Olá, caríssimos!
Hoje é dia de
eliminação, e, diga-se de passagem, uma das mais difíceis eliminações de todos
os concursos já realizados no Autores S/A. De 77 poetas, apenas 32 prosseguirão
na disputa.
Três
jurados leram todos os poemas e atribuíram uma nota, de 5 a 10 (valendo casas decimais) e também um breve comentário em
cada poema. Jurado a jurado, será revelado um ranking. Ou seja, até o final do
dia de hoje, as notas e os rankings (3, no total) serão modificados, à medida
que iremos revelando as notas dos jurados.
Como
já foi dito no post anterior, a próxima fase será composta por 32 poetas,
divididos em 08 grupos, com 04 poetas em cada grupo (A, B, C, D, E, F, G, H).
Para que haja um suposto equilíbrio entre os grupos, foi decidido que:
- Os oito primeiros colocados nesta segunda etapa serão os CABEÇAS DE CHAVE (pote 01). Nos
rankings, serão coloridos de azul claro.
- Os poetas que ocuparem da nona à décima sexta posição, farão
parte do SEGUNDO POTE. Nos rankings, serão coloridos de rosa.
- Os poetas que ocuparem da décima sétima à vigésima quarta posição,
farão parte do TERCEIRO POTE. Nos
rankings, serão coloridos de roxo.
- Os poetas que ocuparem da vigésima quinta à trigésima segunda posição,
farão parte do QUARTO POTE. Nos
rankings, serão coloridos de amarelo.
OBS: do
trigésimo terceiro em diante (os eliminados), serão coloridos de verde.
A
divisão dos potes será útil no ato do SORTEIO
DOS GRUPOS.
Um
grupo será composto por um cabeça de chave, um do pote 2, um do pote 3 e um do
pote 4. Entendido?
Os
quatro poetas de cada grupo realizarão duelos, em 03 rodadas temáticas, no total. Cada rodada será composta por 2 jurados responsáveis pelas avaliações
dos poemas. Cada grupo terá, na primeira
rodada, uma temática diferente a ser desenvolvida. São elas:
GRUPO
A – Amor
GRUPO
B – Duelo
GRUPO
C – Prostituta
GRUPOD
D – Estação
GRUPO
E – Tempo
GRUPO
F – Homenagem ao poeta preferido (a)
GRUPO
G – Ônibus
GRUPO
H – Professor
ATENÇÃO: Aos
poetas que se classificarem hoje, por favor, não adianta quererem “se adiantar”
na feitura dos poemas, uma vez que, todos serão submetidos ao sorteio dos grupos,
logo, nenhum poeta saberá, até domingo, em que grupo cairá.
TODOS
os detalhes sobre esta fase de grupos serão explicados no post de domingo, dia
5/10/2014, quando também será divulgado o vídeo com o sorteio dos grupos. Por
hora, pincelamos o cenário da próxima fase para que vocês tenham noção de como
será.
Bem,
vamos ao que interessa HOJE: quem vai, quem fica?
Apertem
os cintos! Vamos às avaliações.
JURADO
01: DANTE PINCELLI
Dante Pincelli é
professor de Arte, poeta, compositor, músico, ator, desenhista e vascaíno.
Comanda o blog literário “Língu’afiada” e conquistou a segunda colocação no I
Concurso de Poesia Autores S/A, em 2011.
NOTAS E COMENTÁRIOS DO JURADO DANTE PINCELLI:
Título:
Um Outro (Benjamin Sano)
Nota:7,4
Dante Pincelli: Parece mais um tratado
sobre o outro, sobre o amor. Senti falta de mais metáforas, de imagens mais
poéticas, embora o texto seja muito bem construído.
Título:
Limiar (Mainá)
Nota:7,6
Dante Pincelli: Boas imagens, porém,
houve perda de objetividade. Manteve um ritmo agradável.
Título:
Indignação (John Keating)
Nota: 5,1
Dante Pincelli: Rimas sofríveis,
simplórias por demais. Tudo previsível.
Título:
A mulher deitada rasga-me a vista (Teixeira Neto)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: Boa construção e
desfecho, porém, não me surpreendeu.
Título:
Entranhas (de Nina Cello)
Nota: 7,5
Dante Pincelli: Lindas imagens no início,
com o desfecho apenas bom.
Título:
Confissão (Flora)
Nota: 8,5
Dante Pincelli: Lançando mão de imagens
ricas em harmonia, o poema traz um bom ritmo e se comunica, ainda que
levemente, com uma canção do Chico Buarque.
Título:
Imper(atriz) (Bianca Velázquez)
Nota: 8,5
Dante Pincelli: Com imagens fortes e bem
definidas, o poema foi construído com base numa cena de um filme de Luis
Buñuel, mas sem perder a originalidade.
Título:
Sujeita (Nin)
Nota: 9,0
Dante Pincelli: Uma mulher (ou pelo
menos o eu-lírico feminino) escreve como uma mulher sobre o que é ser mulher,
acaba dando um banho nos poetas que se acham fundamentais. Sim, beleza é
fundamental e essencial, mas esta beleza descrita aqui.
Título:
Um Portinari (Ed Lamas)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: Bela imagem da triste
sina da mulher, uma pena ter insistido tanto na descrição das cores e menos nos
sentimentos.
Título:
qual? (Godoy)
Nota: 7,5
Dante Pincelli: Muitas perguntas, porém,
a resposta pareceu satisfatória. Metáforas precisas sem uso abusivo.
Título:
Corpo em liquidação (C. Vasconcellos)
Nota: 7,0
Dante Pincelli: O poema correu bem, com
seu cunho social e humano, até chegar ao final onde tentou faturar uma boa
crítica e se safar de mais uma etapa do concurso.
Título:
A pitonisa do bueiro cósmico (Lúcio Beringer)
Nota: 10
Dante Pincelli: Sem comentários. A nota
diz tudo.
Título: Procuro-te
(Quimbungo)
Nota: 9,8
Nota: 9,8
Dante Pincelli: Linda construção de
imagens, metafórico sem se perder em versos desnecessários.
Título:
A quatro mãos (Robert Leza)
Nota: 9,6
Dante Pincelli: Maravilha de intertextos
e objetividade no que se quis dizer.
Nota: 8,9
Dante Pincelli: Alongado poema, tive que
lê-lo várias vezes. Ia muito bem até a metade, mas depois se perdeu um pouco.
Salvou-se pelo bom desfecho.
Título:
Simbiose (P. Celan)
Nota: 9,9
Dante Pincelli: A poesia mora na
simplicidade desse poema.
Título:
Meta(-)Poética (Miguel A. Rodriguez)
Nota: 9,8
Dante Pincelli: Rico, bem humorado e
tragicamente real. Vai te custar dois décimos de nota.
Título:
Partilhar de poros (Renard Diniz)
Nota: 7,0
Dante Pincelli: Pecou na última rima o
que poderia ser um poema um pouco melhor.
Título:
Bicho Leitor (Buriti)
Nota: 6,5
Dante Pincelli: O bicho poeta deixou
escapar alguma coisa que fez o seu poema perder força diante do outro citado,
do Leminski. O desfecho não é bom.
Título:
O voo (Morena do Espelho)
Nota: 7,5
Dante Pincelli: Faltou algo de poético, embora
o desfecho seja bom; mas não é “inédito”, já li isso antes no Quintana.
Título:
A marca da sereia (Heccos)
Nota: 8,3
Dante Pincelli: Me incomodou a tentativa de grandiosidade do poema, em
outras palavras: faltou simplicidade. Mas as metáforas estão lá, todas no
lugar.
Título:
Suicídio (Carla Soares)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: Poema construído com a
vontade de morrer, peculiar aos poetas mais desesperados por acertar seus
versos. Por este poema, você é poeta sim, não se preocupe.
Título:
Velha Casa (Anne Sexton)
Nota: 7,7
Dante Pincelli: Tirando o cão do Roberto
Carlos, lembrou sim as casas mais distantes que me é possível lembrar.
Reconfortante.
Título:
A casa no oásis (Longobardo)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: O oásis não me soa bem
descrito. Metáforas e imagens bastante poéticas dá a tônica deste bom poema.
Título:
Manual de pátina e liquens perolados (Marcopolo)
Nota: 6,0
Dante Pincelli: Muita descrição pra
pouca poesia. Longa demais e se arrasta desde o princípio.
Título:
Contraendereço (Le Chat Rouge)
Nota: 8,4
Dante Pincelli: O desfecho salvou o
poema que ora brilhava, ora se arrastava.
Título:
A casa que habito (Vaqueiro das Nuvens)
Nota: 7,5
Dante Pincelli: Bom poema, mas sem a
força necessária para atravessar “os mares do ser”.
Título:
Abrigos (Carvalho Jr.)
Nota: 9,0
Dante Pincelli: Abusou das metáforas e
das imagens sem ser cansativo ou ininteligível. O final é bem doce e traz uma
bela surpresa.
Título:
A velha casa (Taurus)
Nota: 6,9
Dante Pincelli: Sonetos são pra poucos,
este foi “bagunçado” pela repetição mal feita dos “passos”.
Título:
Rua das Quimeras, Sem Número (Onaira)
Nota: 7,3
Dante Pincelli: Bom humor nem sempre
resulta em boa poesia, nesse caso (o bom humor) salvou o poema, que é apenas
regular.
Título:
A casa que habito (José Matsushita)
Nota: 9,7
Dante Pincelli: O lugar-comum (rua dos
bobos, número zero) quase estraga o poema, que se salva pelo excelente
desenrolar dos versos em metáforas precisas e preciosas.
Título:
Último voo (Kay)
Nota: 10
Dante
Pincelli: Concisão, sem deixar nada de fora, sem lixo literário... Fica a dica
pros demais poetas: poesia diz tudo em poucas palavras, poesia não deve ser
cansativa nem alongada desnecessariamente. Só não cometa o mesmo erro
novamente, no lugar de “por que” no penúltimo verso, você deveria ter usado '”porque”.
Outros jurados podem não ser tão benevolentes.
Título:
Canção da Colona Triste (Andrea Stoppa)
Nota: 6,2
Dante Pincelli: Vejo uma forte tendência
de lugares comuns...
Título:
à francesa (Maria Lis)
Nota: 6,2
Dante Pincelli: Pessimista e doloroso
(penso) que de escrever e de ler também. Embora as imagens sejam poéticas e as
metáforas bem colocadas e construídas, o poema não empolga, não surpreende, não
decola.
Título:
Queda (Neneco de Bintim)
Nota: 8,8
Dante Pincelli: Boa construção com
excelente desfecho.
Título:
Aos dezoito (Donnie Darko)
Nota: 9,0
Dante Pincelli: Os “yyyyyy” repetidos eram
desnecessários, porém o poema me encantou com seu frescor, revelados em imagens
próprias de quem tem 18 anos. Usa o “tal anjo do Carlos” sem pieguice, sem clichê.
Título:
Suicídio (Anderson Council)
Nota: 8,8
Dante Pincelli: Um “haicai” numa hora
dessas é, no mínimo arriscado, mas como valorizo a coragem... Rápido e
rasteiro, o poeta disse a que veio sem enrolação.
Senti falta de algo mais.
Título:
Suicídio Coletivo (Valente)
Nota: 9,0
Dante Pincelli: Outros suicídios são
possíveis além da morte social. Dito isso, o poeta passeou entre versos
dolorosos com sapatos metafóricos
reconfortantes.
