"Hoje é um novo dia..." (não), "já é Natal..." (também não), "bom natal, um feliz natal..." (opa!), de repente tudo o que penso em dizer papagueia a ideia de mentes criativas que estão ou algum dia estiveram à serviço dos meios de comunicação. Cristo, será um vestígio de particular decadência, os primeiros sinais da profecia maia, estou sendo reduzido a um simplório reprodutor de bordões, slogans e jingles?
Tá, essa canção da Caloi (?) é linda, marcou toda minha geração, me traz à lembrança férias escolares e cada um dos anos letivos que eu deixava para trás. Linda a canção, e notem que a propaganda é de um banco, que patrocinava Ayrton Senna. Aliás, eu sempre achei que esse comercial era de bicicleta, acho que é por isso que o Nacional foi "extinto", ao menos a marca.
"Ei, Ayrton, vira pra cá!"
"Aí, campeão!"
Ah, peraí, gostei, inclusive tem tudo a ver: Natal com Banco. Não rimam, mas se relacionam. Natal tem o quê? Compras, 13°, saques. Onde? Nos Bancos! Vamos ao supermercado comprar nozes, e onde está o dinheiro das nozes? No caixa eletrônico, claro, dos Bancos! Daí é uma festa só, Bacalhau, Panetone, Peru, Sidra de Apple. A Maçã é um negócio garantido nas bolsas! Nas bolsas de valores, não na sua. Isso me faz lembrar o quanto maçã faz bem para as "pregas" vocais, (pregas, essa é boa, um dia já foi corda. Corda é mais bonito) Enfim, muitos cantores comem maça para auxiliar na saúde das... pregas (argh) Por que estou falando isso, ora, porque escrevo sobre música!
Não é mesmo, Baby "ex-Consuelo"?
É, "feliz", okay, mas não vamos esquecer que o Natal é uma festa familiar, Dona Baby ex-Consuelo, por isso nada melhor que um segundo comercial de Banco para moralizar um pouco este post natalino de família. Vamos assistir e ouvir a musiquinha? Não? Tá bom, então vamos logo para os presentes! De qualquer modo era outro Banco falido mesmo... E convenhamos que falência não combina com nossos tempos de prosperidade. Falando em prosperidade vou calar minha pena e distribuir logo meus presentes a cada uma das notas musicais. Sim, cada um dos felizardos ganhará um presente e uma música de lembrança!
Para Lohan
Dó
Uma viagem...
...para a Califórnia, com direito a acompanhante!
David Lee Roth California Girls (Mike Love/Brian Wilson)
Atenção: as garotas do clipe não estão incluídas no pacote.
Para o meu pai
Ré
Uma coleção nova de discos de Rock!
Tem fumaça pra todos os gostos.
Red Foley Smoke on the Water (Red Foley)
Sei, não é o "Smoke..." do Deep Purple,
mas essa é a ideia... huahauh
Para minha mãe "Kreator" Mi
Mais Paciência
Guns N' Roses Patience (Stradlin/Rose)
Seu filho ainda será perfeito (ou quase).
Para Camila
Fá
a Historia sem Fim -
um conto sobre o livro que estou devendo...
Limahl The Neverending Story (Giordio Moroder/Keith Forsey)
Para Thaty Louise Sol
Uma lista de sucessos e desejos realizados!
ENYA Caribbean Blue (Enya/Roma Ryan)
Para Andréa Amaral Lá
Mais tempo livre...
...para "poderes" postar no Autores
REM Permanent Vacation (Berry/Buck/Mills/Stipe)
Para Adriana, namorada do meu amigo André
Si
Um namorado novo!
Não, brincadeira xD
A-HA
Take on Me (Waaktaar/Furuholmen/Harket)
Uma moldura especial para seu futuro diploma de mestre!
Para o meu amigo André...
ihh... acabaram as notas musicais,
mas amigo é amigo!
...Saúde de Wolverine!
Que tal uma coluna vertebral todinha de ADAMANTIUM?
ENTOMBED Wolverine Blues (Andersson, Cederlund, Hellid)
Felicidades, meu amigo "steelwarrio!
Então, vamos abrir os presentes? Vamos!!!!
Mas trocas, só ano que vem!
Para todos os leitores e Autores SA um natal cheio de felicidade, paz e bons frutos.
