação ao Prêmio
Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Um dos contos que integram a coletânea
foi traduzido para o inglês e faz parte de uma antologia que reúne escritores
judeus de língua portuguesa. Em 1998, pela L&PM Editores lançou a novela
"Duas iguais - Manual de amores e equívocos assemelhados", que
recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura, na modalidade de Narrativa Longa, em
1999, e que acaba de ser reeditado pela Record. Em outubro de 2000, também pela
L&PM Editores, lançou o livro de contos "Anotações durante o incêndio,
que tem apresentação de Moacyr Scliar e reúne onze textos de temáticas
diversas, com destaque ao judaísmo e à condição feminina, merecendo outra vez o
Prêmio Açorianos de Literatura. A mesma obra recebeu nova edição pela Editora
Record, em novembro de 2006.
Em 2004, publicou a coletânea de contos "Arquitetura do arco-íris", também pela Record, livro que lhe valeu o terceiro lugar em contos no prêmio Jabuti, além da indicação para o Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira e para a primeira edição do Prêmio Bravo! Prime de Cultura. Em novembro de 2006, lançou o romance "Por que sou gorda, mamãe?", também pela editora Record. Em dezembro de 2007, lançou seu sexto livro individual, o romance infanto-juvenil "Mais ou menos normal", que faz parte da série Cidades visíveis, da Publifolha.
Ex-diretora do Instituto Estadual do Livro, órgão da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, a autora trabalhou como editora de livros do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, além de colaborar para jornais e revistas de todo o país. Em outubro de 2006, participou da Copa da Cultura, na Embaixada Brasileira em Berlim. Em novembro de 2007, representou o Brasil na Bienal do Livro de Santiago do Chile. Em 2008, foi uma das convidadas à Flip, Festa Literária Internacional de Paraty. Em 2009, passou a integrar a antologia Os melhores contos brasileiros do século, organizado por Ítalo Moriconi para a editora Objetiva. Em 2011, integrou a delegação brasileira no Projeto Rumos, do Itaú Cultural, em Santiago de Compostela, na Espanha. Em 2012, foi convidade da Feira Intrernacional do Livro em Guadalajara. Em 2013, participou da delegação brasileira na Feira de Frankfurt. Em 2013, ganhou o primeiro lugar no Prêmio Literário Portugal Telecom, na categoria contos/crônica. Também em 2013 foi a vencedora do Prêmio Clarice Lispector, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional.
Em 2004, publicou a coletânea de contos "Arquitetura do arco-íris", também pela Record, livro que lhe valeu o terceiro lugar em contos no prêmio Jabuti, além da indicação para o Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira e para a primeira edição do Prêmio Bravo! Prime de Cultura. Em novembro de 2006, lançou o romance "Por que sou gorda, mamãe?", também pela editora Record. Em dezembro de 2007, lançou seu sexto livro individual, o romance infanto-juvenil "Mais ou menos normal", que faz parte da série Cidades visíveis, da Publifolha.
Ex-diretora do Instituto Estadual do Livro, órgão da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, a autora trabalhou como editora de livros do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, além de colaborar para jornais e revistas de todo o país. Em outubro de 2006, participou da Copa da Cultura, na Embaixada Brasileira em Berlim. Em novembro de 2007, representou o Brasil na Bienal do Livro de Santiago do Chile. Em 2008, foi uma das convidadas à Flip, Festa Literária Internacional de Paraty. Em 2009, passou a integrar a antologia Os melhores contos brasileiros do século, organizado por Ítalo Moriconi para a editora Objetiva. Em 2011, integrou a delegação brasileira no Projeto Rumos, do Itaú Cultural, em Santiago de Compostela, na Espanha. Em 2012, foi convidade da Feira Intrernacional do Livro em Guadalajara. Em 2013, participou da delegação brasileira na Feira de Frankfurt. Em 2013, ganhou o primeiro lugar no Prêmio Literário Portugal Telecom, na categoria contos/crônica. Também em 2013 foi a vencedora do Prêmio Clarice Lispector, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional.
GRUPO
E
DUELO 01 – Gerci Oliveira x Ricardo Thadeu
Título: "Leve ruído da nascente", de Gerci Oliveira
Cíntia
Moscovich: Boa construção, mas abordagem ainda comprometida
com o chavão do "diferente", embora com bons achados. Construção e
estrutura de versificação razoável.