Título:
Dois coelhos (Natasha F.)
Nota: 8,8
Dante Pincelli: Gosto de como o poema se
desenrola, a construção é simples e de bom gosto. Mas o desfecho não está à
altura do restante.
Título:
Pergunta Fundamental da Filosofia (um devaneio no universo de Albert Camus)
(Perez)
Nota: 7,5
Dante Pincelli: Vida, teatro... Um tanto
ou quanto confuso. Divaga em possibilidades e não vai ao âmago da questão.
Parece um estudo sobre um suicídio improvável.
Título:
Corte (Alice Condor)
Nota: 8,2
Dante Pincelli: Começa com a já batida
frase do Almodóvar e desata num poema sem grandes revelações, embora com boas
imagens.
Título:
É terna (João Gilda)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: Boa intertextualidade,
boas metáforas e bom desfecho, porém, nada surpreendente.
Título:
As intermitências da morte (Tatu Triste)
Nota: 9,5
Dante Pincelli: Belas imagens e
construção impecável, pecando apenas no alongar excessivo do poema.
Título:
Na neblina (Flor de Lisbela)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: Senti o movimento das
ondas do mar, mas o desfecho se perdeu na neblina.
Título:
casarão (André P.)
Nota: 7,9
Dante Pincelli: Belas imagens da memória
de um passado talvez feliz (?), me lembrou a casa da minha avó, mas as
lembranças não são suficientes para alavancar este poema morno.
Título:
Poesia em movimento sem teto
Nota: 9,9
Dante Pincelli: Fica a dica pra outros
poetas: Poesia panfletária/política/de protesto escrita de forma maiúscula.
Belas imagens de pedreiros ao cu ao avesso. Ri e me emocionei. É isso que
espero de uma poesia.
Título:
angostura (Antônio Pina)
Nota: 9,7
Dante Pincelli: Viajei na 'fotografia
poética' aqui descrita e ofertada ao deleite do leitor. Sim, a 'fotografia'
fala poesia.
Título:
Ladainha da falência (Palavra Grávida)
Nota: 7,8
Dante Pincelli: Como parte de um
romance, isso seria muito bem estampado, mas como poema deixa a desejar, embora
tenha o encanto de mil memórias empilhadas nos cantos dessa sua casa.
Título:
Ode à casa (Henry James)
Nota: 7,7
Dante Pincelli: Boas imagens, mas falta
pegada, peso, convicção no que se diz/escreve.
Escumadeira no escorredor ou no
banheiro?
Título:
azul turquesa (Dani Mo.)
Nota: 7,0
Dante Pincelli: Tudo continua ali, o
velho clichê da casa vazia, abandonada que ficou exatamente como alguém deixou.
Já vi isso até em desenho animado.
Título:
Uma retina lembrança (Januário Sertão)
Nota: 6,3
Dante Pincelli: A parte II não
acrescenta nada ao todo do poema, que já não era muito bom e piorou. Me
incomoda muito erros como este aqui: "a lembrança de um vaso e sua flor esquecida(s)".
A concordância poeta, a concordância...
Título:
A Casa (Cassiopeia)
Nota : 5,5 (0,5 pela intenção).
Dante Pincelli: A lista ficou pronta,
mas cadê a poesia?
Título:
Palafitas (Urbanoide Cáustico)
Nota: 5,7
Dante Pincelli: O poema não ia tão mal
assim, mas o desfecho (puro clichê) estragou tudo.
Título:
da casa. (Dersu Uzala)
Nota: 7,7 (A nota pode ser lida de trás
pra frente, a critério do leitor.)
Dante Pincelli: Embora tenha outra
maneira de ser lido, não muda o teor da escrita nem a compreensão do poema, mas
ele é bem construído com imagens de um canto aconchegante.
Título:
Palavra de Pandora (Justine Montecchio)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: O desenrolar do poema
demonstra a boa bagagem cultural do
poeta,tem boas imagens e navega no universo de outros campos do conhecimento e
expressão, mas o poema não decola,falta alma.
Título:
Em casa (Augusto Maia)
Nota: 6,8
Dante Pincelli: Imagens poéticas
misturadas a clichês deslavados.
Título:
Frenesi do chão (D. Fernandes)
Nota: 8,0
Dante Pincelli: Lugares comuns se sucedem
aqui, mas o belo final salva o poema.
Título:
Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll (Chatecutle)
Nota: 7,8
Dante Pincelli: Por ser uma carta, me
ponho no lugar do destinatário e, confesso, não sinto nada ao lê-la. Não me
parece verdadeira, não passa credibilidade, embora como poema seja um pouco
menos pior. O desfecho é bom e salta aos olhos. Longo, longo demais este
poema/carta, poderia ser resolvido com menos palavras, menos “lixo” literário.
Título:
Réplica – a voz do espelho (Josué do Carmo)
Nota: 7,9
Dante Pincelli: Um poema antigo com
roupinha moderna. Poucos erros de métrica e muitos de rimas. Se a intenção não
é usar rimas "verdadeiras", então esqueça também a métrica e o
"sonetismo". Mas o desenvolvimento do poema é bom.
Título:
Uma raça em extinção (Granville)
Nota: 7,9
Dante Pincelli: O tema foi bem
desenvolvido, mas faltaram imagens mais poéticas, pelo menos é o que espero num
concurso de poesias. Mas vale pela crítica (contida no poema).
Título: Confissão (Tom Ruiz)
Nota: 7,5
Dante Pincelli: Ia muito bem, mas se
preocupou demais com a rima e se perdeu do foco da proposta.
Título:
Segredo (Vô Cosmos)
Nota: 9,5
Dante Pincelli: Belo jogo de palavras e
grande gama de conhecimento. O poeta está de parabéns, conseguiu definir o que
se propôs sem perder a linha poética.
Título:
Mudez (ou música) (Passos)
Nota: 8,3
Dante Pincelli: O soneto peca na métrica,
mas ganha (um pouco) na rima o que balanceia seu resultado final.
Título:
Palavras Cruzadas (B. Franklin)
Nota: 7,3
Dante Pincelli: Alongou-se demais e
disse o mesmo repetidas vezes, muito embora tenha usado imagens poéticas de
qualidade.
Título:
musa ausente (Luiza Caetano)
Nota: 7,5
Dante Pincelli: Simples e objetivo, com
boas imagens e sem lixo literário, pena não ter atingido a profundidade de um
MEGA poema.
Título:
primaveras que andam (Zack Magiezi)
Nota: 6,6
Dante Pincelli: Toda mulher é flor, mas
não por fragilidade? Discordo. Toda mulher é flor por resistência, selvageria, beleza
de alma, delicadeza indomada e também por FRAGILIDADE. Menos “filosofia” e mais
poesia.
Título:
Muliere (Babi Victer)
Nota: 5,8
Dante Pincelli: Uma avalanche de rimas
pobres em imagens mais pobres ainda. Poesia panfletária e/ou de protesto se faz
com POESIA, não com reclamações, aclamações e rimas sofríveis.
Título:
fêmea (HG)
Nota: 8,8
Dante Pincelli: A mulher que habita em
ti parece com a que habita em mim, tirando aquela rima infeliz de "desabar
com chupar". O desfecho é o ponto alto do poema, como todos os desfechos dos
poemas devem ser.
Título:
Garras Vermelhas (Peramorim)
Nota:
9,3
Dante Pincelli: Perfeito desenrolar dos
vermelhos, uma avalanche de boas imagens, belo jogo de palavras, não fosse uma
rima mal colocada (Donzela/Cinderela), este poema poderia ser mais.
Título:
Fábula III, ou “as formas da coragem”. (Eterna Estrangeira)
Nota: 6,0
Dante Pincelli: Uma fábula, um conto,
uma história, qualquer uma destas coisas, mas pra ser um poema, falta algo: imagens,
metáforas, outro ritmo, alma, coração...
Título:
A dor do parto (Flora M.)
Nota: 5,4
Dante Pincelli: Comovente e real
HISTÓRIA sobre as mulheres, mas onde está a poesia?
Título:
Descartáveis (Carita Burana)
Nota: 6,3
Dante Pincelli: A intenção foi boa, mas
ao usar uma avalanche de rimas pobres, perdeu a chance de uma sorte maior.
Título:
Essas mulheres (Barcellos)
Nota: 10
Dante Pincelli: Simplicidade no
escrever, rejeitando lixo literário e se ancorando em uma belíssima referência para
tirar da cartola imagens definitivas e um desfecho genial.
Aplaudo de pé.
Título:
Anatomia (Aeon)
Nota: 6,2
Dante Pincelli: Parece uma prece/oração
(alongada) aos orixás, recheado de palavras “difíceis” que não acrescentam em nada
no corpo concreto do poema “sideral”. Este Ateu filho de Logun Edé não sentiu
seu poema invadir os Chakras.
Título:
lâmina (Ovideo)
Nota: 9,0
Dante Pincelli: O belo reside na
simplicidade. Bela construção, imagens e desfecho.
Título:
Poema do qual envergonharia-me se sobrevivesse a esta civilização (A. Carmo)
Nota: 9,3
Dante Pincelli: O poema conseguiu nascer
bem, crescer ótimo e sustentar-se até o fim.
Imagens fortes, metáforas bem apoiadas
no real. Panfletária, política, protesto, clama por moral sem ser moralista.
Título:
Casa (André Anlub)
Nota: 9,9
Dante Pincelli: Um poema longo não é
necessariamente alongado, cansativo; neste caso, o tamanho do poema é
proporcional às revelações que, paulatinamente, o poeta desenrola, fia, e tece
ponto a ponto uma viagem por sua casa, sua memória, seu excelente poema.
RANKING 1 - COM NOTAS DO JURADO DANTE PINCELLI (J1)
º
|
Poeta/Pseudônimo
|
Poema
|
J1
|
1º
|
Álvaro Barcellos (Barcellos)
|
Essas mulheres
|
10
|
2º
|
Raimundo de Moraes (Lúcio Beringer)
|
A pitonisa do bueiro cósmico
|
10
|
3º
|
Marina de Carvalho (Kay)
|
Último voo
|
10
|
4º
|
Geovani Doratiotto (Sub-Versivo)
|
Poesia em movimento sem teto
|
9,9
|
5º
|
Jacqueline Salgado (P. Celan)
|
Simbiose
|
9,9
|
6º
|
André Barbosa (André Anlub)
|
Casa
|
9,9
|
7º
|
Volmar Pereira (Miguel A. Rodriguez)
|
Meta(-)Poética
|
9,8
|
8º
|
Lourenço Quimbungo (Quimbungo)
|
Procuro-te
|
9,8
|
9º
|
André Kondo (José Matsushita)
|
A casa que habito
|
9,7
|
10º
|
Letícia Simões (Antônio Pina)
|
angostura
|
9,7
|
11º
|
Nathan Sousa (Robert Leza)
|
A quatro mãos
|
9,6
|
12º
|
Dora Oliveira (Tatu Triste)
|
As intermitências da morte
|
9,5
|
13º
|
Marcelo Asth (Vô Cosmos)
|
Segredo
|
9,5
|
14º
|
Perpétua Amorim (Peramorim)
|
Garras vermelhas
|
9,3
|
15º
|
Adalberto do Carmo (A. Carmo)
|
Poema do qual envergonharia...
|
9,3
|
16º
|
Francisco Carvalho (Carvalho Jr.)
|
Abrigos
|
9
|
17º
|
Gerci Oliveira (Valente)
|
Suicídio coletivo
|
9
|
18º
|
André Oviedo (Ovideo)
|
lâmina
|
9
|
19º
|
Danielle Takase (Nin)
|
Sujeita
|
9
|
20º
|
André Foltran (Donnie Darko)
|
Aos dezoito
|
9
|
21º
|
Lucas Branucci (L. M. Branucci)
|
Espaços do banho, natureza do corpo
|
8,9
|
22º
|
Bruno Baptista (Anderson Council)
|
Suicídio
|
8,8
|
23º
|
Natasha Félix (Natasha F.)
|
Dois Coelhos
|
8,8
|
24º
|
Herton Gomes (HG)
|
fêmea
|
8,8
|
25º
|
Francisco Oliveira (Neneco de Bintim)
|
Queda
|
8,8
|
26º
|
Márcia Barroca (Flora)
|
Confissão
|
8,5
|
27º
|
Karina Gercke (Bianca Velázquez)
|
Imper(atriz)
|
8,5
|
28º
|
Thiago Mattos
(Le Chat Rouge)
|
Contraendereço
|
8,4
|
29º
|
Thiago Carvalho (Passos)
|
Mudez (ou música)
|
8,3
|
30º
|
Henrique Costa (Heccos)
|
A marca da sereia
|
8,3
|
31º
|
Isadora Maciel (Alice Condor)
|
Corte
|
8,2
|
32º
|
Danilo Santos Fernandes (D.