Após um ano repleto de boas surpresas na música nacional brasileira, venho aqui anunciar, na minha mais humilde opinião, as músicas que mais me agradaram em 2011. As mais tocadas? Nem todas. Algumas talvez não tenham figurado entre as dez primeiras dos tops que rolam por aí, enquanto outras, chegaram a liderar por um bom tempo; como foi o caso do fenômeno "Paula Fernandes", uma das boas surpresas mencionadas no começo do texto.
Não foi fácil criar um ranking... Determinar de qual canção se gostou mais, ou de qual se gostou menos, é por demais relativo. Nessas horas, leva-se também em consideração aquela música que te marcou mais em um certo momento; aquela música na qual bateu imediata identificação; aquela música que tocou na hora e no lugar certo, e te fez chorar, ou sorrir, ou cantá-la alto. Também considerei artistas que havia algum tempo não lançavam trabalhos e, em 2011, retornaram sem perder a postura, o brilho. Como exemplo podemos citar Marisa Monte, Marcelo Camelo (ex-Los Hermanos) e Maria Rita.
Então... Lá vamos nós com os melhores de 2011!
20º Neguinho - Gal Costa Álbum: Recanto
Eu, particularmente, discordo do "Valor", quando elegeu "Recanto" como sendo o melhor álbum brasileiro. Destaco, apenas, a canção "Neguinho". Vale lembrar que as canções foram feitas por Caetano Veloso para Gal Costa. "Neguinho" vale pelo ótimo senso do que é a atualidade do homem consumista.
19º Pra matar meu coração - Maria Rita Álbum: Elo
Pra matar o coração dos fãs, de alegria, é claro, Maria Rita lança o seu quarto álbum, após quatro anos gerando ansiedade em seu público fiel. Destaco "Pra matar meu coração":
18º De onde vem a canção - Lenine Álbum: Chão
De onde vem a canção? O cantor e compositor pernambucano Lenine sabe, como poucos, a origem das belas canções. E, em seu último álbum, Lenine brinca com suas letras e melodias, como sempre o faz. E a canção vai pra história, quando se dá o fim da melodia. Atentem para o som que remete ao ''tic-tac''.
17º Ô, ô - Marcelo Camelo Álbum: Toque dela
Marcelo Camelo, como não podia deixar de ser, brilha em sua carreira solo. Sua melodia e voz peculiares atraem qualquer fã da boa música brasileira. Que este 'hermano' não se canse nunca de produzir. "E vai dançar até..."
16º Dia a dia, lado a lado - Marcelo Jeneci e Tulipa Ruiz Álbum: - (Canção inédita)
Bela canção que esses dois aprontaram.Eis a verdadeira nova geração da música brasileira. Verdadeira pois, ao contrário de muita coisa que se ouve por aí (constantemente, por sinal), obras como esta ficam para sempre em nossas vidas. O jeito é não confundir descartável com louvável.
15º Hoje eu não saio não - Marisa Monte Álbum: O que você quer saber de verdade
Marisa Monte vem nos brindar com sua graça, leveza e perfeita afinação após cinco anos sem lançar nenhum álbum. Seu retorno, sempre muito aguardado, tem sido bastante aclamado pelos seus fãs. O single "Ainda bem" já figura entre as mais tocadas nas principais rádios brasileiras. Mas, nesta décima quinta posição, eu destaco a canção "Hoje eu não saio não". Forró gostoso de se ouvir, que faz lembrar aqueles tempos em que você está no seu canto, a fim de ficar sozinho, lendo, ouvindo música... E vem aquele amigo festeiro insistindo para sair! Vale a pena curtir essa música.
14º Feito pra acabar - Marcelo Jeneci Álbum: Feito pra acabar
Marcelo Jeneci é, sem dúvida, a revelação da MPB do ano de 2011. "Feito pra acabar" é uma daquelas canções que te levam a refletir sobre a trajetória de sua vida, e sobre as possibilidades que existem após a vida, se é que existe alguma coisa... Sete minutos preciosos de música. E, como já diz a canção de Gilberto Gil, "na estrada que ao final vai dar em nada, nada, nada". Metáfora da morte? Sim, e muito mais. Salve, Marcelo Jeneci!
