Olá, poetas e leitores!
Está no ar mais um grande post-poético
do III Concurso de Poesia Autores S/A: a primeira rodada da fase de grupos! E
põe post grande nisso... Dessa vez, além dos 32 poemas temáticos, teremos
também um show à parte, que são os haikais.
Nesta semana, tivemos algumas substituições
entre os participantes. Quatro poetas classificados entre os 32 precisaram
abandonar o certame. Foram eles: Cláudia Vasconcellos - RJ (que ocupava o grupo
A); Thiago Mattos - RJ (que ocupava o grupo E); Letícia Simões - SP (que
ocupava o grupo C) e Geovani Doratiotto - SP (que ocupava o grupo E). Em seus
lugares, retornaram para a disputa aqueles que mais se aproximaram da 32º
colocação no ranking da segunda etapa. Foram eles: Danilo Fernandes – MS (grupo
A); Marília Lima - SP (grupo E); Adalberto Carmo – SP (grupo C) e Ricardo
Thadeu (grupo E).
É importante lembrar aos poetas
participantes que o ranking da segunda etapa servirá como último critério de
desempate dos grupos. O primeiro, como já foi dito, será a avaliação final dos
haikais. Com a substituição dos participantes, o ranking final ficou assim:
º
|
Poeta/Pseudônimo
|
1º
|
Marcelo Asth (Vô Cosmos)
|
2º
|
Álvaro Barcellos (Barcellos)
|
3º
|
Nathan Sousa (Robert Leza)
|
4º
|
Dora Oliveira (Tatu Triste)
|
5º
|
André Kondo (José Matsushita)
|
6º
|
Natasha Félix (Natasha F.)
|
7º
|
Andressa Barrichello (Nina Cello)
|
8º
|
Francisco Ferreira (Neneco de Bintim)
|
9º
|
Isadora Bellavinha (Alice Condor)
|
10º
|
André Barbosa (André Anlub)
|
11º
|
Gerci Oliveira (Valente)
|
12º
|
Desirée Jung (Carla Soares)
|
13º
|
Danielle Takase (Nin)
|
14º
|
Hugo Costa (Josué do Carmo)
|
15º
|
Raimundo de Moraes (Lúcio Beringer)
|
16º
|
Jacqueline Salgado (P. Celan)
|
17º
|
Georgio Oliveira (Vaqueiro das
Nuvens)
|
18º
|
Jorge Augusto Silva (Augusto Maia)
|
19º
|
André Oviedo (Ovideo)
|
20º
|
Luiz Otávio Oliani (Henry James)
|
21º
|
Bruno Baptista (Anderson Council)
|
22º
|
Maria Amélia Elói (Palavra Grávida)
|
23º
|
Cinthia Kriemler (Maria Lis)
|
24º
|
Thiago Carvalho (Passos)
|
25º
|
Francisco Carvalho (Carvalho Jr.)
|
26º
|
Bianca Velloso (Morena do Espelho)
|
27º
|
Herton Gomes (HG)
|
28º
|
Simone Prado (Anne Sexton)
|
29º
|
Danilo Santos Fernandes (D.
Fernandes)
|
30º
|
Marília Lima (Mainá)
|
31º
|
Adalberto do Carmo (A. Carmo)
|
32º
|
Ricardo Thadeu (Tom Ruiz)
|
Como fazemos no começo
de cada nova etapa do concurso, segue abaixo o nosso mapa atualizado do III
Concurso de Poesia Autores S/A. Como os estados estão sendo representados a
essa altura? Vejam!
E ainda temos a representação
de Vancouver, no Canadá, com a poeta Desirée Jung.
CURIOSIDADES
- Vocês sabiam que, dos
finalistas I Concurso de Poesia Autores S/A, nós temos 5 participantes entre os
32? São eles: Marcelo Asth, Dora Oliveira, Francisco Ferreira, Simone Prado e
Ricardo Thadeu.
- Já da segunda edição,
os únicos remanescentes são Cinthia Kriemler e Francisco Ferreira, uma vez que
Letícia Simões e Geovani Doratiotto deixaram o concurso.
- Dos 32 participantes,
19 são homens e 13, mulheres.
- No grupo G, caíram o
1º colocado da primeira edição do concurso e a 2º colocada da segunda edição
(Marcelo Asth e Cinthia Kriemler, respectivamente).
- Por pouco, o poeta
Jorge Augusto Silva não fica de fora do concurso. Seu poema foi o único a parar
na caixa de SPAM e quase foi acidentalmente desclassificado!
- Dos 32 participantes,
a caçula é Natasha Félix, com 18
anos. A mais experiente é Gerci Oliveira,
com 76 anos.
- O poeta Francisco
Ferreira ficou em oitavo lugar nas duas primeiras edições do concurso; e, com
esta mudança no ranking, ele subiu para o oitavo lugar! Seria um número da
sorte recorrente em sua vida, poeta?
- Com a entrada de
Ricardo Thadeu, a representação baiana permanece inteira, em relação à etapa
anterior. Os 03 únicos representantes baianos (Georgio Rios, Jorge Augusto
Silva e Ricardo Thadeu) avançaram
ANÚNCIO
DOS RESULTADOS
Na próxima
quinta-feira, dia 16, saberemos as identidades dos jurados, os resultados da
primeira rodada desta fase de grupo, as avaliações dos haikais e a temática da
segunda rodada! Portanto, segurem a ansiedade, poetas!
PREMIAÇÕES
DA RODADA
- O JURADO AVALIADOR DOS HAIKAIS PREMIARÁ COM UM LIVRO DE SUA
AUTORIA AQUELE QUE ELE CONSIDERAR O MELHOR HAIKAI DA LEVA. OU SEJA... VEM
PRÊMIO POR AÍ!
- O POETA RICARDO THADEU, ANTES DE RETORNAR AO CONCURSO, OFERECEU PREMIAR
COM LIVRO DE SUA AUTORIA, “TRILOGIA DO TEMPO” OS POETAS QUE MAIS PONTUAREM EM
SEUS RESPECTIVOS GRUPOS.
VOTAÇÃO
DO PÚBLICO
Conforme foi decidido,
o voto do público não influenciará mais no resultado dos grupos. No entanto, no
somatório do voto popular das 3 rodadas da fase de grupos, o poeta mais votado
se consagrará como melhor poeta, segundo o voto popular. E de quebra vai levar
um prêmio! Portanto, poetas e leitores: votem em APENAS 01 poeta, de qualquer grupo –
aquele que você julgar ter sido o melhor dos 32 nesta rodada. O voto deverá ser
dirigido pelos comentários
deste post, logado pela CONTA DO GOOGLE. Isto é: não serão computados
votos em anônimo, nem por nome, somente. Os votos começarão a contar a partir das 14:45 hs. de terça-feira, dia 14/10/14, e serão encerrados no dia 16/10/14, quinta-feira, às 17:00 horas.
APRESENTAÇÃO DOS GRUPOS E POETAS
A cada grupo, foi
proposta a criação de um POEMA COLETIVO. Cada integrante, de cada grupo, teve
de escrever 01 estrofe de 04 versos sobre um determinado tema. O resultado foi
um espetáculo! Abaixo, apresentamos...
OS
08 GRUPOS DO III CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A
E
OS POEMAS COLETIVOS DA 1º RODADA
GRUPO A
Carlos Nathan Sousa, ou, Nathan Sousa,
tem 41 anos e mora em São Gonçalo do Piauí/PI. Professor, escritor, poeta,
compositor e acadêmico (Teresina-PI, 1973). Vencedor de vários prêmios, tais
como o II Prêmio de Literatura da UFES e o 8º Prêmio Posiarte, é autor dos
livros “O percurso das horas” (Edição do autor, 2012), “No limiar do absurdo”
(LiteraCidade, 2013), “Sobre a transcendência do silêncio” (LiteraCidade, 2014)
e “Um esboço de nudez” (Penalux, 2014).
Danilo
dos Santos Fernandes é de Três Lagoas/MS, e tem 21 anos. É
estudante de Letras (Portugês-Inglês). Nunca publicou nenhum dos seus poemas e
é fã do escritor João Cabral de Melo Neto e dos filmes de Ingmar Bergman.
Começou a escrever há um ano e meio, aproximadamente. Tem o sonho de cursar
cinema e lançar um livro de poemas e um de romance, o qual já começou a
escrever.
Jacqueline
Salgado nasceu em Viçosa/MG (1975). É graduada em Belas
Artes pela UFMG, pós-graduada em História. Possui dezenas de participações em
antologias e prêmios importantes entre contos e poemas. É autora de dois livros
infantis: “A Menina, a Pedra e o Ribeirão”, pela Editora da Universidade
Federal de Viçosa, e “Tio Francisco”, Ed. Adonis. Vive em Bauru/SP desde 2012.
Bianca
Velloso, 34 anos, é nascida gaúcha, em Porto Alegre; e
crescida manezinha, na Ilha de Santa Catarina. Optometrista por profissão, mãe
por opção, escritora por paixão. Caminhando para publicar o primeiro livro.
Programadora da Rádio Comunitária Campeche, apresenta o programa “Sábado
Arrastão”, com foco em música e poesia.
POEMA
COLETIVO DO GRUPO A
Título:
Ad libitum (Tema: Amor)
debaixo das saias das vizinhas
em cima do muro
ao lado das estrelas
do outro lado da cerca
a poesia com as pupilas dilatadas
vagava bêbada pelos espaços
ricocheteando nas linhas das ruas
ornando de significações os vãos da eterna busca
porém, nada despia o que os olhos
guardavam feito relíquias esquecidas
e nada foi tão novo e tão íntimo
como a idade da água, e das pedras
deitou-se ali mesmo, do outro lado da cerca,
e indo, e quase amante,
gozou estéril e antropofágica
malquereres fabulosos de poesia.
1º
estrofe – Bianca Velloso
2º
estrofe – Danilo Fernandes
3º
estrofe – Nathan Sousa
4º
estrofe – Jacqueline Salgado
GRUPO B
Dora Oliveira
é de Ipatinga/MG, nascida em 28/07/1964 (50 anos). É autora do romance “No
canto escuro do coração”. Possui trabalhos publicados em várias antologias,
sendo as mais recentes: poesias da Universidade Federal de S João
Del-Rei e contos da Academia de Letras de Niterói. Obteve destaque em concursos
literários como: 3º lugar, no concurso de poesias Lila Ripoll, 2014; 2º lugar
no concurso de contos REDE CIDADE LIVRE de Rio Claro/SP; 1º lugar, em
crônica, no XXXIV Concurso Felippe D´Oliveira, Santa Maria/RS,
2011 1º lugar e “menção honrosa” no 16º Concurso de contos Mansueto
Bernardi-2012, Veranópolis/RS. Em 2011, terminou em 9º lugar no I Concurso de
Poesia Autores S/A.
Hugo
César Costa tem 22 anos e é de Campina Grande/PB.
Cursa Direito, na Universidade Estadual da Paraíba, e -- nas horas mais
ocupadas -- se arrisca a escrever alguns versos. Não possui livro publicado;
expõe alguns poemas em um blog, o “Caderno Guardado”, cujuo link é http://cadernoguardado.blogspot.com
André
Oviedo tem 24 anos e é nascido e criado em São Paulo.