Título: "Episódio", de Ricardo Thadeu
Cíntia
Moscovich: Poema otimamente construído, com bons recursos
estruturais, de versificação, ritmo e rimas. Ótimos achados traduzidos em
metáforas nada óbvias e, assim, ricas.
Escolha de Cintia
Moscovich: “Episódio”, de Ricardo Thadeu.
Ricardo
Thadeu 1 x 0 Gerci Oliveira
DUELO 02 - Luiz Otávio Oliani x Marília Lima
Título:
“Cronologia das horas”, de Luiz Otávio Oliani
Cíntia
Moscovich: Poema construído à base de obviedades, atendo-se
estritamente ao tema sem, no entanto, obter transcendência imagética ou
estrutural. Finalização simplista, de tom didático-moralista, completamente
dispensável.
Título:
“Miragens”, de Marília Lima
Cíntia
Moscovich: Boa comparação do tempo à instabilidade da miragem
do suposto presente. No entanto, o poeta não desenvolve a ideia ao completo ou,
pelo menos, a coloca a perder com o verso "Quem me dera não antever!",
um lamento que destoa do tom sutil da composição.
Escolha
de Cintia Moscovich: “Miragens”, de Marília Lima
Marília
Lima 1 x 0 Luiz Otávio Oliani
GRUPO
E
JURADO CONVIDADO 02 DO
GRUPO E: MARCO ANTUNES
Marco
Antunes é escritor e reside em Brasília/DF. Professor de
Literatura e Coordenador do Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados, é
também apresentador do “Trilha das Artes”, na Rádio Câmara, ator e dramaturgo.
Título:
“Leve ruído do nascente”, de Gerci Oliveira
Marco
Antunes: Talentoso poeta, musicalidade mais de monólogo do
que propriamente de poesia, mas tem imagens interessantes e bom trabalho
linguístico, embora um pouco pueril demais. O tema “tempo” foi apenas
tangenciado.
Título:
“Episódio”, de Ricardo Thadeu
Marco
Antunes: Breve e eficiente, com bom ritmo e clareza de
direção poética. O tema “tempo” foi bem apresentado, portanto, vai para este o
meu voto.
Escolha
de Marco Antunes: “Episódio”, de Ricardo Thadeu
PLACAR
FINAL
Ricardo
Thadeu 2 x 0 Gerci Oliveira
DUELO 02 - Luiz Otávio Oliani x Marília Lima
Título:
“Cronologia das horas”, de Luiz Otávio Oliani
Marco
Antunes: Trata-se de um poema prosaico, sem grande
criatividade poética.
Título:
“Miragens”, de Marília Lima
Marco
Antunes: Poesia de alto nível, clareza de direção poética,
belas imagens.
Escolha
de Marco Antunes: “Miragens”, de Marília Lima
PLACAR
FINAL
Marília
Lima 2 x 0 Luiz Otávio Oliani
JURADA CONVIDADA 01 GRUPO F: CÍNTIA MOSCOVICH
GRUPO
F
DUELO 01 – André Kondo x Desirée Jung
Título:
“Manoel”, de André Kondo
Cíntia
Moscovich: Poema que homenageia Manoel de Barros, mas de forma
pueril e instável. O poeta é visto como uma espécie de redentor pantaneiro,
ainda que "um menino com pés no barro". Lamenta-se que ocorra seguido
esse tipo de coisas: Mario Quintana e Manoel de Barros são vistos como
"bons velhinhos" que moram eternamente em alguma infância mítica.
Talvez seja melhor reavaliar a abordagem à poesia e à figura do autor.
Título:
“A mão estendida”, de Desirée Jung
Cíntia
Moscovich: O autor tenta dialogar com Hilda Hilst, mas de
forma tão evidente, antecipando o texto por uma epígrafe, que resta ao leitor
uma espécie de desconcerto. O que se segue, algumas vezes em forma de poema
narrativo, não demonstra grande virtude ou senso de singularidade. No entanto,
há algum sentimento subjacente, ao que se deve o mínimo de sustentação lírica.
Escolha de Cíntia Moscovich: “A mão
estendida”, de Desirée Jung
Desirée
Jung 1 x 0 André Kondo
DUELO 02 – Maria Amélia Elói x Francisco Carvalho
Título:
“Meu Manoel”, de Maria Amélia Elói
Cíntia
Moscovich: Poema com bons achados, mas que se
esgota rapidamente. Sugiro ao poeta que se atenha ao essencial do poema e evite
emular a linguagem de Barros. No caso, sugiro que se atenha ao início, bom, e ao
final, idem. O centro do poema, seu desenvolvimento, é muito caudaloso,
diluindo os significados.