13º Ainda bem - Marisa Monte Álbum: O que você quer saber de verdade
Eu diria que o novo single de Marisa Monte, "Ainda bem", composto pela própria Marisa e por Arnaldo Antunes, seu grande parceiro musical, seria um tango com um toque brasileiro. A canção se tornou bastante popular devido (também, claro) a participação especial do lutador Anderson Silva no clipe. Com o UFC em alta no Brasil, a escolha não poderia ter sido melhor, não, Marisa? E não é que ele se saiu bem? Só mesmo a letra da música para explicitar essa surpresa: ''quem diria que ao meu lado...". Eis:
12º Oração - A banda mais bonita da cidade Álbum: A banda mais bonita da cidade - Primeira Edição
Sim, eles conseguiram. Primeiro, "Oração" bombou no Youtube, tendo quase cinco milhões de visualizações em apenas três semanas. Toda essa popularidade instantânea levou a banda curitibana recorrer ao seu público a fim de arrecadar fundos para a gravação do primeiro CD. Arrecadaram 50 mil reais, o projeto vingou, o CD está na praça e o single "Oração" foi um dos mais cantarolados do ano de 2011. Abaixo, o clipe, gravado em plano-sequência em uma casa de mais de cem anos. Em tempo: um dos melhores clipes do ano.
11º Meu parceiro - Seu Jorge Álbum: Músicas pra churrasco
Quer melhor música para churrasco do que esta? Música de amigo para amigo, que gera todo aquele clima cerveja + lembranças + abraços e lágrimas + cerveja de novo. Seu Jorge sabe contagiar o povão, sem perder a finesse que a elite cobra. Esse não deixa a peteca cair! "Meu parceiro" ganhou um lugar na minha lista.
10º Dançando - Agridoce (Pitty e Martin Mendonça) Álbum: Agridoce
Os arautos da modernidade anunciam, continuamente, que o mundo vai acabar em 2012. Mundo... Este mundo não estaria acabando dia a dia, em nossos interiores? Nossa vida, se diluíndo pouco a pouco. Essa "vida morna". Pitty e o guitarrista Martin Mendonça desenvolveram um projeto paralelo de sabor único: agridoce. "Dançando" lembra que, mais importante do que o fim do mundo material, é o fim do nosso mundo, aquele presente dentro de nós, que mais importa. É o resgatar os valores, o saber enxergar as belezas de uma vida que se esvai. E, claro, com muito amor, sempre. ..."Se no fim formos só nós dois, que seja lá fora"...
9º Coração - Monique Kessous Álbum: Monique Kessous
Tomei conhecimento da existência da cantora carioca Monique Kessous ao, por acaso, estar assistindo ao Som Brasil que homenageou Marcos Valle, em 2010 (Assistam a bela interpretação de "Viola enluarada": http://www.youtube.com/watch?v=BeaGpazunz0). Desde então essa voz não me saiu da cabeça. Neste ano, a singela canção "Coração" ganhou espaço na trilha sonora da novela global "Cordel Encantado", e, doravante, no coração dos brasileiros apaixonados pela boa música. Cópia fiel da Marisa Monte?... Eu diria que Monique Kessous é Monique Kessous, uma das maiores promessas da música brasileira. E ponto. Eis o "Coração" que ocupa o nono lugar em meu coração:
8º Quem não quer sou eu - Seu Jorge Álbum: Músicas para churrasco
Quando o Seu Jorge resolve colocar as cartas sobre a mesa e falar de relacionamento... Descrição perfeita de um homem que, embora apaixonado, renega seu amor. Quem nunca passou por isso? E a levada da música é sensacional. Dá-lhe Seu Jorge!
7º Não precisa - Paula Fernandes e Victor e Léo Álbum: Paula Fernandes - Ao vivo
Paula Fernandes e a dupla Victor e Léo: o melhor da nova remessa dos sertanejos no Brasil. A música é linda, mereceu todo o sucesso que lhe atribuíram. Eis a sétima colocada:
6º Essa pequena - Chico Buarque Álbum: Chico Buarque
O "Eduardo e Mônica" do Chico! "Essa pequena" é um blues que vale a pena, de fato. Relembra a velha máxima: os opostos se atraem... Grande Chico, sempre precioso.
5º Te amo - Vanessa da Mata Álbum: Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias
Vanessa da Mata compôs uma verdadeira declaração de amor - aquela capaz de superer todos os medos e maledicências. Um amor arrebatador, tão bem interpretado pela atriz e bailarina Marilena Ansaldi no clipe oficial (o qual pode ser visto, abaixo). A melhor música de amor do ano.