Formado em publicidade e propaganda, foi o vencedor do “Concurso do Burro”,
tendo como prêmio a publicação do seu primeiro livro, “Formol”, em outubro de
2014.
Herton
Gustavo Gomes, 31 anos, reside no Rio de Janeiro/RJ. Formado
em Publicidade e Propaganda e em Teatro pela Escola Martins Pena, Herton
Gustavo é publicitário, ator, produtor e poeta. Participou de workshops e
oficinas de dramaturgia e roteiro com profissionais como Jô Bilac, Pedro
Brício, Gregório Duvivier, Márcia Zanelatto, Cláudia Souto, Audemir Leuzinger,
Márcio Trigo, Henrique Tavares, Carla Faour, Daniela Pereira Carvalho, Walter
Daguerre, Leandro Muniz, Camilo Pelegrinni, Márcia Zanelatto, Celso Taddei,
Renê Belmonte, Adriana Falcão, Renato Fagundes, Domingos de Oliveira, e Roberto
Alvim. E de reciclagens de interpretação com profissionais como Daniel Herz, Inez
Viana, Thierry Trémouroux, Ignácio Coqueiro, Cris Moura, Helena Varvaqui, João
Falcão, Celina Sodré, Ana Kfouri, João Fonseca, Amir Haddad, Hamilton Vaz
Pereira, Vinicius Arneiro e Márcio Líbar.
POEMA
COLETIVO GRUPO B (Tema: Duelo)
Título:
Fruto Amargo
Estaca zero.
Travo diariamente um duelo com meu coração.
Mas tua lembrança é semente
que germina em qualquer estação.
Isso que fica dentro, aumenta
E pressiona o peito à revelia.
A qualquer custo remenda e reinventa
Algum traço do elo que entre nós havia.
Isso que fica dentro transborda
Em saudade que não disfarço.
De todo jeito que rasgo e corto
Não consigo desatar o laço.
Percebo, por fim, que, já desde o começo,
meu corpo estava condenado
Porque a raiz que nasceu - tão ligeiro -
é feita de arame farpado.
1º
estrofe – Herton Gomes
2º
estrofe – André Oviedo
3º
estrofe – Dora Oliveira
4º
estrofe – Hugo Costa
GRUPO C
Álvaro
da Cruz Barcellos, 53 anos, é de Pelotas/RS. Versejador
desde os 16 anos de idade, vem obtendo destaque em vários concursos regionais e
nacionais de literatura e música, já que atua também como letrista, em parceria
com diversos compositores, como Pery Souza (fundador com Kleiton e Kledir dos Almôndegas, nos anos 70), Raul Elwanger,
Marco Aurélio Vasconcellos, Pedro Munhoz etc. Aguarda o lançamento de seu
primeiro livro de poemas, Um céu de tantos remendos.
André
Luiz Barbosa é do Crato/CE, é protético dentário,
artista plástico, escritor, membro da Academia de Artes, Ciências e Letras de
Iguaba Grande (RJ) e da Academia de Letras do Brasil (SP) - Medalha Personalidade
2013, pela Academia de Artes de Cabo Frio (RJ) e Comenda Excelência e Qualidade
2014 pela Braslider. Possui uma pintura no Acervo Permanente do MAC, da Bahia.
Participou como coautor em mais de 45 antologias poéticas e possui quatro
livros solos lançados.
Bruno
Baptista é do Rio de Janeiro/RJ e tem 31 anos. Membro e
idealizador do coletivo “ex-estranhos” (http://blog-exestranhos.tumblr.com/),
tem poemas publicados na internet. Conquistou a quarta colocação no “TOC140” –
realizado pela FLIPorto. Formação acadêmica: quase economista, quase engenheiro,
tendo abandonado as duas graduações nos últimos períodos.
Adalberto
do Carmo, 27 anos, nasceu & mora em Sant’André – no
grande ABCD[ário]. É de 86, quando apareceu junto com a primavera já sabendo
que tudo são flores – tinha um bolor na ponta da língua. Poeta, balconista de
bar, agitador cultural, lavador de carro, cuidador infantil... já fez de tudo
& pretende fazer mais: menos pisar na universidade.
Poema
coletivo do Grupo C (Tema: Prostituta)
Título:
Cicatrizes
Ela nem olhava pra trás
dizia doer menos
nada de juntar escombros
e sombras que a vida deixava...
E se nada - nem a morte
nem a vida permanece?
O médico lhe dissera: as cicatrizes,
somente as do tempo não secam
as cicatrizes das atrizes
em cena são fajutas
diferente das cicatrizes
das prostitutas.
Enfim, não há razão;
Há o então que o tempo releva,
Há já do montante uma leva
De duas vidas serem um só coração.
1º
estrofe – Álvaro Barcellos
2º
estrofe – Letícia Simões (que deixou o concurso)
3º
estrofe – Bruno Baptista
4º
estrofe – André Barbosa
GRUPO D
Andressa
Barrichello, 26 anos, mora em Curitiba/PR. É autora
de “Crônicas do Cotidiano e Outras Mais”, Ed. Scortecci, 2014, livro vencedor
na categoria Crônicas do Prêmio Alejandro Cabassa – UBE – 2013. Participou da
coletânea “Instruções à Cortázar”, Ed. Juruá, 2014. Venceu o 4º Concurso
Poetizar o Mundo – 2012. Recebeu o 2º Lugar em Concurso de Crônicas da Academia
de Letras de Maringá – 2012.
Isadora
Bellavinha Maciel é mineira de Belo Horizonte/MG, fugida
da claustrofobia da serra. Hoje, mora no Rio de Janeiro/RJ. É também
pesquisadora em Literatura e Artes, formada pela UNIRIO. Integra o projeto Pira
Poesia, de experimentações audiovisuais sobre obras de poetas brasileiros.
Escreveu e dirigiu o espetáculo "Antes que você parta pro teu baile",
baseado na obra da escritora Ana Cristina Cesar.
Raimundo
de Moraes, 45 anos, mora em Recife/PE. É escritor, jornalista
e publicitário. Livros publicados: “Pornópolis” (contos; com o heterônimo
Aymmar Rodriguéz); “Mosaico” (coletânea do grupo Autoajuda Literária); “Ficcionais”
(coletânea do Suplemento Pernambuco. Org. Schneider Carpeggiani); “Tríade”
(poesia); “Cronistas Pernambucanos”; “Baba de moço” (poesia; com o heterônimo
Aymmar Rodriguéz); “O Recife conta o São João” (contos; Org. Sec.
Cultura/Prefeitura do Recife); “Nus” (poesia; org. Paulo Azevedo Chaves).
Simone
Prado Ribeiro, 39, nasceu no Rio de Janeiro e reside
em Cachoeiras de Macacu. Graduada em Letras pela Universidade Estácio de Sá.
Atualmente, cursa Psicologia na mesma universidade. É autora da peça
“Cinderela: um conto às avessas”, apresentada no auditório Ronaldo Leite
Pedrosa, na cidade Nova Friburgo, RJ.
POEMA
COLETIVO DO GRUPO D (Tema: Estação)
Título:
Maria fumaça
Pela fresta da janela
avistei-a diversa
entre whiskys e batons
num canto da estação
não bebia nem se pintava
mas nos olhos a espera
de quem caça um olhar, e ela
atravessou meu trem perfurando a janela
esses trilhos de sangue
que movem o desejo
as paisagens nunca escritas
num poema de amor
O filtro do cigarro
vermelho que não marca
Espiral de fantasia
Viagem a vapor.
1º
estrofe – Simone Prado
2º
estrofe – Isadora Bellavinha
3º
estrofe – Raimundo de Moraes
4º
estrofe – Andressa Barrichello
GRUPO E
Ricardo
Thadeu, 25 anos, nasceu em Riachão do Jacuípe, onde
reside. É mestre em literatura e atua como professor da rede pública. Seu último
livro de poesia, “Trilogia do Tempo” (2014), integra a coleção Poieses, da
Editora Kalango.
Gerci
Oliveira Godoy, 76 anos, nasceu em Porto Alegre/RS.
Obras publicadas: “Prêmio Lila Ripoll”, “Poemas no ônibus”, “Histórias de
Trabalho”, “Prêmio Mario Quintana”, “Concurso Amigos do livro (Flipoços)”,
“Expresso das letras”. Lançou, em 2012, o primeiro livro solo de poesia, “Da
Boca Pra Dentro” (pelo selo ALF/RS). Sócia do Partenon Literário, faz parte do
grupo “diVersos” de poesia e performance. É autora no Portal Cen, e escreve no
Recanto das Letras.
Luiz
Otávio Oliani, 37 anos, nasceu no Rio de
Janeiro/RJ. É graduado em Letras e em Direito. Como poeta, está em 70 livros
coletivos e 400 publicações entre jornais, revistas e alternativos. Publicou
quatro livros de poesia: "Fora de órbita",
2007; "Espiral", 2009; “A eternidade dos dias", 2012 e
“Luiz Otávio Oliani entre-textos”, 2013.
Marília
Lima,
52 anos, reside em São Paulo/SP. É formada em Letras pela PUC/SP e leciona
Português para Estrangeiros. Participou de algumas antologias, entre elas:
“Vento a Favor”, “Antologia Rio 2001” e “Painel Brasileiro de Novos Talentos,
13 - Câmera Brasileira de Jovens Escritores”. Mantém a página “Chuva na
Vidraça” e é uma das editoras da página “Tempestade Urbana”. Tem o projeto
finalizado de um livro de poesias que pretende editar até o fim de 2015.
POEMA
COLETIVO DO GRUPO E (Tema: Tempo)
Título:
A medida do tempo
O tempo rascunha enigmas
que ele próprio desconhece
por saber da finitude
de tudo que perece
O tempo não indaga
não perdoa, não permite
Magnânimo
simplesmente - segue
Sem contar horas, o tempo
ora é pássaro encantado
ora flor que a mão acolhe
e se escoa além da morte
A rotina me queimou a retina,
reto como um santo,
tanto dilema no trabalho
que me falta tempo pra poema.
1º
estrofe – Luiz Otávio Oliani
2º
estrofe – Marília Lima
3º
estrofe – Gerci Oliveira
4º
estrofe – Geovani Doratiotto (que deixou o concurso)
GRUPO F
André
Telucazu Kondo, 39 anos, reside em Jundiái/SP. É autor
dos livros “Além do Horizonte”, “Amor sem Fronteiras” (Prêmio Paulo Mendes
Campos), “Contos do Sol Nascente” (Prêmio Bunkyo, M. H. Prêmio Esfera das
Letras), “Cem pequenas poesias do dia-a-dia” (Prêmio UNIFOR), “Palavras de
Areia” (Prêmio Alejandro Cabassa), “O pequeno samurai” (M.H. Prêmio
João-de-Barro). Recebeu mais de cem prêmios literários. Pós-graduado pela
University of Sydney, viajou por 60 países.