Título:
“O passarinho de Alegrete”, de Francisco Carvalho
Cíntia
Moscovich: Bom uso da intertextualidade, embora numa
construção poética um tanto ingênua. O verso "esses seres tão ligados aos
próprios umbigos" é completamente dispensável por moralista e judicativo.
De resto, o autor faz bonita homenagem a Mario Quintana — embora, como ocorre
em várias ocasiões, louvando muito mais a bonomia do poeta do que a própria
poesia.
Escolha
de Cíntia Moscovich: “O passarinho de Alegrete”
Francisco
Carvalho 1 x 0 Maria Amélia Elói
GRUPO F
JURADO CONVIDADO 02 GRUPO F: MARCO ANTUNES
DUELO 01 – André Kondo x Desirée Jung
Título:
“Manoel”, de André Kondo
Marco
Antunes: Poema bonitinho, bem construído, homenagem justa ao
poeta, mas que não me tocou em momento algum!
Título: “A mão estendida”, de
Desirée Jung
Marco
Antunes: Excelente! Clareza de direção poética, percepção do
espírito de Hilda e ritmo interessante, mais de prosa às vezes que de poesia,
mas é um texto superior!
Escolha
de Marco Antunes: “A mão estendida”, de Desirée Jung
PLACAR
FINAL:
Desirée
Jung 2 x 0 André Kondo
DUELO 02 – Maria Amélia Elói x Francisco Carvalho
Título: “Meu
Manoel”, de Maria Amélia Elói
Marco
Antunes: A invenção precisa se prender a um núcleo
gravitacional se semânticas e alegorias possíveis e passíveis de serem
decodificadas pelo leitor; aqui, não tenho certeza se houve, de fato, um
processo desse tipo ou uma simples aleatoriedade de transgressões sistemáticas.
Precisaria de um corpus maior para opinar, então fico em dúvida se aqui há um
poeta ou apenas um manipulador de palavras ao acaso. Em suma, não me tocou nem,
por ora, convenceu.
Título: “O passarinho de Alegrete”,
de Francisco Carvalho
Marco
Antunes: Há certo tom pueril e uma inventividade limitada,
mas a simplicidade pode ser boa e poética.
Escolha
de Marco Antunes: “O passarinho de Alegrete”
PLACAR
FINAL
Francisco
Carvalho 2 x 0 Maria Amélia Elói
GRUPO
G
JURADA CONVIDADA 01 GRUPO G: LUIZE VALENTE
Luize
Valente é carioca e jornalista. Trabalha com editora de
matérias internacionais na Globonews. É autora, com Elaine Eiger, do livro “Israel
Rotas e Raízes” (1999, ed. Fototema) e dos documentários “Caminhos da Memória –
A Trajetória dos Judeus em Portugal” (2002) e “A Estrela Oculta do Sertão” (2005).
Estreou na ficção com o romance “O Segredo do Oratório” (2012, ed. Record, 3a
edição). Em 2013, o livro ganhou a primeira edição estrangeira, na Holanda, e
foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. O novo livro, “Uma praça em
Antuérpia”, será lançado em janeiro de
2015 também pela editora Record.
DUELO 01 – Marcelo Asth x Danielle Takase
Título:
“Passagem”, de Marcelo Asth
Luize Valente: O poema filtra e sublima a temática proposta
(“ônibus”), baseando-se na metáfora da “passagem”, o que, embora poeticamente
válido, também corre o risco de parecer uma sutil fuga ao desafio específico e
insólito do concurso: poetizar o a priori
não-poético. Mar, ondas, lua, cosmos... são elementos já por si “poéticos”,
belos e grandiosos, dentro dos quais a poesia tem todas as condições propícias
a acontecer facilmente. Ao contrário do árido objeto “ônibus”, que, para virar
poesia enquanto tal, exigiria certamente mais do poeta. A forma e a rima livres, com recursos
esporádicos à rima interna, aliterações e truques fônicos, conferem interessante
musicalidade ao poema.
Título:
“Itinerário”, de Danielle Takase
Luize
Valente: Poema com excelente cumprimento da temática, encarando
o desafio de poetizar o ônibus. Bela e criativa a ideia de tornar poema a
biografia de um homem através da sua relação com o ônibus ao longo da vida.