Fernandes)
|
Frenesi do chão
|
8
|
33º
|
Desirée Jung (Carla Soares)
|
Suicídio
|
8
|
34º
|
Ana Lúcia Pires (João Gilda)
|
É terna
|
8
|
35º
|
Thiago Lopes (Teixeira Neto)
|
A mulher deitada rasga-me a vista
|
8
|
36º
|
Anna Apolinário (Justine Montecchio)
|
Palavra de Pandora
|
8
|
37º
|
Heusner Grael (Ed Lamas)
|
Um Portinari
|
8
|
38º
|
Isabella Carvalho (Flor de Lisbela)
|
Na neblina
|
8
|
39º
|
Alberto Arecchi (Longobardo)
|
A casa no oásis
|
8
|
40º
|
Hugo Costa (Josué do Carmo)
|
Réplica - a voz do espelho
|
7,9
|
41º
|
Fábio Granville (Granville)
|
Uma raça em extinção
|
7,9
|
42º
|
Angelo Pessoa (André P.)
|
casarão
|
7,9
|
43º
|
Isabel Furini (Chatecutle)
|
Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll
|
7,8
|
44º
|
Maria Amélia Elói (Palavra Grávida)
|
Ladainha da falência
|
7,8
|
45º
|
Flávio Machado (Dersu Uzala)
|
da casa
|
7,7
|
46º
|
Simone Prado (Anne Sexton)
|
Velha casa
|
7,7
|
47º
|
Luiz Otávio Oliani (Henry James)
|
Ode à casa
|
7,7
|
48º
|
Marília Lima (Mainá)
|
Limiar
|
7,6
|
49º
|
Bianca Velloso (Morena do Espelho)
|
o voo
|
7,5
|
50º
|
Ricardo Thadeu (Tom Ruiz)
|
Confissão
|
7,5
|
51º
|
Maria Cecília Cardoso (Perez)
|
Pergunta fundamental da filosofia...
|
7,5
|
52º
|
Adriana Godoy (Godoy)
|
qual?
|
7,5
|
53º
|
Luiza Brandino (Luiza Caetano)
|
musa ausente
|
7,5
|
54º
|
Andressa Barrichello (Nina Cello)
|
Entranhas
|
7,5
|
55º
|
Georgio Oliveira (Vaqueiro das
Nuvens)
|
A casa que habito
|
7,5
|
56º
|
Paulo Acacio Ramos (Benjamin Sano)
|
Um Outro
|
7,4
|
57º
|
Geraldo Trombin (Onaira)
|
Rua das quimeras, sem número
|
7,3
|
58º
|
Benjamin Franklin (Benny F.)
|
Palavras Cruzadas
|
7,3
|
59º
|
Cláudia Vasconcellos (C.
Vasconcellos)
|
Corpo em liquidação
|
7
|
60º
|
Marco Aurélio Vieira (Renard Diniz)
|
Partilhar de poros
|
7
|
61º
|
Daniel Moreira (Dani Mo)
|
azul turquesa
|
7
|
62º
|
Paulo Cézar Tórtora (Taurus)
|
A Velha Casa
|
6,9
|
63º
|
Jorge Augusto Silva (Augusto Maia)
|
Em casa
|
6,8
|
64º
|
Izaias Magiezi Jr. (Zack Magiezi)
|
primaveras que andam
|
6,6
|
65º
|
Tarlei Martins (Buriti)
|
Bicho leitor
|
6,5
|
66º
|
Karyn Lopes (Carita Burana)
|
Descartáveis
|
6,3
|
67º
|
Wagner Bezerra (Januário Sertão)
|
Uma retina lembrança
|
6,3
|
68º
|
Cinthia Kriemler (Maria Lis)
|
à francesa
|
6,2
|
69º
|
Robertson Frizero (Andrea Stoppa)
|
Canção da colona triste
|
6,2
|
70º
|
Bruno Bossolan (Aeon)
|
Anatomia
|
6,2
|
71º
|
José
Antonio Abreu (Marcopolo)
|
Manual de pátina e liquens perolados
|
6
|
72º
|
Miriam Adelman (Eterna Estrangeira)
|
Fábula III, ou as formas da coragem
|
6
|
73º
|
Barbara Alves (Babi Victer)
|
Muliere
|
5,8
|
74º
|
Edelson Nagues (Urbanoide Cáustico)
|
Palafitas
|
5,7
|
75º
|
Michelle Buss (Cassiopeia)
|
A casa
|
5,5
|
76º
|
Aline Moschen (Flora M.)
|
A dor do parto
|
5,4
|
77º
|
Edweine Loureiro (John Keating)
|
Indignação
|
5,1
|
JURADO 02: FLÁVIO MORGADO
Flávio Morgado é poeta. Nasceu em 1989
na cidade do Rio de Janeiro, onde ainda vive. Formou-se em História pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi publicado em diversas antologias
pelo país, entre elas “Amar, verbo atemporal: 100 poemas de amor” (Rocco)
organizada pela escritora e tradutora Celina Portocarrero e que conta com cem
poemas escolhidos entre os séculos XVI e XXI. Em 2010 ganhou o Prêmio Berçário
de Talentos (Editora Faces), no ano seguinte venceu o Prêmio Nacional de Poesia
Mar de Letras (Sapere). Em 2012 publicou seu primeiro livro “Um caderno de capa
verde” (7Letras) com prefácio da crítica Heloísa Buarque de Hollanda e
apresentação do poeta Salgado Maranhão. Com boa acolhida da crítica, o livro
foi indicado ao Prêmio Jabuti de 2013, ao Prêmio Telecom Brasil-Portugal de
Literatura 2013, ao Prêmio Fundação Biblioteca Nacional 2013 e ao Prêmio Bienal
de Brasília 2014. Já colaborou com diversas revistas pelo país e atualmente
escreveu críticas literárias e manteve uma coluna intitulada “Fala, Brasil!” na
revista eletrônica portuguesa “Toca a falar disso”. Acredita que os prêmios
literários ajudam a forjar a confiança.
NOTAS E COMENTÁRIOS DO JURADO FLÁVIO MORGADO:
Título:
Um Outro (de Benjamin Sano)
Nota: 5
Flávio Morgado: O poema apresenta uma
divisão dos versos que não me parece muito bem definida, não consigo alcançar o
ponto em que esse “discurso”, essa “narrativa” se explica e se necessita em um
poema (formato poema). O tema também ficou um pouco difuso.
Título:
Limiar (de Mainá)
Nota: 8,9
Flávio Morgado: Um bom poema. Muito bem
dividido em suas estrofes, traz boas referências. Um poema de verdade.
Questiona-se e nos lega esse questionamento.
Título:
Indignação (John Keating)
Nota: 5
Flávio Morgado: Rimas pobres demais. O
tema também parece um tanto óbvio, caminha numa direção já entrevista no
início. Faltou consistência, lirismo.
Título:
A mulher deitada rasga-me a vista (Teixeira Neto)
Nota: 6,5
Flávio Morgado: Poderia ter deixado o
poema falar mais por si: conciso, direto, objetivo, denso. Está alongado
demais, com divagações, e o fim esmaece de força, não “fechou”.
Título:
Entranhas (de Nina Cello)
Nota: 9
Flávio Morgado: Excelente poema. Denso,
diz o que tem que dizer, não se alonga, não divaga, atinge.
Título:
Confissão (Flora)
Nota: 7,0
Flávio Morgado: Poema acerta algumas
vezes, em outras se alonga demais. “Aparando algumas arestas” o poema voará.
Boas ideias.
Título:
Imper(atriz) (Bianca Velázquez)
Nota: 6,2
Flávio Morgado: Poderia ser um poema muito
menor, ele não se sustenta até o fim, repete ideias, perde o fôlego. Começa num
ritmo interessante, que até poderia levar a um longo poema, no entanto, em meio
ao caminho se desencontra: briga para chegar até o fim, não flui.
Título: Sujeita (Nin)
Nota: 7,0
Flávio Morgado:
Bom tema, boa abordagem. Estruturação deixou a desejar.
Título:
Um Portinari (Ed Lamas)
Nota: 6,5
Flávio Morgado: Poderia caminhar mais,
ou ao menos, instigar atalhos ao leitor. O poema ameaça um voo (temático até),
mas não sai do galho.
Título:
qual? (Godoy)
Nota: 6,7
Flávio Morgado: O poema tem uma divisão
clara das estrofes, cada estrofe representa um questionamento. Talvez o poema
pudesse ir um pouco além do lugar-comum.
Título:
Corpo em liquidação (C. Vasconcellos)
Nota: 8,5
Flávio Morgado: Um bom poema mais
narrativo. Uma boa medida de pornografia e crítica social.
Título:
A pitonisa do bueiro cósmico (Lúcio Beringer)
Nota: 6,0
Flávio Morgado: Poema um tanto
cansativo. Poderia ter feito menos referências, baseando-se mais no que é seu,
no que o poema quer deixar dizer. Muito esticado, à força.
Título: Procuro-te
(Quimbungo)
Nota: 5,0
Flávio Morgado: O poema se perde no que
nele se busca; um lirismo lugar-comum ao tema “mulher”.
Título:
A quatro mãos (Robert Leza)
Nota: 10
Flávio Morgado: Um poema excelente! A
referência à medida, a boa divisão dos versos (respeitando a pausa), sua
densidade. Final sublime.
Nota: 7,8
Flávio Morgado: um bom poema, apenas se
perde no que nele poderia ser mais conciso. Importante respeitar a densidade de
um poema, a hora de ceifá-lo. Respeitar o que nele é só poema.
Título:
Simbiose (P. Celan)
Nota: 7,5
Flávio Morgado: Um pouco menos de versos
e o poema estaria excelente. Algumas estrofes se tornaram explicativas das
anteriores e isso faz morrer a remissão: o lirismo. A obra não se abre.
Encerra-se: explicada.