Desirée
Jung
é escritora e tradutora literária, nascida no Brasil, cidadã canadense, com
especialização em cinema na Vancouver Film School. Sua carreira acadêmica
também inclui um Mestrado em Fine Arts em Creative Writing, além de Doutorado
em Literatura Comparada obtidos na Universidade de British Columbia, em
Vancouver, no Canadá. Seus poemas, contos e traduções foram publicados em
diversas revistas literárias na Europa e América do Norte. Mora há dezesseis
anos em Vancouver, Canadá. Seu website é: www.desireejung.com
Jornalista e mestre em Teoria da
Literatura pela Universidade de Brasília, Maria
Amélia Elói tem 40 anos e é de Brasília/DF. Foi premiada em 2009 no III
Concurso Literatura para Todos, do Ministério da Educação, com a obra “Poesia
Torta”. Em 2001, ganhou o Prêmio Nestlé/MEC pelo ensaio “Ideias a Mais!: a
crítica literária no JB e na Folha de S.Paulo no ano 2000”. Servidora da Câmara
dos Deputados, já venceu três edições do gênero “Crônica” dos Desafios dos
Escritores promovidos pelo Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados.
Francisco
Carvalho Junior, 28 anos, é de Caxias/MA. É
professor/escritor, especialista em Língua Portuguesa, autor dos livros de
poesia “Mulheres de Carvalho” (2011) e “A Rua do Sol e da Lua” (2013). Foi 3º
colocado, na categoria melhor poesia, no 1º Festival Caxiense de Poesia
(FECAPO). É membro efetivo da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do
Maranhão (ASLEAMA).
POEMA COLETIVO GRUPO F (Tema: O poeta preferido)
Título: Franco entendimento
Aquele que se entrega, que transborda,
aquele que deixa as veias jorrarem sem pena,
aquele que se desloca, sai da zona de conforto,
o meu poeta preferido profere a palavra com a alma...
aquele que corcéis cavalga, em incendiados pastos,
aquele que é a chuva e a sede, a presa e o caçador,
aquele que morre no anverso e ressuscita no verso,
o meu poeta preferido sangra a palavra com calma...
Aquele que borda histórias, e cobre-se no inverno
Aquele que encontra flores onde só há ervas e destruição,
Aquele que lapida a pedra na escultura da vida,
o meu poeta preferido desenha a palavra com precisão.
Aquele que ensina o que não sabe e só de teimosia se encanta,
Aquele que sofre de anacronismo e mesmo assim surpreende o seu tempo,
Aquele que, escrevendo "morte", luta, sim, é pelo viço da vida.
O meu poeta preferido sabe mais de mim do que eu mesmo.
Aquele que se entrega, que transborda,
aquele que deixa as veias jorrarem sem pena,
aquele que se desloca, sai da zona de conforto,
o meu poeta preferido profere a palavra com a alma...
aquele que corcéis cavalga, em incendiados pastos,
aquele que é a chuva e a sede, a presa e o caçador,
aquele que morre no anverso e ressuscita no verso,
o meu poeta preferido sangra a palavra com calma...
Aquele que borda histórias, e cobre-se no inverno
Aquele que encontra flores onde só há ervas e destruição,
Aquele que lapida a pedra na escultura da vida,
o meu poeta preferido desenha a palavra com precisão.
Aquele que ensina o que não sabe e só de teimosia se encanta,
Aquele que sofre de anacronismo e mesmo assim surpreende o seu tempo,
Aquele que, escrevendo "morte", luta, sim, é pelo viço da vida.
O meu poeta preferido sabe mais de mim do que eu mesmo.
1º estrofe – Francisco Carvalho
2º estrofe – André Kondo
3º estrofe – Desirée Jung
4º estrofe – Maria Amélia Elói
GRUPO G
Marcelo
Asth,
27 anos, é do Rio de Janeiro/RJ. Formado em licenciatura em Artes Cênicas na
UNIRIO e mestrando na Pós-Graduação em Artes Cênicas da UNIRIO (linha de
performance). Performer no Coletivo Heróis do Cotidiano. Foi ganhador da
primeira edição do Concurso de Poesia Autores S/A, participando da antologia
“POESIA.COM” (editora Multifoco). Também participou da antologia “A polêmica
vida do amor” (editora oito&meio). Não tem aspirações como escritor, apenas
respirações e no máximo inspirações – mas ainda um dia, se pintar, ainda
publica um livro de poemas.
Danielle
Takase, 19 anos, é de Santo André/SP. É graduanda em
Letras-Francês na Universidade de São Paulo. Publicou “Em Sônia” (Ellenismos,
2013), participou da seleção “Poetas do Mundo” (UNILA Cartonera, 2014) e mantém
o blog ...em fuga... .
Cinthia
Kriemler, 57 anos, é de Brasília/DF. É contista e poeta.
Graduada em Comunicação Social/Relações Públicas. Nasceu no Rio de Janeiro, mas
mora em Brasília desde criança. Autora de “Sob os escombros” (2014) e “Do todo
que me cerca” (2012), Editora Patuá; e de “Para enfim me deitar na minha alma”
(2010), FAC-DF. Vencedora do 1º Concurso de Microcontos Autores S/A; 2ª
colocada no II Concurso de Poesia Autores S/A. Aspiração como escritora: todas.
Georgio
Rios,
33 anos, é de Riachão do Jacuípe/BA. É também músico e publicou os livros:
“Depois da Chuva” (2009); “Veredas de Sarépta” (2010), “Modus Operandi” (2010),
“Sangue Novo: 21 poetas baianos do séc. XXI” (2011) e “Ficções ao Mar” (2012).
Rios participou das Bienais do Livro da Bahia (2009 e 2011), além da Feira do Livro
de Feira de Santana. É formado em Letras com Espanhol pela Universidade
Estadual de Feira de Santana (Uefs) faz parte do Coletivo de artes Antena.
POEMA
COLETIVO DO GRUPO G (Tema: Ônibus)
Titulo:
Transverso
eu, viciado passageiro
de estações que repetem a rotina
do nada, que libertam
aos mistérios do tudo
Mudo, da janela vejo mundos:
Quem será que eu moro ali?
Tudo aqui é passageiro, tudo aqui está são?
Mil perguntas que me lanço sem nenhuma
conclusão...
No nada, qualquer metro é uma grande travessia
o frear é brusco, o andar é lento, a ladeira é
íngreme
não é ávida que a vida transita
porque se está só de passagem.
passageiro do destino
no labiríntico ônibus da vida
sigo por esta lida de solitário viajante
Vago como estradeiro, no largo vão desta
página.
1º
estrofe – Cinthia Kriemler
2º
estrofe – Marcelo Asth
3º
estrofe – Danielle Takase
4º
estrofe – Geórgio Rios
GRUPO H
Natasha
Felix tem 17 e é estudante. Reside em Santos/SP. Pretende
adentrar mais ainda pelas vielas da arte através do curso de Estudos
Literários. Recentemente, lançou o livro “Movimento – da palavra ao texto” como
coautora e participou de dois concursos: no primeiro, um concurso de contos em
2007, alcançou o segundo lugar; já no outro, um concurso de poesias deste ano,
ficou em terceiro.
Francisco
Ferreira, 46 anos, é de Conceição do Mato Dentro/MG.
Conquistou a oitava colocação nas duas primeiras edições do Concurso de Poesia
Autores S/A. Foi 2º colocado no I Concurso de Poesia Língua'fiada.
Jorge
Augusto de Jesus Silva, 32 anos, reside em Salvador/BA. É
poeta e professor, tem poemas e textos publicados nas revistas eletrônicas
Germina Literatura e Cronópios. Em livro, publicou na “Antilogia”, destaque em
edição passada da bienal de designer de São Paulo. O livro reúne poetas baianos
e paulistas. Também publicou poemas na “Antologia do Sarau da Onça”, em
Salvador. Além disso, é editor e pesquisador no campo da literatura.
Thiago
Oliveira Carvalho, 25 anos, é do Rio de Janeiro/RJ. É
graduado em Letras – Português\Inglês, pela Faculdade CCAA e pós-graduado lato
sensu em Literaturas Lusófonas, pela Universidade Estácio de Sá. Professor de
língua inglesa (Prefeitura do Rio de Janeiro). Tem um ensaio publicado na
coletânea acadêmica Vivências pós-modernas 1 (Editora Quártica) e palestrou em
eventos e congressos na UERJ e UFF. No momento, dedica-se ao estudo da língua –
e diferentes aspectos da cultura – japonesa.
POEMA
COLETIVO DO GRUPO H (Tema: Professor)
Título:
Contra o Temp(l)o
Arauto foi que te fizeste
da palavra nua .
Da vida crua, de cozimentos oficiais,
foste "maitre" e degustador...
Agora não há mais tempero
tua chama já não balança ao vento
e o pó do lirismo ardente
soprou os traços do sobrevivente ardor
E no pó te tornaste silêncio
Pelo prosaico dos dias,
No silêncio te tornaste pedra
Que resiste à trilha por vias
Então, não mais arauto,
mas ainda num palco
profeta de nenhum futuro
bate a cabeça contra o muro.
1º
estrofe – Francisco Ferreira
2º
estrofe – Natasha Félix
3º
estrofe – Thiago Carvalho
4º
estrofe – Jorge Augusto Silva
HORA DO
A
I
K
A
I
Que
tal lermos uns haikais agora, hein?
Todos
os haikais tiveram como temática: UMA ESTAÇÃO DO ANO.
Que
a estação mais amena envolva sua alma
na
leitura desses haikais...
“Primavera”
(André Barbosa)
Vem
com os olhos, vê.
O
encanto subiu a colina.
Primavera.
Ipê.
“Outono”
(Álvaro
Barcellos)
nunca te abandono:
eu te busco entre as sombras
e os ventos de outono
“Horário
de Verão”
(Bruno
Baptista)
o sol vai tarde
assim é como não ter fim
o fim de tarde
“Melancolia”
(Isadora
Maciel)
E suspira o vento
soa o vazio rastejo
folha a folha, lento.
soa o vazio rastejo
folha a folha, lento.
“Primavera
de mim”
(Gerci
Oliveira)
Plantei roseira
acordei pássaro cor.
Sonhei floreira.
“Vida que segue”
(André Kondo)
O
vento outonal –
A
pipa levanta voo
no
cair das folhas.
“Invernando”
(Ricardo Thadeu)
o
homem sertanejo
vê
no escuro céu da roça
“Teimosia
de poeta”
(Maria
Amélia Elói)
Haikai buganvília,
até todo flores ser,
queira florescer!
“Cores
nos olhos”
(Luiz
Otávio Oliani)
em floração plena
a natureza agradece
os botões em flor
“Cobertas”
(Marcelo
Asth)
É manhã no rio:
Folhas nas margens cobertas
Pelo orvalho frio.
“Outonal”
(Georgio
Rios)
Horizonte gris
O giz riscando o chão
Tons do outono
O giz riscando o chão
Tons do outono
“Paixão”
(Cinthia Kriemler)
Nas
ruas escuras
procissão
do fogaréu
cor
de farricoco
“desestiagem”
(Natasha Félix)
o
cantar da nuvem
numa
lágrima de boi
alaga
o sertão.