Flui de maneira mais visual do que musical, com imagens impactantes. A grande
liberdade de forma, sem compromisso com a rima, mas, ao mesmo tempo, ousando
interessantes rimas imperfeitas como “malabares/cáries”, intensifica o carácter
descritivo-realista, quase brechtiano do poema.
Escolha
de Luize Valente: “Itinerário”, de Danielle Takase
Danielle
Takase 1 x 0 Marcelo Asth
DUELO 02 - Georgio Rios x Cinthia Kriemler
Luize
Valente: Poema fotográfico, bem sucedido em tornar bela a
imagem de um ônibus, cumprindo, assim, em pleno, o desafio da temática
proposta. Interessante do ponto de vista formal, pois resulta muito musical sem
praticamente se valer de rima.
Título:
“até que a morte nos separe”, de Cinthia Kriemler
Luize
Valente: Cumpre de forma inteligente, criativa e original o
desafio da temática, sequer precisando inserir a palavra “ônibus” nos versos. A
imagem do acidente de ônibus resulta clara, forte e trágica, valendo-se, ainda,
de uma gradação com um clímax extremamente poético – “pela primeira vez um
tempo para contemplar”. Ponto positivo também para o recurso à hipálage – “um
queixume de freios (...) gritando a desculpa esfarrapada (...)” – e à rima
esporádica e imperfeita pontuando, e carregando, um momento especial de ruptura
– “choque abrupto, curto”.
Escolha
de Luize Valente: “até que a morte nos separe”, de Cinthia Kriemler
Cinthia
Kriemler 1 x 0 Georgio Rios
GRUPO G
JURADO CONVIDADO 02 GRUPO G – LUIS MAFFEI
Luis Maffei (1974) é autor dos
livros de poemas A (Oficina Raquel, 2006), Telefunken (OR,
2008 – edição portuguesa, Deriva, 2009), 38 círculos (OR, 2010), Pulsatilla (OR,
2011) e Signos de Camões(2013, Portugal, Companhia das Ilhas, e Brasil,
OR). Pelo conjunto da obra, foi um dos contemplados com o prêmio Icatu de Artes
– Literatura, em 2013. Como contista, escreveu Contos da Colina – 11 ídolos do Vasco e sua imensa
torcida bem feliz (OR, 2012), em parceria com Nei Lopes e Mauricio Murad,
e organizou, participando também com um conto,Extratextos 1 – Clarice
Lispector, personagens reescritos (OR, 2012), com Mayara R. Guimarães.
No ensaio, escreveu, com Pedro Eiras, A vida repercutida – uma leitura da poesia de Gastão Cruz(Esfera do Caos, 2012), editado em Portugal. Organizou, com Lilian Jacoto, Soldado aos laços das constelações – Herberto Helder (Lumme, 2011); com Ida Alves, Poetas que interessam mais – leituras da poesia portuguesa pós-Pessoa (Azougue, 2011), e, com Jorge Fernandes da Silveira, Poesia 61 Hoje (OR, 2011). Coordena, para a editora Oficina Raquel, a coleção Portugal, 0, que, desde 2007, edita no Brasil nomes recentes da poesia portuguesa. É professor de Literatura Portuguesa da Universidade Federal Fluminense. Finalista do Portugal Telecom, na categoria poesia, com o livro “Signos de Camões”.
No ensaio, escreveu, com Pedro Eiras, A vida repercutida – uma leitura da poesia de Gastão Cruz(Esfera do Caos, 2012), editado em Portugal. Organizou, com Lilian Jacoto, Soldado aos laços das constelações – Herberto Helder (Lumme, 2011); com Ida Alves, Poetas que interessam mais – leituras da poesia portuguesa pós-Pessoa (Azougue, 2011), e, com Jorge Fernandes da Silveira, Poesia 61 Hoje (OR, 2011). Coordena, para a editora Oficina Raquel, a coleção Portugal, 0, que, desde 2007, edita no Brasil nomes recentes da poesia portuguesa. É professor de Literatura Portuguesa da Universidade Federal Fluminense. Finalista do Portugal Telecom, na categoria poesia, com o livro “Signos de Camões”.
Título:
“Passageiro”, de Marcelo Asth
Luis
Maffei: Não é mal construído o texto, tendo um refrão
interessante. Mas realiza um intertexto longe de ser surpreendente, com uma
canção popular, o que, por si só, não é mal. O problema é que, na narrativa,
nada acontece de surpreendente, a linguagem não cria zonas de tensão e o fecho
é previsível.