Título:
Meta(-)Poética (Miguel A. Rodriguez)
Nota: 5,0
Flávio Morgado: Poderia ser um monólogo
teatral, uma prosa, um conto. Não um poema. Não fez jus, e isto não consiste em
rimar, mas justamente em saber ouvir o que é o verso (sua pausa, sua vida curta
de palavras e longa de remissão). Ficou apenas uma prosa empilhada. Cansativa.
Título:
Partilhar de poros (Renard Diniz)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Tem o esforço hercúleo
de um soneto, poderia ter sido um pouco mais atento à forma, mas sabemos o quão
perniciosa ela é, e ao mesmo tempo sedutora. Vale por ter se deixado seduzir.
Título:
Bicho Leitor (Buriti)
Nota: 7,9
Flávio Morgado: Bom trabalho com as
palavras.
Título:
O voo (Morena do Espelho)
Nota: 8,7
Flávio Morgado: O poema se enriquece e
nos leva junto com as imagens que suscita. Excelente. Final de um lirismo
comovente.
Título:
A marca da sereia (Heccos)
Nota: 6,0
Flávio Morgado: Poderia evitar as
divagações. Ser mais conciso.
Título:
Suicídio (Carla Soares)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Excelente fechamento do
poema. Retoma, abre, instiga, de forma lírica, visceral.
Título:
Velha Casa (Anne Sexton)
Nota: 9,0
Flávio Morgado: Excelente trabalho com
as palavras. Respeito à pausa. Compreensão do poder do verso. Imagens tocantes.
Lírico. Forte em sua densidade.
Título:
A casa no oásis (Longobardo)
Nota: 7,0
Flávio Morgado: Ainda permanece preso ao
lugar-comum da crítica social e o poema poderia ser menor, ele teria mais
força. Exigiria mais do poeta que divagações.
Título:
Manual de pátina e liquens perolados (Marcopolo)
Nota: 5,0
Flávio Morgado: É um texto em prosa.
Perguntariam: e a liberdade formal? E por que há de ser em verso? E se for essa
a minha forma de dividir os versos? E eu perguntarei: Por que então querem ser
poetas? E o que é o verso? Se já cabia em prosa, e cabia perfeitamente, porque
os divido à forma de empilha-la? Não é conciso, denso. Não é verso. Não é um
poema.
Título:
Contraendereço (Le Chat Rouge)
Nota: 7,8
Flávio Morgado: Final muito bom para o
poema.
Título:
A casa que habito (Vaqueiro das Nuvens)
Nota: 8,5
Flávio Morgado: Bom trabalho com as
palavras. Boa força rítmica. Bom final.
Título:
Abrigos (Carvalho Jr.)
Nota: 6,5
Flávio Morgado: Bom ritmo.
Título:
A velha casa (Taurus)
Nota: 7,0
Flávio Morgado: Poderia ter evitado mais
as exclamações. Ficou solene e pouco lírico.
Título:
Rua das Quimeras, Sem Número (Onaira)
Nota: 7,0
Flávio Morgado: O final poderia ter sido
menos do esperado.
Título:
A casa que habito (José Matsushita)
Nota: 7,0
Flávio Morgado: Ter mais cuidado na
relação inspiração/referência/cópia. É de um limiar muito frágil, há de saber
caminhar nessa dificuldade e o resultado final ser a originalidade.
Título:
Último voo (Kay)
Nota: 6,8
Flávio Morgado: O poema não foge ao
lugar comum temático quanto ao suicídio. As imagens são repetitivas.
Título:
Canção da Colona Triste (Andrea Stoppa)
Nota: 6,0
Flávio Morgado: O tema
despedida/suicídio ainda permanece de forma quase que óbvia, não há uma
exploração lírica ou sequer da forma do poema a trazer algo novo sobre a
temática.
Título:
à francesa (Maria Lis)
Nota: 8,3
Flávio Morgado: Muito boa a imagem dos
“quinze andares de remorso”.
Título:
Queda (Neneco de Bintim)
Nota: 7,5
Flávio Morgado: Bom poema.
Título:
Aos dezoito (Donnie Darko)
Nota: 5,0
Flávio Morgado: Ter mais cuidado com a
relação perigosa referência/metalinguagem/homenagem/cópia. Não ficou clara.
Faltou originalidade.
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Boa densidade.
Condensado.
Título:
Suicídio Coletivo (Valente)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Bom trato com as
palavras e a metrificação (livre).
Título:
Dois coelhos (Natasha F.)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Trouxe bem o enredo ao
verso.
Título:
Pergunta Fundamental da Filosofia (um devaneio no universo de Albert Camus)
(Perez)
Nota: 5,5
Flávio Morgado: O cuidado com a relação
pensamento/poema. No poema cabe tudo, mas há de saber colocar sem perder o que
nele é poema. Faltou poema.
Título:
Corte (Alice Condor)
Nota: 7,9
Flávio Morgado: Um bom poema.
Título:
É terna (João Gilda)
Nota: 5,0
Flávio Morgado: Alguns versos mal
colocados, e a relação com a epígrafe ficou tão presente em todo poema que não
pareceu um poema “a partir” da epígrafe, pareceu um poema que não saiu sequer
da epígrafe.
Título:
As intermitências da morte (Tatu Triste)
Nota: 7,5
Flávio Morgado: Bom desfecho para o
poema, mas ele poderia ser mais condensado, está muito longo, muitas arestas
(que não são remissões, mas divagações que poderiam sair).
Título:
Na neblina (Flor de Lisbela)
Nota: 7,0
Flávio Morgado: A ideia de trato com as
palavras é boa, mas deveria ter sido limitado; o poema maior do que devia acaba
deixando perder o que deveria apenas estar.
Título:
casarão (André P.)
Nota: 6,5
Flávio Morgado: Poderia ser um poema
mais condensado. O fim está interessante.
Título:
Poesia em movimento sem teto
Nota: 8,7
Flávio Morgado: Um poema muito bom.
Título:
angostura (Antônio Pina)
Nota: 7,4
Flávio Morgado: O poema se perde pelo
excesso de divagações, explicativos...
Título: Ladainha da
falência (Palavra Grávida)
Nota: 6,8
Nota: 6,8
Flávio Morgado: Poema muito longo,
esgarçado, não parece que precise de tantos versos, poderia ter carregado mais
poesia se menor.
Título:
Ode à casa (Henry James)
Nota: 9,5
Flávio Morgado: excelente poema, na
medida exata e com um desfecho excelente.
Título:
azul turquesa (Dani Mo.)
Nota: 5,4
Flávio Morgado: O poema não caminha. Não
me tira de onde estou.
Título:
Uma retina lembrança (Januário Sertão)
Nota: 6,0
Flávio Morgado: Poema acaba sendo
altamente repetitivo no seu uso de imagens, pouco condensado e trabalhado.
Título:
A Casa (Cassiopeia)
Nota: 8,8
Flávio Morgado: Um bom poema, tem certa
dose de ousadia no trato sintático, mas poderia ter se concentrado um pouco
mais, ter sido mais condensado para que tivesse uma força maior.
Título:
Palafitas (Urbanoide Cáustico)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: O poema começa a
caminhar muito bem, apenas seu desfecho deixa a desejar. Belo verso “gera a
memória de si, por sobre”.
Título: Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll (Chatecutle)
Título:
da casa. (Dersu Uzala)
Nota: 6,5
Flávio Morgado: Poderia se evitar a nota
e deixar o poema à remissão. O leitor o bem fizesse.
Título:
Palavra de Pandora (Justine Montecchio)
Nota: 5,8
Flávio Morgado: O poema não caminha. Não
me tira de onde estou.
Título:
Em casa (Augusto Maia)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Um bom poema.
Título:
Frenesi do chão (D. Fernandes)
Nota: 8,5
Flávio Morgado: Para ser um excelente
poema, resta apenas uma “carpintaria”: aparar arestas, deixar no poema só o que for poema,
não divagar.
Título: Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll (Chatecutle)
Nota: 6,0
Flávio Morgado: Poema excessivamente
longo e cansativo, as referências não estão coesas, e a fragmentação não
pareceu responsável.
Título:
Réplica – a voz do espelho (Josué do Carmo)
Nota: 8,5
Flávio Morgado: Bom poema, boa
metrificação.
Título:
Uma raça em extinção (Granville)
Nota: 8,5
Flávio Morgado: Poderia ter condensado
mais o poema; bom jogo de imagens.
Título:
Confissão (Tom Ruiz)
Nota: 9,0
Flávio Morgado: Excelente poema, bem
trabalhado em sua densidade.
Título:
Segredo (Vô Cosmos)
Nota: 8,5
Flávio Morgado: Um bom poema, bem trabalhado
e boa escolha de imagens e questionamentos.
Ganha na oralidade.
Mudez
(ou música) (Passos)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: A linguagem poderia ser
menos parnasiana, mas casa com a metrificação e o estilo proposto pelo autor.
Título:
Palavras Cruzadas (B. Franklin)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Poderia ser mais
conciso, menos prolixo e ganhar na densidade.
Título:
musa ausente (Luiza Caetano)
Nota: 7,8
Flávio Morgado: Bom desfecho.
Título: primaveras que
andam (Zack Magiezi)
Nota: 5,5
Flávio Morgado: O poema obedece a um
silogismo muito lugar-comum. Faltou ousadia.
Título:
Muliere (Babi Victer)
Nota: 5,5
Flávio Morgado: Lugar-comum sobre o
tema, faltou inovação.
Título:
fêmea (HG)
Nota: 5,8
Flávio Morgado: O poema é longo de forma
desnecessária e as imagens não são correspondidas aos versos.
Título:
Garras Vermelhas (Peramorim)
Nota: 6,5
Flávio Morgado: mantém um bom mote, mas
poderia ter ousado mais na temática e na metrificação.
Título:
Fábula III, ou “as formas da coragem” (Eterna Estrangeira)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Um bom poema longo, mas
acaba por em determinado momento a perder o fôlego, poderia ser melhor visto
alguns cortes em sua feitura.
Título: A dor do
parto (Flora M.)
Nota: 6,5
Flávio
Morgado: A fórmula não funcionou. A ideia é boa, mas não funciona enquanto
poema, ao menos nesse.
Título: Descartáveis (Carita Burana)
Título: Descartáveis (Carita Burana)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Bom poema. Boas imagens
e versos.
Título:
Essas mulheres (Barcellos)
Nota: 8,5
Flávio Morgado: Um bom poema, bem
trabalhado. Talvez maior cuidado na relação entre poema e epígrafe, para não se
fazer o já feito.
Título:
Anatomia (Aeon)
Nota: 5,0
Flávio Morgado: O poema é pretensioso,
pretende se fazer numa sintaxe estranha à leitura, poderia funcionar, mas é
absurdamente cansativo e não desloca o leitor.
Título: lâmina (Ovideo)
Nota: 8,0
Flávio Morgado: Bom poema para um tema
não tão fácil.
Título:
Poema do qual envergonharia-me se sobrevivesse a esta civilização (A. Carmo)
Nota: 7,0
Flávio Morgado: Tinha tudo para ser um
excelente poema só por seu desfecho, não fosse o excesso do hipertexto legado
às tantas referências utilizadas no corpus do poema.
Título:
Casa (André Anlub)
Nota:
7,0
Flávio Morgado: O poema pode ser menos discursivo, mais condensado.