“Haiku
para o amor de verão”
(Jorge
Augusto Silva)
sentido horário
de verão mais que se pede
são haikais de paixão
“Banquete”
(Francisco
Ferreira)
Revoadas de cupins
anunciando boa chuva.
Sapos se regalam.
“Para
Yuki Kajiura”
(Thiago
Carvalho)
Secando palavras,
Entra, outono-linguagem!
Sépia musicada...
“haicai
do sob e sobre mundo”
(Danielle
Takase)
valsa de equinócio −
dum lado, a primeira queda;
lado outro, há pétala.
“De repente”
(Danilo Fernandes)
A
vida é folha
que
no outono
cai
sem avisar
“ilusão de queda”
(André Oviedo)
certa folha cai
sem sequer tocar o chão
uma borboleta
certa folha cai
sem sequer tocar o chão
uma borboleta
“Colheita”
(Dora
Oliveira)
Manhã no pomar:
Sabiá faz desjejum
de mamão maduro.
“estéril”
(Herton
Gomes)
manchete do dia:
primavera no sertão
não brota poesia
“Vento”
(Adalberto
Carmo)
O vento, o vento!
Reclino a face, encaro
dentes de leão ao sol.
Reclino a face, encaro
dentes de leão ao sol.
“Folhas
de outono”
(Hugo
Costa)
Voam em bando,
levando este pensamento,
as folhas de outono?
“Verão na Maré”
(Simone Prado)
entre palafitas
no calor da água suja
reflexos da lua
entre palafitas
no calor da água suja
reflexos da lua
“Tangerina”
(Francisco Carvalho)
delícia
d’outono:
os
gomos da tanja dançam
tango
nos meus lábios.
“Miles
Davis”
(Bianca
Velloso)
as folhas secas
quintal do meu outono
jazz dentro de mim
“Último
buquê”
(Raimundo
de Moraes)
Atrás da porta
emudece o verão
da noiva morta
“Outono”
(Jacqueline
Salgado)
Silêncio no céu.
Lua cheia de vazio.
Espelho de mi’alma.
Silêncio no céu.
Lua cheia de vazio.
Espelho de mi’alma.
“Noite”
(Andressa
Barrichello)
Ninhos florescem
O gato à espreita
Pássaro canta
“Memórias de outono”
(Nathan Sousa)
Ainda
que tarde, tenho
colhido
imagens em troca
de
uma luz distante.
“Primaveril”
(Marília Lima)
Amarelo ouro
Flor de ipê que desabrocha
Tudo se faz luz
“Verão”
(Desirée
Jung)
Na língua –
abacate gelado
refresca o calor.
POEMAS
DA 1º RODADA DA FASE DE GRUPOS
Atenção: Os votos populares começarão a contar a partir das 14:45 hs. de terça-feira, dia 14/10/14, e serão encerrados no dia 16/10/14, quinta-feira, às 17:00 horas. Os votos serão válidos APENAS PARA OS POEMAS TEMÁTICOS, E NÃO PARA OS HAIKAIS! Lembre-se: escolha apenas 1 poeta, dos 08 grupos, no momento do seu voto. Obrigado e tenham uma ótima leitura!
GRUPO
A
1º
RODADA
TEMA:
“AMOR”
Grupo A - 1º Rodada – Tema “Amor”
Nathan
Sousa x Danilo Fernandes
Jacqueline
Salgado x Bianca Velloso
DUELO 01
Títulos:
“Atentado”
(Nathan Sousa)
X
“Tinha um amor no meio do caminho”
(Danilo Fernandes)
Título: Atentado
conheceu o amor num beco de breu e
silêncio.
lugar apropriado para exumar
o que ignora e aplaca:
o fogo
o frio
o frívolo
o trêmulo
o frêmito
o tácito.
o corpo incógnito, a
estranheza,
a rigidez do avesso
– como se entranha fosse.
o sumo extraído
– como se fruta fosse.
a fauna primitiva
(metálica)
que desconhece o que divide e
– num átimo –
é escambo de sal e couro;
osmose, permuta franciscana.
sem alarde, num beco de breu.
Título: Tinha um amor no meio do caminho
Riobaldo comeu louco na sua mão
De joelhos no infinito do sertão
Certamente a triste via é o que há
A semente de nós dois se queimará
Se o Velho pós morango ainda a amava
Preto e Branco triste fim de quem sonhava
Que será de um personagem sem roteiro?
Se nem findam na alegria os do Estrangeiro
Se na pólvora ou no verde o amor fracassa
Se é dorido o que passou ou o que foi nada
Se pra nós é um conforto ou uma chaga
O amor sempre nos pega na jornada.
Riobaldo comeu louco na sua mão
De joelhos no infinito do sertão
Certamente a triste via é o que há
A semente de nós dois se queimará
Se o Velho pós morango ainda a amava
Preto e Branco triste fim de quem sonhava
Que será de um personagem sem roteiro?
Se nem findam na alegria os do Estrangeiro
Se na pólvora ou no verde o amor fracassa
Se é dorido o que passou ou o que foi nada
Se pra nós é um conforto ou uma chaga
O amor sempre nos pega na jornada.
DUELO
02
TÍTULOS:
“Promessa é dúvida, mesmo quando coisa, mesmo quando texto”
(Jacqueline Salgado)
X
“todo palhaço é poeta”
(Bianca Velloso)
Título: Promessa é dúvida, mesmo quando coisa, mesmo quando texto
Que amor é esse
que me faz mergulhar em nebulosa
impelida por intuito de decifração?
Que circunscreve pausadamente
minhas possibilidades de existência?
Que amor é esse?
Expresso em que rota humana?
Amor que se debruça sobre o verbo,
que deita mudo sobre um nicho frágil
da escrita,
que converte fragmentos de um texto comum
em cartas estendidas sobre o tapete.
Que me toma por sentido.
Que me toma por avesso.
Como é penoso o lado
vazante
do ciclo
do qual
desejamos sair.
Ainda resisto.
[e penso.
Qual o tamanho do amor que sinto?
E do seu revés?
Quantos lírios trago de sensações?
Como se mede? Como se curva?
Em quais Cânticos me reconheço?
Qual é a parte que desconheço?
Tudo bem. Deixemo-lo.
É inútil o lado fluido de partir.
Dê-me só um beijo mais de língua
[ou de linguagem
que te prometo ser escrita.
Título:
todo palhaço é poeta
no
preto-e-branco
das
engrenagens da vida
sob
tênues luzes coloridas
na
corda bamba
da
linha do horizonte
sapato
comprido
nariz
vermelho
lá
vai ele
de
repente invade
o
picadeiro dos teus dias
equilibra
o riso e o choro
desencadeia
o alvorecer
alvoroça
o gozo
soam
os guizos da alforria
:
o
amor é um palhaço
GRUPO
02
1º
RODADA
TEMA:
“DUELO”
Grupo B – 1º Rodada – Tema “Duelo”
Dora
Oliveira x Hugo Costa
André
Oviedo x Herton Gomes
DUELO
01
TÍTULOS:
“Viandante”
(Dora Oliveira)
X
“Dança da morte”
(Hugo Costa)
Título:
Viandante
O
medo veda os olhos,
a
coragem puxa as cobertas.
O
não esconde as chaves,
o
sim escancara as portas.
Luz
e treva, sol e chuva
disputam
a mesma estrada
que
o viandante percorre.
Alegrias
e tristezas,
vitórias
e derrotas
acotovelam-se
na mochila
que
o viandante carrega nas costas.
Verdades
e mentiras,
dúvidas
e certezas
confrontam-se
no mesmo enredo.
O
certo e o errado
Apostam
um prato de sopa
debaixo
do mesmo teto.
O
amor e o ódio travam batalhas,
fazem
pactos e juras
no
parque do coração.
O
bem e o mal se atracam
nas
enseadas da razão
onde
o viandante ancora.
A
morte afia as unhas e rosna.
A
vida suspira e se agarra à cadeira
onde
o viandante repousa.
Título:
Dança da Morte
Festa
de rua
Flecha
lançada
Olho
no olho
E
seja o que for
Pele
pressente outra pele
-
faísca!
Onde
há fumaça
não
há outra pista:
Duas
fogueiras a todo vapor
Mão
estendida,
e
começa a batalha
Vira
uma arena,
o
coreto da praça,
feito
uma cena de gladiador:
São
rodopios
e
risos olhares
Caem
os escudos,
as
armas em pares,
na
primeira noite
do
mês que entrou
E
a boca de presa
sussurra
- de praxe,
deixando
sua marca
à
espera do ataque,
já
não mais surpresa,
do
seu predador
Depois,
só se escuta
os
insultos vulgares
de
alguma janela
daquela
cidade
que
se fez plateia
narrando
o torpor:
São
unhas e dentes
e
gritos de guerra
É
sangue e suor
sobre
o cheiro de fera
a
se debater
sem
qualquer vencedor
Mas
deixa a revanche pra um outro capítulo
Nunca
se vira placar tão bonito,
desde
que homem e mulher se enfrentou:
Olhos
revirados
Duelo
perdido
Mortos
- em chamas -
Titãs
e meninos...
Um
corpo só:
amor.
DUELO
02
Títulos:
“do elo”
(André Oviedo)
X
“western particular”
(Herton Gomes)
Título: do elo
hoje você vem
de encontro
a mim,
feito quem
deseja atravessar
e não ocupar
o mesmo espaço.
feito quem
prefere choque
a abraço,
nó a laço.
por isso,
trago linhas
nas mãos,
pois sei
que você
traz agulhas.
pois sei
que hoje
você vem
feito quem
já foi.
hoje você vem
de encontro
a mim,
feito quem
deseja atravessar
e não ocupar
o mesmo espaço.
feito quem
prefere choque
a abraço,
nó a laço.
por isso,
trago linhas
nas mãos,
pois sei
que você
traz agulhas.
pois sei
que hoje
você vem
feito quem
já foi.
Título: western particular
“ainda te espero”
reclama o bolero
nesse vinil de oitenta e quatro
vazio
cinéreo
travo um duelo
entre o Rivotril
e a falta do teu abraço
“ainda te quero”
confessa aos berros
esse fado português
sozinho
me descabelo
e travo um duelo
entre o vinho
e a sede de ti, outra vez
“ainda me desespero”
repete sincero
esse tango
argentino
sofrido
funéreo
travo um duelo
com meu próprio destino
e enfrento tua ausência
dançando na corda bamba
sem perder a cadência
encho a cara nessa roda de samba
não me dou por vencido
te perder foi doído
mas sofrer, meu querido,
anda fora de moda.
