Era linda
Olhos puros
Mãos pequenas
Voz aveludada
Tanto potencial
Nada carnal
Baseada nos princípios
De uma sabatina sem lógica
Tantos segredos...
Escondidos!
Tantos desejos...
Reprimidos!
Era perfeita
Nenhuma palavra
Ousaria descrever
Mas aqui
Venho falar do fúnebre
Como não falar de morte
Com tanta vida estagnada???
Com tanta libido encarcerada???
Perfeita!!!
Divina!!!
Impossível...
E quando eu morrer
Que em letras garrafais
Escrevam em minha lápide:
Dentre todas as senhoritas de família
Escolheu o calor
Profano e intenso
Das raparigas do centro da cidade
Que custou apenas uns trocados
E nenhum pingo de moralidade...
3 comentários:
"Como não falar de morte/Com tanta vida estagnada?/ Com tanta libido encarcerada?". Ampliando um pouco o sentido de libido para o de desejo de viver plenamente, de extrair tudo o que se possa do mundo, me lembrei do livro "Educação dos Sentidos", que lemos (parte) em Linguagens da Arte. Vamos fazer amor com tudo, com a natureza, com os livros, com os filmes, com o belo e o feio, "sem nenhum pingo de moralidade".
Muito bom ler os seus poemas.
Lucas, foi este poema que vc me mostrou em sala de aula, certa vez, não foi?
O trecho selecionado pela Ana foi ótimo! E esse final me remeteu, curiosamente, ao filme da Bruna Surfistinha.
Seus poemas são socos na boca do estomago. Dá-lhe Lucas! Muito bom te ler (2).
Abraços
Po...obrigado Bia...e Lohan esse eu fiz semana passada... na verdade não tinha mostrado a ninguém... e pq o final te levou a pensar na Bruna(Debora Seco muito gostosa)???
Postar um comentário