Flávio Morgado: O poema pode ser menos discursivo, mais condensado.
RANKING COM AS NOTAS DOS JURADOS DANTE (J1) E FLÁVIO (J2):
º
|
Poeta/Pseudônimo
|
Poema
|
J1
|
J2
|
J3
|
total
|
1º
|
Nathan Sousa (Robert Leza)
|
A quatro mãos
|
9,6
|
10
|
19,6
|
|
2º
|
Geovani Doratiotto (Sub-Versivo)
|
Poesia em movimento sem teto
|
9,9
|
8,7
|
18,6
|
|
3º
|
Álvaro Barcellos (Barcellos)
|
Essas mulheres
|
10
|
8,5
|
18,5
|
|
4º
|
Marcelo Asth (Vô Cosmos)
|
Segredo
|
9,5
|
8,5
|
18
|
|
5º
|
Jacqueline Salgado (P. Celan)
|
Simbiose
|
9,9
|
7,5
|
17,4
|
|
6º
|
Luiz Otávio Oliani (Henry James)
|
Ode à casa
|
7,7
|
9,5
|
17,2
|
|
7º
|
Letícia Simões (Antônio Pina)
|
angostura
|
9,7
|
7,4
|
17,1
|
|
8º
|
André Oviedo (Ovideo)
|
lâmina
|
9
|
8
|
17
|
|
9º
|
Dora Oliveira (Tatu Triste)
|
As intermitências da morte
|
9,5
|
7,5
|
17
|
|
10º
|
Gerci Oliveira (Valente)
|
Suicídio coletivo
|
9
|
8
|
17
|
|
11º
|
André Barbosa (André Anlub)
|
Casa
|
9,9
|
7
|
16,9
|
|
12º
|
Bruno Baptista (Anderson Council)
|
Suicídio
|
8,8
|
8
|
16,8
|
|
13º
|
Natasha Félix (Natasha F.)
|
Dois Coelhos
|
8,8
|
8
|
16,8
|
|
14º
|
Marina de Carvalho (Kay)
|
Último voo
|
10
|
6,8
|
16,8
|
|
15º
|
Simone Prado (Anne Sexton)
|
Velha casa
|
7,7
|
9
|
16,7
|
|
16º
|
André Kondo (José Matsushita)
|
A casa que habito
|
9,7
|
7
|
16,7
|
|
17º
|
Lucas Branucci (L. M. Branucci)
|
Espaços do banho, natureza do corpo
|
8,9
|
7,8
|
16,7
|
|
18º
|
Danilo Santos Fernandes (D.
Fernandes)
|
Frenesi do chão
|
8
|
8,5
|
16,5
|
|
19º
|
Ricardo Thadeu (Tom Ruiz)
|
Confissão
|
7,5
|
9
|
16,5
|
|
20º
|
Andressa Barrichello (Nina Cello)
|
Entranhas
|
7,5
|
9
|
16,5
|
|
21º
|
Marília Lima (Mainá)
|
Limiar
|
7,6
|
8,9
|
16,5
|
|
22º
|
Hugo Costa (Josué do Carmo)
|
Réplica - a voz do espelho
|
7,9
|
8,5
|
16,4
|
|
23º
|
Fábio Granville (Granville)
|
Uma raça em extinção
|
7,9
|
8,5
|
16,4
|
|
24º
|
Thiago Carvalho (Passos)
|
Mudez (ou música)
|
8,3
|
8
|
16,3
|
|
25º
|
Francisco Oliveira (Neneco de Bintim)
|
Queda
|
8,8
|
7,5
|
16,3
|
|
26º
|
Adalberto do Carmo (A. Carmo)
|
Poema do qual envergonharia...
|
9,3
|
7
|
16,3
|
|
27º
|
Thiago Mattos (Le Chat Rouge)
|
Contraendereço
|
8,4
|
7,8
|
16,2
|
|
28º
|
Bianca Velloso (Morena do Espelho)
|
o voo
|
7,5
|
8,7
|
16,2
|
|
29º
|
Isadora Maciel (Alice Condor)
|
Corte
|
8,2
|
7,9
|
16,1
|
|
30º
|
Raimundo de Moraes (Lúcio Beringer)
|
A pitonisa do bueiro cósmico
|
10
|
6
|
16
|
|
31º
|
Desirée Jung (Carla Soares)
|
Suicídio
|
8
|
8
|
16
|
|
32º
|
Danielle Takase (Nin)
|
Sujeita
|
9
|
7
|
16
|
|
33º
|
Georgio Oliveira (Vaqueiro das
Nuvens)
|
A casa que habito
|
7,5
|
8,5
|
16
|
|
34º
|
Perpétua Amorim (Peramorim)
|
Garras vermelhas
|
9,3
|
6,5
|
15,8
|
|
35º
|
Cláudia Vasconcellos (C.
Vasconcellos)
|
Corpo em liquidação
|
7
|
8,5
|
15,5
|
|
36º
|
Márcia Barroca (Flora)
|
Confissão
|
8,5
|
7
|
15,5
|
|
37º
|
Francisco Carvalho (Carvalho Jr.)
|
Abrigos
|
9
|
6,5
|
15,5
|
|
38º
|
Luiza Brandino (Luiza Caetano)
|
musa ausente
|
7,5
|
7,8
|
15,3
|
|
39º
|
Benjamin Franklin (Benny F.)
|
Palavras Cruzadas
|
7,3
|
8
|
15,3
|
|
40º
|
Isabella Carvalho (Flor de Lisbela)
|
Na neblina
|
8
|
7
|
15
|
|
41º
|
Marco Aurélio Vieira (Renard Diniz)
|
Partilhar de poros
|
7
|
8
|
15
|
|
42º
|
Alberto Arecchi (Longobardo)
|
A casa no oásis
|
8
|
7
|
15
|
|
43º
|
Jorge Augusto Silva (Augusto Maia)
|
Em casa
|
6,8
|
8
|
14,8
|
|
44º
|
Lourenço Quimbungo (Quimbungo)
|
Procuro-te
|
9,8
|
5
|
14,8
|
|
45º
|
Volmar Pereira (Miguel A. Rodriguez)
|
Meta(-)Poética
|
9,8
|
5
|
14,8
|
|
46º
|
Karina Gerke (Bianca Velázquez)
|
Imper(atriz)
|
8,5
|
6,2
|
14,7
|
|
47º
|
Maria Amélia Elói (Palavra Grávida)
|
Ladainha da falência
|
7,8
|
6,8
|
14,6
|
|
48º
|
Herton Gomes (HG)
|
fêmea
|
8,8
|
5,8
|
14,6
|
|
49º
|
Cinthia Kriemler (Maria Lis)
|
à francesa
|
6,2
|
8,3
|
14,5
|
|
50º
|
Thiago Lopes (Teixeira Neto)
|
A mulher deitada rasga-me a vista
|
8
|
6,5
|
14,5
|
|
51º
|
Heusner Grael (Ed Lamas)
|
Um Portinari
|
8
|
6,5
|
14,5
|
|
52º
|
Tarlei Martins (Buriti)
|
Bicho leitor
|
6,5
|
7,9
|
14,4
|
|
53º
|
Angelo Pessoa (André P.)
|
casarão
|
7,9
|
6,5
|
14,4
|
|
54º
|
Karyn Lopes (Carita Burana)
|
Descartáveis
|
6,3
|
8
|
14,3
|
|
55º
|
Geraldo Trombin (Onaira)
|
Rua das quimeras, sem número
|
7,3
|
7
|
14,3
|
|
56º
|
Henrique Costa (Heccos)
|
A marca da sereia
|
8,3
|
6
|
14,3
|
|
57º
|
Michelle Buss (Cassiopeia)
|
A casa
|
5,5
|
8,8
|
14,3
|
|
58º
|
Flávio Machado (Dersu Uzala)
|
da casa
|
7,7
|
6,5
|
14,2
|
|
59º
|
Adriana Godoy (Godoy)
|
qual?
|
7,5
|
6,7
|
14,2
|
|
60º
|
André Foltran (Donnie Darko)
|
Aos dezoito
|
9
|
5
|
14
|
|
61º
|
Miriam Adelman (Eterna Estrangeira)
|
Fábula III, ou as formas da coragem
|
6
|
8
|
14
|
|
62º
|
Paulo Cézar Tórtora (Taurus)
|
A Velha Casa
|
6,9
|
7
|
13,9
|
|
63º
|
Isabel Furini (Chatecutle)
|
Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll
|
7,8
|
6
|
13,8
|
|
64º
|
Anna Apolinário (Justine Montecchio)
|
Palavra de Pandora
|
8
|
5,8
|
13,8
|
|
65º
|
Edelson Nagues (Urbanoide Cáustico)
|
Palafitas
|
5,7
|
8
|
13,7
|
|
66º
|
Maria Cecília Cardoso (Perez)
|
Pergunta fundamental da filosofia...
|
7,5
|
5,5
|
13
|
|
67º
|
Ana Lúcia Pires (João Gilda)
|
É terna
|
8
|
5
|
13
|
|
68º
|
Paulo Acacio Ramos (Benjamin Sano)
|
Um Outro
|
7,4
|
5
|
12,4
|
|
69º
|
Daniel Moreira (Dani Mo)
|
azul turquesa
|
7
|
5,4
|
12,4
|
|
70º
|
Wagner Bezerra (Januário Sertão)
|
Uma retina lembrança
|
6,3
|
6
|
12,3
|
|
71º
|
Robertson Frizero (Andrea Stoppa)
|
Canção da colona triste
|
6,2
|
6
|
12,2
|
|
72º
|
Izaias Magiezi Jr. (Zack Magiezi)
|
primaveras que andam
|
6,6
|
5,5
|
12,1
|
|
73º
|
Aline Moschen (Flora M.)
|
A dor do parto
|
5,4
|
6,5
|
11,9
|
|
74º
|
Barbara Alves (Babi Victer)
|
Muliere
|
5,8
|
5,5
|
11,3
|
|
75º
|
Bruno Bossolan (Aeon)
|
Anatomia
|
6,2
|
5
|
11,2
|
|
76º
|
José
Antonio Abreu (Marcopolo)
|
Manual de pátina e liquens perolados
|
6
|
5
|
11
|
|
77º
|
Edweine Loureiro (John Keating)
|
Indignação
|
5,1
|
5
|
10,1
|
JURADO 03: PAULO FODRA
Paulo
Fodra nasceu e vive em São Paulo. Formou-se arquiteto e trabalha com
marketing e comunicação. É também músico, arqueiro e leitor compulsivo. Participou
das antologias “Deus Ex
Machina – Anjos e Demônios na Era do Vapor” (Editora Estronho,
2011), “2013: Ano Um” (Editora
Ornitorrinco, 2012), “S.O.S. – A
Maldição do Titanic” (Editora Literata, 2012), “Dystopia” (Selo
Taberna, 2014), “Vírus Z – Apocalipse Zumbi” (Editora Navras Digital, 2014) e “VAMP_EROS
– A paixão entre vampiros e mortais” (Editora Lazúli, 2014). Ainda pela Editora
Estronho, lançou em e-book a noveleta steampunk “A Seita do
Ferrabraz” e a dupla de contos de terror “Antífona
Lúgubre & Frota do Diabo”. Autor do livro de microcontos “Insólito – microalucinações” (Editora
Multifoco, 2011). Atuou como jurado na 1ª e 2ª edição do Concurso de Poesia do
Blog Autores S.A., no I Concurso de Minicontos do Blog Autores S.A. e no
Desafio Literário da Câmara dos Deputados: Matreiros Contos do Rio. Mantém o
Twitter @paulofodra e
divulga seus contos fantásticos no site www.paulofodra.com.br.