GRUPO
C
1º
RODADA
TEMA:
“PROSTITUTA”
Grupo C – 1º Rodada – Tema “Prostituta”
Álvaro
Barcellos x André Barbosa
Bruno
Baptista x Adalberto Carmo
DUELO
01
Títulos:
“Fuga”
(Álvaro Barcellos)
X
“Lucíola Alencar”
(André Barbosa)
Título: Fuga
(para
as Marias)
É
da última mesa
deste
botequim imundo
em
que encho a cara
ao
fim de cada dia
que
observo a cidade
(e
seu ritmo
e
seu mar e sua gente,
suas
paisagens
e
esse nevoeiro
que
encobre sempre
suas
luzes amarelas
–
um velho véu furta-cor)…
passei
a observar
a
menina Maria
–
a Maria do pecado –
aquela
que deita
em
sua surrada rede,
aquela
que dorme
lá
no cais do porto,
a
que perdeu toda esperança
–
dissolvida entre batons
e
espermas e perfumes
e
brincos e brinquedos:
a
Maria das marés…
pude
olhar mais para ela,
pude
olhar mais lá no fundo:
lá
no abismo de seu peito
–
a Maria das marés –
cujos
olhos armazenam
a
mais torpe solidão
que
há no mundo
(os
seus olhos
que
procuram
um
refúgio, um resgate,
uma
morte, um escape,
uma
fuga)…
Por
quem choram
os
teus olhos
que
represam oceanos
e
embarcações naufragadas?
Por
quem choram?
diz,
Maria
–
no silêncio que te assalta –
diz,
Maria das marés.
Título: Lucíola
Alencar
Em
tempos idos:
Lucíola
teve passado penoso,
De
dia a dia rigoroso, aqui e acolá em diversos puteiros.
Sua
mãe analfabeta e agricultora e seu pai pedreiro;
Faltava
dinheiro, comida, estudo, faltava quase tudo...
Até
que, de repente, o “tudo” veio:
Em
tempos meios:
(tomei
a liberdade de não rimar nessa parte)
A
gravidez de trigêmeos caiu como tempestade,
Aquela
louca vontade de ser mãe
–
aquela sóbria visão de que precisava ser algo mais;
Largou
a labuta de prostituta e entregou-se aos livros...
Venceu
empecilhos, derrubou preconceitos.
Em
tempos de hoje:
Mulher
guerreira, mãe solteira, ex-meretriz,
Sessenta
anos e três filhos criados:
Uma
médica, um famoso escritor e um advogado.
Lucíola
Alencar é dona de casa e de uma rendosa barraca na feira,
Agora
com “eira” e com “beira”
É
também dona do próprio nariz.
DUELO
02
Títulos:
“as prostitutas de amsterdã”
(Bruno Baptista)
X
“Garbo”
(Adalberto Carmo)
Título: as prostitutas de amsterdã
as prostitutas de amsterdã
são lindas e bem-vindas.
vão à padaria, dão bom dia,
voltam para casa com o pão,
geleia, queijo e frutas. as
prostitutas
de amsterdã não abrem mão
do café da manhã.
Título: Garbo
O amor é uma flor violeta
nascente na beira da greta.
nascente na beira da greta.
GRUPO
D
1º
RODADA
TEMA:
“ESTAÇÃO”
Grupo D – 1º Rodada – Tema “Estação”
Andressa
Barrichello x Isadora Bellavinha
Raimundo
de Moraes x Simone Prado
DUELO 01
Títulos:
“Quatro Estações”
(Andressa Barrichello)
X
“Espera”
(Isadora Maciel)
Título: Quatro Estações
Estrada alagada, estrada estreita
deita às margens do rio da vida
Desabalada carroça toda curva despeita
e estrada peita, a fazê-la feita
mas nunca sabida
Conduz a carroça o sujeito
um dia pensado de passeio
E a cada nova curva e poça
a
estrada faz troça desse seu enleio
Trépido o sujeito, trepidante a carroça
pela estrada que margeia e não esteia
Trépido o sujeito, trepidante a carroça
com desejo de chegada e rechaço de partida
E resta haver-se com tamanho sacolejo
no abraço cego da estrada tida
se ao fim e ao cabo
Só trepida o que tem vida.
Trépido o sujeito, trepidante a carroça
pela estrada que margeia e não esteia
Trépido o sujeito, trepidante a carroça
com desejo de chegada e rechaço de partida
E resta haver-se com tamanho sacolejo
no abraço cego da estrada tida
se ao fim e ao cabo
Só trepida o que tem vida.
Título: Espera
na estação
nada, esta espera.
no banco resta uma luva esquecida: é inverno.
imagino a mão despida pra escritura do verso:
imagino o inverso: a mão vestida enquanto espera
o amor – perverso
não vem.
Imagino a promessa de vinda com o trem
e da porta de saída
(última esperança contra o gesto suicida)
só a brisa vaga de ninguém.
A mão se despe dedo a dedo
e o anel
- presente usado em segredo -
é lançado ao trilho como se lança os dados.
na estação, amargo,
nada, esta espera.
para ESTAR_SÃO
e romper com o sertão na Terra
é preciso saber-se antes SER_TÃO:
quando inverno: pensar primavera.
imaginar a mão na escritura do verso
não pro amor que disperso não vem
mas àquele que, de fato, aguarda no trem.
Estar-se antes tão são,
tão ser
que então
a vida se irrompa para além da biosfera.
E a estação – morada aflita da espera -
já não será a casa de um amor controverso
de uma luva caída na amplidão do universo
também não será uma estação de guerra
do homem contra o homem
a fera contra a fera
ou estação espacial que tudo no nada supera
submersa no ar anti-gravitacional.
Em reverso, contra a leveza brutal,
a estação que imagino não se fixa no espaço
nem no tempo,
nem no ano,
nem na luva esquecida ao fracasso.
A estação por mim imaginada
é uma espera movente
que vai do nada ao nada;
que nada peixe por infinitas águas;
que como quem versa que no branco começa
no branco termina no nada submersa.
Mas resta sempre a força de uma espera impressa de vida
- estação contínua e porém finda -
no papel, a palavra adversa traça:
viver é esperar
mover-se
de estação em estação
como os sopros no ar.
na estação
nada, esta espera.
no banco resta uma luva esquecida: é inverno.
imagino a mão despida pra escritura do verso:
imagino o inverso: a mão vestida enquanto espera
o amor – perverso
não vem.
Imagino a promessa de vinda com o trem
e da porta de saída
(última esperança contra o gesto suicida)
só a brisa vaga de ninguém.
A mão se despe dedo a dedo
e o anel
- presente usado em segredo -
é lançado ao trilho como se lança os dados.
na estação, amargo,
nada, esta espera.
para ESTAR_SÃO
e romper com o sertão na Terra
é preciso saber-se antes SER_TÃO:
quando inverno: pensar primavera.
imaginar a mão na escritura do verso
não pro amor que disperso não vem
mas àquele que, de fato, aguarda no trem.
Estar-se antes tão são,
tão ser
que então
a vida se irrompa para além da biosfera.
E a estação – morada aflita da espera -
já não será a casa de um amor controverso
de uma luva caída na amplidão do universo
também não será uma estação de guerra
do homem contra o homem
a fera contra a fera
ou estação espacial que tudo no nada supera
submersa no ar anti-gravitacional.
Em reverso, contra a leveza brutal,
a estação que imagino não se fixa no espaço
nem no tempo,
nem no ano,
nem na luva esquecida ao fracasso.
A estação por mim imaginada
é uma espera movente
que vai do nada ao nada;
que nada peixe por infinitas águas;
que como quem versa que no branco começa
no branco termina no nada submersa.
Mas resta sempre a força de uma espera impressa de vida
- estação contínua e porém finda -
no papel, a palavra adversa traça:
viver é esperar
mover-se
de estação em estação
como os sopros no ar.
Duelo
02
Títulos:
“Plus Tard”
(Simone Prado)
X
“Mediterrâneo 3x4”
(Raimundo de Moraes)
Título: Plus Tard
plataforma -
bengala
roupa engomada
seu chapéu de palha na mão
malas entre abraços
a rapidez dos pés
o correr das cenas
sob pálpebras apertadas
ansiedade redobrada
velho corpo malhado
embaixo do chapéu de palha
aguardava
. . .
último trem da estação -
filho que não veio
Título: Mediterrâneo 3x4
(afresco
e relevo)
Mergulhei nos abismos
de um cabernet roxo
descendo voz-estômago abaixo
Agulharam-me tessituras
de verões da Calábria
Ruelas de Roma
mármores mijos milenares
fantasmas Satiricon Fellini
(A procissão de perdidos invadindo
as esquinas da casa
– I
Ching prenunciando um destino?
Incenso de mirra Scriabin Satie
sou o Gato Madeira em combustão)
Anjos e sátiros descendo nas janelas
espumas calientes de uma Afrodite
nascida em Nice
(Sou Jean Seberg em tristezas azuis
sou todo o branco de Santorini)
Ana César rompendo espaços num último voo
e demais mortos na sala de estar.
GRUPO
E
1º
RODADA
TEMA:
“TEMPO”
Grupo E – 1º Rodada – Tema “Tempo”
Ricardo
Thadeu x Gerci Oliveira
Luiz
Otávio Oliani x Marília Lima
DUELO
01
Títulos:
“Leve ruído da nascente”
(Gerci Oliveira)
X
“Episódio”
(Ricardo Thadeu)
Título:
Leve ruído da nascente
Quando
nasci, minha mãe levou um susto
ela
não sabia que a filha
viria
com delírio no sangue
em
vez do berro de bebê
fui
logo mamando poesia
o
suspiro já tinha o leve ruído
das
vertentes distantes
manhosa,
curiosa, avoada
seguia
respirando paisagem
muitas
vezes me pegaram pendurada
de
cabeça pra baixo
gostava
de ver tudo diferente
a
vastidão imaginada aumentava
o
verde era vibrante
as
florzinhas brincavam de esconder insetos
eu,
mal cabia em tamanha lindeza
hoje,
tamanho de gente grande
mas
poesia? Ah! Esta é maior e, às vezes,
zomba
de mim
corre
nas veias
atravessa
os ouvidos
invade
meus olhos
e
quando penso apanhá-la, esvoaça
feito
os pássaros de minha infância.
Título: Episódio
Com
calma, componho um abismo:
dilema
criado em mim pelo tempo.
Os
atalhos das horas são o lamento:
imenso
vazio de momentos passados.
Regulo
os passos, conto os minutos:
inútil
tarefa dos relógios de corda.
E
contento-me com o eterno retorno
atento
ao despertar das janelas.
DUELO
02
Títulos:
“Cronologia das horas”
(Luiz Otávio Oliani)
X
“Miragens”
(Marília Lima)
Título:
Cronologia das horas
na
antiguidade
egípcios
babilônios
gregos assírios
mediam
a vida
pelos
astros estações
instrumentos
ao
olhar pastagens
a
escuridão o tempo seco
convencionaram
dar nomes
ao
inanimado
daí
nasceram
relógios
bússolas
ampulhetas
os
homens
descobriram
que
não se detém
a
efemeridade
Título:
Miragens
Esta
coleção
começada
há pouco
e
já um monte de trastes velhos
esquecidos
em um canto.
Estas
flores
mal
acabadas de chegar,
viçosas,
frescas, belas,
já
as vejo murchas e tristes
atulhando
a mesa.
Este
rei
mal
coroado
e
já deposto.
E
os mortos
choram
seus mortos.
Quem
me dera não antever!
Tudo
é ontem.
Ponte
sobre nada.