Título:
“Itinerário”, de Danielle Takase
Luis
Maffei: O poema explora a onomatopeia com competência,
usando-o para marcar as seções do texto. A narrativa funciona, o tom social cai
bem junto à angústia do sujeito, e o olhar giratório realiza um interessante
trabalho de linguagem.
Escolha
de Luis Maffei: “Itinerário”, de Danielle Takase
PLACAR
FINAL
Danielle
Takase 2 x 0 Marcelo Asth
DUELO 02 - Georgio Rios x Cinthia Kriemler
Título: “Percursos”, de
Georgio Rios
Luis
Maffei: Sucinto, o poema consegue criar um universo próprio
ao relacionar um fato cotidiano à mítica e bíblica Arca de Noé, unido o
pequeno, coletivo, ao macro, também coletivo.
Título:
“até que a morte nos separe”, de Cinthia Kriemler
Luis
Maffei: Com estratégia semelhante ao anterior, o poema é
menos feliz na junção de uma herança mítica a uma realidade cotidiana. O
trágico soa até um tanto apelativo.
Escolha
de Luis Maffei: “Percursos”, de Georgio Rios
PLACAR
FINAL
Cinthia
Kriemler 1 x 1 Georgio Rios
GRUPO
H
JURADA CONVIDADA 01 GRUPO H: LUIZE VALENTE
DUELO 01 - Natasha Félix x Francisco Ferreira
Título:
“natureza pedagoga”, de Natasha Félix
Luize
Valente: O poema respeita a temática proposta e propõe uma
mensagem criativa e original, porém com pouco aprofundamento e sem apuro
técnico.
Título:
“Construtora de destinos”, de Francisco Ferreira
Luize
Valente: O poema cumpre o tema proposto e, embora não
apresente uma preocupação formal, sugere imagens de especial beleza da relação
entre uma professora e um aluno, com interessantes usos da metáfora. Uma
sugestão: suprimir o último verso, uma vez que nada acrescenta e, pelo
contrário, traz um tom infantil desnecessário, destoante do resto da obra.
Escolha
de Luize Valente: “Construtora de destinos”, de Francisco Ferreira
Francisco
Ferreira 1 x 0 Natasha Félix
DUELO 02 - Jorge Augusto Silva x Thiago Carvalho
Título:
“Sobre o ofício de quebrar espelhos ou para uma educação sem sombras”, de Jorge
Augusto Silva
Luize
Valente: Ponto positivo para a cadência musical conferida
pelas rimas internas.
Título:
“Convite em elipse ao gosto poundiano (ou a não-Voz cede à voz)”, de Thiago
Carvalho
Luize
Valente: O poema pressupõe o conhecimento de uma referência
cinematográfica que desconheço.
Escolha
de Luize Valente: “Sobre o ofício de quebrar espelhos ou para uma educação sem
sombras”, de Jorge Augusto Silva
Jorge
Augusto Silva 1 x 0 Thiago Carvalho
GRUPO H
JURADO CONVIDADO 02 GRUPO H: LUIS MAFFEI
DUELO 01 - Natasha Félix x Francisco Ferreira
Título:
“natureza pedagoga”, de Natasha Félix
Luis
Maffei: Poema edificante, portador de uma moral pouco
inovadora. Nada aí já não foi dito, e de modo melhor, dentro da tradição da
poesia de língua portuguesa.
Título:
“Construtora do destino”, de Francisco Ferreira
Luis
Maffei: Poema ingênuo, que consegue criar certa sinestesia,
mas que se conclui de maneira abrupta e previsível.
Escolha
de Luis Maffei: “natureza pedagoga”, de Natasha Félix
PlACAR
FINAL:
Natasha
Félix 1 x 1 Francisco Ferreira
DUELO 02 – Jorge Augusto Silva x Thiago Carvalho
Título:
“Sobre o ofício de quebrar espelhos ou para uma educação sem
sombras”, de Jorge Augusto Silva
Luis
Maffei: As rimas internas não funcionam, e as de fim de
palavra são tímidas. Existe também uma vaidade ensinadora, que desveste o texto
de uma ambiguidade que seria bem-vinda.
Título: “Convite em
elipse ao gosto poundiano (ou a não-Voz cede à voz)”, de Thiago Carvalho
Luis
Maffei: Síntese interessante de várias obras da cultura
ocidental. Há um gosto excessivo pelo intertexto e pela erudição, mas o
resultado, que logra recuperar da pedra sua dureza e simplicidade ambiciosa,
acaba por funcionar.