NOTAS E COMENTÁRIOS DO JURADO PAULO FODRA:
Título:
Um Outro (Benjamin Sano)
Nota: 5,5
Paulo Fodra: Poema
excessivamente longo e sem coesão de forma, estilo, ritmo, métrica ou
representação imagética. Na falta de qualquer um desses itens “evocando” o
lirismo, o texto se assemelha à prosa com as linhas quebradas para emular
versos
Título:
Limiar (Mainá)
Nota: 7,8
Paulo Fodra: Boa apropriação do tema,
tamanho bem dimensionado, versos limpos desenhando boas imagens líricas. Senti
que a última linha destoou do restante do poema em forma e intenção. As imagens
do Minotauro, Teseu e do labirinto sugerem uma interação que é o oposto da
solidão (distância do outro). Se tivesse parado o último verso na palavra
“sou”, o desfecho teria sido mais impactante.
Título:
Indignação (John Keating)
Nota: 5,7
Paulo Fodra: A rima pobre dilui bastante
o significado do poema, principalmente ao ser forçada, como no verso “jogá-las
num lixão”, em que a rima provoca prejuízo semântico.
Título:
A mulher deitada rasga-me a vista (Teixeira Neto)
Nota: 9,3
Paulo Fodra: Boa apropriação do tema,
com ritmo bem conduzido, evocando imagens interessantes e coroando com um bom
fechamento. Cuidado com clichês como “traz em si a mãe a irmã a filha”.
Título:
Entranhas (Nina Cello)
Nota: 10
Paulo Fodra: Excelente apropriação do
tema, conciso, com alta carga imagética. Traz em si uma delicadeza etérea e
romântica.
Título:
Confissão (Flora)
Nota: 8.5
Paulo Fodra: Boa apropriação do tema,
com algumas imagens muito interessantes. No entanto, apresenta altos e baixos,
dando margem a um pouco mais de elaboração para alcançar efeito maior.
Título:
Imper(atriz) (Bianca Velázquez)
Nota: 8,2
Paulo Fodra: Poema prolixo, caótico e
repetitivo. Alterna imagens fortes com outras nem tanto. Gostei da “pegada”,
porém deixo um conselho: poema também se edita, lapida, e nem tudo que se
escreve se aproveita.
Título:
Sujeita (Nin)
Nota: 9,5
Paulo Fodra: Poema longo bem conduzido,
não se perde na argumentação e mantém o seu ritmo, desfiando uma sucessão de
boas imagens e jogos de palavras.
Título:
Um Portinari (Ed Lamas)
Nota: 8,3
Paulo Fodra: Poema predominantemente
descritivo, quase prosaico, demora pra engrenar sua ideia e a arremata de
maneira um tanto descuidada, sem brilho.
Título:
qual? (Godoy)
Nota: 10
Paulo Fodra: Poema com premissa bastante
definida e bem conduzido, revelando um cuidado com as palavras usadas e sua
sonoridade. Gostei muito do ritmo e das imagens construídas.
Título:
Corpo em liquidação (C. Vasconcellos)
Nota: 10,0
Paulo Fodra: Poema bem planejado e
executado com primor. Gostei da pegada “underground”. As imagens são fortes e o
ritmo, perfeito.
Título:
A pitonisa do bueiro cósmico (Lúcio Beringer)
Nota: 9,2
Paulo Fodra: Poema pretensioso e quase
hermético. Apresenta boas imagens e domínio das palavras, mas se perde um pouco
em sua pretensão a ponto de quase perder o fio condutor no ruído. A ideia de
dividir em seis “cantos” é muito boa, podia ter aproveitado melhor esse
conceito na forma gráfica do poema.
Título: Procuro-te (Quimbungo)
Nota: 5,5
Paulo Fodra: Poema baseado na repetição,
com forma bastante coesa e resultado sem graça. Uma sucessão infinda de
metáforas compondo imagens incompletas e pouco aderentes.
Título:
A quatro mãos (Robert Leza)
Nota: 7,5
Paulo Fodra: Texto conciso e cheio de
intertextualidade. Gostei do final, mas perdeu pontos pela apropriação tímida
demais do tema.
Nota: 7,0
Paulo Fodra: Texto longo e sem um fio
condutor (forma, ritmo, voz ou narrativa) que o sustente em seu tamanho. Acaba
desperdiçando numa sequência desconexa imagens muito boas, com potencial para
desdobrarem-se em poemas independentes.
Título:
Simbiose (P. Celan)
Nota: 7,7
Paulo Fodra: Trecho de prosa com toques
poéticos, sem muita eloquência. Falta sustentação
enquanto poesia.
Título:
Meta(-)Poética (Miguel A. Rodriguez)
Nota: 9,0
Paulo Fodra: Poema bastante inventivo e
original, tanto em forma como em conteúdo. Apesar de ser muito prosaico, seu
desenho no papel nos conduz da primeira linha à última, fazendo o papel de fio
condutor do texto.
Título:
Partilhar de poros (Renard Diniz)
Nota: 8,5
Paulo Fodra: Soneto escrito como manda o
figurino. Bastante correto, mas senti falta de um pouco mais de verve e imagens
mais fortes.
Título:
Bicho Leitor (Buriti)
Nota: 6,7
Paulo Fodra: Resultado muito preso ao
poema de Leminski em epígrafe. A intertextualidade não deveria ser algema.
Guarde lugar para transparecer sua própria identidade.
Título:
O voo (Morena do Espelho)
Nota: 8,2
Paulo Fodra: Poema começou bem,
construindo imagens marcantes. Pedia um fechamento mais apurado e impactante.
Título:
A marca da sereia (Heccos)
Nota: 7,0
Paulo Fodra: Poema um tanto confuso e
repetitivo, sem muita inventividade na apropriação do tema. Faltou brilho.
Título:
Suicídio (Carla Soares)
Nota: 9,5
Paulo Fodra: Excelente apropriação do
tema, fugindo do óbvio. Adorei o fechamento do poema, tanto que ainda escuto o
eco dos gritos.
Título:
Velha Casa (Anne Sexton)
Nota: 7,6
Paulo Fodra: Bom começo para um poema.
Senti falta de um fecho, ou desfecho, mais elaborado.
Título:
A casa no oásis (Longobardo)
Nota: 7,3
Paulo Fodra: O poema, apesar de longo,
consegue nos prender à imagem construída. O trabalho desenvolvido pede um
arremate mais contundente.
Título:
Manual de pátina e liquens perolados (Marcopolo)
Nota: 10
Paulo Fodra: Texto primorosamente
esculpido, carregando uma simetria espelhada do primeiro para o segundo canto,
num efeito calculado. Imagens fortes e aderentes. Parabéns!
Título:
Contraendereço (Le Chat Rouge)
Nota: 8,1
Paulo Fodra: Um bom texto apoiado num
jogo de palavras um tanto quanto fraco.
Título:
A casa que habito (Vaqueiro das Nuvens)
Nota: 9,0
Paulo Fodra: Texto simples e quase
pueril. Funciona porque se apoia em imagens fortes, com um fechamento
primoroso.
Título:
Abrigos (Carvalho Jr.)
Nota: 9
Paulo Fodra: Texto correto e instigante.
Pecou no fechamento. A última estrofe, pra mim, é desnecessária.
Título:
A velha casa (Taurus)
Nota: 9,3
Paulo Fodra: Soneto executado com primor
em uma apropriação idílica do tema. Bastante lapidado, tem uma mensagem
definida e a fecha adequadamente, mesmo com toda a preocupação com o rigor
formal.
Título:
Rua das Quimeras, Sem Número (Onaira)
Nota: 8,8
Paulo Fodra: Poema bem executado,
apresentando uma ideia elaborada. No entanto, as imagens não me soaram
originais o suficiente para dar vida/verve às palavras.
RANKING FINAL OFICIAL (NOTAS DOS 3 JURADOS E CRITÉRIOS DE DESEMPATE JÁ CALCULADOS)
Título:
A casa que habito (José Matsushita)
Nota: 10
Paulo Fodra: Poema muito bem conduzido
através de uma sucessão de imagens tensas e vívidas, coroadas com um fechamento
ferino. A apropriação sombria de um tema convencionalmente bucólico trouxe
bastante vitalidade às palavras.
Título:
Último voo (Kay)
Nota:
6,8
Paulo
Fodra: A estrutura repetitiva e o clima sombrio pareciam prenunciar um final
perturbador. Ao invés disso, fiquei perturbado por não ser capaz de acessar o
cerne deste poema. Isso é frustrante.
Título:
Canção da Colona Triste (Andrea Stoppa)
Nota:
8,0
Paulo
Fodra: Poema interessante, com belas imagens, desperdiçado com um final um
tanto quanto decepcionante. Merecia lapidar mais.
Título:
à francesa (Maria Lis)
Nota:
10
Paulo
Fodra: Poema excelente, de imagens febris e quase herméticas, costuradas com
precisão para guiar o caminho do leitor em direção ao fim, que resolve a tensão
e o liberta do desespero.
Título:
Queda (Neneco de Bintim)
Nota:
10
Paulo
Fodra: Poema bem acabado, polido. Excelente apropriação do tema, escapando dos
clichês mais óbvios com belas alegorias.
Título:
Aos dezoito (Donnie Darko)
Nota:
9,5
Paulo
Fodra: Minha única ressalva ao poema é o abysmo com y no último verso. Me
pareceu solto e despropositado, ao passo que o desenrolar do texto revela apuro
e precisão na escolha dos recursos e palavras.
Título:
Suicídio (Anderson Council)
Nota:
7,8
Paulo
Fodra: Micropoema composto basicamente por clichês. O que é uma premissa
recorrente para microtextos. Senti falta de uma punchline que revelasse algum
sentido oculto, uma “sacada”. Um bom espaço para conseguir esse efeito é o
título que, nesse caso, achei óbvio demais.
Título:
Suicídio Coletivo (Valente)
Nota:
8,8
Paulo
Fodra: Poema com pegada muito boa, pedia um fechamento melhor. Achei a quebra
de tabulação um tanto quanto aleatória e despropositada.
Título:
Dois coelhos (Natasha F.)
Nota:
9,7
Paulo
Fodra: Perdi a conexão do título com o poema, que é muito bom, por sinal. Só
por isso não dei nota máxima.
Título:
Pergunta Fundamental da Filosofia (um devaneio no universo de Albert Camus)
(Perez)
Nota:
8,5
Paulo
Fodra: Gostei da pegada do poema. No entanto, achei que a penúltima estrofe
ficou meio solta, como se pedisse para ser suprimida.
Título:
Corte (Alice Condor)
Nota:
10
Paulo
Fodra: Poema que flerta com o surrealismo, começa indefinido e se agiganta em
direção ao fechamento, terminando com um belo soco no estômago.
Título:
É terna (João Gilda)
Nota:
9,8
Paulo
Fodra: Como único ponto fraco (quem mandou ser tão preciso?), achei os “–risos-“
desnecessários.