Espiral
de miragens.
Abismo.
GRUPO
F
1º RODADA
TEMA:
“HOMENAGEM AO POETA PREFERIDO (A)”
Grupo F – 1º Rodada – Tema “O poeta preferido”
André
Kondo x Desirée Jung
Maria
Amélia Elói x Francisco Carvalho
DUELO
01
Títulos:
“Manoel”
(André Kondo)
X
“A Mão Estendida”
(Desirée Jung)
Título: Manoel
Quis
desvendar Manoel
colher
da estante
os
seus segredos
mas
não encontrei
na
semente da prateleira
o
germinar de sua poesia
Foi
preciso ouvir no silêncio das páginas
o
sussurro quase mudo das folhas
das
árvores de algum mato grosso
que
ainda lá estavam
esperando
pelo fino sopro
do
folhear
E
assim em cambalhotas
as
folhas vieram
a
brincar em minhas mãos
a
poesia fazendo cócegas nos dedos
Na
terra úmida
li
os poemas que Manoel ali traçou
com
gravetinho de contar lorotas
e
no branco das nuvens
também
li seus versos rabiscados
com
a pena da garça ainda em voo
e
a invisível tinta das águas do Pantanal
E
fui peneirando o nada dos córregos
revirando
o lodo, as escamas
e
palitando dos sorrisos dos jacarés
qualquer
resquício de poesia
E
não mais esperei a morte de algum molusco
para
ouvir o mar em sua vazia concha
mas
em seu rastro viscoso e vivo
vi
o oceano refletindo o luar
o
mar do interior
de
Manoel
Confesso,
fui buscar a verdade absoluta
nas
palavras do poeta
mas
apenas encontrei
um
menino com os pés no barro
inventando
pequenas mentiras
que,
afinal, descobri
serem
mais reais
do
que todas essas tais verdades
universais.
Título: A
Mão Estendida
“Colada
à tua boca a minha desordem.
O
meu vasto querer.
O
impossível se fazendo ordem.”
Hilda Hist
Na
subida do morro,
ela
tropeça no cordão do sapato
mas
não se machuca.
“É
preciso ter cuidado,” ele diz,
lhe
dando a mão em troca.
Ela
se levanta e encosta a cabeça no seu ombro.
Depois,
na cozinha, ao cortar uma maçã ao meio,
a
frase lhe aflige. Cuidado. O sabor da fruta é adocicado.
Mastiga
e uma veia surge no meio da testa,
nos
vastos espaços que moram dentro do corpo,
na
intimidade das coisas que não se pode olhar
por
muito tempo, acordadas.
“O
que foi?” Ele pergunta. “A vida é um perigo,” ela responde,
a
mão estendida procurando pela outra. O que lhes divide
é
profundamente imoral por ser insustentável, translúcido
como
resíduos num chão de concreto. Desamparo de existir.
A
singularidade de se amar apesar de tudo. Ao engolir
a
maçã, sente sede, e lhe beija com a voracidade
de
uma gazela.
DUELO
02
Títulos:
“Meu Manoel”
(Maria Amélia Elói)
X
“Um passarinho de Alegrete”
(Francisco Carvalho)
Título: Meu
Manoel
“Um girassol se apropriou de Deus:
foi em
Van Gogh.”
Van Gogh.”
Um
tal Mané do Pantanal
desarruinou
minhas verdades.
Didática
de quem amanhece a noite
e
lagartixa o tempo do verbo.
Filosofia
assobiada por pássaro e onça.
Semântica
movediça de quem areia como criança.
Formiga
tanajurenta de céu e som.
Entendimento
universal.
Vento
silenciando o cheiro do rio.
As
grandezas do que é miúdo.
Borboleta
travessa que contém o riso.
Gramática
do estrume vicejando canção.
A
palavra que o sapo engoliu
já
vem arvorando no orvalho.
Chove
sol!
Se
eu era amante de palavra viciada
e
inventava mecanismo objeto,
agora creio no pente disposto a ser begônia
agora creio no pente disposto a ser begônia
e
só imagino “tarde competente para dálias”.
O Livro das Ignorãças mudou meu
sotaque.
Eu
querendo falar como pedra, e nada!
Eternidade
de insônia, suspiro e soluço,
um
inseto grilando cada estrofe da lida.
O
anonimato que orgulha,
a
inteligẽça das coisas,
a
amoreira apitando
o
segredo apalpado.
Ousadia
delírio de quem traz na peneira
água
e
sai pingando, pingando
até
nascer o descomeço...
A
poesia se apropriou de Deus: foi em
Manoel de Barros.
Manoel de Barros.
Título: O passarinho de
Alegrete*
furados,
floridos e amarelos...
assim
são os nossos sapatos!
do
sol, da lua, dos cataventos...
assim
são as nossas ruas!
às
vezes, ouço vozes
de
anjos no telhado,
e
me pinto grilos, lilis, malaquias...
um
passarinho,
uma
tia solteira,
um
peixinho de uma velha história,
uma
pedra (beata) de Calcutá,
o
garoto do Chaplin que vive em nós...
meu
poeta amado do peito saltimbanco,
muitas
pontes, muitos pontos nos identificam...
e
tantos tresloucados nos assassinaram
sem
entender nossos desenhos de criança,
roubando
alguns sorrisos e ventos,
sem
levar as janelas por onde vemos
além
das cortinas e máscaras dos homens,
esses
seres tão ligados aos próprios umbigos
não
notaram, ainda, que o céu é um menino azul.
*Uma homenagem ao poeta
gaúcho M. Quintana.
GRUPO
G
1º
RODADA
TEMA:
“ÔNIBUS”
Grupo G – 1º Rodada – Tema “Ônibus”
Marcelo
Asth x Danielle Takase
Georgio
Rios x Cinthia Kriemler
DUELO
01
Títulos:
“Passagem”
(Marcelo Asth)
X
“Itinerário”
(Danielle Takase)
Título:
Passagem
Quando
eu era deste mundo
Vinha
velho e cansado
Olhando
pra noite me olhando.
Foi
quando, foi quando, foi quando...
Focando
a lua nos olhos,
Decidi
seguir viagem
Pagando
com a minha passagem,
Conforme
podia pagar.
Forçando
os pés já cansando,
Foi
quando, foi quando, foi quando...
Apenas
apanhei à beira-mar
Um
ônibus pra estação lunar!
Quando
foi distanciando
O
ônibus já decolando,
Vi
meu corpo tão vetusto
No
susto das ondas sonhando.
Foi
quando, foi quando, foi quando...
Foiçando
o meu fio de prata,
No
céu vi uma passeata,
Uma
manifestação estelar
Que
no bradar de seus brilhos,
Em
fogosa lâmina negra,
Reivindicou
meu olhar.
Da
janela apenas via
Via-láctea
em versos de luz –
Foi
quando escrevi o meu cosmos
Para
todos, omnibus:
Átomos,
átimos, ritmos,
Algoritmos
cometas,
Pasmos,
espasmos, marasmos,
Mar
cósmico de ondas pretas.
Universo,
imerso verso,
Alfa,
beta, gama de letras,
Prescrita
escrita infinita
De
espirais e piruetas.
Sois
sóis pulsando a sós
Fluxo
de fótons,
Luzes,
planetas.
Título: Itinerário
ô·ni·bus
(latim omnibus, para todos, dativo plural de omnis, -e, todo)
substantivo masculino de dois
números
1. Carruagem pública para muitos passageiros.
3. [Brasil] Grande veículo automóvel de transporte .coletivo de passageiros, urbano, rodoviário ou turístico.
"ônibus", in Dicionário
Priberam da Língua Portuguesa
ca·tra·ca
(origem onomatopaica)
substantivo feminino
1. [Brasil] Dispositivo que roda sobre um eixo e que condiciona o acesso de pessoas a determinado local.
"catraca", in Dicionário
Priberam da Língua Portuguesa.
KÁ
TRÁK
a
mãe paga passagem
o
menino rasteja no chão
(antes
ela o levantava pelos braços
jogando
pro outro lado;
agora
ela tem dor nas costas
e
só aguenta as sacolas da feira
porque
elas tem o tamanho da féria)
ele
já está grandinho
logo
vai andar sozinho
e
vai sozinho se virar.
senta
no banco mais alto
finge
que é montanha russa
olha
pela janela
vê
os meninos brincando de malabares
vê
os meninos fazendo embaixadinhas
vê
os meninos vendendo balas
devem
ter muitas cáries, esses meninos,
e
uma vida muito doce
devem
andar descalço toda vida
num
mundo todo pra brincar
enquanto
ele na montanha russa
sua
mãe, trabalho
tendo
seus altos e baixos
mais
baixos
ele,
indo pra escola enquanto dá.
KÁ
TRÁK
a
escola enquanto deu
faculdade
nunca daria
homem
aos catorze
com
mais um menino aos quinze
já
faz tempo
suor
escorrendo da testa
depois
de andar até encontrar o sol
pra
economizar uma condução
encosta
a cabeça no vidro
dorme
o justo
(ônibus
mais cama
que
a própria cama)
se
precisasse, dormia em pé
as
duas horas de viagem
mas,
graças deus!,
um
lugar pra sentar,
e
um pra trabalhar, então
treme
a cabeça de impulso
treme
as pernas de cansaço
treme
o braço
pelo
trabalho que ainda não veio
e
pelo salário que já anda escasso
treme
o estômago
antecipando
a marmita azeda.
KÁ
TRÁK
a
mãe agora é a esposa
e
outro menino se arrastando
esse
não inveja os meninos do farol
(hoje
é cedo que se perde a inocência
e
há infância que nunca foi)
a
mãe cuida do filho
do
marido
da
casa
dos
outros
e
então volta pra casa
(que
não é sua ou que pode não ser a qualquer momento)
pra
cuidar dos seus.
KÁ
TRÁK
KÁ
TRÁK
KÁ
TRÁK
seis
da tarde,
mas
o navio negreiro
segue
um curso diferente
entre
a metrópole e
a
colônia e
a
mão de obra escrava
a
distância diminuiu um atlântico
mas
a viagem continua grande
entre
o primeiro dia de trabalho
e
qual domingo? do divino descanso
a
viagem é grande
da
matéria prima até o produto final
a
viagem é grande
até
o impossível consumo
a
viagem é grande
da
perifa até o centro
a
viagem é muito grande
e
também profundamente vertical.
KÁTRÁK
KÁTRÁK KÁTRÁK
o
ocaso é o ponto
às
vezes é esse seis da tarde
das
lotações do sufoco do tráfego intenso
ou
as oito nove dez onze
doze
horas compridas
cumpridas
da jornada.
faltaram
cinco centavos
−
eu não posso fazer nada.
[silêncio]
um
silêncio depois você já não existe
pois
é só depois da paga
e
do barulho da catraca
que
você passa a ser gente
pra
essa gente
que
cuida da gente
como
latifundiário
cuidando
do gado
:
suga a força na moenda
faca
no couro
dente
na carne
até
restar só a carcaça
e
nada mais a se explorar.