Escolha
de Luis Maffei: “Convite em elipse ao gosto poundiano (ou a não-Voz cede à voz)”,
de Thiago Carvalho
PLACAR
FINAL
Jorge
Augusto Silva 1 x 1 Thiago Carvalho
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX
TEMAS PARA A SEGUNDA RODADA
DA FASE DE GRUPOS
NA SEGUNDA FASE DE GRUPOS, FOI PROPOSTO
AOS POETAS 4 TEMÁTICAS: FACEBOOK, CASAMENTO,
O GOLPE MILITAR E ESPELHO. APÓS TODOS VOTAREM, FOI DECIDIDO QUE OS GRUPOS
TERÃO DE ABORDAR OS SEGUINTES TEMAS:
GRUPOS
A e B
TEMA: ESPELHO
GRUPOS
C e D
TEMA: CASAMENTO
GRUPOS
E e F
TEMA: FACEBOOK
GRUPOS
G e H
TEMA: O GOLPE MILITAR
ENVIEM
SEUS POEMAS ATÉ DOMINGO, DIA 19/10/2014, ÀS 22 HORAS, IMPRETERIVELMENTE.
OS
POEMAS NÃO POSSUEM LIMITES DE LINHAS/CARACTERES
TABELA OFICIAL
LEMBRANDO: O PRIMEIRO CRITÉRIO DE DESEMPATE É O DESEMPENHO NA LEVA DOS HAIKAIS. O SEGUNDO É A COLOCAÇÃO NO RANKING DA SEGUNDA ETAPA.
AINDA ACONTECERÃO DOIS DUELOS POR GRUPO!
AGUENTEM FIRME, POETAS!
BOA
SORTE A TODOS E ATÉ A PRÓXIMA!
16 comentários:
Meu voto vai para "Leve Ruido da Nascente" Gerci Oliveira. Parabéns a todos...
Meu voto vai para primavera em mim de Gerci de oliveira...Boa sorte a todos!
Voto em Gerci Oliveira primavera em mim.
Dora e André Oviedo são os que mais se aproximaram do ideal. Estrutura correta, com haimi, kigô e simplicidade da imagem, constatação, sem elocubração/elaboração metafórica, nem rima. Dentro da métrica proposta.
Se não fosse a rima, o do Marcelo Asth também estaria no páreo.
MEODEUSSSS. Bateu uma dor de barriga agora quando eu via a cara do cara que avaliou os haikais. E o meu ainda nem postado foi, mas devve ser UM, NOTA UM!!! mifu...
Pois então, eu tive esperança de obter uma nota melhor porque obedeci as regras, 5/7/5 sílabas e rimando os primeiro e o último verso e rimando também a segunda sílaba do segundo verso com a última, também do segundo. me esforcei muito mas pequei em alguma coisa, nota 1. enfim, estou aprendendo a fazer haikai, da próxima vez não me preocupo tanto com rimas difíceis, como no segundo verso, daí sai algo melhor
Gerci, você pecou pelo preciosismo parnasiano criado pelo Guilherme de Almeida. Nada mais distante do haikai tradicional, proposto.
Além do metáfora obscura do 2º verso, e do desconexão do terceiro verso.
E, completando o que o Gustavo disse, ainda tem a tal da rima, que gosto tanto , e parece que não fica bem num Haicai, eu acho...
No mais, Lohan, mesmo com essas notas e os comentários desse cara - que é pra lá de responsa -, tenho aprendido bastante com isso tudo!!.
Simone, a imagem de seu haikai é original e profunda, elenquei no grupo entre os três, dias desses, só faltou o corte. Come está, em uma só oração, prejudica um pouco o haimi. Mas... vamos ver
VOTAÇÃO POPULAR ENCERRADA!
OS VOTOS SERÃO CONTABILIZADOS E INFORMADOS NA PRÓXIMA POSTAGEM.
OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO DE TODOS!
LOHAN
Embora não seja um especialista para ter um opinião de peso, gosto de haikais, principalmente dos que nos levam a refletir e são de simples compreensão, mesmo que tratem de assuntos complexos.
E, embora o sabiá tenha uma atitude atitude esperada em um pomar e essa seja uma cena banal, isso sempre será lindo e prazerosa de se ver!
Parabéns Dora,
Legal seu depoimento, anônimo. Tô contigo.
Obrigada, anônimo. Um sabiá é sempre uma alegria, principalmente, cantando.
Assinado: Dora.
Também concordo com o anônimo! A simplicidade é algo que poucos conseguem ver, e como sabe encantar...
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