Título:
As intermitências da morte (Tatu Triste)
Nota:
9,9
Paulo
Fodra: Poema que começa deliberadamente clichezento pra se reinventar a cada
linha em direção à conclusão. Os dois últimos versos desalinhados fizeram meu
TOC berrar. Não consegui encontrar nada que justificasse esse desalinho, por
isso um pequeno desconto.
Título:
Na neblina (Flor de Lisbela)
Nota:
8,0
Paulo
Fodra: Gostei do poema até o verso “dispersando na neblina”. A partir daí o
poema se perde na forma, que era seu principal atrativo.
Título:
casarão (André P.)
Nota:
8,0
Paulo
Fodra: Poema excessivamente descritivo, perde a oportunidade de agregar novos
significados e imagens usando o subtexto. Em suma, faltaram sensações.
Título:
Poesia em movimento sem teto
Nota: 7,8
Paulo Fodra: Algumas boas imagens e um palavrão
forçado pra chocar o leitor não bastam para sustentar um poema.
Título:
angostura (Antônio Pina)
Nota:
7,3
Paulo
Fodra: Texto quase esquizofrênico de tão hermético. Uma prosa poética meio sem
pé nem cabeça com linhas caóticas quebradas em versos. E só.
Título: Ladainha da
falência (Palavra Grávida)
Nota:
10
Paulo
Fodra: O poeta extrapola os clichês do tema ao misturar as descrições com as
sensações e o linguajar popular. O resultado é delicioso.
Título:
Ode à casa (Henry James)
Nota:
7,5
Paulo
Fodra: A salada dos talheres não me convenceu. Sem eles, o poema parece até funcionar melhor.
Título:
azul turquesa (Dani Mo.)
Nota:
9,7
Paulo
Fodra: O último verso muda toda intenção do poema. Muito inteligente! Pena que
o título fique tão deslocado.
Título:
Uma retina lembrança (Januário Sertão)
Nota:
7,6
Paulo
Fodra: Um trabalho de edição aqui seria bem proveitoso para arrastar o leitor
ao longo de todo o poema. O grande desafio é evitar que ele disperse.
Título:
A Casa (Cassiopeia)
Nota:
6,4
Paulo
Fodra: Sucessão “djavanesca” de substantivos, quase sem emoção ou imagens.
Título:
Palafitas (Urbanoide Cáustico)
Nota:
6,2
Paulo
Fodra: Odiei
a quebra
dos versos
em linhas
demasiado
curtas. É pra
ler depois de correr a maratona?
Título:
da casa. (Dersu Uzala)
Nota:
8,0
Paulo
Fodra: O fato de poder ser lido ao contrário é uma curiosidade que pouco
acrescenta ao significado do poema. Acho que esperava algo mais como o disco da
Xuxa que, tocado ao contrário, revelava uma mensagem demoníaca...
Título:
Palavra de Pandora (Justine Montecchio)
Nota:
10
Paulo
Fodra: Poema curto, conciso e febril, desfilando belas e terríveis alegorias.
Título: Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll (Chatecutle)
Título:
Em casa (Augusto Maia)
Nota:
10
Paulo
Fodra: Direto, angustiante, terrível, faz o vazio gritar nas entrelinhas.
Título:
Frenesi do chão (D. Fernandes)
Nota:
7,8
Paulo
Fodra: Gostei bastante da estrofe final, mas achei-a desconectada do início do
poema.
Título: Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll (Chatecutle)
Nota:
7,9
Paulo
Fodra: Poema muito longo, com jeito de épico, porém com cara de inacabado.
Senti falta de um fechamento mais conclusivo (último verso com cara de “Tá, e
daí?”).
Título:
Réplica – a voz do espelho (Josué do Carmo)
Nota:
9,0
Paulo
Fodra: Boa execução, fechamento marcante.
Título:
Uma raça em extinção (Granville)
Nota:
5,8
Paulo
Fodra: Se perdeu na tentação de rimas fáceis, quase pueris.
Título:
Confissão (Tom Ruiz)
Nota:
7,7
Paulo
Fodra: O formato repetitivo do segundo verso de cada estrofe acaba chamando
demasiada atenção, empobrecendo diretamente o efeito do poema.
Título:
Segredo (Vô Cosmos)
Nota:
10
Paulo
Fodra: Cântico hipnótico e quase hermético. Sobrevive à loucura e nos coloca,
ao final, face a um mistério impenetrável.
Mudez
(ou música) (Passos)
Nota:
8,2
Paulo
Fodra: Poema místico-astrológico, com fechamento deixando a desejar. Difícil
associar com o tema.
Título:
Palavras Cruzadas (B. Franklin)
Nota:
7,8
Paulo
Fodra: Poema pretensioso cujo primeiro canto é impenetrável de tão hermético. O
segundo canto é mais fluido e certeiro em seu intento. O final também deixa a
desejar.
Título:
musa ausente (Luiza Caetano)
Nota:
8,3
Paulo
Fodra: A última estrofe é muito poderosa, mas ela sozinha não é suficiente para
sustentar o poema.
Título: primaveras que
andam (Zack Magiezi)
Nota:
7,7
Paulo
Fodra: Poema pueril recheado de clichês fofinhos. Não sobreviveria 5 minutos
sozinho no mundo real.
Título:
Muliere (Babi Victer)
Nota:
6,5
Paulo
Fodra: Poema tão pueril quanto panfletário: péssima combinação.
Título:
fêmea (HG)
Nota:
9,8
Paulo
Fodra: Poema que consegue escapar dos clichês pela tangente, conseguindo um
ótimo resultado.
Título:
Garras Vermelhas (Peramorim)
Nota:
7,8
Paulo
Fodra: A repetição do formato do último verso em cada estrofe não funciona tão
bem ao longo do poema, e o deixa sem fechamento, solto no ar.
Título:
Fábula III, ou “as formas da coragem” (Eterna Estrangeira)
Nota:
8,7
Paulo
Fodra: A quebra aleatória dos versos prejudica muito o ritmo do poema e nos
leva a tropeçar na leitura e perder o fio da meada. O texto funcionaria
tranquilamente num parágrafo único como fluxo de consciência
Título: A dor do
parto (Flora M.)
Nota:
10
Paulo
Fodra: O formato do texto se afasta da poesia ao mesmo tempo em que o
fechamento a resgata ao delimitar um ciclo infinito e provocar uma avalanche de
sentimentos como repulsa, constrangimento, desespero, vergonha, etc.
Título: Descartáveis (Carita Burana)
Título: Descartáveis (Carita Burana)
Nota:
8,4
Paulo
Fodra: Poema bem conduzido, que consegue escapar das principais armadilhas do
tema. Falta, no entanto, um pouco de brilho para ser mais marcante.
Título:
Essas mulheres (Barcellos)
Nota:
9,0
Paulo
Fodra: Bom poema, com forma e ritmo bastante definidos. Faltou empolgar.
Título:
Anatomia (Aeon)
Nota:
6,6
Paulo
Fodra: Poema excessivamente longo, adjetivado e hermético. Cansativo demais de ler.
Título:
lâmina (Ovideo)
Nota:
7,8
Paulo
Fodra: A quebra aleatória dos versos prejudica muito o ritmo do poema e nos
leva a tropeçar na leitura e perder o fio da meada.
Título:
Poema do qual envergonharia-me se sobrevivesse a esta civilização (A. Carmo)
Nota:
8,0
Paulo
Fodra: Diagramação forçada dificulta a leitura. Poema começa bem e depois perde
o fio da meada, dispersando as boas imagens em cenas isoladas.
Título:
Casa (André Anlub)
Nota:
9,0
Paulo
Fodra: Belas imagens costuradas com destreza, mas sem muita novidade.
RANKING FINAL OFICIAL (NOTAS DOS 3 JURADOS E CRITÉRIOS DE DESEMPATE JÁ CALCULADOS)
º
|
Poeta/Pseudônimo
|
Poema
|
J1
|
J2
|
J3
|
total
|
1º
|
Marcelo Asth (Vô Cosmos)
|
Segredo
|
9,5
|
8,5
|
10
|
28
|
2º
|
Álvaro Barcellos (Barcellos)
|
Essas mulheres
|
10
|
8,5
|
9
|
27,5
|
3º
|
Nathan Sousa (Robert Leza)
|
A quatro mãos
|
9,6
|
10
|
7,5
|
27,1
|
4º
|
Dora Oliveira (Tatu Triste)
|
As intermitências da morte
|
9,5
|
7,5
|
9,8
|
26,8
|
5º
|
André Kondo (José Matsushita)
|
A casa que habito
|
9,7
|
7
|
10
|
26,7
|
6º
|
Natasha Félix (Natasha F.)
|
Dois Coelhos
|
8,8
|
8
|
9,7
|
26,5
|
7º
|
Andressa Barrichello (Nina Cello)
|
Entranhas
|
7,5
|
9
|
10
|
26,5
|
8º
|
Geovani Doratiotto (Sub-Versivo)
|
Poesia em movimento sem teto
|
9,9
|
8,7
|
7,8
|
26,4
|
9º
|
Francisco Oliveira (Neneco de Bintim)
|
Queda
|
8,8
|
7,5
|
10
|
26,3
|
10º
|
Isadora Maciel (Alice Condor)
|
Corte
|
8,2
|
7,9
|
10
|
26,1
|
11º
|
André Barbosa (André Anlub)
|
Casa
|
9,9
|
7
|
9
|
25,9
|
12º
|
Gerci Oliveira (Valente)
|
Suicídio coletivo
|
9
|
8
|
8,8
|
25,8
|
13º
|
Cláudia Vasconcellos (C. Vasconcellos)
|
Corpo em liquidação
|
7
|
8,5
|
10
|
25,5
|
14º
|
Desirée Jung (Carla Soares)
|
Suicídio
|
8
|
8
|
9,5
|
25,5
|
15º
|
Danielle Takase (Nin)
|
Sujeita
|
9
|
7
|
9,5
|
25,5
|
16º
|
Hugo Costa (Josué do Carmo)
|
Réplica - a voz do espelho
|
7,9
|
8,5
|
9
|
25,4
|
17º
|
Raimundo de Moraes (Lúcio Beringer)
|
A pitonisa do bueiro cósmico
|
10
|
6
|
9,2
|
25,2
|
18º
|
Jacqueline Salgado (P. Celan)
|
Simbiose
|
9,9
|
7,5
|
7,7
|
25,1
|
19º
|
Georgio Rios (Vaqueiro das Nuvens)
|
A casa que habito
|
7,5
|
8,5
|
9
|
25
|
20º
|
Jorge Augusto Silva (Augusto Maia)
|
Em casa
|
6,8
|
8
|
10
|
24,8
|
21º
|
André Oviedo (Ovideo)
|
lâmina
|
9
|
8
|
7,8
|
24,8
|
22º
|
Luiz Otávio Oliani (Henry James)
|
Ode à casa
|
7,7
|
9,5
|
7,5
|
24,7
|
23º
|
Bruno Baptista (Anderson Council)
|
Suicídio
|
8,8
|
8
|
7,8
|
24,6
|
24º
|
Maria Amélia Elói (Palavra Grávida)
|
Ladainha da falência
|
7,8
|
6,8
|
10
|
24,6
|
25º
|
Cinthia Kriemler (Maria Lis)
|
à francesa
|
6,2
|
8,3
|
10
|
24,5
|
26º
|
Thiago Carvalho (Passos)
|
Mudez (ou música)
|
8,3
|
8
|
8,2
|
24,5
|
27º
|
Francisco Carvalho (Carvalho Jr.)