4º Pra você - Paula Fernandes Álbum: Paula Fernandes - Ao vivo
A mais cantada, a mais assediada, a mais clicada no Google, a mais sertaneja das mulheres: Paula Fernandes arrebatou um público estrondoso no ano de 2011. O up em sua carreira se deu após sua participação especial no show do rei Roberto Carlos, no final do ano de 2010. De lá pra cá, Paula só colheu rosas. Deixou Ivete Sangalo e Luan Santana no chinelo: vendeu mais do que os dois juntos!
E todo esse sucesso advém também da qualidade de suas canções. "Pra você" é uma bela declaração de amor, numa bela voz. Merece estar entre as cinco primeiras, sem dúvida.
3º Problemas - Ana Carolina Álbum: Ensaio de Cores
"Problemas", o atual single da cantora Ana Carolina, possui uma carga poética, bem ao estilo "O meu amor conhece cada gesto seu / Palavras que o seu olhar só diz pro meu". Por trás da canção, aquele velho ditado: em briga de marido e mulher... "Ninguém vai resolver problemas de nós dois". A medida que o eu-lírico busca o diálogo, o olhar do outro, a angústia cresce, e culmina em um belo refrão. Eis a terceira colocada, com louvor:
2º Não existe amor em SP - Criolo
Álbum: Nó na orelha
"Não existe amor em SP" não se trata apenas de uma canção. Trata-se um marco na música brasileira. A versão de Sampa, impregnada das mais crua realidade. Criolo foi redescoberto ao apostar em um ritmo diferente do que lhe é habitual, o rap. A crítica soou melódica, soou histórica. Bebeu em Baudelaire, bebeu o simbolismo das flores e das nuvens, para descrever uma cidade onde tudo se aparenta e se apresenta. "Cuidado com o doce"... Não aceitem qualquer coisa. As flores estão mortas, assim como muitas vidas prostradas nos bares da vida. Melhor canção do ano de 2011, segundo o VMB, "Não existe amor em SP" ocupa a segunda colocação nesta lista, com louvor:
1º Felicidade - Marcelo Jeneci Álbum: Feito pra acabar
Felicidade foi aquela música que me tocou de imediato. A melodia, seguida da letra, e interpretações repletas de suavidade e verdade dos cantores Marcelo Jeneci e Laura Lavieri. O clipe, perfeito, arrebatou com chave de ouro, e levou a medalha de ouro. "Felicidade é só questão de ser". Preciso dizer mais alguma coisa? Assistam ao clipe, ouçam e vivam essa letra. Viver é tão simples quanto "Felicidade". E que a simplicidade reine, sempre, em nossas vidas. Eis a "Felicidade":
Menção para samba/pagode: "Viver sem ti", do Exaltassamba e Mariana Rios. (o álbum foi lançado no final de 2010, todavia, a canção estourou em 2011).
Finalmente, fim de ano. Fim do último mês, fim do 11 escrito nas datas, nos rodapés, nos relatórios do trabalho. Agora é tudo 12. Fim do mundo, será? Fim da primavera, fim do que passou. Fim do que é definitivamente passado. Finito.
Final feliz?
Nada...!
A história está longe do fim, é só o recomeço, ou mesmo a continuação de velhos amores, de sorrisos antigos e dias diferentes, porque afinal, é outro ano. Nessa expectativa de fim e começo a esperança se renova, e de uma forma mística e louca acreditamos novamente que tudo é mesmo possível.
Se já sobrevivemos ao Bug do Milênio,ao dia 11/11/11, não tem calendário Maia forte o suficente pra atrapalhar nossas resoluções de Ano Novo: Feliz Chance Nova!
Todos que somos fãs de música, que acompanhamos a carreira de nossas bandas preferidas provavelmente já experimentamos essas reações. É só a imprensa anunciar que o "insubstituível vocalista" deixou o grupo X e as manifestações de perplexidade se alastram pelo mundo inteiro. A polêmica domina os fã-clubes, a discussão entre amigos, até um tempo atrás as cartas endereçadas às revistas impressas; atualmente os e-mails, os sites na web e os comentários em blogs.
Leitores autorizados,
Esta é a estreia da seção
A cada edição travaremos contato ou relembraremos fatos sobre as mudanças que ocorreram ou poderiam ocorrer no seu conjunto musical preferido.