DUELO
02
Títulos:
“Percursos”
(Georgio Rios)
X
“até que a morte nos separe”
(Cinthia Kriemler)
Título:
Percursos
Tudo está posto na vida:
As sombras dos muros,
O ônibus na pista.
Tudo está posto
Sob a vacilante luz
Do alto dos postes.
Ítaca mítica
Arca de Noé
Movendo-se no asfalto.
Tudo está posto na vida:
As sombras dos muros,
O ônibus na pista.
Tudo está posto
Sob a vacilante luz
Do alto dos postes.
Ítaca mítica
Arca de Noé
Movendo-se no asfalto.
Título:
até que a morte nos separe
subiu
ao céu
numa
sexta-feira de chuva — sem Paixão
na
hora, só umas poucas memórias, histórias
de
menino invisível, passageiro
equidistante
entre (tantos) vazios
lotados
por
clones de Perséfones {cansadas
de
aguardar a carruagem de Hades
e
um queixume de freios
[sem
ABS] gritando a desculpa
esfarrapada
que a morte pede antes
de
matar
no
corpo a depravação do choque abrupto
,
curto
o
peso gordo da borracha
fedida
oprimindo o tórax contra o rastro
de
cuspes do cimento velho
a
visão do éter (pela primeira vez um tempo
para
contemplar) colhida pela parelha de olhos
molhados
gritando
:
ponto final
GRUPO
H
1º
RODADA
TEMA:
“PROFESSOR”
Grupo H – 1º Rodada – Tema “Professor”
Natasha
Félix x Francisco Ferreira
Jorge
Augusto Silva x Thiago Carvalho
DUELO
01
Títulos:
“natureza pedagoga”
(Natasha Félix)
X
“Construtora de destinos”
(Francisco Ferreira)
Título:
natureza pedagoga
vou
lhe dizer
meu
mestre maior
é
o sol
amanhece
a beleza
no
raiar do dia
e
desaparece pra mostrar:
a
efemeridade rege a vida.
Título:
Construtora de Destinos
Era só o que trazia:
as
minhas mãos vazias
e
o coração em plenitude do nada.
Ligeiras
as tuas mãos
à
minha, guiaram em linha reta
expurgando
dúvidas.
De
tua língua em nossa Língua
toda
fala pareceu poemas
era
beijo, simplificado no sabor da palavra.
Ensinaste
–me a sonhar em alto relevo,
escrever
em voz alta
tramas
de minhas tessituras desconexas.
Sovaste
a minha massa crua de cidadão-crisálida
e
proclamaste (como no Gêneses): “Fiat
lux!”
Fez-se.
E,
muito do que sou é obra tua, minha primeira professora!
DUELO
02
Títulos:
“Sobre o ofício de quebrar espelhos ou para uma educação sem
sombras”
(Jorge Augusto Silva)
X
“Convite em elipse ao gosto poundiano (ou a não-Voz cede à voz)”
(Thiago Carvalho)
Título:
Sobre o ofício de quebrar espelhos
ou
Para uma
educação sem sombras
ao
homem só se ensina
seguir
a sina que constrói
a
cada pegada que pisa
até
achar as próprias cinzas
não
cabe ao que professa,
profecias,
nenhuma matilha
ou
cartilha que transtorne
o
homem grave em gado
só
uma pedagogia canibal
que
proponha ao homem
alimentar-se
daquilo que
o
consome, como animal
predador
que se alimenta
da
própria fome sem nome
que
vai comendo os vazios
de
um sonhar insone
só
a partir dessa didática, metá-
fora
do fogo, que ao consumir
se
consome, é possível ensinar
ao
homem a grafar o seu nome.
Título:
Convite em elipse ao gosto poundiano (ou a não-Voz cede à voz)
[Hipotética – e poética –
(re)transposição minimalista de uma cena-poema de El espíritu de la colmena, de Víctor Erice, em que uma aluna recita
– em resposta ao “extradiegético” pedido de sua Mestra – versos de Rosalía de
Castro]
O
Lugar usurpado de alguma Elegia –
Seu
Mestre-autor, Medusa em pedra, silencia.
E AÍ, O QUE ACHARAM DOS POEMAS?
QUAIS SÃO OS POETAS FAVORITOS?
NA QUINTA-FEIRA, TEREMOS TODOS OS RESULTADOS!
SORTE A TODOS!
AUTORES S/A:
UMA SOCIEDADE DIFERENTE DAS OUTRAS
PARCEIROS:
126 comentários:
Feliz por estar entre poetas tão talentosos. Se conseguir continuar mais uma etapa, será uma festa.
Ansiosa para ver mais.
Gerci
Poetas haikaístas,lê-los pela manhã é um deleite. Quantas imagens bacanas vocês proporcionaram, quanto lirismo. Queria estar participando e ganhar o livro de haikais ;)
meu voto:
“Promessa é dúvida, mesmo quando coisa, mesmo quando texto”
(Jacqueline Salgado)
Nathan Sousa para mim é um dos poetas da nova geração mais importantes que temos em nosso país. Profícuo em sua produção, Nathan tem uma linguagem abrangente, e porque não dizer, sui generis sem perder a sofisticação e paradoxalmente mantendo em alguns momentos o gosto brejeiro de sua terra. Resumindo, Nathan é a arte poética no homem.
Beetholven Cunha
O poema do grupo A
está lindíssimo, e a estrofe do poeta Nathan Sousa, está demais! parabéns!
meu voto é para o poema ATENTADO, de Nathan Sousa.
Meu voto é para o poema "ATENTADO" de NATHAN SOUSA.
Meu voto é para o poema ATENTADO, de Nathan Sousa.
Caríssimos,
Votos só serão computados se os comentaristas estiverem logados pela CONTA DO GOOGLE. Apenas pelo NOME não serão.
Obrigado,
Lohan
Nathan Souza meu irmãozim, que o celebrim da inspiração continue alumiando os rumos da tua poesia...
Torço por ti nessa labuta.
Grande abraço do cantador.
Meu voto é para o poema "ATENTADO" de NATHAN SOUSA
Meu poema preferido foi ‘ATENTADO’, DE NATHAN SOUSA”
Meu voto vai para "ATENTADO" de NATHAN SOUSA, esse rapaz vai longe
eu gostei do poema ATENTADO, do poeta piauiense Nathan Sousa...
Lindo o teu poema Gerci de Oliveira Godói, O leve ruído da nascente, parabéns!
ATENTADO, NATHAN SOUZA
Meu voto vai para o poema Atentado do poeta Nathan Sousa.
Descobri a poesia de Nathan Sousa recentemente e de cara me apaixonei. Seu fazer poético foge ao comum quando se afasta e se desvia das normas estabelecidas. Em seus poemas são visíveis às reflexões inovadoras que sem formalidades são preenchidas por uma estética poética que nos possibilita compreender a si mesmo.
Ainda que empregue o verso livre em seus poemas sua verve permeia pelo subjetivismo, pela metáfora. É poesia vital quando aborda aspectos da vida cotidiana.
Em seu poetar há uma verdadeira evocação da Ave Poesia quando se envolve com a vida da cidade (vita activa). Não tem optado pelo devotamento a um espaço extramundano, separando-se da vida das cidades (“vivas e mortas”). Passa a se relacionar, de algum modo, com o engajamento de uma poesia-estética onde procura desvendar o que está oculto no espírito humano.
Em seus poemas podemos encontrei um viés filosófico abordando inúmeros temas onde evidência a preocupação em pensar o seu tempo e a intervenção no mundo mesmo formulando conceitos abstratos e metafísicos.
José Lima Dias Júnior, historiador/poeta — Mossoró-RN
Meu voto, com certeza, vai para Nathan Sousa, com o poema ATENTADO.
Meu voto vai para Nathan Sousa, com o poema Atentado
Voto em ATENTADO, poema de Nathan Sousa, nome que vem se destacando com sua poética de valor estético indiscutível.
Meu voto vai para "O passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho.
Ah! Sem dúvidas, o melhor poema é "todo poeta é um palhaço", de Bianca Velloso
Meu voto é para Natasha Felix com o poema Natureza Pedagoga
"O PASSARINHO DE ALEGRETE" (Francisco Carvalho).
Voto no "Passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho.
Parabéns ao poeta, o poema vibra à tela de nossa memória as paletas brilhantes de Quintana.
Meu voto vai para "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Voto em Natasha Félix.
Meu voto é para " O passarinho de Alegrete" de (Francisco Carvalho)
Meu voto vai para o poema ATENTADO, de Nathan Sousa.
Amei o poema "Espera" de Isadora Maciel
Voto no poema Atentado, de Nathan Sousa, pois é um dos poetas mais expressivos da nova geração, que tem uma preocupação em lapidar a palavra e fazer com que ela signifique muito mais do que se ler, pois para entender sua poesia, precisa ter muita sensibilidade e um aguçado senso critico para entender o que verdadeiramente está implícito. Nota 10
Passarinho de alegrete de Francisco Carvalho
Meu voto: Poema "Atentado", de Nathan Sousa.
Meu voto vai para o poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho
Voto no poema "Atentado", de Nathan Sousa.
voto no poema Atentado, de Nathan Sousa, poeta piauiense
voto no poema Atentado, de Nathan Sousa, poeta piauiense
Meu voto é para o poema Atentado, de Nathan Sousa. Poeta cuja densidade e originalidade se mesclam em cada nova poesia. O domínio da palavra, das figuras, da imagem e da forma nos levam a mergulhar na beleza de seus versos. Nancy Amarante
Meu voto é para O PASSARINHO DE ALEGRETE" de Francisco Carvalho. Pela delicadeza com que apreende o espirito do poeta Quintana
Meu voto é para “O PASSARINHO DE ALEGRETE” (Francisco Carvalho)
Pela beleza do olhar, no poema
para Quintana
"Miragens" de Marília Lima (Grupo E).
eu sempre escolhendo o poema que me faz chorar... voto em:
“Itinerário”
(Danielle Takase)
Voto no poema "O passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho.
Voto para "leve ruído da nascente" de Gerci Oliveira.
Voto para "leve ruído da nascente" de Gerci Oliveira.
Meu voto vai para "O passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho
Eu voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
BOA SORTE, GRANDE POETA CAXIENSE!!!
Meu voto vai para Francisco Carvalho, com "O passarinho de Alegrete"
Eu voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Eu voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Meu voto è para o poema ATENTADO de NATHAN SOUSA.
Meu voto é para Gerci Oliveira Godoy do grupo E.
Voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Voto no poema ATENTADO,de Nathan Sousa.
"O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho é o meu favorito.
Voto na homenagem a Mario Quintana "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Voto no Poema"Atentado" de NATHAN SOUSA! (maravilhosamente belo)
Eu voto na poesia ''Natureza pedagoga'' de Natasha Felix.
"Natureza pedagoga" de Natasha Felix.
"Natureza pedagoga" de Natasha Felix.
Natasha Felix... meu voto é pra vc.
Que delicadeza nas palavras.
Parabéns!!!!!
Meu voto eh p Natasha Felix com certeza!!
Eu voto em "Natureza Pedagoga" da Natasha Felix.
"Natureza pedagoga" de Natasha Felix.