|
Abrigos
|
9
|
6,5
|
9
|
24,5
|
28º
|
Bianca Velloso (Morena do Espelho)
|
o voo
|
7,5
|
8,7
|
8,2
|
24,4
|
29º
|
Herton Gomes (HG)
|
fêmea
|
8,8
|
5,8
|
9,8
|
24,4
|
30º
|
Letícia Simões (Antônio Pina)
|
angostura
|
9,7
|
7,4
|
7,3
|
24,4
|
31º
|
Simone Prado (Anne Sexton)
|
Velha casa
|
7,7
|
9
|
7,6
|
24,3
|
32º
|
Thiago Mattos (Le Chat Rouge)
|
Contraendereço
|
8,4
|
7,8
|
8,1
|
24,3
|
33º
|
Danilo Santos Fernandes (D. Fernandes)
|
Frenesi do chão
|
8
|
8,5
|
7,8
|
24,3
|
34º
|
Marília Lima (Mainá)
|
Limiar
|
7,6
|
8,9
|
7,8
|
24,3
|
35º
|
Adalberto do Carmo (A. Carmo)
|
Poema do qual envergonharia...
|
9,3
|
7
|
8
|
24,3
|
36º
|
Ricardo Thadeu (Tom Ruiz)
|
Confissão
|
7,5
|
9
|
7,7
|
24,2
|
37º
|
Adriana Godoy (Godoy)
|
qual?
|
7,5
|
6,7
|
10
|
24,2
|
38º
|
Márcia Barroca (Flora)
|
Confissão
|
8,5
|
7
|
8,5
|
24
|
39º
|
Thiago Lopes (Teixeira Neto)
|
A mulher deitada rasga-me a vista
|
8
|
6,5
|
9,3
|
23,8
|
40º
|
Volmar Pereira (Miguel A. Rodriguez)
|
Meta(-)Poética
|
9,8
|
5
|
9
|
23,8
|
41º
|
Anna Apolinário (Justine Montecchio)
|
Palavra de Pandora
|
8
|
5,8
|
10
|
23,8
|
42º
|
Lucas Branucci (L. M. Branucci)
|
Espaços do banho, natureza do corpo
|
8,9
|
7,8
|
7
|
23,7
|
43º
|
Perpétua Amorim (Peramorim)
|
Garras vermelhas
|
9,3
|
6,5
|
7,8
|
23,6
|
44º
|
Luiza Brandino (Luiza Caetano)
|
musa ausente
|
7,5
|
7,8
|
8,3
|
23,6
|
45º
|
Marina de Carvalho (Kay)
|
Último voo
|
10
|
6,8
|
6,8
|
23,6
|
46º
|
Marco Aurélio Vieira (Renard Diniz)
|
Partilhar de poros
|
7
|
8
|
8,5
|
23,5
|
47º
|
André Foltran (Donnie Darko)
|
Aos dezoito
|
9
|
5
|
9,5
|
23,5
|
48º
|
Paulo Cézar Tórtora (Taurus)
|
A Velha Casa
|
6,9
|
7
|
9,3
|
23,2
|
49º
|
Geraldo Trombin (Onaira)
|
Rua das quimeras, sem número
|
7,3
|
7
|
8,8
|
23,1
|
50º
|
Benjamin Franklin (Benny F.)
|
Palavras Cruzadas
|
7,3
|
8
|
7,8
|
23,1
|
51º
|
Isabella Carvalho (Flor de Lisbela)
|
Na neblina
|
8
|
7
|
8
|
23
|
52º
|
Karina Gerke (Bianca Velázquez)
|
Imper(atriz)
|
8,5
|
6,2
|
8,2
|
22,9
|
53º
|
Ana Lúcia Pires (João Gilda)
|
É terna
|
8
|
5
|
9,8
|
22,8
|
54º
|
Heusner Grael (Ed Lamas)
|
Um Portinari
|
8
|
6,5
|
8,3
|
22,8
|
55º
|
Karyn Lopes (Carita Burana)
|
Descartáveis
|
6,3
|
8
|
8,4
|
22,7
|
56º
|
Miriam Adelman (Eterna Estrangeira)
|
Fábula III, ou as formas da coragem
|
6
|
8
|
8,7
|
22,7
|
57º
|
Angelo Pessoa (André P.)
|
casarão
|
7,9
|
6,5
|
8
|
22,4
|
58º
|
Alberto Arecchi (Longobardo)
|
A casa no oásis
|
8
|
7
|
7,3
|
22,3
|
59º
|
Flávio Machado (Dersu Uzala)
|
da casa
|
7,7
|
6,5
|
8
|
22,2
|
60º
|
Fábio Granville (Granville)
|
Uma raça em extinção
|
7,9
|
8,5
|
5,8
|
22,2
|
61º
|
Daniel Moreira (Dani Mo)
|
azul turquesa
|
7
|
5,4
|
9,7
|
22,1
|
62º
|
Aline Moschen (Flora M.)
|
A dor do parto
|
5,4
|
6,5
|
10
|
21,9
|
63º
|
Isabel Furini (Chatecutle)
|
Carta do senhor Hyde ao Dr. Jekyll
|
7,8
|
6
|
7,9
|
21,7
|
64º
|
Maria Cecília Cardoso (Perez)
|
Pergunta fundamental da filosofia...
|
7,5
|
5,5
|
8,5
|
21,5
|
65º
|
Henrique Costa (Heccos)
|
A marca da sereia
|
8,3
|
6
|
7
|
21,3
|
66º
|
Tarlei Martins (Buriti)
|
Bicho leitor
|
6,5
|
7,9
|
6,7
|
21,1
|
67º
|
José Antonio Abreu (Marcopolo)
|
Manual de pátina e liquens perolados
|
6
|
5
|
10
|
21
|
68º
|
Michelle Buss (Cassiopeia)
|
A casa
|
5,5
|
8,8
|
6,4
|
20,7
|
69º
|
Lourenço Quimbungo (Quimbungo)
|
Procuro-te
|
9,8
|
5
|
5,5
|
20,3
|
70º
|
Robertson Frizero (Andrea Stoppa)
|
Canção da colona triste
|
6,2
|
6
|
8
|
20,2
|
71º
|
Edelson Nagues (Urbanoide Cáustico)
|
Palafitas
|
5,7
|
8
|
6,2
|
19,9
|
72º
|
Wagner Bezerra (Januário Sertão)
|
Uma retina lembrança
|
6,3
|
6
|
7,6
|
19,9
|
73º
|
Izaias Magiezi Jr. (Zack Magiezi)
|
primaveras que andam
|
6,6
|
5,5
|
7,7
|
19,8
|
74º
|
Paulo Acacio Ramos (Benjamin Sano)
|
Um Outro
|
7,4
|
5
|
5,5
|
17,9
|
75º
|
Barbara Alves (Babi Victer)
|
Muliere
|
5,8
|
5,5
|
6,5
|
17,8
|
76º
|
Bruno Bossolan (Aeon)
|
Anatomia
|
6,2
|
5
|
6,6
|
17,8
|
77º
|
Edweine Loureiro (John Keating)
|
Indignação
|
5,1
|
5
|
5,7
|
15,8
|
OBRIGADO A TODOS OS POETAS ENVOLVIDOS NESTA JORNADA! SUCESSO AOS CLASSIFICADOS
E NÃO CLASSIFICADOS. TODOS OS POEMAS ESTAVAM EM ALTO NÍVEL. TODOS ERAM
MERECEDORES. AGRADECEMOS TAMBÉM AOS JURADOS PARTICIPANTES DA ETAPA.
ATÉ
DOMINGO, COM O SORTEIO DOS GRUPOS!
PARABÉNS
AOS 32 POETAS GUERREIROS! BOA SORTE!
22 comentários:
Que dizer de um jurado que confunde intertextualidade com clichê?
O mesmo que eu diria de um poeta que faz clichê e diz que é intertextualidade.
Num disseram no começo que o pseudônimo não poderia fazer referência ao nome do candidato? Porque o tal poeta e pseudônimo de mesmo nome?
Álvaro Barcellos (Barcellos)
Então, eu também fiz essa constatação, olha como é grande a lista:
André Barbosa - André Anlub
Natasha Felix - Natasha F
Claudia Vasconcellos - C. Vasconcellos
Luiza Brandino - Luiza caetano
Francisco Carvalho Jr. - Carvalho Jr.
Alusão ao nome.
Os jurados receberam os poemas somente com os títulos, ou acompanhado do pseudônimo,ou ainda,com o nome dos poetas?
Mas que importância tem isso agora?...
Que importância tem isso agora? Poha deveriam ser desclassificados desde a segunda fase dando chance a outros ;)
Putz... :/
Pra mim tem importância, eu estou meio lá pro fundão. Fazendo valer o edital eu daria uma subidinha. Problema algum nisso.
Libera logo aí, pessoal! Quero assistir ao debate de Fidelix Asterix!
preciso comentar desde já que muito além de qualquer nota ou classificação, estou profundamente tocada com o comentário do primeiro jurado sobre meu poema. já valeu minha participação. muito muito obrigada.
nin
Acho que já podemos sair do anonimato,já que nossos nomes foram revelados mesmo.
Podemos ou não, senhores da moderação?
Boa noite,
Estou acompanhando os resultados. Até o momento, justíssimos. Não tarda muito e se iniciam os chororôs. Todo certame é assim. Não tarda eu retorno também.
Cordialmente,
F.N.V
papudo
FNV, faltou um ponto depois do V.
Grato ao jurado Paulo Froda, viu qualidades em meu modesto texto. Não serei classificado, mas foi bastante alentador.
Marcopolo
Tristes focos!
Ver pessoas tentando achar brechas para entrar entre os melhores.
Esses três jurados apenas demonstraram que a poesia toca diferente em cada um, eles não são donos da verdade. Seus votos são números que apenas demonstram seu gosto sobre aquela poesia e não sobre o poeta.
Eu, como matemático, estou feliz de estar entre essa turma, seja na posição que for.
Parabéns a todos que fazem da escrita um bem para si mesmo e não apenas para ganhar concursos.
Esse concurso é uma piada. Que concurso mais idiota, não ultrapassam as limitações de seus jurados.
Gostaria de agradecer à comissão organizadora do concurso pela acolhida, aos jurados das duas fases em que participei, em especial aos jurados Paulo Fodra, Flávio Morgado e Dante Pincelli, pela crítica e pela leitura atenta. Bom trabalho aos demais poetas que seguem na disputa.
Um abraço
Volmar
Só agora vi que a bola bateu na trave! Melhor, bem longe da trave...kkk Concordo plenamente com os comentários sobre meu poema. Muitos amigos na reta final. Fico por aqui. Vou acompanhar... ADEUS, meninos! André P., ou melhor... Angelo Pessoa. Abraçãoooooooo!!!
Boa tarde rapazeada
Parabéns aos amigos das letras, aos que conseguiram passar ou não.
Fico grato pelo convite ao concurso e repito o que eu digo sempre aos mais próximos:
Quem sempre irá vencer é a Literatura.
Amplexos.
Cara, sem sacanagem: esse é o melhor concurso de poesia EVERRRR! Queria muito ser poeta agora pra ter a chance de participar. D++++. Projetos como esse deveriam ser mais valorizados, só digo isso!!!
beijos em todos!!!
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