E na edição de estreia, o que aconteceu com o:
Marillion
Para os leitores que não conhecem esta banda, que para mim é das mais bonitas musicalmente, sem falar na linda arte das capas, grande parte produzida pelo genial e personalíssimo ilustrador Mark Wilkinson, o Marillion lançou seu primeiro álbum em 1983. Até os dois primeiros - Script for a Jester's Tear e Fugazi - a banda tem como influência mais evidente o Genesis da era Peter Gabriel, sobretudo pelo timbre e dramaticidade do ex-vocalista do Marillion, o escocês apelidado Fish.
A era Fish
Fish se preparando para um show
Dizem que esse apelido "Fish" teve origem por causa do hábito que ele teria de tomar banhos demorados. Vocês devem estar se perguntando, "mas escoceses têm o costume de tomar banhos demorados?" Pois é, dizem que os longos banhos do Fish eram semanais. Sim, é absolutamente compreensível que em locais com temperaturas rigorosamente baixas seja dispensável a necessidade de banhos regulares. Cresça na Groelândia com o hábito que temos nos trópicos e veja no que pode dar.
Haja aquecedor...
Mas, deixando nossas duchas mornas de lado, voltemos ao terreno da música. Longe de ser um "cantor de chuveiro", Fish rapidamente alcançaria no Marillion status de "insubstiuível". Alguns críticos especializados subestimaram "O Peixe" julgando-o ser apenas uma cópia de Peter Gabriel, incluindo a maquiagem, que ambos usavam no palco. De fato, o timbre e a dramaticidade da voz de Fish são bem semelhantes ao do primeiro vocalista do Genesis, porém isso não impediu o Marillion de ter qualidade e estilo. Prova disso é que a banda deslanchou, arregimentando um número considerável de fãs no mundo inteiro, fiéis até hoje, apesar da saída do "insubstiuível" Fish, entre 1987 e 1988, após quatro álbuns de estúdio lançados.
Fish anos 80
De fato, Fish imprimia tanto sentimento, sua voz era tão marcante e progressiva que devia ser impensável para os fãs da época entenderem que sua banda preferida havia terminado, afinal Fish, o supremo vocalista que para muitos era a alma do Marillion estava fora da banda para seguir carreira solo. Mas como?! Por quê?! O queteria acontecido?!
Fish pouco antes dos atuais cabelos brancos
Entretanto, o mais incrível ainda viria a acontecer. A banda Marillion só não acabara como logo contratou um novo vocalista, e no espaço entre dois anos após a saída de Fish lançou o álbum Season's End (1989), ótimo disco, em geral de positiva repercussão.
Steve Hogarth
É preciso ter coragem e acreditar muito no próprio potencial para realizar o que o irlandês Steve Hogarth conseguiu ao suceder Fish. A voz de Steve é diferente em todos os aspectos se comparada ao vocal de Fish. O triunfo do então novo cantor foi conseguir se encaixar perfeitamente em uma banda de raízes progressivas, já que sua voz não tinha as características imeditamente reconhecíveis para uma banda do gênero. Steve tem um timbre muito agradável, sim, e é versátil, por outro lado é muito menos dramático que Fish. A polêmica foi grande e até hoje permanece entre os fãs de um e os defensores de outro. Pessoalmente, não vivenciei a polêmica na sua origem, pois conheci o Marillion em 1990, quando a banda se apresentou na Apoteose, (Rio de Janeiro), no Hollywood Rock.
Ou seja, foi a primeira turnê sem o Fish, portanto tudo já havia acontecido. Foi nessa época que comprei o Season's End. Só depois eu conheceria a voz do Fish, mas assim que a ouvi me identifiquei na hora. Portanto, em relação a mim a questão Fish x Steve Hogarth passou ao largo. Mesmo porque Steve é tão bom e os dois primeiros álbuns solos do Fish também (o 1° mais ainda) que acabou compensando a troca de um vocalista por outro.
Marillion (1987):
Steve Rothery, Pete Trewavas, Mark Kelly, Fish e Ian Mosley
Da esquerda para a direita:
Mark Kelly, Ian Mosley, Steve Hogarth, Steve Rothery, Pete Trewavas
MARILLION com Fish
"Incommunicado"
(Faixa do álbum "Clutching at Straws")