Prazer em participar dessa seleção de talentos! Meu voto vai para Gerci Godoy com o seu poema "Leve Ruido da Nascente". Parabéns a todos e boa sorte, Gerci!
Sem dúvida, meu voto vai para o poema em homenagem ao Quintana do Francisco Carvalho "O passarinho de Alegrete".
"Natureza pedagoga" de Natasha Felix.
Voto em Gerci, "Leve ruído da nascente".
Meu voto vai para o poema “O passarinho de Alegrete” de Francisco Carvalho.
Beleza pura: "o céu é um menino azul". Voto em "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Meu voto vai para o poema “O passarinho de Alegrete” de Francisco Carvalho.
Boa tarde,
Em meio a essa enxurrada de 'votos' falsos vindo de amigos ainda mais 'fakes' das redes sociais eu quase que tive de me abster de traçar meu proveitoso olhar sobre os poemas da leva.
Quando encerrei a leitura da leva a primeira frase que me veio à cabeça foi aquele versinho batido "festa estranha com gente esquisita". O certame ganhou ares de complexidade em comparação às edições passadas. Quase me perco em meio a tantos duelos, sem saber quem atirava primeiro (ou em quem atirava).
Posto isso, desentulhei minha rara Thompson M1928, de calibre 45, inspirei-me em Al Capone e nem Chicago tampouco vocês, poetas, hão de me aguentar.
Os haikus em geral estão bons. Ponto. Não aprecio tanto esta arte. Gostei do 'miles davis', sou amante do bom jazz (agora ouço um Thelonious Mork prazerosíssimo) e logo me identifiquei. A propósito, apreciei o poema da mesma autora, Bianca Velloso. Um dos destaques da leva.
Do duelo primevo, não gostei de nada. 'Atentado' soa demasiado pretensioso. O poema não está a altura da menção ao 'grande sertão'.
Do segundo duelo, os louros são de 'todo palhaço é poeta', embora não tenha conseguido associar título/conteúdo.
O duelo sobre duelo começou mal, com 'Viandante'. Contrastes maçantes, aquela coisa de bem versus mau que amarga o meu café. Amor e ódio travam batalha no 'parque do coração'. Não sabe brincar, não desça para o 'parque do coração', poeta.
Já o 'dança da morte' apresenta a formação minuciosa de um casal, indo de um extremo a outro, tinindo beleza e encerrando com um dístico arrebatador.
O segundo duelo sobre duelo (cansei de digitar duelo) me parece uma briga boa, ambos se apresentam com qualidade e ares de inovação estética. Prefiro o 'western', que segura a peteca do começo ao fim com maestria.
Prostituta é uma coisa boa, não? Devia haver uma 'bolsa prostituta'. E prostituta dá poesia boa também. Só que não foi o caso aqui.
Dos quatro poemas sobre as santas, o que mais se destaca é 'Fuga'. Me esforcei para captar a imagem da prostituta comprando pão em Amsterdã. Agarrada àquela baguete... bem, esqueçam.
'Quatro estações' abre razoavelmente essa leva de duelos. 'só trepa, ops, só trepida quem tem vida' é um verso jocoso. Onde estão as quatro estações mesmo?
'Espera' seria um poema excelente se não divagasse tanto. Perdeu-se no enchimento filosófico da linguiça (hoje irei saborear uma calabresa socrática - tudo o que sei é que nada sei como se faz uma linguiça).
'Plus tard' se destaca nessas estações descabidas gerando uma imagem que me comoveria se sensível fosse. E o 'Mediterrâneo' está mais para um quadro caótico de Dalí do que para foto de identidade. Leio tours pela Europa em minha revista 'Guia de viagem'.
Tempo, tempo. Começa com um poema pueril, perpassa um episódio bem cronometrado pelo poeta; na cronologia das horas tenta lecionar uma aulinha chinfrim de história antiga e encerra com 'Miragens', um recorte temporal excelente, com verso imagético arrebatador: 'espiral de miragens'.
As homenagens aos poetas foram maçantes. Recortes de versos dos homenageados. Mesmo do mais. O mais cintilante talvez seja o 'Mão estendida'.
Lembro-me bem do autor de 'Passagem', da primeira edição deste certame. Não perdeu a mão. Uma viagem interstelar que me conduziu a Einstein, Jornada nas Estrelas e tantas galáxias de jogos de palavras.
Entretanto, o melhor poema da leva inteira vem a seguir: 'Itinerário' é poema para encabeçar antologia. Um retrato traçado com máxima sensibilidade da poeta. Passei pela catraca e deixei o troco. Aplausos.
Os ônibus trouxeram os melhores poemas como passageiros. 'Percursos' e 'até que a morte nos separe' são imagens que merecem ser degustadas com bom vinho e bom jazz. Assim o fiz. O freio que grita a desculpa é um verso a se ter por muito tempo na memória.
Sobre professor (profissão que tem dia mas não tem vez), destaco 'Sobre ofício de quebrar espelhos'. 'Construtura de destinos' também me agrada, porém não apreciei o desfecho que, no meu honroso entender, deve ser a parte mais importante do poema. O último poema da leva foi escrito por um ser tão evoluído, quiçá de outro planeta, que não tive a capacidade de abstrair uma vírgula. Felicito o poeta por este feito: não é qualquer um que me 'desbanca' assim.
Meu voto, por fim, será para “Itinerário”.
Em suma, tudo ficou muito a desejar. Para alcançar um grande feito neste certame é preciso mais. Conheço este certame de outros carnavais e posso afirmar: um verso vacilante, um adeus impiedoso.
Até a próxima leva. Eu volto.
Cordialmente,
F.N.V.
Voto na caçula, linda e talentosa com um sucesso inteiro pela frente Natasha Félix
voto em "O Passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho
Voto em "O passarinho de ALegrete" do poeta Francisco Carvalho Júrnior
Voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Meu poema favorito e que gostei foi "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Natureza Pedagoga - Natasha Felix
Meu voto é de "O Passarinho de alegrete" do poeta Francisco Carvalho
Eu voto em Natureza Pedagoga - Natasha Felix
Boa sorte, NATASHA FELIX, meu voto é teu. "Natureza Pedagoga"
Francisco Carvalho se tivesse escolhido, como escolher, teria escolhido nascer pássaro. Não sei dizer se não tentou, mas, como não nasceu pássaro, nasceu homem, não podia ser outra coisa na vida que não poeta. Seu poema é puro canto, chilrear de pássaros, sinfonia de pardais, como diria outro cantor. Mas é também louvor, louvor de quem se reconhece ainda engatinhando, perante a grandeza de mestres com Mário Quintana. Meu voto, é para maestro desta sinfonia, Francisco Carvalho, nome de arvore, abrigo de pássaros.
“Sobre o ofício de quebrar espelhos ou para uma educação sem sombras”
(Jorge Augusto Silva)
Eu voto em Natureza Pedagoga - Natasha Felix
Mu voto vai para o grupo F com o poema: (O poeta preferido) Francisco Carvalho
André Kondo; Desirée Jun; Maria Amélia Elói. boa sorte queridos e Abração!
voto em "o Passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Logo eu que não peço votos, fiquei muito feliz por ter recebido o primeiro dos votos, e de um ex-participante, poeta dos bons! Valeu, Geraldo Trombin!
Meu voto vai para "o Passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
"Natureza pedagoga" de Natasha Felix.
meu voto vai para: "O PASSARINHO DE ALEGRETE" de FRANCISCO CARVALHO
Meu voto vai para "O passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho.
Meu voto vai para "O passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho.
"O passarinho de Alegrete" (Francisco Carvalho)
eu voto em natureza pedagoga da Natasha Felix
Eu voto em Natureza pedagoga da Natasha Felix!
"O PASSARINHO DE ALEGRETE" de FRANCISCO CARVALHO.
"O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho é o meu favorito.
O meu voto vai para o poema “O passarinho de Alegrete”, de autoria do poeta caxiense Francisco Carvalho.
Voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
O meu Voto é para
"O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho
Eu voto em natureza pedagoga- Natasha Felix!
Eu voto em natureza pedagoga - Natasha Felix =)
Eu voto em natureza pedagoga da Natasha Felix!!
Meu voto é para Natasha Felix - Natureza pedagoga
Eu voto na poetisa Natasha Felix - Natureza pedagoga.
Eu voto no poema "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
BOA SORTE MEU AMIGO POETA CARVALHO JR, PÉROLA DE CAXIAS!
Meu voto vai para "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Meu voto vai para "O passarinho de alegrete" de Francisco Carvalho
Escolho o poema "O Passarinho de Alegrete", de autoria do nosso poeta caxiense Francisco Carvalho (Carvalho Junior)
Caxias Maranhão está em peso na torcida pela liderança de seu poema " O Passarinho de Alegrete", querido amigo e poeta Francisco Carvalho.
Boa sorte,
Guilherme Sousa
Eu como filho de Passarinho, só poderia votar em "O passarinho de Alegrete" do meu amigo Francisco Carvalho.
Meu voto vai para o poema "O Passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho.
Francisco Carvalho (Carvalho Jr.), o seu poema "O passarinho de Alegrete" é uma pérola a ser contemplada no mundo literário moderno. Com palavras reais e simbólicas de beleza encantadora retrata as imagens e o pensamento das ideias como se fosse uma dança de um casal apaixonado, vendo o mundo do presente e uma trajetória agraciado pelo saber. A poesia é a essência do poeta, a voz de lábios que apaixona a delícia humana daqueles que buscam nos momentos de leitura para preencher o nosso ego. Se fosse para dar nota ao seu poema, eu convidaria três grandes homens do passado: Gonçalves Dias (nosso conterrâneo), Augusto dos Anjos, o próprio Quintana e eu seria o juiz... a nota é 10. A ASLEAMA sabe muito bem os talentos das nossas três estrelas no cenário da sabedoria humana. E o sr., poeta, é uma dessas colunas que segura o teto vivo de um plenário de saberes. O meu voto vai recheado de um curso de contabilidade, um curso de magistério, um de filosofia, um de teologia e outro de Belas Artes. apenas acrescento: o seu poema é um dos mais belos desta nova geração. (Manoel de Páscoa)
Meu voto vai para o poema "O passarinho de Alegrete", de Francisco Carvalho.
-nada foi tão novo e tão íntimo
como a idade da água-
Nada melhor que um trecho do próprio a quem dou meu voto para justificá-lo.
Meu voto vai para Nathan Sousa.
Meu voto é para o poema “Quatro Estações” de Andressa Barrichello.
VOTAÇÃO POPULAR ENCERRADA!
OS VOTOS SERÃO CONTABILIZADOS E INFORMADOS NA PRÓXIMA POSTAGEM.
OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO DE TODOS!
LOHAN
Meu voto é para a bela poesia "O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Muito criativo Carvalho Junior, como sempre!
Achei a escolha, não sei se assim posso chamar, inteligentíssima, pois Mário Quintana é o mestre!
Parabéns meu amigo! Boa sorte!
"O passarinho de Alegrete" de Francisco Carvalho.
Postar um comentário